Síndromes Febris Flashcards

(284 cards)

1
Q

O conceito de febre e hipertermia pode causar confusão. Defina hipertermia.

A

Aumento da temperatura que excede a capacidade do organismo em perdê-la. Entretanto, o termostato hipotalâmico funciona normalmente.

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2
Q

Qual é a definição de febre?

A

Aumento da temperatura devido a um aumento do ponto de ajuste do termostato hipotalâmico causado por toxinas pirógenas (IL-1, IL-6, TNF e IFN-a) que aumentam PGE2.

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3
Q

Na prática, como podemos definir febre?

A

Segundo Harrison,

  • Manhã: > 37,2
  • Tarde: > 37,7
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4
Q

Existem alguns padrões de febre que podem ser cobrados na prova. Picos muito altos intercalados por períodos de apirexia, sem caráter cíclico, definem a febre …

A

Irregular ou séptica

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Q

Existem alguns padrões de febre que podem ser cobrados na prova. Aumento da temperatura corporal diário, sem período de apirexia, com variações superior a 1 grau Celsius. Padrão?

A

Remitente

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6
Q

Elevações da temperatura com períodos de apirexia de maneira cíclica. Padrão de febre?

A

Intermitente

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7
Q

Período de temperatura normal que dura dias ou semanas com interrupção por uma elevação da temperatura a qual não oscila muito. Qual padrão de febre?

A

Recorrente ou ondulante

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8
Q

Qual é o padrão de febre cuja temperatura permanece sempre acima do normal com variações de até 1 grau Celsius?

A

Contínua

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9
Q

O vírus da Chikungunya pode ser transmitido pelo Aedes albopictus?

A

Sim

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10
Q

Quando foi o primeiro caso autóctone de chikungunya no Brasil?

A

2014

Obs: 2010 já tínhamos casos de pessoas que viajaram ao exterior

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11
Q

Como podemos pensar no quadro clínico da febre de chikungunya?

A

Dengue menos grave + acometimento articular

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12
Q

Qual é o período de incubação da febre de chikungunya?

A

3-7 dias

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13
Q

Qual são as articulações mais acometidas pela febre de chikungunya? Como é o padrão de artralgia?

A

Mão, pé e punho (parece AR)

Padrão: poliarticular mais distal, bilateral e simétrica

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14
Q

Quais são os grupos de doentes que podem apresentar manifestações mais graves da febre de chikungunya?

A
  1. Crianças
  2. Idosos
  3. Portadores de doenças crônicas
  4. Uso crônico de AINE/AAS/paracetamol altas doses
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15
Q

Como caracterizar a fase subaguda da febre de chikungunya?

A
  1. Melhora (aguda: 3-10 dias) e depois recai
  2. Recaída ocorre geralmente 2-3 meses após início
  3. Apresenta uma poliartrite distal e tenossinovite hipertrófica
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16
Q

Como caracterizar a fase crônica da febre de chikungunya?

A

Sintomas persistem > 3 meses

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17
Q

Cite 4 fatores de risco para cronificação da febre de chikungunya.

A
  1. > 45 anos
  2. Mulher
  3. Desordem articular preexistente
  4. Maior intensidade da lesão articular na fase aguda
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18
Q

O acometimento articular crônico da febre de chikungunya pode deformar articulação?

A

Sim

Obs: acomete as mesmas articulações da fase aguda

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19
Q

O vírus da chikungunya é transmitido pelo leite materno?

A

Não

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20
Q

As formas graves de chikungunya são frequentes nos RNs, acometendo > 90% dos pacientes. As complicações incluem neurológicas, hemorrágicas e cardíacas. V ou F?

A

Verdadeiro

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21
Q

Como tratar uma chikungunya aguda com dor articular leve segundo EVA para dor?

A
  1. Repouso articular + compressa fria 4/4h
  2. Analgesia com dipirona ou paracetamol doses fixas (SOS não)
  3. Entrar com opioide se dor refratária ao uso de analgésicos comuns
  4. Hidratação oral abundante

Obs: não fazer CT/AINE

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22
Q

Como tratar uma chikungunya aguda com dor articular moderada segundo EVA para dor?

A

Seguir o esquema da leve…

Diferença: dipirona + paracetamol intercalados (analgesia 3/3h)

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23
Q

Como tratar uma chikungunya aguda com dor articular moderada a intensa segundo EVA para dor?

A

Analgesia IV + seguir passos da leve …

Dor persiste? Tramadol 100 mg IV

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24
Q

Como tratar uma chikungunya aguda com dor articular intensa segundo EVA para dor?

A

Dipirona + paracetamol + tramadol (todos regulares)

