Trauma Flashcards
1
Q
Qual explicação para ocorrência de lesão renal aguda em pacientes que sofrem queimadura elétrica?
A
Ocorre uma rabdomiólise secundária à corrente elétrica, com posterior mioglobinúria.
2
Q
Quais 3 passos constituem a conduta em pacientes com lesão renal aguda por queimadura elétrica?
A
1) Hiperhidratação (7 mL/kg/%SCQ) de cristaloides em 24h;
2) Alcalinização da urina;
3) Estimulação da diurese osmótica com manitol (facilita eliminação de mioglobina).
3
Q
A lesão inalatória com queimaduras de vias aéreas é semelhante a que quadro? Quais principais agentes causadores?
A
1) Síndrome da Angústia Respiratória no Adulto (SARA);
2) Agentes químicos, principalmente.
4
Q
Quais 3 passos constituem a conduta em pacientes com lesão de via aérea por queimadura química?
A
1) IOT;
2) VM c/ FiO2 > 50%;
3) Limpeza frequente c/ aspiração de via aérea.
5
Q
O que é a úlcera de Curling?
A
Úlcera péptica por estresse, típica do paciente queimado.
6
Q
Quais 3 características da queimadura de 1o grau?
A
1) Atingem só a epiderme;
2) São dolorosas;
3) Apresentam eritema cutâneo.
7
Q
O que são as queimaduras de 2o grau? Como são divididas e quais delas provocam mais dor?
A
1) Lesão da epiderme e, em certo grau, da derme;
2) Podem ser divididas em superficiais e profundas, sendo as primeiras muito dolorosas pela exposição de terminações nervosas livres;
8
Q
Quais 3 características da queimadura de 3o grau?
A
1) Destruição de toda derme, impedindo reepitelização;
2) Não há dor, visto que as terminações nervosas já foram destruídas;
3) Só cicatrizam por contração ou enxertia.
9
Q
O que é acetato de mafenida?
A
É uma sulfonamida utilizada como ATB principalmente em grandes queimados por sua ampla atividade contra Gram -, em especial Pseudomonas spp.
10
Q
Quais 2 principais indicações de uso de mafenida?
A
1) Grandes queimados c/ infecção por Gram -, principalmente nos casos de falha terapêutica com outros agentes;
2) Feridas infectadas e com tecido necrótico (penetra bem nas escaras e evita proliferação bacteriana).
11
Q
Quais 2 principais inconvenientes da mafenida?
A
1) Dor intensa durante aplicação;
2) Acidose metabólica pela inibição da anidrase carbônica.
12
Q
Qual é a complicação infecciosa mais comum no paciente grande queimado?
A
Pneumonia, visto que normalmente apresentam lesão de via aérea e frequentemente são colocados sob VM.
13
Q
Com relação à resistências dos tecidos à passagem de corrente elétrica, qual ordem decrescente de resistência dos seguintes tecidos: músculo, nervo, vaso e osso?
A
Osso > músculo > nervo > vasos.
14
Q
As queimaduras de espessura total de membro podem evoluir para que quadro? Quais 2 procedimentos necessários no tratamento desse quadro?
A
1) Síndrome compartimental do membro afetado;
2) Fasciotomia e escarotomia.
15
Q
Qual principal mecanismo de choque no paciente grande queimado?
A
Perda da termorregulação.
16
Q
Qual via preferencial de administração de fármacos nos politraumatizados (incluindo grandes queimados)?
A
IV.
17
Q
Quais 4 sintomas presentes no quadro clínico sugestivo de lesão térmica de vias aéreas?
A
1) Edema de face;
2) Estridor;
3) Roncos;
4) Queimaduras de cílios e vibrissas nasais.
18
Q
Qual varição de taxa de metabolismo nos seguintes quadros:
1) Jejum prolongado;
2) Fraturas ortopédicas;
3) Sepse;
4) Grande queimado.
A
1) Diminuição da taxa entre 10-30%;
2) Aumento da taxa entre 10-30%;
3) Aumento da taxa entre 30-60%;
4) Aumento da taxa entre 50-100% (depende da SCQ).
19
Q
Nas queimaduras de 3o grau, além da perda de sensibilidade à dor, quais outras duas perdas ocorrem?
A
Sensibilidade tátil e à pressão.
