Vascularização Flashcards

1
Q

Descreva a Artéria Carótida Interna e o seu trajeto

A

Vai da bifurcação da carótida comum até à cavidade craniana onde termina ao lado do nervo óptico, apresentando a porção esterno-cleido-mastóidea (pescoço, vai súpero-medialmente), retroestiloideia (espaço máxilo-faríngeo, vai verticalmente até à massa lateral do atlas) e termina em direção súpero-posterior e finalmente vertical ao atravessar o canal carotídeo e seio cavernoso para se dividir nos seus terminais já no interior da cavidade craniana.
No seio cavernoso apresenta uma primeira curva (para se dirigir anteriormente) e depois uma segunda para a “endireitar” e acaba por formar um sifão carotídeo.

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2
Q

Descreva as Relações da Carótida Interna

A

Esta situa-se póstero-lateral à carótida externa e depois cruza-a anteriormente ao longo do seu trajeto, ficando lateral à faringe e anterior aos processos transversos das vértebras cervicais.
A porção esterno-cleido-mastoideia encontra-se no pedículo vásculo-nervoso do pescoço (rodeado pela bainha carotídea), onde se relaciona com a VJI e o vago, bem como os ramos vasculares do glossofaríngeo e do vago que descem para formar o plexo intercarotídeo em torno do seio carotídeo. Anteriormente a este pedículo vai o hipoglosso, sendo que a ansa cervical (formada pela união deste ao ramo descendente do plexo cervical) cruza a face anterior da VJI ao nível do omo-hioideu. Posteriormente a este pedículo temos o tronco simpático, lateral ao vago e ao nervo cardíaco superior.
No espaço retro-parotídeo mantém a relação com a VJI e vão posteriormente ao músculo estilo-hioideu e muito perto da base do crânio estas afastam-se a a carótida interna torna-se anterior (e um pouco medial) à VJI, relacionando-se anteriormente com o diafragma estiloideu (e um pouco mais acima com a parede posterior da faringe) e os nervos IX, X e XI ficam entre estes dois grandes vasos, sendo o IX o mais ântero-medial e o XI o mais póstero-lateral.
No canal carotídeo esta é rodeada por dois plexos (venoso e simpático), seguindo as suas sinuosidades (vertical, curva-se ântero-medialmente e vai horizontalmente até ao vértice do rochedo e passa o orifício superior do canal carotídeo para se tornar intracraniana, acabando por sair deste em sentido ântero-superior).
No seio Cavernoso contacta, posteriormente, com a parede lateral do mesmo e anteriormente com a parede interna - neste caminham a carótida interna e o nervo abducente. Na extremidade anterior esta passa-se a deslocar súpero-posteriormente, perfurando a membrana circundante do seio (membrana carótido-oculomotora), atravessa a dura-máter e a aracnoideia (medial e inferiormente ao processo clinoideu anterior) e acaba por cruzar a face lateral do nervo óptico para se bifurcar nos seus 2 terminais: a Artéria Cerebral Anterior e a Artéria Cerebral Média.

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3
Q

Descreva a Segmentação da Artéria Carótida Interna

A

Pode ser dividida, de inferior para superior, em 7 segmentos:
C1 (cervical) - da bifurcação da carótida comum até à entrada no canal carotídeo do temporal
C2 (petroso) - em toda a extensão do canal carotídeo - até ao buraco lácero anterior, podendo ser subdividida em 3: o segmento vertical, a curva (ao curvar-se ântero-inferiormente, anterior à cóclea) e o segmento horizontal
C3 (lácero) - passa superiormente (mas não pelo) buraco lácero anterior, formando o loop lateral e ascendendo na porção canicular do mesmo buraco. Este segmento termina no bordo superior do ligamento petro-inguinal
C4 (cavernoso) - vai anterior e depois ´supero-medialmente (s. vertical), curva-se posteriormente (loop medial), vai horizontalmente (s. horizontal) e torna-se a curvar anteriormente (parte do loop anterior) para o processo clinoideu anterior, terminando depois no anel dural proximal
C5 (clinoideu) - entre o anel dural proximal e o anel dural distal, formando parte do loop anterior da carótida interna
C6 (oftálmico) - do anel dural distal até à porção imediatamente anterior à origem da artéria comunicante posterior (proximalmente temos a porção intra-dural do loop anterior da carótida interna)
C7 (comunicante) - logo antes da origem da comunicante posterior até à bifurcação nos terminais, vai entre os nervos óptico e oculomotor, terminando perto e inferiormente à substância perfurada anterior.
De C1 a C4 esta é acompanhada por um plexo venoso e por nervos simpáticos pós-ganglionares