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25
Como tratar uma chikungunya subaguda?
1. Analgésicos comuns / opioides / AINE / CT sistêmico 2. Fisioterapia graduada (leve) 3. Compressa fria
26
Como tratar uma chikungunya crônica?
1. CT se nunca usou para tratar 2. Hidroxicloroquina (escolha) por 6 semanas 3. Fisioterapia 4. Crioterapia
27
Qual é o principal fator protetor para evitar evolução para fase subaguda da febre de chikungunya?
Repouso articular
28
Além da picada do mosquito Aedes aegypti, há uma outra forma de transmissão descrita para o Zika vírus. Qual?
Sexual
29
Quais são as manifestações clínicas que sugerem infecção pelo Zika vírus no contexto de síndrome febril?
Febre baixa + exatema maculopapular pruriginoso + hiperemia conjuntival não purulenta
30
Quais são as complicações neurológicas da infecção pelo Zika vírus?
Diversas tais como SGB, encefalites... Infecção congênita: diversas tais como microcefalia, desproporção craniofacial, espasticidade, calcificações e outras muitas...
31
A febre de chikungunya é uma doença de notificação compulsória?
Sim e imediata!
32
Infecção por zika vírus é de notificação compulsória?
Sim e semanal! Exceção: gestantes e óbitos são de notificação imediata
33
Homem, infectado por zika vírus que evoluiu para cura há 20 dias, deseja informações sobre concepção, em virtude de um desejo de ter filho. Há alguma recomendação específica?
Sim... Aguardar 6 meses para engravidar (tempo máximo que o vírus pode ser encontrado no sêmen)
34
Mulher, infectada por zika vírus que evoluiu para cura há 20 dias, deseja informações sobre concepção, em virtude de um desejo de ter filho. Há alguma recomendação específica?
Sim ... Aguardar 8 semanas para engravidar (tempo máximo de viremia)
35
Quem é o vetor da febre amarela?🦟
Silvestre: Haemagogus e Sabethes Urbana: Aedes aegypti
36
Quando foi erradicada a febre amarela urbana do Brasil?
1942
37
Há risco da febre amarela urbana voltar?
Sim ... Muitos Aedes aedypti pelo Brasil, inclusive em regiões onde circulam o vírus amarílico, além da expansão territorial e processo migratório rural-urbano
38
Como a febre amarela urbana foi erradicada, podemos dizer que não há FA no Brasil?
Não!!! A FA silvestre é uma doença endêmica com surtos que ocorrem em intervalos 5-7 anos
39
Qual é a população mais afetada pela FA silvestre?
Homens entre 15-40 anos (hospedeiros acidentais ao entrarem nas matas)
40
Em quais meses do ano ocorre maior frequência de casos de FA?
Dezembro a Maio - Maior índice pluviométrico - Densidade vetorial elevada - Maior atividade agrícola
41
Qual é o período de incubação da FA no homem?
3-6 dias
42
Qual é o período de incubação extrínseco da FA, ou seja, tempo para o mosquito infectado tornar-se infectante?
9-12 dias
43
Qual é o principal órgão-alvo do vírus amarílico? Qual é a consequência da infecção neste órgão?
Fígado Apoptose de hepatócitos (necrose médio-zonal)
44
Como explicar a diátese hemorrágica da FA?
1. Síntese hepática de vitamina K reduzida 2. Lesão endotelial 3. CIVD 4. Plaquetopenia
45
As formas assintomáticas e oligossintomáticas da FA representam qual porcentagem dos casos?
90%
46
Qual é a tríade da disfunção hepatorrenal presente na FA a qual possui elevada letalidade?
Icterícia + Oligúria + Hematêmese
47
Como se apresenta clinicamente a FA?
Bifásica - Período de infecção (3 dias): QC inespecífico (sinal de Faget); pode evoluir para cura ou forma grave, após período de remissão. - Período toxêmico: disfunção hepatorrenal, manifestações hemorrágicas, alteração do nível de consciência
48
Como espera-se encontrar a relação pulso-temperatura em uma síndrome febril?
Aumento de 10 bpm a cada grau de elevação da temperatura
49
Cite 6 causas infecciosas que cursam com sinal de Faget (dissociação pulso-temperatura)?
1. Febre amarela 2. Febre tifoide 3. Brucelose 4. Turalemia 5. Legionelose 6. Micoplasma
50
Como é o hepatograma da FA grave?
1. Transaminases > 1000 (AST > ALT) | 2. Aumento de BD
51
Como fazer o diagnóstico de FA nos primeiros 5 dias de doença?
Isolamento viral e testes moleculares
52
Como fazer diagnóstico de FA após 5 dias de doença?
ELISA IgM | - Cuidado: vacina induz formação de IgM
53
Atualmente, qual é o teste padrão para avaliação de resposta à vacina antiamarílica?
Teste de neutralização por redução de placas (PRNT) | - Detecta aumento de ACs que aparecem precocemente (1a semana)
54
A febre amarela é uma doença de notificação compulsória?
Sim e imediata!
55
Qual é a diurese adequada para pacientes em tratamento de febre amarela internados em enfermaria?
> 1 ml/kg/h
56
Como manejar a coagulopatia da febre amarela grave?
1. Vitamina K 2. Plasma fresco congelado 3. Concentrado de hemácias (queda Hto, choque hipovolêmico refratário ou hemorragia intensa) 4. Concentrado de plaquetas (hemorragia não controlada + trombocitopenia)
57
Lactante de criança < 6 meses pode tomar vacina contra febre amarela?
Não deveria ... Caso a receba: suspender aleitamento por 28 dias
58
No suporte clínico presente no tratamento da febre amarela, há 2 indicações de hemodiálise precoce. Cite-as.
1. Aumento da Cr em 2-3x | 2. DU < 0,5 ml/kg/h
59
Como poderíamos saber que houve reurbanização da febre amarela?