20
Q
Quais 4 condutas iniciais em grandes queimados com suspeita de lesão inalatória?
A
1) Cuidados imediatos com as vias aéreas;
2) Hidratação venosa;
3) Cateter urinário;
4) Exames laboratoriais.
21
Q
Quais 4 principais alterações presentes na resposta hipermetabólica após grandes queimaduras.
A
1) Aumento da temperatura corpórea;
2) Aumento do consumo de glicose e O2;
3) Aumento da formação de CO2;
4) Glicogenólise, lipólise e proteólise.
22
Q
Em politraumatizados, quais 2 condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra A?
A
IOT e colar cervical p/ proteção da coluna cervical.
23
Q
Em politraumatizados, quais 2 condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra B?
A
Suporte de O2 e RX de tórax na sala de emergência.
24
Q
Em politraumatizados, quais 4condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra C?
A
1) Garantir 2 acessos periféricos;
2) Infusão de cristaloides aquecidos;
3) Solicitar hemoderivados;
4) FAST ou lavado peritoneal caso o RX tórax esteja normal.
25
Em politraumatizados, quais 2 condutas preconizadas no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra D?
Garantir via aérea adequada e manter oxigenação e controle de PA.
26
Em politraumatizados, qual conduta preconizada no ABCDE do ATLS, levando em conta a letra E?
Manter paciente aquecido.
27
Em pacientes politraumatizados com pneumotórax hipertensivo diagnosticado, qual a 1a conduta?
Punção descompressiva no 2o espaço intercostal, na linha hemiclavicular.
OBS: A IOT antes do procedimento tende a agravar o caso.
28
Paciente politraumatizado com dor difusa à palpação, com DB dolorosa (indicando peritonite), tem indicação formal de qual procedimento?
Laparotomia exploradora.
29
Qual conduta em paciente politraumatizado, estável hemodinamicamente, Glasgow 14, com queixa de dor abdominal?
TC abdome.
30
No atendimento pré-hospitalar do politraumatizado, qual a 1a medida a ser tomada?
Garantir a segurança do local.
31
Na impossibilidade de IOT, qual via aérea definitiva cirúrgica de escolha? Quais duas situações ela não é usada?
1) Cricotireoidostomia;
| 2) Usada a traqueostomia nos traumas de laringe e em menores de 12 anos.
32
Quais 4 principais indicações de via aérea definitiva?
1) Apneia;
2) Trauma maxilofacial grave c/ sangramento profuso de orofaringe;
3) Vômitos incoercíveis;
4) Rebaixamento do nível de consciência traduzido por Glasgow < 9.
33
Quais 2 contraindicações p/ realização de intubação nasotraqueal?
Apneia e pacientes com sinais de fratura de base de crânio.
34
Quais 6 etapas da sequência rápida de intubação?
1) Preparação;
2) Pré-oxigenação;
3) Sedação (pré-medicação);
4) Pressão cricoide (manobra de Sellick);
5) Paralisia muscular;
6) Intubação.
35
Quais 3 principais achados compatíveis com rotura traumática de aorta?
1) PA assimétrica;
2) Alargamento de mediastino ao RX;
3) Desvio de traqueia ao RX.
36
Qual indicação de toracotomia na sala de emergência?
Vítimas de lesão penetrante (preferencialmente arma branca), com parada cardíaca presenciada ou que cheguem à emergência em AESP (provavelmente tamponamento cardíaco).
37
Qual a definição de hemotórax maciço?
Drenagem imediata de 1500 mL de sangue ou acima de 200-400 mL/h nas primeiras 2h.
38
Quais 3 condutas no paciente c/ tórax flácido?
1) Oxigenoterapia;
2) Analgesia;
3) Internação e avaliação de necessidade de IOT e VM.
39
O que é a zona de Ziedler?
Região entre a linha axilar anterior esquerda, linha paraesternal direita, 2o espaço intercostal esquerdo e 6o espaço intercostas esquerdo, onde estão presentes importantes estruturas cardíacas potencialmente afetas por trauma.
40
Quais os 4 principais sinais radiográficos de ruptura traumática de aorta?
1) Alargamento de mediastino ≥ 6 cm em < 60 anos e ≥ 8 cm em > 60 anos;
2) Desvio da traqueia p/ direita;
3) Rebaixamento do brônquio-fonte esquerdo;
4) Hemotórax esquerdo.