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4
Q

Enumere os Colaterais da Artéria Carótida Interna segundo os seus segmentos

A

Em C1 não se originam colaterais
Em C2 (no interior do canal carotídeo) nasce a artéria carótido-timpânica [alcança a caixa do tímpano pelo canal carótido-timpânico]
Em C3 origina-se a artéria vidiana (pterigoideia) quando não nasce da artéria maxilar interna
Em C4 origina-se o tronco meningo-hipofisário (que por sua vez origina a Artéria tentorial, o ramo meníngeo dorsal e a hipofisária inferior), a Artéria Inferior do Seio Cavernoso (que o atravessa, superiormente ao nervo abducente para se anastomosar com ramos faríngeos) e possivelmente algumas artérias capsulares de McConnell para irrigar a cápsula hipofisária
Em C5 não se costumam originar colaterais
Em C6 nasce a artéria hipofisária superior e a artéria oftálmica
Em C7 nasce a artéria comunicante posterior e a coroideia anterior.

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5
Q

Descreva a Síndrome de Oclusão da Artéria Carótida Interna

A

Uma oclusão da porção cervical da carótida interna pode ser assintomática na presença de circulação colateral adequada, ou pode resultar no seguinte quadro clínico:
x Amaurose fugax (amaurose transitória mono-ocular), devido ao envolvimento da artéria oftálmica;
x Défices sensitivos e motores contralaterais da face e membros;
x Defeito contralateral de campo visual (hemianópsia homónima);
x Afasia, caso o hemisfério dominante esteja envolvido;
x Défices de percepção, caso seja o hemisfério não dominante o envolvido.
Este síndrome consiste então numa combinação dos síndromes de oclusão das artérias cerebrais média e anterior, juntamente com amaurose fugax.

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6
Q

Descreva a Artéria Comunicante Posterior e o seu território de irrigação

A

Esta nasce da superfície póstero-interna da ACI e vai ínfero-medialmente, superior e medial ao CN III, por uma membrana aracnoideia do bordo posterior da sela turca ao bordo anterior dos corpos mamilares, cruzando a face inferior da fita ótica. Esta anastomosa-se com a artéria cerebral posterior (ramo da basilar) e estabelecem assim os limites entre os segmentos P1 e P2 da mesma.
Esta dá origem a alguns ramos centrais que irrigam o joelho e a porção anterior do braço posterior da cápsula interna, parte anterior do tálamo e partes do hipotálamo e subtálamo, podendo também irrigar diferentes partes do pavimento do III Ventrículo e fitas óticas.

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7
Q

Descreva a Artéria Coroideia Anterior e a sua segmentação

A

Esta origina-se da carótida interna e vai póstero-lateralmente para penetrar na parte anterior da fissura transversa do cérebro e caminhar nos plexos coroideus laterais até perto do buraco interventricular de Monro. Pode ser dividida em dois segmentos:
Segmento Cisternal - desde a sua origem até à passagem pela fissura coroideia, indo inicialmente inferiormente à fita ótica e depois vai lateralmente na cisterna circumpeduncular (em torno do mesencéfalo) para se dirigir ao corpo geniculado lateral onde se curva de modo a penetrar pela fissura coroideia no corno temporal do ventrículo lateral (no ponto coroideu).
Segmento Plexal/Ventricular - já no ventrículo chega ao átrio para se anastomosar com ramos da coroideia póstero-lateral, podendo ir mesmo até ao buraco de Monro para irrigar o plexo coroideu e anastomosar-se com ramos da coroideia póstero-medial.

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8
Q

Descreva o Território de Irrigação e a Síndrome de Oclusão da Artéria Coroideia Anterior

A

Esta fornece parte da vascularização da fita ótica, pedúnculos cerebrais, corpo geniculado lateral, parte posterior do braço posterior da CI e a sua porção retro-lenticular, cauda do núcleo caudado, uncus, amígdala, hipocampo anterior, plexo coroideu do corno temporal e, possivelmente, globus pallidus.
A sua Síndrome de Oclusão tanto pode ser assintomática ou provocar os seguintes sintomas:
x Défice motor contralateral (hemiparésia) na face, membro superior e membro inferior, devido ao envolvimento da porção posterior do braço posterior da cápsula interna e pedúnculo cerebral.
x Défice sensitivo contralateral (hemianestesia), devido ao envolvimento dos feixes ascendentes sensitivos no braço posterior da cápsula interna.
x Défice contralateral de campo visual (hemianópsia ou quadrantópsia) por envolvimento da porção retrolenticular da cápsula interna (radiações visuais) ou do corpo geniculado externo
[podem ainda existir alterações da memória, já que a coroideia anterior contribui para a irrigação do hipocampo]