1. Caso confirmado em ambiente urbano onde existe Aedes aegypti com vírus isolado 2. Níveis de infestação do Aedes aegypti > 5% 3. Indivíduo não reside e não se deslocou para ambiente silvestre 4. Houve permanência de indivíduo com febre amarela silvestre no centro urbano
60
Cite um diagnóstico diferencial da febre de chikungunya o qual possui quadro muito semelhante.
Febre do Mayaro
61
Cite outra doença transmitida pelo Haemagogus janthinomys, além da febre amarela silvestre.
Febre do Mayaro
62
Quais são os agentes etiológicos da malária no Brasil?
P. vivax P. falciparum P. malariae
63
Quem é o vetor da malária?
Mosquito do gênero Anopheles
64
Quais são os 2 agentes da malária que apresentam formas latentes no fígado e, consequentemente, podem acontecer recaídas?
P. vivax | P. ovale
65
Como são chamadas as formas latentes do P. vivax?
Hipnozoítos
66
Qual é a diferença fisiopatológica responsável pela maior gravidade da infecção pelo P. falciparum?
Capacidade de invadir hemácias de qualquer idade (elevada parasitemia) Além disso: - Gera muitos merozoítos após esquizogonia hepática - Hemácias parasitadas tem maior capacidade de adesão (citoaderências)
67
Quais são as espécies de plasmodium que fazem febre terçã?
Vivax e Falciparum
68
Qual espécie de plasmodium faz febre quartã?
Malariae
69
Tempo de incubação da leptospirose:
1 a 30 dias.
70
Principais órgãos acometidos pela leptospirose:
Rim e fígado.
71
O principal alvo da leptospirose é o endotélio capilar, provocando a ocorrência de uma vasculite com aumento de permeabilidade e perda de líquido para o terceiro espaço. V ou F?
Verdadeiro.
72
Lesões renais na leptospirose:
Nefrite intersticial aguda e disfunção do TCP.
73
Na leptospirose, a hipovolemia associada ao aumento da fração excretora de sódio (por disfunção do TCP) conduz a um quadro clínico renal diverso, podendo variar desde a anúria até a poliúria. V ou F?
Verdadeiro
74
A icterícia da leptospirose é devido a aumento de ____ e, na forma grave, conhecida como ____.
A icterícia da leptospirose é devido a aumento de BD e, na forma grave, conhecida como RUBÍNICA.
75
Uma grande diferença laboratorial hepática da leptospirose para as hepatites virais:
Leptospirose: colestase intra hepatocitária SEM lesão hepatocelular proeminente.
76
Principal causa de óbito na leptospirose:
Hemorragia pulmonar (ruptura de capilares).
77
Sinal musculoesquelético importante na leptospirose:
Mialgia das panturrilhas.
78
Duas formas clínicas da leptospirose:
Anictérica (85-90% dos casos) | Íctero-hemorrágica (10-15% dos casos)
79
Febre + sufusão conjuntival + dor em panturrilhas. Pensar em...
Leptospirose.
80
Existe caso autóctone de malária por P. ovale no Brasil?
Não ... Restrita ao continente africano e casos importados
81
Qual espécie de plasmodium é a principal causadora de malária no Brasil?
P. vivax (quase 90%)
82
Onde se concentra a transmissão da malária no Brasil?
Região amazônica Recentemente, ganharam destaques casos autóctones em Goiânia e região serrana do RJ
83
2 outras formas de transmissão da malária, além da picada da fêmea do gênero Anopheles?
1. Hemotransfusão | 2. Uso compartilhado de seringas
84
Período de incubação da malária, a depender da espécie de plasmodium:
Falciparum: 8-12 dias Vivax: 13-17 dias Malariae: 18-30 dias
85
Quais são as formas de plasmodium presentes nas glândulas salivares do Anopheles?
Esporozoítas
86
Primeira célula a ser infectada pelo esporozoíto do plasmodium?
Hepatócito
87
A esquizogonia, reprodução assexuada, realizada nos hepatócitos pelos esporozoítas do plasmodium geram qual célula?
Esquizontes (células multinucleadas) os quais gerarão merozoítas
88
No ciclo do plasmodium, quais células invadem as hemácias?
Merozoítas
89
Nas hemácias, há um novo ciclo de reprodução assexuada (esquizogonia eritrocitária) em que os merozoítos do plasmodium originam novas formas. Cite-as.
Merozoítos ➡️ trofozoíto anelar ➡️ trofozoíto ameboide ➡️ esquizonte eritrocitário ➡️ merozoítos que atingem CS
90
O padrão da febre encontrado na malária depende de uma determinada fase do ciclo evolutivo do plasmodium. Cite-a.
Esquizogonia eritrocitária (ruptura mais ou menos sincronizado de múltiplas hemácias) a qual dura 48-72h, dependendo da espécie
91
Em algum momento, alguns exemplares do plasmodium evoluem para formas sexuadas dentro das hemácias e são responsáveis pela infecção do mosquito Anopheles. Quais formas são essas?
Macrogametócitos e microgametócitos (reprodução sexuada será no mosquito)
92
O P. vivax e P. ovale invadem hemácias ________
Jovens
93
O P. malariae invade hemácias ________
Antigas
94
Infecção pelo protozoário plasmodium causador da malária confere imunidade?
Não... Indivíduos com vários episódios podem desenvolver uma imunidade parcial (semi-imune) e apresentar quadro subclínico ou assintomático
95
Cite uma substância liberada após a ruptura de uma hemácias invadidas pela forma merozoíta do plasmodium.
Hemozoína (pigmento malárico) -> crise febril
96
Anemia hemolítica na malária. Hemólise:
Intravascular (rota por merozoítos) e Extravascular (deformação e alteração na MP)
97
2 doenças que conferem uma proteção contra malária:
1. Traço falcêmico | 2. Talassemia
98
Leptospirose anictérica e leptospirose íctero-hemorrágica também podem ser denominadas:
Fase precoce e fase tardia da leptospirose.
99
Síndrome de Weil:
