Toxocaríase e DUSN Flashcards

1
Q

Qual agente etiológico da Toxocaríase?

A

Toxocara canis

Nematódeo parasita de cães

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Q

Quais as síndromes clínicas da Toxocaríase?

A

Larva migrans visceral - acomete órgãos internos mas geralmente não acomete os olhos

Toxocaríase ocular

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3
Q

Qual a epidemiologia da Toxocaríase?

A

A doença é mais comum em crianças, pois estão expostas à geofagia (comer terra) e ao contato íntimo com os cães.

Baixo nível socioeconômico é outro fator de risco relevante.

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4
Q

Qual o hospedeiro definitivo da Toxocaríase?

A

Cães

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5
Q

Qual o papel do homem no ciclo biológico da Toxocaríase?

A

O homem é um hospedeiro acidental, não fazendo parte do ciclo biológico normal do parasita.

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6
Q

Como é o ciclo biológico da Toxocaríase?

A

Ovos presentes no solo são ingeridos por cães, liberando as larvas no intestino dos mesmos. Estas larvas atingem a circulação portal, e a seguir o fígado e os pulmões. Ao atingir diferentes tecidos no corpo dos cães, formam cistos.

Em cães jovens, as larvas continuam sua maturação, atingindo estágio de verme adulto. Por isso os cães menores que 6 meses são os principais transmissores. No intestino dos cães, os vermes adultos fêmeas põe ovos, que são eliminados nas fezes.

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7
Q

Qual a principal forma de contaminação do homem pela Toxocaríase?

A

Ingestão acidental de ovos de Toxocara canis por crianças

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8
Q

Qual o achado típico do hemograma na Toxocaríase?

A

A presença das larvas circulando estimula a produção de eosinófilos, sendo comum encontrarmos eosinofilia no hemograma destes pacientes.

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9
Q

Como o Toxocara atinge o olho?

A
  • Através do líquor, atingindo o espaço subaracnoideo perióptico e por fim a coróide ou
  • Através da circulação sanguínea da artéria oftálmica
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10
Q

Qual a forma clínica mais comum da Toxocaríase ocular?

A

Endoftalmite

O quadro clínico é de inflamação grave, com vitreíte e descolamento de retina exsudativo.

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11
Q

Quais são as características da forma granuloma de polo posterior da Toxocaríase ocular?

A

Lesão granulomatosa única, localizada no polo posterior, entre o disco óptico e a mácula.

Pode haver trave fibrosa conectando a lesão com o nervo óptico e a mácula.

A vitreíte é leve

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12
Q

Quais as características da forma granuloma periférico da Toxocaríase Ocular?

A

Lesão periférica em relação ao equador, próxima ao polo posterior do cristalino.

Observa-se dobras de retina e deslocamento da mácula, provocado por tração exercida pelo granuloma. O deslocamento da mácula é causa de importante baixa visual.

Vitreíte/reação de câmara anterior podem estar presentes.

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13
Q

Além da endoftalmite e granulomas de polo posterior e periférico, qual é a outra forma de acometimento da Toxocaríase ocular?

A

DUSN

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14
Q

Como é feito o diagnóstico da Toxocaríase?

A

Clínico-epidemiológico +

ELISA - Teste sorológico com alta sensibilidade e especificidade. Sorologia sanguínea negativa não exclui o diagnóstico. Caso a suspeita seja forte e a sorologia seja negativa, pode-se pesquisar os anticorpos no vítreo ou humor aquoso.

Eosinofilia e leucocitose no hemograma - mais comum na forma visceral.

Ultrassonografia modo B - importante no diagnóstico diferencial com retinoblastoma, especialmente se houver opacidades de meios.

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15
Q

Como é o tratamento da Larva migrans Visceral?

A

Larva Migrans Visceral (LMV): anti-helmíntico sistêmico - Mebendazol/Albendazol/Tiabendazol. A LMV é geralmente benigna e auto-limitada.