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9
Q

Descreva a Artéria Cerebral Anterior e a sua Segmentação

A

É um dos terminais de bifurcação da Carótida Interna e vai ântero-medialmente até à fissura longitudinal do cérebro, passa superiormente ao nervo óptico e une-se à cerebral anterior contralateral pela artéria comunicante anterior, para finalmente contornar o joelho do corpo caloso e se ramificar sobre a face interna de cada hemifério. Esta pode ser dividida em 5 segmentos:
A1 (pré-comunicante/ horizontal): da bifurcação da ACI até à anastomose com a comunicante anterior
A2 (pós-comunicante): da anastomose com a comunicante anterior até ao joelho do corpo caloso pelo contorno do rostrum
A3: curva-se em torno do joelho e estende-se pelo corpo caloso em sentido posterior
A4 e A5: continuam-se pelo corpo caloso sendo a sua divisão ao nível do plano que passa pela sutura coronal

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10
Q

Enumere os Ramos Colaterais da Artéria Cerebral Anterior com base na sua segmentação

A

Em A1 temos vários ramos perfurantes (artérias lentículo-estriadas internas) que se deslocam superiormente para irrigar a substância perfurada anterior, área subfrontal, superfície dorsal do aparelho ótico, hipotálamo, comissura branca anterior, septo pelúcido e estruturas paraolfativas. Destes destaca-se a artéria recorrente de Heubner mas esta já tem origem em A2 proximal, imediatamente depois da comunicante anterior, vai paralelamente superior ao segmento A1 e irriga a cabeça do núcleo caudado, putamen, segmento externo do globus pallidus e braço anterior da cápsula interna, pelo que a sua lesão pode provocar fraqueza muscular da face contralateral, membro superior contralateral, e afasia expressiva no hemisfério dominante.
A Artéria Comunicante Anterior faz a união anterior do polígono de Willis e o seu diâmetro é inversamente proporcional ao fluxo de A1. Esta dá origem a ramos perfurantes para o hipotálamo, núcleo paraolfativo mediano, joelho do corpo caloso, colunas do fórnix, septo pelúcido, e substância perfurada anterior.
No segmento A2 nasce a artéria órbito-frontal que vai sobre o feixe olfativo para irrigar a circunvolução reta, as circunvoluções orbitárias e o feixe e bulbo olfativos. Nasce ainda a Artéria Fronto-Polar que vai anteriormente na fenda inter-hemisférica e irriga o lobo frontal ventromedial.

Enquanto ramos terminais temos uma bifurcação ao nível do joelho do corpo caloso que origina as Artérias Preicalosa Anterior (vai superiormente ao corpo caloso para originar as Artérias Paracentral, Parietal Interna Superior (pré-cuneal) e Parietal Interna Inferior, que se estendem pela convexidade hemisférica para irrigar a superfície súpero-interna do hemisfério anastomosando-se lateralmente com ramos da artéria cerebral média e posteriormente com ramos da cerebral posterior em zonas de território de barragem) e Calosomarginal (mais pequena, pela circunvolução cingular, até ao sulco homónimo para dar continuidade posterior e originar as Artérias Frontais Internas Anterior, Média e Posterior que irrigam o lobo frontal interno até à circunvolução pré-central).

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11
Q

Descreva o Território de Vascularização e a Síndrome de Oclusão da Artéria Cerebral Anterior

A

Pelos seus ramos corticais vai irrigar a face interna do hemisfério (da extremidade anterior do lobo frontal ao rego parieto-occipital), a face externa do lobo frontal (circunvoluções frontais superior e média e 1/3 superior da frontal ascendente), metade interna da porção orbitária do lobo frontal. Pela Artéria Recorrente de Heubener irriga a cabeça do núcleo caudado, putamen, segmento externo do globus pallidus e braço anterior da CI e pelos restantes ramos centrais irriga a substância perfurada anterior, área subfrontal, superfície dorsal do aparelho ótico, hipotálamo, comissura branca anterior, septo pelúcido e estruturas paraolfativas.

Uma Oclusão Unilateral está associada a:
x Hemiparésia contralateral, afectando sobretudo o membro inferior e um pouco do membro superior;
x Défice sensitivo contralateral sobretudo no membro inferior, menos acentuado no membro superior;
x Afasia motora transcortical, quando o hemisfério dominante é afectado.

Uma Oclusão Bilateral (ocorre quando ambas as cerebrais anteriores nascem do mesmo tronco e dá os mesmos sinais que a unilateral, aos quais se acrescentam os sinais resultantes do envolvimento do córtex órbito-frontal, estruturas límbicas, córtex motor suplementar, e circunvolução do cíngulo):
x Perda de iniciativa e espontaneidade;
x Apatia profunda;
x Distúrbios emocionais e de memória;
x Mutismo acinético;
x Alteração da postura;
x Alteração do controlo de esfíncteres (controverso).

