Síndromes Ictéricas - Colestase Flashcards
(36 cards)
Três grandes grupos de doenças causadoras de colestase:
- doenças litiásicas
- doenças neoplásicas
- doenças não-litiásicas e não-neoplásicas
Triângulo de Callot:
- borda inferior do fígado
- ducto hepático comum
- ducto cístico
- conteúdo: artéria cística
Primeiro exame a ser realizado em todo quadro de colestase:
- USG abdominal:
. localiza grosseiramente a obstrução
. melhor exame p/ diagnóstico de colelitíase
. primeiro exame na suspeita de colecistite (não é o melhor, embora possa confirmar esse diagnóstico)
. não visualiza bem cálculos em colédoco
Icterícia flutuante:
- = obstrução intermitente
- bastante indicativa de doença calculosa
- pode ser resultante de neoplasias (necroses tumorais espontâneas)
Sinal de Courvoisier-Terrier:
- vesícula biliar distentida, palpável, porém indolor
- = neoplasia
CPRE:
- padrão-ouro para diagnóstico de coledocolitíase
Complicações da CPRE:
- pancreatite
- colangite
- perfuração duodenal retroperitoneal
TC de abdomen:
- para avaliar tumores periampulares
Radiografia de abdomen:
- vesícula em porcelana
- pneumobilia
- ar na parede da vesícula (colangite enfisematosa)
Colangiografia Transhepática Percutânea (CTP):
- padrão-ouro para diagnóstico de obstruções na porção proximal da via biliar
Colangioressonância:
- opção não-invasiva à CPRE na coledocolitíase
- desvantagem: não é terapêutica
Cálculos amarelos:
- mais comuns
- se formam na vesícula
- composição: colesterol
- radiotransparentes
- fatores de risco: sexo feminino, estrogênios, gravidez, multiparidade, obesidade, perda rápida de peso, doença ileal
Cálculos pretos:
- se formam na vesícula
- composição: bilirrubinato de cálcio
- radiopacos
- fatores de risco: hemólise crônica, doença ileal
Cálculos castanhos:
- se formam fora da vesícula (coledocolitíase primária)
- composição: bilirrubinato de cálcio
- causa: colonização das vias biliares por bactérias que desconjugam a BD, decorrente de obstrução prévia dessas vias
Dor biliar (cólica biliar):
- intensidade: moderada/forte
- qualidade: em ‘aperto’ ou ‘fisgada’
- localização: hipocôndrio direito ou epigástrio
- irradiação: ombro/escápula direitos
- desencadeante: alimentação
- contínua
- duração: 1-6 horas (sempre melhora!)
- manifestações associadas: náuseas, vômitos, plenitude pós-prandial
Indicações de cirurgia na colelitíase assintomática:
- cálculos grandes (> 2,5 - 3cm)
- presença de pólipos de risco:
> maiores que 1cm
> adenomatosos
> em crescimento
> em paciente > 50-60 anos - anemias hemolíticas
- vesícula em porcelana
- vesícula com anormalidades congênitas
Tratamento da colelitíase sintomática:
- sempre cirúrgico!
- CVL eletiva
Colelitíase na USG:
imagem hiperecogênica arredondada, móvel, com sombra acústica posterior
Mecanismo da inflamação na colecistite aguda:
- Químico
2. Bacteriano
Bactérias mais comuns na colecistite aguda:
- E coli
- Klebsiella sp.
- Enterococcus
Manifestações clínicas da colecistite aguda:
- dor biliar prolongada (>6h)
- febre baixa a moderada (38-39,5°)
- massa dolorosa palpável (plastrão) em QSD
- irritação peritoneal em QSD
- sinal de Murphy
- anorexia, náuseas e vômitos
Alterações laboratoriais na colecistite aguda:
- leucocitose neutrofílica (12000-15000)
- leve desvio a esquerda
- FA, AST/ALT e amilase tocadas
Colecistite vs. Pancreatite:
- na pancreatite os vômitos são bem mais proeminentes e a amilase se encontra muito elevada
USG na colecistite aguda:
- exame inicial
- pode mostrar:
> cálculo impactado
> distensão da vesícula
> espessamento da parede da vesícula (>4mm)
> coleção pericolecística
> sinal de Murphy ultrassonográfico - sensibilidade de 85% e especificidade de 95%