Icterícia + injúria renal aguda + diátese hemorrágica. Surge após 4-9 dias de doença.
100
Complicação da leptospirose que pode permanecer por anos:
Uveíte.
101
Alterações laboratoriais da leptospirose:
``` HiperBD Plaquetopenia Leucocitose com desvio Acidose metabólica + hipoxemia Aumento de Ureia e Cr K normal ou diminuído CPK elevada TGO > TGP e até 3-5x LSN ```
102
Pleocitose é comum na leptospirose, mesmo na ausência clínica de evidência de envolvimento meníngeo. V ou F?
Verdadeiro.
103
O isolamento bacteriano na leptospirose pode ser feito no sangue e LCR nos primeiros 10 dias e na urina a partir da segunda semana. V ou F?
Verdadeiro!
104
Na prática, os métodos sorológicos são os mais usados para diagnosticas leptospirose. Quais são eles?
ELISA-IgM e Microaglutinação (padrão-ouro).
105
Duas formas de apresentação clínica da hantavirose:
Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) - Américas | Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) - Ásia e Europa
106
Tratamento da fase precoce da leptospirose:
Doxiciclina ou amoxicilina, 5-7 dias. VO.
107
Tratamento da fase tardia da leptospirose:
Penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima. IV. Pelo menos 7 dias.
108
Pode ocorrer reação de Jarisch-Herxheimer no tratamento da leptospirose?
Sim!
109
Em pacientes com leptospirose críticos, com suporte ventilatório e baixa infusão de volume indicar precocemente:
Terapia dialítica. | MS: Peritoneal. Cecil e referências atuais: Hemo.
110
Leptospirose é doença de notificação compulsória?
Sim e imediata!
111
Quimioprofilaxia para leptospirose?
MS: Grupo pequeno e bem identificado exposto a uma situação de risco. Doxiciclina por 1 semana.
112
Síndrome febril aguda + hiperBD + plaquetopenia + aumento de CPK. Pensar em...
Leptospirose.
113
A febre do Nilo Ocidental é uma doença frequentemente de apresentação grave. V ou F?
Falso! Apenas 0,5% a 1% dos infectados.
114
Principal reservatório do vírus da febre do Nilo Ocidental:
Aves.
115
Caracterize o quadro clínico da malária não complicada.
Acessos febris (paroxismos) + anemia (esplenomegalia, palidez, icterícia)
116
Sinais indiretos de hemólise no exame de sangue:
Anemia HiperBI ⬆️ LDH ⬇️ Haptoglobina
117
Complicação mais temida da malária:
Malária cerebral
118
Como explicar a hipoglicemia que pode estar presente na malária e indica gravidade?
1. Comprometimento da gliconeogênese hepática 2. Consumo excessivo pelos parasitas 3. Liberação de insulina induzida por quinina (tratamento)
119
Vetor do vírus da febre do Nilo Ocidental:
Mosquito Culex. OBS: No Brasil, Aedes albopictus e Anopheles são considerados potenciais vetores.
120
Epizootias (epidemia em animais) em aves silvestres com sintomatologia neurológica (ataxia, falta de controle motor...) devem ser notificadas, pois há risco de estarem relacionadas a que doença infecciosa?
Febre do Nilo Ocidental.
121
Reservatório dos hantavírus:
Roedores silvestres.
122
Principal forma de transmissão da hantavirose:
Contato direto ou inalação de aerossóis formados a partir do ressecamento das vezes, saliva ou urina de rato silvestre infectado.
123
Duas formas de apresentação clínica da hantavirose:
Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) | Febre Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR)
124
Letalidade da hantavirose no Brasil:
40-50%.
125
Complicação crônica da malária que acomete indivíduos infectados de maneira recorrente ou até mesmo crônica e cursa com esplenomegalia de grande monta, pancitopenia, hipergamaglobulinemia e inversão do padrão albumina/globulina?
Esplenomegalia tropical (esplenomegalia malárica hiper-reativa)
126
Uma espécie de plasmodium pode evoluir para síndrome nefrótica em virtude da deposição de imunocomplexos após quadros repetidos ou crônico. Cite-a.
Malariae (nefropatia malárica quartã)
127
Método de escolha para diagnóstico de malária no Brasil:
Gota espessa
128
Coloração utilizada na gota espessa?
Método de Walker ou Giemsa
129
Qual é o método mais utilizado para identificar a espécie de plasmódio? Qual coloração utilizada?
Esfregaço corado pelo método de Giemsa ou Wright
130
Na gota espessa, qual espécie de plasmódio pode apresentar múltiplos trofozoítas na hemácia?
Falciparum
131
Recentemente, foi descrita uma nova espécie de plasmódio no sudeste asiático capaz de causar doença mais grave. Cite-a.
P. knowlesi
132
Gota espessa e esfregaço realizado em paciente após tratamento recente para malária:
Lâmina de verificação de cura (LVC)
133
Diferencie recaída de recrudescência no contexto de malária.
Recaída: nova aparição de sintomas em virtude de formas latentes - hipnozoítos (vivax e ovale) Recrudescência: nova aparição de sintomas precocemente (8 semanas) em virtude de formas que se “escondem” em capilares mais profundos (Falciparum e malariae)
134
Devemos sempre solicitar gota espessa (ou teste rápido imunocromatográfico) em paciente com síndrome febril que esteve em área endêmica 8-30 dias antes do início dos sintomas?
Sim... | Campanha do MS: Febre pode ser malária!
135
Por que a letalidade da malária é maior em áreas não endêmicas?
Não recebem diagnóstico e tratamento oportuno, pois trata-se de uma doença rara nessas regiões
136
Tríade clássica da febre maculosa:
Febre, cefaleia e rash.
137