Uma Síndrome da Artéria Recorrente de Heubner está associada a:
x Fraqueza muscular contralateral da face e membro superior, sem perda sensitiva;
x Alterações comportamentais e cognitivas, incluindo abulia, agitação, neglect, e afasia.
Estes sinais reflectem o envolvimento do braço anterior da cápsula interna, gânglios da base rostrais (caudado e putamen), e lobo frontal basal.

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12
Q

Descreva a Artéria Cerebral Média e a sua Segmentação

A

Origina-se da bifurcação da carótida interna e vai lateralmente para cruzar a substância perfurada anterior e penetrar e caminhar pelo sulco lateral de Sylvius, sobre a ínsula. Pode ser dividida em 4 segmentos:
M1 (esfenoidal): da bifurcação da carótida interna, na cisterna sílvica (súpero-lateralmente ao quiasma ótico, inferiormente à substância perfurada anterior e posteriormente à divisão do feixe olfativo) até à bifurcação da cerebral média ao nível do limen insulae, onde se divide em 2 ramos principais de M2
M2 (insular): segmentos quase paralelos que irrigam a ínsula, sendo o tronco inferior (temporal) o dominante, originam alguns ramos antes de se tornarem M3 no sulco peri-insular
M3 (opercular): do sulco peri-insular ascendem à superfície lateral do hemisfério, no rego de Sylvius, tanto no lado frontal como no temporal, e não se cruzam. Irrigam maioritariamente a superfície opercular interna
M4 (cortical): irrigam o córtex cerebral ao emergirem do interior do Rego de Sylvius.
Os segmentos M1, M2 e M3 caminham no interior do Rego de Sylvius (exceto M1 proximal que está na cisterna carotídea, para depois entrar na cisterna sílvica onde se encontram a maioria das artérias lentículo-estriadas). O limite entre os compartimentos anterior e posterior da cisterna sílvica é o limen insulae, sendo no posterior que encontramos o joelho da cerebral média e estando este ainda dividido em medial e lateral pela membrana sílvica intermédia (o compartimento medial tem os troncos M2, já os M3 vão pelo lateral para o córtex).

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13
Q

Enumere os Colaterais da Artéria Cerebral Média

A

Em M1 encontramos ramos corticais, incluindo: artérias temporo-polar, fronto-temporal, e órbito-frontal lateral. Dá ainda origem a ramos centrais perfurantes – as artérias lentículo-estriadas externas (variáveis em número e local de origem, penetram no encéfalo pelas partes central e lateral da substância perfurada anterior e irrigam a subtância inominada, putamen, globus pallidus, cabela e corpo caudado, CI e corona radiata adjacente e porção central da comissura branca anterior).
M2: o tronco superior (frontal) origina as artérias pré-frontal, pré-central e central, bem como as parietais anterior e posterior que irrigam o córtex frontal inferior, o córtex opercular frontal e o córtex parietal e na região do sulco central; já o tronco inferior (temporal) origina as temporais média e posterior que irrigam o córtex temporal médio e posterior, bem como regiões occipitotemporal, angular e parietal posterior.
Em M3 e M4 temos origem dos ramos distais que contribuem para a irrigação da superfície lateral do hemisfério cerebral: órbito-frontal lateral; pré-frontal; pré-central; central; parietal anterior; parietal posterior; angular; occipitotemporal; temporal posterior; temporal médio; temporal anterior; temporo-polar.

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14
Q

O que é o Triângulo de Sylvius?

A

É um achado angiográfico utilizado para localizar lesões e/ou massas cerebrais, formado por ramos da artéria cerebral média. O vértice ântero-superior corresponde à porção superior do ramo opercular mais anterior, o póstero-superior corresponde à porção superior do opercular mais posterior, o vértice (ântero) inferior corresponde à porção mais anterior do tronco da artéria cerebral média e se unirmos os 3 vértices temos o triângulo.

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15
Q

Descreva o Território de Vascularização e a Síndrome de Oclusão da Artéria Cerebral Média

A

Pelos ramos corticais temos irrigação da circunvolução frontal inferior, 2/3 inferiores da frontal ascendente, toda a face lateral do lobo parietal, parte anterior do occipital e face lateral do temporal, bem como a parte lateral da porção orbitária do lobo frontal e o lobo da ínsula
Os ramos centrais fornecem irrigação para a cabeça e corpo do caudado, putamen rostral, globus pallidus lateral, parte peri-genicular da CI e tálamo

