Trauma torácico Flashcards

1
Q

Qual é a segunda principal causa de morte por trauma?

A

• As lesões de tórax são a segunda principal causa de morte por trauma, são 20-25% das fatalidades traumáticas

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2
Q

Os pacientes vítimas de ferimentos penetrantes no tórax com trauma isolado ou as vítimas de politrauma devem ser atendidos segundo os critérios do ATLS
Verdadeiro ou falso?

A

Verdadeiro

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3
Q

TRAUMA TORÁCICO

A

• Os pacientes vítimas de ferimentos penetrantes no tórax com trauma isolado ou as vítimas de politrauma devem ser atendidos segundo os critérios do ATLS
• As lesões de tórax são a segunda principal causa de morte por trauma, são 20-25% das fatalidades traumáticas
• Importante causa de morte evitável
• A maioria das lesões torácicas são tratadas: analgesia, suporte ventilatório e drenagem torácica
• Menos de 10% dos traumatismos torácicos fechados e 15-30% dos penetrantes evoluem para toracotomia
• ↓O2, ↑CO2, ↓pH
O principal objetivo na avaliação das lesões torácicas é combater a hipoxemia, obstrução de via aérea, hipovolemia, alteração de pressão, alteração de ventilação/perfusão.

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4
Q

Etiologia do trauma torácico

A

• Traumas contusos (acidentes carro, moto)
• Penetrantes (intencionais com arma branca e de fogo)
• Acidentes automobilísticos com ferimentos
penetrantes associados

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5
Q

Fisiopatologia do trauma torácico

A
  • Como os órgãos da respiração e circulação estão no tórax, uma lesão torácica grave pode produzir distúrbios fisiológicos da ventilação e circulação que põem em risco a vida
  • A fisiopatologia do trauma torácico está relacionada com três alterações básicas: hipóxia, hipercapnia e acidose.
  • O trauma torácico leva a hemorragia intensa que diminui a oferta de oxigênio causando hipóxia tecidual e acidose, pode também levar a hipoventilação, alteração na perfusão e hipercapnia
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6
Q

Mecanismos geradores de hipóxia no trauma torácico

A

Mecanismos -> causas
• Hipoventilação -> sangramentos
• Alteração na relação ventilação/perfusão -> contusão, hematomas, colapso alveolar
• Alterações pressóricas -> pneumotórax hipertensivo, hemotórax
Hipercapnia: acúmulo de CO2 devido a ventilação inadequada (alterações nas relações pressóricas da cavidade torácica, que podem gerar colapso pulmonar e pelo rebaixamento do nível de consciência)
Acidose metabólica: gerada pelo estado de hipoperfusão tecidual (choque)

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7
Q

Avaliação inicial do trauma torácico

A

• Correção da hipóxia
• Identificação das lesões de risco
• Tratamento definitivo
*Não se deve explorar o ferimento

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8
Q

Lesões com RISCO IMINENTE DE VIDA

A
(devem ser diagnosticadas e prontamente tratadas no exame primário)
•	Obstrução de via aérea 
•	Pneumotórax hipertensivo 
•	Pneumotórax aberto
•	Tórax instável
•	Hemotórax maciço
•	Tamponamento cardíaco
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9
Q

Lesões com POTENCIAL RISCO DE VIDA

A
(devem ser suspeitadas e investigadas/tratadas no exame secundário)
•	Pneumotórax simples
•	Hemotórax
•	Contusão pulmonar
•	Laceração traqueobrônquica
•	Traumatismo contuso do coração
•	Ruptura traumática de aorta 
•	Ruptura traumática de diafragma 
•	Ferimentos transfixantes do mediastino
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10
Q

Obstrução de via aérea no trauma torácico

A

Causas: Sangue, corpo estranho, ferimentos penetrantes, trauma traqueal, luxação da cabeça posterior da clavícula com obstrução da laringe
Quadro clínico: Dispneia, taquipneia, estridor, rouquidão, dificuldade de fonação
Tratamento: Oxigênio suplementar, desobstrução de via aérea por manobras ou via aérea definitiva

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11
Q

Causas de Pneumotórax hipertensivo

A
  • Ferimentos penetrantes com arma de fogo ou arma branca, quando ocluem por completo a lesão da parede
  • Lesões pulmonares
  • Lesões brônquicas
  • Ventilação mecânica com pressão positiva em pacientes com lesão da pleura visceral
  • Vazamento de ar para cavidade pleural (tanto ar oriundo do pulmão como através da parede torácica, por um sistema de válvula unidirecional)
  • O ar entra para a cavidade pleural sem a possibilidade de sair colapsando completamente o pulmão e o mediastino deslocando-o para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso e comprimindo o pulmão contralateral
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12
Q