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16
Q

Como é o tratamento da Toxocaríase ocular?

A

Toxocaríase ocular: corticóide por via oral é o principal pilar terapêutico, reduzindo a inflamação e a gravidade das lesões oculares. Associa-se Albendazol, mas a penetração ocular é baixa.

Fotocoagulação a laser pode ser utilizada para destruir a larva se a mesma for observada no espaço subrretiniano.

17
Q

Como é o prognóstico da Toxocaríase ocular?

A

O prognóstico dos casos de toxocaríase ocular é variável.

Os casos de endoftalmite, DUSN e granuloma de polo posterior tem prognóstico visual muito ruim.

18
Q

O que é DUSN?

A

A neurorretinite subaguda unilateral difusa (DUSN) é uma doença de etiologia parasitária, causada por nematódeos.

19
Q

Qual a epidemiologia da DUSN?

A

Doença mais comum no sexo masculino, em crianças e adultos jovens, sem predileção por raça.

20
Q

Quais nematódeos podem causar DUSN?

A

Nematódeos de tamanho pequeno (até 1.000 µm): Ancylostoma caninum e Toxocara canis (ambos são parasitas de cães).

Nematódeos de tamanho grande (maiores que 1.000 µm): Baylisascaris procyonis (parasitas de guaxinims e gambás).

21
Q

Como os humanos podem ser infectados pelas larvas da DUSN?

A

O nematódeo pode infectar humanos através da ingestão de ovos embrionados ou através da penetração da larva através da pele.

22
Q

Como as larvas da DUSN atingem o espaço subrretiniano?

A

Através da circulação sanguínea

23
Q

Como as larvas causam dano à retina na DUSN?

A
  • Liberação de toxinas que lesam a retina externa e interna, promovem perda progressiva de células ganglionares e por fim atrofia óptica.
  • Trauma mecânico pela migração da larva no espaço subrretiniano.
24
Q

Quais são as manifestações da DUSN na fase aguda?

A

Geralmente unilateral e assintomática/pouco sintomática. Pode haver escotomas centrais/paracentrais, reação de câmara anterior/vitreíte leve e DPAR

Fundoscopia

Múltiplas lesões retinianas numulares, profundas, menores que 1 diâmetro de disco, amareladas, transitórias e migratórias. Representam resposta inflamatória retiniana a toxinas do nematódeo.

O nervo óptico pode estar hiperemiado/edemaciado ou estar normal. A larva pode ser observada no espaço subrretiniano em uma porcentagem dos casos.

As lesões regridem após dias/semanas.

25
Q

Quais as alterações da fase crônica da DUSN?

A

Caso o paciente não seja tratado precocemente, evolui para a forma crônica. O diagnóstico normalmente é realizado nesta fase.

Observa-se degeneração difusa do EPR e alterações pigmentares retinianas, assim como estreitamento arteriolar. O nervo óptico encontra-se atrófico e DPAR é observado.

O aspecto da retina é semelhante à retinose pigmentar

26
Q

Como é o diagnóstico da DUSN?

A

O diagnóstico de certeza depende da identificação da larva no espaço subrretiniano, podendo ser encontrada em qualquer estágio da doença. Entretanto, sua localização é muitas vezes difícil.

27
Q

Qual o achado do ERG na DUSN?

A

O achado típico é o ERG eletronegativo, isto é, com diminuição da amplitude da onda B maior que da onda A

28
Q

Como é o tratamento da DUSN?

A

Fotocoagulação a laser (laser de Argônio) do nematódeo, caso o mesmo seja encontrado.

Albendazol 400 mg/dia por 30 dias caso o nematódeo não seja encontrado ou caso a vitreíte impeça a fotocoagulação. Alternativas: Tiabendazol/Ivermectina.

Corticóides (Prednisona 0,5-1,0 mg/kg/dia) podem ser utilizados caso haja vitreíte, mas não alteram o curso natural da doença.