41
No pneumotórax hipertensivo, qual a causa da instabilidade hemodinâmica?
Prejuízo extremo do retorno venoso, levando à queda abrupta da pré-carga.
42
Quais as 6 lesões com maior risco de morte no trauma torácico?
1) Obstrução de vias aéreas;
2) Pneumotórax hipertensivo;
3) Hemotórax maciço;
4) Pneumotórax aberto;
5) Tórax instável c/ contusão pulmonar;
6) Tamponamento cardíaco
43
Quais 2 opções terapêuticas no paciente traumatizado com suspeita de tórax instável?
1) A melhor terapia é a de IOT + VM por um curto espaço de tempo (de forma a prevenir hipóxia até diagnóstico de todas as lesões;
2) Analgesia c/ bloqueios intercostais, administração de O2 suplementar por cateter nasal e infusão cautelosa de líquidos (terapia definitiva).
44
Em vítimas de lesão por projéteis de alta velocidade com embolia gasosa, qual a causa da morte precoce?
Fístulas alveolocapilares (que causam EAP e insuficiência respiratória aguda).
45
Qual principal complicação da broncoscopia ambulatorial?
Pneumotórax.
46
Em traumas penetrantes no adulto, com evolução p/ tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo, qual medida inicial é contra-indicada e porque?
IOT, por exacerbar hipotensão e agravar estado hemodinâmico dos pacientes.
47
Qual medida inicial no tratamento de trauma penetrante em adultos que evoluem p/ tamponamento cardíaco?
Punção de Marfan (pericardiocentese).
48
Qual medida inicial no tratamento de trauma penetrante em adultos que evoluem p/ pneumotórax hipertensivo?
Toracocentese descompressiva em 2o espaço intercostal, na linha hemiclavicular.
49
Ao RX, qual achado sugestivo de aspiração gástrica?
Condensação na base direita (local mais frequentemente acometido).
50
Paciente politraumatizado com dor torácica e infiltrado pulmonar ao RX. Qual principal diagnóstico?
Contusão pulmonar.
51
Paciente politraumatizado submetido à drenagem pleural, com saída de líquido de aspecto leitoso no 3o dia pós-drenagem. Qual hipótese diagnóstica e qual exame solicitado para corroborar a hipótese?
Quilotórax secundário à lesão do ducto torácico. Para confirmar diagnóstico, dosa-se os triglicérides no líquido drenado.
52
Pacientes politraumatizados submetidos à drenagem pleural que persistem c/ borbulhamento e sem expansão completa apresentam que possível diagnóstico?
Lesão brônquica.
53
Qual principal mecanismo que leva os pacientes c/ tórax instável à hipóxia?
Contusão pulmonar
54
Após tratamento do pneumotórax aberto com curativo de 3 pontas, o que o paciente pode desenvolver?
Pneumotórax hipertensivo.
55
Qual conduta em paciente politraumatizado com parada cardíaca presenciada à admissão?
Toracotomia de reanimação na sala de emergência.
56
O que constitui a toracotomia de reanimação em pacientes politraumatizados com parada cardíaca presenciada à admissão e quais seus 4 passos cirúrgicos?
Toracotomia anterolateral esquerda.
Os 4 passos são:
1) Evacuação do tamponamento cardíaco;
2) Controle de hemorragias intratorácicas;
3) Massagem cardíaca aberta;
4) Clampeamento da aorta descendente.
57
Qual tratamento do pneumotórax aberto e qual seu objetivo?
Curativo de 3 pontas, criando um mecanismo valvular que impede a progressão do pneumotórax até que seja feito o tratamento definitivo.
58
Qual a sequência mais adequada p/ atendimento de um pneumotórax hipertensivo?
Suporte não-invasivo de O2 --> Punção torácica --> Drenagem de tórax --> RX de controle.
59
Definição de tórax instável
Fratura de 2 ou mais arcos costais consecutivos em 2 pontos diferentes, ficando uma parte da parede torácica "flutuante", responsável pelo movimento paradoxal.
60
Quais 3 parâmetros estão presentes tanto no tamponamento cardíaco quanto no pneumotórax hipertensivo?