Quadro clínico e diagnóstico de Pneumotórax hipertensivo

A
Diagnóstico: CLÍNICO!!
Quadro Clínico: 
•	Dor torácica
•	Dispneia
•	Taquicardia 
•	Hipotensão
•	Distensão de veias do pescoço 
•	Cianose
•	Hipertimpanismo a percussão do hemitórax afetado 
•	Ausência de murmúrio vesicular 
•	Desvio de traqueia
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13
Q

Tratamento de Pneumotórax hipertensivo

A

Tratamento:
• Descompressão imediata – punção com agulha
• Tratamento definitivo com dreno de tórax

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14
Q

Causas de Pneumotórax aberto (Ferida torácica aspirativa)

A

• Diâmetro: 2/3 da luz traqueal
• Ferimento aspirativo
Causas:
• Grandes ferimentos na parede torácica, que permanecem abertos
• Equilíbrio entre as pressões atmosféricas e intratorácicas
• Se a abertura na parede é de aproximadamente 2/3 do diâmetro da traqueia o ar vai passar preferencialmente durante o esforço respiratória pela lesão da parede que tem menor resistência, prejudicando a ventilação, levando a hipóxia e hipercapnia

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15
Q

Tratamento - Pneumotórax aberto

A

Tratamento imediato: Curativo de 3 pontas

Tratamento definitivo: Fechamento da ferida e drenagem pleural fechada

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16
Q

Causa - Tórax instável (Retalho costal móvel)

A

Causas:
• Quando um segmento da parede torácica não tem mais continuidade óssea com o resto da caixa torácica
• Duas ou mais fratura em dois ou mais lugares
• Esse segmento torácico instável resulta em grande prejuízo dos movimentos normais da parede torácica gerando hipóxia

17
Q

Tratamento - Tórax instável (Retalho costal móvel)

A
  • Analgesia vigorosa
  • Suporte ventilatório – oxigênio suplementar
  • Ventilação mecânica quando necessário
18
Q

Diagnóstico - Tórax instável (Retalho costal móvel)

A
  • RX: múltiplas fraturas de arcos costais, pode ter disjunção costocondral
  • TC: mostra em detalhes a contusão pulmonar
19
Q

Quadro clínico - Tórax instável (Retalho costal móvel)

A
  • Dispneia
  • Inspeção: movimento paradoxal do tórax
  • Palpação: crepitação de arcos costais
  • Dor intensa
20
Q

Hemotórax maciço

A
  • Acúmulo de sangue no hemotórax prejudicando de forma significativa a ventilação
  • O acúmulo maciço de sangue pode resultar em hipotensão e choque
  • Hemotórax maciço resulta do rápido acúmulo de mais de 1500 ml de sangue ou 1/3 da volemia da cavidade torácica
21
Q

Principal causa de Hemotórax maciço

A

Mais comumente por ferimentos penetrantes que dilaceram os vasos sistêmicos ou hilares

22
Q

Quadro clínico - Hemotórax maciço

A
  • Hipotensão
  • Hipóxia
  • Colapso de veias do pescoço devido hipovolemia
  • Ausência de murmúrio vesicular no hemitórax acometido
  • Percussão: macicez
23
Q

Tratamento - Hemotórax maciço

A
  • Toracostomia com drenagem pleural fechada
  • Toracotomia: pacientes que drenam 1500 ml de imediato, que não respondem a drenagem e a reposição volêmica, drenagem > 200 ml/h por 2-4h, necessidade persistente de hemotransfusão
24
Q

Causas - Tamponamento Cardíaco

A
  • Ferimentos penetrantes no tórax (mais comum)
  • Ferimentos contusos no tórax
  • Saco pericárdico estrutura fibrosa inelástica, pequena quantidade de sangue é suficiente para restringir a atividade cardíaca
25
Q

Quadro clínico - Tamponamento Cardíaco

A

Tríade de beck (Hipotensão arterial, hipofonese de bulhas, turgência de jugular)
Diagnóstico complementar:
• Ecocardiograma
• FAST
• AESP (atividade elétrica sem pulso) sem hipovolemia ou pneumotórax hipertensivo

26
Q

Tratamento - Tamponamento Cardíaco

A

• Pericardiocentese
• Às vezes, pericardiotomia ou a criação de uma janela pericárdica
A pericardiocentese subxifoidea é feita nos pacientes instáveis quando houver suspeita de tamponamento cardíaco. Pericardiocentese é uma medida temporizadora. Mas a incapacidade de aspirar o sangue não exclui o diagnóstico; o sangue fresco no pericárdio costuma coagular. A toracotomia com pericardiotomia ou realização de uma janela pericárdica subxifoidea são tratamentos mais definitivos, indicados para os pacientes cujo diagnóstico é confirmado ou fortemente suspeitado.