Agente etiológico da febre maculosa:
Rickesttsia rickettsii.
138
Diagnóstico de hantavirose é feito por:
Sorologia IgM ELISA.
139
Paciente com febre, cefaleia, tosse e mialgia há 5 dias evolui com piora de tosse e dispneia intensa. Moradora de zona rural. A demonstração de falência cardíaca e congestão pulmonar torna obrigatória a investigação para que doença infecciosa?
Hantavirose.
140
A hantavirose é doença de notificação compulsória?
Sim! Se quadro compatível com caso suspeito de SCPH, imediata.
141
Paciente com lesão eritematosa com centro pálido, indolor, que evolui em semanas ou meses para alterações neurológicas ou cardíacas. Hipótese?
Doença de Lyme.
142
Cite os 3 estágios da Doença de Lyme:
I. Infecção localizada: eritema migratório II. Infecção disseminada: alteração neurológica ou cardíaca III. Infecção persistente: artrite
143
Agente etiológico da doença de Lyme:
Borrelia burdgorferi.
144
Reservatório e vetor da doença de Lyme:
Carrapato da espécie Ixodes scapularis.
145
Meningoencefalite flutuante + paralisia de nervo facial + radiculoneuropatia periférica. Investigar:
Doença de Lyme.
146
A sorologia para B. burgdorferi é o método mais utilizado para diagnosticar doença de Lyme. No entanto, pode haver reação cruzada com outras bactérias de mesma classe, a saber:
Treponema pallidum. OBS: Mas o VDRL nunca é positivo na doença de Lyme.
147
Tratamento da Doença de Lyme:
Doxiciclina.
148
Indicações de internação em caso de malária:
1. < 5 anos ou > 60-70 anos 2. Gestantes 3. Imunodeprimidos 4. Sinais de perigo ou gravidade
149
Como tratar malária causada pelo P. vivax?
Cloroquina 3 dias (esquizonticida sanguíneo + gametocitocida) + Primaquina 7 dias (esquizonticida tecidual + gametocitocida)
150
Como tratar malária causada pelo P. falciparum sem sinal de gravidade?
Artemeter + Lumefantrina Alternativa reservada: Artemeter + Mefloquina
151
Como tratar malária causada pelo P. falciparum grave ou complicada?
Artemeter IV + clindamicina
152
Anti-maláricos contraindicados na gestação:
Primaquina | Artemeter/Lumefantrina/Mefloquina (segura no 2o/3o tri)
153
Como tratar malária por P. falciparum em gestantes no 1o tri ou menores de 6 meses?
Quinina 5 dias + Clindamicina 7 dias
154
Como tratar malária mista (falciparum + vivax)?
Artemeter + Lumefantrina 3 dias + Primaquina (4o ao 10o dia)
155
Como tratar malária por P. vivax em gestante ou menores de 6 meses?
Cloroquina 3 dias
156
Tríade clássica da febre maculosa:
Febre, cefaleia e rash.
157
Agente etiológico da febre maculosa:
Rickesttsia rickettsii.
158
Vetor/reservatório da Rickesttsia rickettsii:
Carrapatos do gênero Amblyomma ("estrela").
159
Ocorre transmissão de pessoa a pessoa na febre maculosa?
Não! Mordida do carrapato infectado.
160
Período de incubação da febre maculosa:
2 a 14 dias.
161
Febre de início súbito, cefaleia, mialgia com aparecimento de exantema maculopapular entre o 2º e 5º dias de evolução ou manifestações hemorrágicas é caso suspeito de:
Febre maculosa.
162
Tratamento da febre maculosa:
Doxiciclina (até 3 dias de apirexia). Alternativa para mulheres grávidas e casos graves: cloranfenicol.
163
Profilaxia após mordida de carrapato?
Não é recomendada.
164
Quando realizar lâmina de verificação de cura na malária pelo P. falciparum?
3, 7, 14, 21, 28 e 42 dias após início do tratamento
165
Quando realizar lâmina de verificação de cura na malária pelo P. vivax ou mista?
3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias após início do tratamento
166
Malária é doença de notificação compulsória?
Sim e imediata!
167
Quais são as drogas anti-maláricas que podem ser usadas na quimioprofilaxia para P. falciparum?
1. Doxiciclina 2. Mefloquina 3. Cloroquina 4. Atovaquona/proguanil (não tem no Brasil)
168
Quimioprofilaxia previne infecção?
Não | Objetivo: reduzir forma grave (desenvolve forma oligossintomática)
169
Indicações de quimioprofilaxia para P. falciparum:
1. Exposição à transmissão; local com alta transmissão, inclusive no perímetro urbano do local 2. Resistência à antimalárico na região 3. Possibilidade de acesso ao serviço de saúde em > 24h 4. Duração da viagem < 6 meses 5. Grupo especial ou portador de doença (gestante, imunodeprimido, < 5 anos, neoplasia...)
170
Por quanto tempo devo fazer a quimioprofilaxia para malária?
1 semana antes - 4 semanas depois
171
Tratamento de uma criança < 13 anos com quadro suspeito de dengue e classificada como grupo A:
< 10kg: 130 ml/kg/dia 10-20kg: 100 ml/kg/dia > 20kg: 80 ml/kg/dia OBS: 1/3 deve ser de SRO. Até 24-48h afebril.
172
Vias de transmissão do Ebola:
Pessoa a pessoa Contato direto com fluidos corporais Fômites
173
Tratamento de uma criança com quadro suspeito de dengue e classificada como grupo C:
1. SF 0,9% 10ml/kg em 1h 2. Reavaliação clínica 3. 10 ml/kg na 2ª hora 4. Reavaliar hematócrito. Melhora: manutenção. Sem melhora: grupo D.
174
Diagnóstico de Ebola:
Antígeno viral por ELISA ou PCR no sangue ou fluidos corporais.
175
Na evolução da doença por Ebola, ocorrem fenômenos hemorrágicos como equimoses, gengivorragia, melena em consequência de:
CIVD.
176
O quadro clínico da criança com dengue pode ser muito inespecífico, com adinamia, sonolência e recusa alimentar. V ou F?
Verdadeiro.
177
Uma particularidade da dengue pediátrica é que o quadro grave pode ser manifestação inicial da doença. V ou F?