Da oclusão da Artéria Cerebral Média podem resultar os seguintes sintomas:
x Hemiparésia contralateral, afetando predominantemente a face e membro superior, e pouco o membro inferior. Há um défice motor mais acentuado na mão contralateral uma vez que a musculatura mais proximal e do tronco, assim como a da face, apresenta maior representação cortical bilateral;
x Défice sensitivo contralateral, também mais proeminente na face e extremidade superior.
x Défice contralateral de campo visual por lesão da radiação óptica. Dependendo do local da lesão, tanto podemos encontrar uma hemianópsia homónima como uma quadrantópsia. Geralmente, lesões parietais estão associadas a quadrantópsia inferior, enquanto lesões temporais estão associadas a quadrantópsia superior. Lesões occipitais geralmente levam a hemianópsias.
x Alteração do olhar conjugado contralateral, por lesão do campo ocular frontal (área 8 de Brodmann)
x Afasia, caso o hemisfério dominante seja o afectado.
x Neglect do hemicorpo contralateral, caso o hemisfério não dominante esteja afectado;
x Alterações de percepção espacial, caso seja afectado o hemisfério não dominante. Estas incluem dificuldades em copiar figuras ou diagramas (apraxia de construção), interpretar mapas (agnosia topográfica), entre outros.

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16
Q

Descreva a Artéria Vertebral, o seu trajeto e relações, bem como a sua Segmentação

A

Esta nasce da face superior da artéria subclávia, perto da sua origem. Inicialmente ascende quase verticalmente (ligeiramente posterior, entre os escalenos e pré-vertebrais, anteriormente ao gânglio cervico-torácico e posteriormente à veia vertebral e carótida comum). Penetra juntamente com o nervo vertebral (posterior) no buraco transversário de C6 e atravessa-os até ao áxis, fica mais lateral e encurva-se para se tornar mais anterior, passando pelo forame transverso do atlas e forame occipital para atravessar a membrana atlanto-occipital posterior, superiormente ao primeiro nervo cervical e desloca-se anterior, superior e mediamente sob a dura-máter que vai atravessar anteriormente ao ligamento dentado e inferiormente à digitação superior do mesmo. Depois ascende medialmente para penetrar na cavidade craniana passando inferiormente ao nervo hipoglosso e, superiormente ao forame occipital, esta inclina-se superior anterior e medialmente para contornar a face lateral do bulbo e se reunir com a contralateral em relação com o sulco bulbo-protuberancial, para formar a artéria basiar. Esta pode ser dividida em 4 segmentos:
V1 (pré-transversário): da origem até à sua passagem pelo forame transversário de C6
V2 (transversário): até à passagem pelo forame do áxis
V3 (atlanto-axoideu): até perto da entrada pelo forame occipital
V4 (intra-craniano): perfura a dura para entrar no espaço subaracnoideu onde se une com a sua contra-lateral.

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17
Q

Enumere os Colaterais da Artéria Vertebral e como se designa a sua Síndrome de Oclusão?

A

Esta artéria destina-se à ME e ao rombencéfalo, dando ramos espinhosos (para a ME ao atravessar os buracos intervertebrais) e ramos musculares. Já ao nível da cavidade craniana dá um ramo meníngeo (ramifica-se na fossa cerebelosa - artéria meníngea posterior), a artéria espinhal posterior e a espinhal anterior (para o bulbo e medula cervical) e a artéria cerebelosa póstero-inferior - PICA.
A PICA apresenta 5 segmentos:
x Bulbar anterior: desde a origem da PICA até à proeminência olivar inferior.
x Bulbar lateral ou posterior: até à origem dos nervos glossofaríngeo, vago, e espinhal.
x Tonsilo-bulbar: até porção média da amígdala (contém loop caudal)
x Telo-velo-tonsilar (supra-tonsilar): ascende na fissura tonsilo-bulbar (contém loop cranial)
x Cortical.
Esta irriga a face inferior do cerebelo, a superfície póstero-externa do bulbo, o plexo coroideu do IV ventrículo e parte dos núcleos profundos do cerebelo.

A Síndrome de Oclusão da Artéria Vertebral é a Síndrome de Oclusão Vertebro-Basal

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18
Q

Descreva a Artéria Basilar e os seus Colaterais

A

Esta ascende pela linha média entre o clivus do occipital e a protuberância, terminando quase ao nível do bordo superior da protuberância, dando os seus dois terminais: as artérias cerebrais posteriores.
Desta originam-se os ramos protuberanciais, as artérias labirínticas (auditivas internas), cerebelosas ântero-inferiores, cerebelosas superiores, e por fim os seus terminais.
A Artéria Labiríntica Interna vai acompanhar os nervos facial e vestibulococlear para irrigar o ouvido interno e CN VII
A Artéria Cerebelosa Anterior e Inferior (AICA) origina-se da parte média da basilar e vai lateralmente para se ramificar sobre a face anterior do cerebelo e possivelmente na inferior, as quais irriga, bem como o PCM, PCI e tegmentos da protuberância inferior e bulbo superior
A Artéria Cerebelosa Superior (SCA) nasce da extremidade superior da basilar, contorna a face lateral do pedúnculo cerebral e ramifica-se na face superior do cerebelo, sendo que superiormente a esta vai o CN III (e superiormente a este a artéria cerebral posterior). Irriga a face superior do cerebelo, parte do núcleo dentado, PCM e PCI, tegmento da protuberância superior e colículo inferior (possivelmente por ramos coliculares posteriores - ramos desta, e anteriores e médias, para os colículos superiores do cerebral média).