1) Estase jugular;
2) Taquicardia;
3) Amplitude do pulso.
61
Qual localização do lobo médio direito?
Entre as fissuras horizontal e oblíqua, correspondendo topograficamente aos 4o e 5o espaços intercostais na parede anterior.
62
Nos traumas torácicos, quais 6 principais indicações de toracotomia ou esternotomia imediatas?
1) Hemotórax > 1500 mL;
2) Sangramento pelo dreno torácico > 200 mL por 3h;
3) Tamponamento cardíaco;
4) Ferida mediastinal infectante;
5) Pneumotórax aberto;
6) Lesão esofágica.
63
Nos traumas torácicos, os derrames pleuras devem ser drenados com que tipo de dreno e em que localização?
38 F (grande calibre para saída de coágulos), no 5o espaço intercostal na linha axilar média.
64
Quais 2 principais critérios para retirada de dreno torácico?
1) Boa expansão torácica ao EF e na RX (realizada todos os dias);
2) Ausência de débito aéreo e líquido significativo (< 100 mL em 24h);
65
Nos traumas abdominais fechados, o que é a hemorragia em 2 tempos e a que se deve?
Classicamente associada ao trauma esplênico. Num 1o momento, após o trauma, ocorre sangramento pela lesão no baço, que é tamponada localmente. Após algumas horas, esse tamponamento pode se desfazer por aumento da PA ou por movimento brusco, retornando o sangramento.
66
Do que consiste a manobra de Pringle, que pode se realizada no controle de hemorragias no trauma hepático?
Pinçamento das estruturas do hilo hepático (A. Hepática própria, V. Porta e V. Biliar Principal)
67
No tratamento cirúrgico de traumas hepáticos, a persistência de hemorragia mesmo com manobra de Pringle é indicativo do que?
Indicativo de que a origem da hemorragia é extra-hepática, sendo a 1a hipótese a de lesão de V. Cava retro-hepática.
68
Em traumas abdominais fechados com lesão de órgãos parenquimatoso, quais parâmetros que permitem abordagem conservadora?
Paciente consciente e hemodinamicamente estável
69
O que o lavado peritoneal indica e qual a abordagem?
Indica lesão de víscera parenquimatosa intra-abdominal. Em pacientes hemodinamicamente instáveis, deve-se realizar laparotomia exploradora.
70
Como é definida a pressão de perfusão abdominal?
PPA = PAM - PIA (pressão intra-abdominal).
71
Quais as 3 principais consequências da síndrome compartimental abdominal?
1) Diminuição do retorno venoso;
2) Aumento da pressão intra-craniana;
3) Oligúria e anúria
72
No trauma abdominal fechado, a presença de pneumoretroperitônio é indicado de que?
Lesão de duodeno em suas porções retroperitoniais (2a, 3a e 4a porções).
73
O que é a chamada cirurgia de controle de danos e qual sua indicação ?
1a abordagem p/ controle temporário das lesões com maior risco à vida em pacientes graves dentro da chamada tríade letal (acidose, hipotermia e coagulopatia), acompanhada de fechamento temporário da cavidade e reanimação em UTI por 48-72h para que então se programe a cirurgia de controle definitivo das lesões.
74
No trauma pancreático com secção do ducto, qual abordagem mais apropriada?
Pancreatectomia corpocaudal.
75
O que é o sinal de Kehr e ao que pode estar associado?
Dor aguda no ombro por irritação do diafragma homolateral. Pode ser causado por sangramentos ou hematomas secundários a lesões hepáticas e esplênicas.
76
Qual orgão mais comumente lesado em pacientes com o "sinal do cinto de segurança"?
Intestino delgado (principalmente nas suas porções retroperitoneais, com possível compressão contra a coluna vertebral.
77
Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau I?
Contusões e hematomas subcapsulares.
78
Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau II?
Lacerações < 1 cm s/ lesão do sistema coletor.
79
Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau III?
Lacerações > 1 cm s/ lesão do sistema coletor.
80
Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau IV?
Lesão do sistema coletor ou grande laceração.
81
Na classificação de trauma renal, o que compreende o grau V?
Avulsão do hilo renal, trombose da A. renal ou múltiplas fragmentações do órgão.
82
Quais as 2 principais causas de lesão de reto?