Verdadeiro.
178
Tratamento de uma criança < 13 anos com quadro suspeito de dengue e classificada como grupo A:
< 10kg: 130 ml/kg/dia 10-20kg: 100 ml/kg/dia > 20kg: 80 ml/kg/dia OBS: 1/3 deve ser de SRO
179
Todo lactente com suspeita de dengue é classificado, no mínimo, como grupo B. V ou F?
Verdadeiro.
180
Tratamento de uma criança com quadro suspeito de dengue e classificada como grupo D:
Leito de UTI | 20ml/kg em até 20 minutos.
181
Uma criança com quadro febril agudo, de duração de 2 a 7 dias, sem foco de infecção aparente deve ser avaliada quanto a possibilidade de:
Dengue.
182
Regra de Holliday-Segar para hidratação de manutenção nas crianças:
- Até 10kg: 100ml/kg/dia - 10 a 20kg: 1000 ml + 50 ml/kg/dia para cada Kg acima de 10kg - Acima de 20kg: 1500 ml + 20 ml/kg/dia para cada Kg acima de 20kg OBS: Acréscimo dos eletrólitos Sódio: 3 mEq em 100 ml de solução Potássio: 2mEq em 100 ml de solução
183
Valores normais de FR em crianças:
< 2 meses: até 60 2 meses a 1 ano: até 50 1 a 5 anos: até 40 5 a 8 anos: até 30
184
Valores normais de FC em crianças:
0 a 2 meses: 85-205 bpm 2 a 23 meses: 100-190 bpm 2 a 10 anos: 60-140 bpm > 10 anos: 60-100 bpm
185
Valores normais de PA sistólica em crianças:
Recém nascido: PAS entre 60 e 70mmHg Lactente: PAS entre 87 e 105 mmHg Pré-escolar: PAS entre 95 e 105 mmHg Escolar: PAS entre 97 e 112 mmHg
186
Hipotensão arterial em crianças acima de 1 ano (PAS abaixo do p5):
PAs < 70 + 2 x idade.
187
O que significa arbovirose?
Virose transmitida por artrópodes
188
Quantos sorotipos do vírus da dengue são conhecidos?
5 (DENV5 foi identificado na Ásia em 2013)
189
Hábitos do Aedes aegypti:
Diurnos e vespertinos
190
Autonomia de voo do Aedes aegypti:
200 metros do local de postura dos ovos
191
Qual é o sorotipo predominante do vírus da dengue?
DENV 1
192
Apesar de não identificado no território nacional desde de 1982, o sorotipo do vírus da dengue em questão voltou a aparecer em 2010 em Roraima. Estamos falando do ...
DENV 4
193
Qual foi a consequência do reaparecimento do DENV 4 em 2010, mas principalmente a partir 2013 em vários Estados do país?
Aumento exponencial do número de casos: - 2012: 565.000 - 2013: 2.000.000
194
Período de viremia da dengue:
1 dia antes da febre - 6o dia de doença
195
Tempo de incubação extrínseco do vírus da dengue no mosquito (aparelho digestivo até glândulas salivares, quando mosquito passa a transmitir):
8-12 dias
196
Período de incubação da dengue:
3-15 dias
197
Ao ser inoculado no homem, cite os primeiros locais de replicação do vírus da dengue.
Linfonodos locais Células musculares estriadas e lisas Fibroblastos
198
Células-alvo do vírus da dengue:
Macrófagos
199
A infecção pelo vírus da dengue confere imunidade?
Sim... para o sorotipo em questão e uma IMUNIDADE CRUZADA TEMPORÁRIA para os outros sorotipos
200
O que explica a cefaleia e dor retro-orbitária da dengue?
Replicação do vírus no nervo oculomotor
201
Há 3 teorias para explicar o surgimento de febre hemorrágica da dengue. A teoria que relaciona esse evento a virulência da cepa infectante é a ...
Teoria de Rosen
202
Há 3 teorias para explicar o surgimento da febre hemorrágica da dengue. A teoria que relaciona esse surgimento a infecções subsequentes por diferentes sorotipos é a ...
Teoria de Halstead
203
Há 3 teorias para explicar o surgimento da febre hemorrágica da dengue. A teoria que relaciona esse surgimento aos fatores individuais, virais e epidemiológicos é a ...
Teoria integral da multicausalidade
204
Qual é o marco inicial da fase crítica da doença que pode sinalizar evolução para dengue grave?
No período de defervescência (3-7 dias) ocorre aumento da permeabilidade vascular + aumento dos níveis de hematócrito
205
Como definir a diminuição da pressão de pulso presente na dengue grave (choque)?
PAs - PAd < ou = 20 mmHg
206
A prova do laço é obrigatória em todos os pacientes com suspeita de dengue e que não apresentem sangramento espontâneo. V ou F?
Verdadeiro
207
Qual é o tamanho do quadrado a ser desenhado no antebraço a fim de realizar a prova do laço? Onde exatamente desenhar?
2,5 x 2,5 cm onde houver mais petéquias no antebraço
208
Qual valor de pressão a ser insuflado no manguito com objetivo de realizar a prova do laço? Por quanto tempo deixaremos insuflado?
- Valor: (PAs + PAd) / 2 (média das pressões) - Tempo: * Adultos: 5 min * Crianças: 3 min
209
Quando considerar uma prova do laço positiva?
- Adultos: 20 ou + petéquias | - Crianças: 10 ou + petéquias
210
Qual é o fator mais importante avaliado na prova do laço?
Fragilidade capilar
211
Como podemos classificar a dengue atualmente?
1. Dengue 2. Dengue com sinais de alarme 3. Dengue grave
212
Quando classificar um paciente com Dengue (antiga dengue clássica)?
Febre 2-7 dias + 2 ou mais sintomas da doença
213
Quais são os sintomas da dengue que acompanham a febre?
1. Dor retro-orbitária, cefaleia 2. Mialgia, artralgia 3. Náuseas ou vômitos 4. Exantema (24-48h após a febre) 5. Petéquias ou prova do laço positiva 6. Leucopenia
214
Dengue pode cursar com diarreia?
Sim, porém, apesar de presente, não chama atenção (fezes pastosas 3-4x/dia)
215
Dengue com sinais de alarme no período de defervescência (3-4 dias):