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19
Q

Descreva a Síndrome de Oclusão Vertebro-Basilar

A

Oclusão do sistema vertebro-basilar geralmente resulta em enfartes do tronco cerebral. O quadro clínico varia de acordo com a artéria lesada e o território envolvimento (síndrome de Benedikt, síndrome de Weber, entre outros). Existem alguns sinais comuns à maioria dos síndromes vertebro-basilares, a
saber:
x Alterações cerebelosas;
x Alterações de pares cranianos;
x Alteração do estado de consciência (coma, etc);
x Perda de conjugação de movimentos oculares;
x Sinais de lesão de grandes vias ascendentes e descendentes.
Regra geral, a presença dos “4 D’s com achados contralaterais” sugerem um enfarte do tronco cerebral. Os quatro D’s são Diploplia, Disartria, Disfagia, e Dizziness (confusão).

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20
Q

Descreva a Artéria Cerebral Posterior e a sua Segmentação

A

É o ramo de bifurcação da artéria basilar e vai lateralmente (superior ao CN III), contorna a face inferior do pedúnculo cerebral e ramifica-se sobre a face inferior do lobo temporal e sobre o lobo occipital. Pode ser dividida em 4:
P1 (pré-comunicante): da sua origem até à sua anastomose com a comunicante posterior, ramo da carótida interna e está confinada à cisterna interpedncular, limitada pelos processos clinoideus posteriores e clivus anteriormente, pelos lobos mesiotemporais lateralmente, pelos pedúnculos cerebrais posteriores e superiormente pelos corpos mamilres
P2 (pós-comunicante): até à origem das temporais inferiores (anteriores e posteriores), contornando os pedúnculos cerebrais para chegar ao bordo posterior do mesencéfalo e atravessa a cisterna ambiens
P3 (quadrigeminal): atravessa a cisterna quadrigeminal e termina na origem dos terminais (parieto-occipital e calcarina)
P4 (calcarino): desde a origem dos terminais

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21
Q

Enumere os Colaterais da Artéria Cerebral Posterior

A

Em P1 temos vários ramos tálamo-perfurantes posteriores (penetram a substância perfurada posterior e irrigam a parte interna do mesencéfalo, interna do tálamo e posterior do hipotálamo), artéria colicular (segundo Rouvière é a posterior, contorna o mesencéfalo para irrigar as suas faces lateral e posterior) e pode ainda originar um ramo meníngeo para a tenda do cerebelo, bem como a artéria coroideia póstero-medial que dá ramos ao tálamo posterior e vai anteriormente pelo teto do III Ventrículo com a veia cerebral medial para o buraco de Monro, irrigando o plexo coroideu do III Ventrículo.
Em P2 originam-se ramos tálamo-geniculados para o tálamo lateral e a artéria coroideia póstero-lateral que se divide no ramo anterior (pela cisterna interpeduncular, penetra na fissura coroideia e irriga o plexo coroideu do corno temporal, acabando por se anastomosar com a coroideia anterior) e num posterior (chega ao pulvinar para o irrigar e vai depois para o plexo coroideu do átrio do ventrículo lateral, anastomosando-se com ramos da coroideia anterior). Neste segmento nascem ainda ramos corticais - artérias temporais anterior, média e posterior, para a superfície inferior do lobo temporal (incluindo o hipocampo) e parte da face inferior do lobo occipital.
Em P3 não encontramos ramos próprios
Em P4 vemos a divisão nos dois terminais: a parieto-occipital (nasce juntamente com a calcarina, ao nível da fissura calcarina ou isoladamente e vai posterior e superiormente, na face medial do hemisfério, dando ramos para o cuneus, pré-cuneus e parte do córtex visual primário) e a calcarina (nasce na fissura calcarina, lateralmente à parieto-occipital e vai ínfero-medialmente, ao longo da fissura, irrigando o córtex visual primário).

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22
Q

Descreva o Território de Vascularização e a Síndrome de Oclusão da Artéria Cerebral Posterior

A

Esta artéria dá irrigação à porção inferior dos lobos occipitais e temporais, parte do hipocampo e face medial da região parieto-occipital, polo occipital e esplénio do corpo caloso pelos ramos corticais e irriga ainda o corpo geniculado lateral, tálamo posterior, plexos coroideus do III ventrículo e ventrículos laterais.