Traumas penetrantes e lesões por empalamento.
83
A fratura de bacia normalmente está associada à lesão de qual órgão?
Bexiga.
84
Quais 3 sintomas sugestivos de hemobilia? Qual a causa mais comum de hemobilia?
HDA, dor abdominal e icterícia.
Trauma hepático é a principal causa de hemobilia.
85
Qual a conduta preconizada nos quadros sugestivos de hemobilia?
Arteriografia (diagnóstica e terapêutica).
86
Em ferimentos colônicos, quando é indicada rafia primária da lesão?
Paciente estável hemodinamicamente, sem contaminação grosseira da cavidade, independente da porção colônica afetada.
87
Em ferimentos colônicos c/ pacientes instáveis ou com contaminação prolongada, qual tratamento preconizado?
Exteriorização da lesão e sepultamento do coto distal p/ posterior reconstrução do trânsito intestinal.
88
Qual exame mais sensível na suspeita de trauma abdominal c/ choque hemorrágico?
Lavado peritoneal (sensibilidade de 98% e especificidade de aprox. 100%).
89
Nos traumas abdominais, o que é a chamada tríade de Sandblom e é sugestiva de que quadro?
Tríade: dor abdominal + icterícia + hematêmese; sugestiva de hemobilia.
90
Qual diferença de mecanismo das rupturas de bexiga extraperitoneias e intraperitoneias?
Extraperitoneais: associadas a mecanismo de fratura de bacia;
Intraperitoneais: mecanismo de aumento da pressão por uma bexiga cheia.
91
Qual ruptura de bexiga mais frequente: extra ou intraperitoneal?
Extra, por se associar a fratura de bacia.
92
Qual única contra-indicação absoluta de lavado peritoneal?
Clara indicação de laparotomia exploradora (instabilidade hemodinâmica).
93
Quais 5 critérios positivam o lavado peritoneal?
1) Aspiração de sangue > 10 mL;
2) Hemácias > 100.000;
3) Leucócitos > 500;
4) Amilase > 175;
5) Presença de bile, fezes ou restos alimentares.
94
Quais 2 contraindicações à incisão infraumbilical para realização de lavagem peritoneal?
Gravidez e fratura de bacia.
95
Qual definição de hipertensão intra-abdominal (HIA)?
A HIA é definida como presença repetida ou sustentada de PIA ≥ 12 mmHg.
96
Quais os 4 graus de hipertensão intra-abdominal (HIA)?
Grau I: PIA entre 12 e 15 mmHg;
Grau II: PIA entre 16 e 20 mmHg;
Grau III: PIA entre 21 e 25 mmHg;
Grau IV: PIA > 25 mmHg.
97
Em relação à pressão intra-abdominal (HIA), quando ocorre a síndrome compartimental abdominal (SCA)?
SCA ocorre quando PIA > 20 mmHg (graus III e IV de HIA).
98
Nas suspeitas de síndrome compartimental abdominal (SCA), quando está indicada laparotomia descompressiva?
Quando a pressão de perfusão abdominal (PPA) estiver menor que 50 mmHg.
Lembrar: PPA = PAM - PIA. Laparotomia descompressiva de PPA < 50
99
Em fraturas de últimos arcos costais à esquerda, o que se deve pensar de possível lesão intra-abdominal?
Trauma esplênico.
100
Em fraturas de pelve, qual exame essencial que deve ser realizado antes da tentativa de sondagem vesical?
Toque retal, de forma a identificar hematomas perineais ou uretrorragia.
101
Qual melhor exame p/ avaliar possível lesão de reto secundária à ferimento por projétil de arma de fogo em região glútea?
Retossigmoidoscopia.
102
Nos casos dramáticos de lesão de VCI retro-hepática, qual tratamento preconizado?
Shunt intracava, com colocação de dreno de tórax dentro da V. Cava, laçando-se as porções supra e infra-hepáticas.
103
Qual é o 1o sinal de síndrome compartimental do membro?
Dor.
104
Em fasciotomias em membro inferior, quantas incisões são realizadas e em quais regiões?
2 incisões, uma medial à tíbia (descomprime os grupos posteriores superficial e profundo) e outra lateral (descomprime os grupos anterior e lateral).