1. Aumento progressivo do hematócrito 2. Hipotensão postural ou lipotímia 3. Acúmulo de líquido (ascite, DPleural, DPericárdico) 4. Dor abdominal intensa e contínua ou à palpação 5. Vômitos persistentes 6. Hepatomegalia > 2 cm 7. Letargia ou irritabilidade 8. Sangramento de mucosas
216
Como definir uma dengue como grave?
1. Choque (hipotensão, taquicardia, pressão de pulso convergente, pulso fino e rápido, TEC > 2s) 2. Sangramento grave (hematêmese, melena, SNC...) 3. Disfunção orgânica grave (hepatite AST e ALT > 1000, encefalite, miocardite...)
217
Qual é o objetivo ao solicitar hemograma para um paciente com dengue?
Avaliar hemoconcentração - Obs: obrigatório a partir do grupo B (ACM no grupo A)
218
Qual é o valor de hematócrito normal em adultos?
Homens: 46 +/- 7 Mulheres: 42 +/- 6 > 70 anos: 41 +/- 6
219
Exame padrão-ouro para diagnóstico de dengue:
Isolamento viral
220
Quais são as técnicas laboratoriais para identificação etiológica em caso de dengue?
1. Isolamento viral (até 5o dia) 2. PCR 3. Antígeno NS1 (até 3o dia)
221
Método de escolha para diagnóstico de dengue?
Sorologia (ELISA IgM) Obs: a partir do 6o dia
222
Quando solicitar os exames específicos para diagnóstico de dengue?
Período não epidêmico: todos os suspeitos Período epidêmico: grupos C e D
223
Quase todos os óbitos por dengue são evitáveis e, segundo MS, as recomendações para o manejo desses doentes não estão sendo seguidas e isso influencia diretamente a ocorrência do óbito. V ou F?
Verdadeiro
224
Dengue grupo A:
1. Ausência de sinais de alarme 2. Sem comorbidades, grupos de risco ou condições clínicas especiais 3. Prova do laço negativa
225
Abordagem do grupo A da dengue:
1. Hidratação oral em casa: - 60 ml/kg/dia: 1/3 salina em 4-6h + 2/3 líquidos caseiros 2. Sintomáticos: dipirona ou paracetamol - Não fazer: AAS e AINE 3. Orientar sinais de alarme e retorno (preencher cartão da dengue) 4. Repouso
226
Dengue grupo B:
1. Ausência de sinais de alarme 2. Sangramento de pele (espontâneo ou induzido pela prova do laço) 3. Risco social 4. Comorbidades (HAS ou DAC grave, DM, DPOC, doenças hematológicas, hepatopatia) 5. < 2 anos ou > 65 anos 6. Gestantes
227
Exame que deve ser solicitado obrigatoriamente para Dengue grupo B:
Hemograma com resultado em 2-4h (avaliar hemoconcentração)
228
Abordagem da dengue grupo B:
1. Observação + hemograma 2. Hidratação oral 60 ml/kg/dia até resultado hemograma - Hemograma com hemoconcentração: segue grupo C - Hemograma normal: segue grupo A 3. Retorno para reavaliação (48h afebril ou sinal de alarme em qualquer momento)
229
Dengue grupo C:
Presença de sinal de alarme
230
Abordagem do grupo C:
1. Internação em leito de enfermaria (mínimo 48h) 2. HV: 20 ml/kg em 2h (pode repetir até 3x) - Melhorou: 25 ml/kg em 6h seguido de 25 ml/kg em 8h - Não melhorou: segue grupo D
231
Critérios de alta hospitalar para dengue grupo C:
1. Hemodinamicamente estável durante 48h 2. Afebril por 48h 3. Melhora clínica 4. Hematócrito normal e estável por 24h 5. Plaquetas subindo e > 50k
232
Exames a serem solicitados na internação da dengue grupo C:
1. Hemograma completo 2. Albumina e transaminases 3. Imagem: Rx de tórax e USG de abdome 4. Outro: glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos ...
233
Dengue grupo D:
1. Choque 2. Sangramento grave 3. Disfunção orgânica grave
234
Abordagem da dengue grupo D:
1. Internação em CTI 2. HV: 20 ml/kg em 20 min (pode repetir até 3x) - Melhorou: volta para grupo C - Não melhorou: albumina, coloides sintéticos, plasma, CH
235
Quando fazer concentrado de plaquetas em caso de dengue?
< 50.000 + sangramento grave | < 20.000 + sangramento ativo
236
Paciente com dengue e em uso crônico de AAS e clopidogrel. Quando suspender?
Plaquetas < 30.000
237
Paciente em uso crônico de Warfarin apresenta quadro de dengue. Conduta em relação ao medicamento?
Plaquetas 30-50k: trocar por HNF | Plaquetas < 30k: suspender
238
Dengue é uma doença de notificação compulsória?
Sim e semanal | Exceção: óbito é imediata
239
Existe vacina para dengue?
Sim... Dengvaxia®️ (DENV1, 2, 3 e 4) Indicações: 9-45 anos que JÁ tiveram a doença (prevenir infecção por outros sorotipos)
240
Qual é o índice de avaliação utilizado para definir indicador entomológico do Aedes aegypti?
Índice de infestação predial (IIP) IIP = imóveis positivos / imóveis pesquisados
241
Como classificar um local em relação ao Índice de infestação predial para Aedes aegypti?
< 1%: satisfatório (não ocorrerá surtos de dengue) 1 - 3,9%: alerta > 3,9%: risco Obs: < 5% já previne epidemia de febre amarela
242
Uma nova estratégia de combate ao Aedes aegypti foi discutida no Congresso Internacional de Medicina Tropical de 2012 no RJ. Qual seria essa estratégia?
Introdução da bactéria Wolbachia na população local de mosquito a qual é responsável por bloquear a multiplicação do vírus no mosquito
243
A fêmea do Aedes aegypti transmite o vírus para seus ovos?
Sim ... há relato de transmissão transovariana
244
No Brasil, qual é o protozoário responsável pela leishmaniose visceral?
Leishmania chagasi
245
População mais acometido pelo Calazar (LV)?
Meninos até 10 anos (antes dos 5 anos, homem = mulher)
246
Cuidado, pois alguns autores consideram Leishmania chagasi como sinônimo de Leishmania ...
infantum (alguns autores consideram outra espécie, em virtude de diferenças bioquímicas)