Uma Oclusão Unilateral da Artéria Cerebral Posterior está associada a:
x Defeito contralateral de campo visual (hemianópsia) por lesão do córtex calcarino. Visão macular (central) é geralmente poupada, uma vez que a representação macular no pólo occipital recebe também sangue da cerebral média;
x Agnosia visual, sendo também incapaz de identificar uma cor (nomear ou apontar) devido ao envolvimento do lobo occipito-temporal do hemisfério dominante;
x Perda contralateral de todas as modalidades sensitivas com dor acompanhante (síndrome talâmico), por lesão dos núcleos ventrais póstero-lateral e póstero-medial do tálamo, que são irrigados por ramos perfurantes da cerebral posterior.
x Alexia pura (alexia sem agrafia) com uma lesão no lado esquerdo, afectando a parte posterior do corpo caloso e córtex visual esquerdo.
Geralmente, este síndrome não se encontra associado a défice motor. Caso haja algum grau de hemiparésia, tal deve-se geralmente ao envolvimento do mesencéfalo na lesão.

Oclusão Bilateral da Artéria Cerebral Posterior está associada a:
x Cegueira cortical, perda visual nos dois olhos na presença de pupilas reactivas normais e fundoscopia normal;
x Perturbação do reconhecimento facial (prosopagnosia) por envolvimento bilateral da região occipito-temporal inferior (circunvoluções lingual e fusiforme);
x Síndrome de Balint (ataxia óptica), incapacidade de olhar para o campo visual periférico, com distúrbios de atenção visual;
x Síndrome de Anton, negação de cegueira e confabulação de imagens;
x Delirium e perda de memória, por envolvimento bilateral do território mesiotemporal.

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23
Q

Descreva o Polígono de Willis

A

É um hexágono formado pelas artérias cerebrais anteriores, comunicantes posteriores e cerebrais posteriores, que se encontra na base do encéfalo, em torno da sela turca e quiasma ótico, sendo o seu ângulo anterior formado pela artéria comunicante anterior. Trata-se então de uma grande anastomose entre os sistemas da carótida interna e o vértebro-basilar permitindo, até certo grau, compensar por lesão ou oclusão de um destes sistemas. Não está completo em 80% dos indivíduos (pode variar a dimensão/origem dos vasos ou hipoplasias). Em torno deste encontra-se ainda um polígono venoso, praticamente sobreponível: o polígono venoso de Trollad que resulta das anastomoses entre as veias cerebrais anteriores, comunicante anteriores, plexos basilares e comunicante posterior.

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24
Q

O que são os Territórios de Barragem?

A

Tratam-se de zonas irrigadas pelos ramos mais distais de dois troncos arteriais e que, por isso mesmo, são mais suscetíveis a enfartes por hipotensão.
Podem-se descreveer territórios de barragem supra-tentoriais corticais (zonas de transição entre territórios arteriais das cerebrais anterior e média e média e posterior) e subcorticais (zonas de fronteira entre ramos centrais e os superficiais das artérias cerebrais).
Uma vez que o lobo parietal apenas apresenta vascularização por terminais das 3 artérias cerebrais, este é o mais sensível a episódios hipotensivos.

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25
Q

Descreva a Circulação Colateral

A

São fontes que podem funcionar individual ou coletivamente, consistindo em várias anastomoses entre os diversos territórios arteriais (para além disto o cérebro também tem uma capacidade de autorregulação que permite que haja alterações da pressão arterial média, sem alteração do fluxo sanguíneo, através da dilatação ou contração das artérias).
A Anastomose da Carótida Externa pela órbita permite comunicação no pavimento entre a artéria facial, mais especificamente o ramo maxilar interno (CE) e o ramo oftálmico da CI intracraniana e também na parede superior da mesma (ramos faciais e frontais da CE e ramos supra-troclear e supra-orbitário da artéria oftálmica) (se o fluxo tiver pressão suficiente será revertido e vai em direção à CI e para a porção ipsilateral do polígono de Willis).
A Anastomose intra-craniana mais importante é feita pelo polígono de Willis, entre as duas carótidas internas, tendo este várias vias, das quais a mais útil é através da artéria cerebral média do lado afetado (se esta estiver pouco funcional o fluxo contralateral poderá ascender pelos ramos corticais da artéria cerebral anterior e alcançar os territórios de barragem com a média para alimentação retrógrada dos ramos corticais)- A Posterior pode ainda fornecer sangue à média pela artéria comunicante posterior ou pelas suas anastomoses corticais com ramos da média nos territórios de barragem para fornecer fluxo retrógrado ao território desta artéria.
-se a artéria comunicante posterior apresentar um diâmetro insuficiente para a passagem de fluxo colateral significativo, então as terminações distais dos ramos corticais da artéria cerebral posterior podem fornecer irrigação colateral aos territórios das artérias cerebrais anterior e média através de anastomoses nos territórios de barragem presentes na superfície hemisférica.
-se o tronco de origem da artéria cerebral anterior ipsilateral à artéria carótida interna ocluída apresentar um calibre reduzido, a artéria cerebral anterior pode ser “alimentada” por ramos corticais da artéria cerebral média.