27
Q

Toracotomia de reanimação

A

Candidatos: Pacientes que chegam com lesão torácica penetrate sem pulso porém com atividade elétrica miocárdica (raramente efetiva)
• Cirurgião habilitado
• Restauração do volume intravascular
• Manobras terapêuticas: evacuação de sangue contido no saco pericárdico, massagem cardíaca aberta, controle de hemorragias intratorácicas exsanguinantes, clampeamento da aorta descendente para reduzir perdas sanguíneas abaixo do diafragma

28
Q

Pneumotórax Simples

A

Lacerações pulmonares
↓ MV e timpanismo à percussão
Causas: Entrada de ar no espaço entre pleura parietal e visceral, por ferimentos penetrantes ou fechado
Achados clínicos: MV diminuído do lado afetado, hipertimpanismo.
Diagnóstico: RX de tórax AP em inspiração/TC
Tratamento:
• Drenagem torácica
• Drenagem em sela d’agua no 5º EIC é o melhor tratamento
• Risco de transformação em hipertensivo
• Drenar antes de transportar ou ventilar com pressão positiva
• Pode ser tratado conservadoramente (aspiração ou observação) por médico experiente em casos assintomáticos e pequenos

29
Q

Lesão da árvore traqueobrônquica

A

Lesão da traqueia e brônquio principal é uma lesão incomum e potencialmente falta
Quadro clínico: hemoptise, enfisema subcutâneo, pneumotórax, pneumomedisatino, fístula de alto débito
Diagnóstico: broncoscopia
Tratamento: cirurgia para reparo

30
Q

Contusão cardíaca

A

Trauma cardíaco fechado pode resultar em contusão do músculo cardíaco, ruptura de câmara, dissecção ou trombose de artérias coronárias, laceração valvular, arritmia
Tratamento: arritmia é tratada com protocolo padrões

31
Q

Ruptura traumática da aorta

A

Causa comum de morte súbita após colisões de automóveis e quedas de altura
Pacientes potencialmente traváveis costumam ter ruptura incompleta
Sinal radiológico mais comum é alargamento do mediastino visto no RX AP e diagnóstico confirmado pela TC
Investigação:
• Alargamento de mediastino do RX (3%)
• TC com contraste anormal ou duvidosa
• Aortografia (padrão-ouro classicamente, mas está sendo suplantada por novas técnicas de TC)
Tratamento: correção cirúrgica

32
Q

Ruptura traumática de diafragma

A

• É mais comumente diagnosticada do lado esquerdo talvez porque o fígado oblitere o lado direito e proteja o diafragma
• Os traumas penetrantes produzem lesões menores que podem levar tempo para resultar nas hérnias diafragmáticas
• Os traumas fechados produzem lesões radiais maiores que levam a herniação
Diagnóstico: RX com elevação do diafragma do lado envolvido, TC, RX contrastado, toracoscopia

33
Q

Tratamento - Ruptura traumática de diafragma

A
  • Agudo – Laparotomia processe para reparo e procura de lesões associadas
  • Crônico – Toracotomia com possível laparotomia associada
34
Q

Lesões tranfixantes do mediastino

A
  • Ferimentos penetrantes: arma de fogo e branca (principais)
  • Estruturas lesadas: coração, grandes vasos, traqueia, brônquios, coluna vertebral, esôfago
  • Identificados pelo orifício de entrada e saída em hemotóraces diferentes ou pela radiografia de tórax mostrando o projétil no hemitórax contralateral ao da entrada
  • 20% de mortalidade
  • Instabilidade – drenagem torácica bilateral e preparo para toracotomia
  • Estável – estudos endoscópicos e radiológicos
35
Q

Toracotomia de reanimação - Candidatos

A

Pacientes que chegam com lesão torácica penetrante sem pulso porém com atividade elétrica miocárdica (raramente efetiva)