247
Leishmania donovani causa leishmaniose visceral?
Sim. Mas, no subcontinente indiano!
248
Vetor da leishmaniose:
Flebotomíneos popularmente chamados de mosquito-palha e birigui Espécies: Lutzomyia longipalpis e cruzi
249
Hábito do Lutzomyia:
Crepuscular e noturno
250
Quem são os reservatórios da Leishmania?
Urbano: cães Silvestre: raposas e marsupiais
251
Definição de zoonose:
Infecção comum ao homem e a outros animais vertebrados
252
Dados marcantes em relação à leishmaniose visceral:
Periurbanização e urbanização
253
No ciclo evolutivo da Leishmania, no homem é encontrada no interior dos _____________ sob a forma de ___________ .
No ciclo evolutivo da Leishmania, no homem é encontrada no interior dos FAGÓCITOS MONONUCLEARES sob a forma de AMASTIGOTAS INTRACELULARES.
254
No intestino da fêmea do mosquito-palha, a Leishmania sofre uma transformação de amastigota para ...
Promastigota (forma flagelada)
255
Após diversas etapas, as promastigotas da Leishmania que estão no intestino do mosquito mudam de forma e atingem a probóscide do inseto. Qual forma é essa?
Promastigota metacíclica
256
Substância presente na saliva do mosquito que aumenta a infectividade da Leishmania promastigota metacíclica:
Maxadilano
257
Período de incubação da leishmaniose:
10 dias - 24 meses
258
Manifestação clínica e evolução de uma infecção por Leishmania depende de 2 aspectos:
1. Virulência da Leishmania | 2. Imunidade celular do indivíduo
259
Devemos entrar com tratamento específico e notificar um caso de leishmaniose inaparente ou assintomática descoberto por sorologia ou intradermorreação de Montenegro?
Não
260
Quais são as alterações que caracterizam o período inicial da Leishmaniose visceral (fase “aguda”)?
Febre + hepatomegalia + hiperglobulinemia + aumento VHS
261
Quais são as alterações que caracterizam o período intermediário da Leishmaniose visceral (“período de estado”)?
Febre arrastada + perda ponderal + palidez muco-cutânea + aumento da hepatoesplenomegalia
262
O período final do Calazar é marcado por ...
Febre contínua + comprometimento mais intenso do estado geral + desnutrição grave (semelhante ao Kwashiokor)
263
Leishmaniose dérmica pós-calazar:
Lesões cutâneas (máculas, pápulas, nódulos), principalmente na face, que surgem após Tto da leishmaniose visceral
264
Alterações laboratoriais do calazar:
1. Pancitopenia com eosinopenia 2. Hipergamaglobulinemia com inversão do padrão albumina/globulina 3. Aumento de VHS e PCR
265
Febre arrastada + bação + pancitopenia por um tempão. Pensar em ...
Leishmaniose visceral
266
Qual é a principal complicação do calazar?
Infecção bacteriana (OMA, piodermites, ITU...), em virtude da neutropenia
267
Leishmaniose e HIV. Pode ser considerada uma infecção oportunista?
Sim ... | Ocorre com CD4 < 100-200
268
Método sorológico que tem demonstrado grande valor para diagnóstico de leishmaniose visceral:
ELISA para rk39
269
Teste de Montenegro é positivo em qual tipo de leishmaniose?
1. Cutânea 2. Cutânea-mucosa 3. Assintomática
270
Diagnóstico parasitológico de leishmaniose visceral:
1. Aspirado esplênico (mais sensível, mas complica mais) 2. Aspirado de medula óssea 3. Biópsia hepática (evitar) 4. Linfonodos (sensibilidade menor)
271
Como tratar leishmaniose visceral?
Antimoniais pentavalentes (Glucantime®️) por pelo menos 20 dias
272
Contraindicações ao uso do antimonial pentavalente para tratar calazar:
1. Gestantes 2. Insuficiências (renal, cardíaca, hepática) 3. > 50 anos ou < 1 ano 4. Uso concomitante com drogas que alargam QT
273
Efeito adverso que mais chama atenção dos antimoniais pentavalentes:
Cardiotoxicidade (aumento do QT que pode evoluir para Torsades des pointes) Obs: toxicidade cumulativa
274
Casos graves de leishmaniose visceral ou refratários ao uso de antimoniais pentavalentes ou contraindicação ao uso destes ou imunodeprimidos. Como tratar?
Anfotericina B lipossomal ou Pentamidina
275
No acompanhado de doente tratado para leishmaniose visceral, qual ponto de corte cronológico utilizamos para definir recidiva ou caso novo?
12 meses
276
Paciente em tratamento para calazar ficou alguns dias sem tomar a medicação. Conduta?
Menos de 7 dias sem tomar: completar esquema Mais de 7 dias sem tomar: avaliar quantidade de doses e QC - < 10 doses: reiniciar tratamento - 10 doses ou +: reiniciar tratamento apenas se clinicamente doente. Caso contrário, observar
277
Leishmaniose visceral é doença de notificação compulsória?
Sim e semanal
278
Cão com leishmaniose visceral. Conduta recomendada pelo MS?
Eutanásia
279
Quais são as 3 espécies de Leishmania que causam leishmaniose tegumentar no Brasil?
1. L. amazonensis 2. L. guyanensi 3. L. brasiliensis
280
Evolução da lesão cutânea da leishmaniose tegumentar:
Pápula eritematosa ➡️ nódulo ➡️ úlcera (recoberta por exsudato com borda elevada)
281
O que são leishmaníades?
Lesões cutâneas satélites na vizinhança da borda do sítio primário da leishmaniose tegumentar
282
Como fazer diagnóstico de leishmaniose tegumentar?
Parasitológico direto | Intradermorreação de Montenegro (na forma difusa, é negativa)
283
Como tratar uma leishmaniose tegumentar?
Antimoniais pentavalentes + limpeza local Alternativa: anfo B ou pentamidina
284
A manifestação cardíaca clássica da doença de Lyme é:
BAV