105
Em fraturas de bacia, qual conduta após realização de laparotomia explorada e/ou redução e fixação da fratura que evolui com instabilidade hemodinâmica?
Arteriografia p/ embolização arterial dos vasos ilíacos que irrigam as estruturas pélvica.
106
O que é o manitol e por que é usado em pacientes c/ TCE que evoluem c/ aumento da PIC?
Diurético osmótico potente que permite redução da PIC.
107
Qual contra-indicação para uso de manitol nos pacientes politraumatizados c/ TCE?
Pacientes hipotensos, visto que o manitol pode pior o quadro.
108
O quadro de hematoma subdural crônico geralmente está relacionado a que tipo de trauma?
Traumas de baixo impacto, mas de repetição, como quedas frequentes da própria altura.
109
Qual via preferencial na monitorização da PIC nos pacientes politraumatizados com TCE?
Drenagem através de cateter ventricular, por mais risco de herniação na drenagem lombar.
110
Em traumas c/ TCE e quadro de "intervalo lúcido" são sugestivos de que?
Hematoma epidural (extradural).
111
Qual valor de normalidade da PIC?
Em teoria, de 0-15 mmHg, aceitando-se na prática clínica até 20 mmHg.
112
Qual a principal causa de HSA?
Trauma.
113
Quais 5 principais sintomas associados ao HSA secundário ao trauma.
1) Cefaleia súbita de forte intensidade;
2) Alteração transitória do nível de consciência;
3) Fraqueza em MMII;
4) Vômitos em jato;
5) Rigidez nucal.
114
Quadros severos de HIC estão associados clinicamente com a tríade de Cushing. Do que consiste a tríade?
Hipertensão, bradicardia e alteração do ritmo respiratório (bradipneia ou ritmo de Cheyne-Stokes).
115
Qual mecanismo pelo qual a hiperventilação é preconizada nos TCEs com aumento da PIC?
A redução da PaCO2 arterial pela hiperventilação determina uma alcalose e o aumento do pH tem
um efeito direto sobre as arteríolas, provocando vasoconstrição. Preconiza-se um pCO2 até 30 mmHg, abaixo do qual há risco de diminuição da perfusão cerebral.
116
Qual principal quadro a ser evitado nos TCEs?
Hipovolemia.
117
Qual causa mais comum de choque hipovolêmico em crianças?
Lesões de vísceras parenquimatosas abdominais.
118
Por quantas vezes o ATLS recomenda infusão de cristaloides se quadro refratário?
Até 3 infusões c/ cristaloides p/ se pensar em infusão de hemoderivados.
119
Como é a classificação do TCE conforme escala de Glasgow?
TCE leve: 13-14;
TCE moderado: 9-12;
TCE grave: 3-8.
120
Por qual razão as fraturas de arcos costais são raros nas crianças?
O gradeado costal é bastante elástico em função do componente cartilaginoso.
121
Quais sintomas presentes na chamada tríade do trauma de laringe?
Rouquidão + Enfisema subcutâneo + lesão palpável.
122
Qual conduta nas fraturas de ossos nasais que evoluem p/ hematoma septal?
Drenagem precoce em centro cirúrgico e antibioticoterapia p/ evitar formação de abcessos no local.
123
Quais 2 casos em que a traqueostomia é realizada na Emergência em relação à cricotireoidostomia por punção?
Crianças < 12 anos ou fraturas de laringe.
124
Em fraturas dos ossos nasais, quais períodos ideias para intervenção cirúrgica?
Até 3h do trauma (antes que o edema se instale) ou entre 7-15 depois. Após 15 dias, a consolidação ocorre e dificulta a correção.
125
Como deve ser a abordagem cirúrgica nos casos de rotura diafragmática na fase precoce e na tardia?
Precoce: via abdominal, pois não haverá aderências torácicas e melhor avaliação de possíveis lesões intra-abdominais;
Tardia: via toracotomia, por presença de aderências intra-torácicas.
126
Cite 3 alterações características ao EF de pacientes com tamponamento cardíaco?
1) Pulso paradoxal (diminuição de mais de 10 mmHg do valor da PA sistólica na inspiração);
2) Tríade de Beck (hipotensão, ingurgitamento jugular e abafamento de bulhas cardíacas);
3) Sinal de Kussmaul (aumento da dilatação das veias jugulares a cada inspiração).