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26
Q

Descreva a Irrigação Arterial dos Hemisférios Cerebrais

A

A Face Interna do Lobo Frontal é totalmente irrigada por ramos corticais da cerebral anterior
A Face Inferior do Lobo Frontal é irrigada pela cerebral anterior na metade interna da porção orbitária e por ramos da cerebral média na restante metade
A Face Externa do Lobo Frontal é irrigada pela cerebral anterior (circunvolução frontal superior, parte da média e 1/3 superior da ascendente) e por ramos corticais da cerebral média
O Polo Frontal é sobretudo irrigado por ramos da Artéria Cerebral Anterior

A Face Interna do Lobo Parietal é totalmente irrigada por ramos da cerebral anterior
A Face Externa do Lobo Parietal é irrigada por ramos da cerebral anterior (porção mais superior) e pela cerebral posterior (póstero-inferior), bem como alguns ramos corticais da cerebral média

A Face Inferior do Lobo Temporal é maioritariamente irrigada pela cerebral posterior e o restante lobo é irrigado por ramos da cerebral média.

A Face Inferior do Lobo Occipital é maioritariamente irrigada pela cerebral posterior
A Face Interna do Lobo Occipital é irrigada pela cerebral posterior
A Face Externa do Lobo Occipital é maioritariamente irrigada por ramos corticais da cerebral média

O Lobo Insular é totalmente irrigado por ramos da cerebral média

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27
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Tálamo

A

Estrutura diencefálica irrigada pela artéria basilar (dá ramos paramedianos para o território talâmico medial antes de se bifurcar), pela cerebral posterior (ramos tálamo-geniculados que irrigam o tálamo póstero-lateral), comunicante posterior (através dos ramos túbero-talâmicos irriga o tálamo ântero-lateral) e a coroideia anterior (contribui ainda para o tálamo lateral).

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28
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Hipotálamo

A

Está rodeado pelo polígono de Willis pelo que é irrigado por vários ramos perfurantes do mesmo:
As Regiões Pré-Ótica e Supra-Óptica e a porção rostral do hipotálamo lateral são irrigadas por ramos perfurantes da comunicante anterior e do segmento pré-comunicante (A1) das cerebrais anteriores
As Regiões Tuberal e Mamilar, bem como as Porções Média e Posterior do Hipotálamo Lateral são irrigadas por ramos perfurantes da Comunicante Posterior e segmento pré-comunicante (P1) da cerebral posterior.

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29
Q

Descreva a Irrigação Arterial da Cápsula Interna

A

O Braço Anterior da CI é irrigado por ramos Lentículo-Estriados das cerebrais anterior e média
O Joelho é irrigado por ramos perfurantes da cerebral média e da carótida interna
O Braço Posterior é maioritariamente irrigado por ramos lentículo-estriados da cerebral média e, na sua porção caudal pela coroideia anterior
Os Segmentos Sub e Retro-Lenticulares são irrigados pela coroideia anterior

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30
Q

Descreva a Irrigação do Corpo Estriado

A

A Cabeça do Caudado é irrigada pelas artérias lentículo-estriadas laterais e mediais
O Corpo do Caudado é irrigado pelas artérias lentículo-estriadas laterais
A Cauda do Caudado é irrigada pelos ramos perfurantes da coroideia anterior

O Putamen é irrigado pelas artérias lentículo-estriadas laterais rostralmente e pelos ramos perfurantes da coroideia anterior caudalmente.

O Globus Pallidus é irrigado pelas artérias lentículo estriadas e pelos ramos perfurantes da coroideia anterior (sendo que a porção medial apenas recebe estes últimos)

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31
Q

Descreva a Irrigação Arterial das Meninges

A

A Dura-Máter recebe vários ramos de diversas artérias meníngeas, podendo distinguir-se a meníngea anterior (da etmoidal anterior), as meníngeas média e pequena (da maxilar interna) e as meníngeas posteriores (da artéria vertebral e da faríngea descendente).
O tronco meningo-hipofisário, colateral da artéria carótida interna, contribui para a vascularização de parte da dura-máter, através do seu ramo meníngeo dorsal, e para parte da tenda do cerebelo, através do seu ramo tentorial de Bernasconi e Cassinari.

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32
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Corpo Caloso

A

Esta é feita através da Artéria pericalosa anterior, da Artéria do esplénio / pericalosa posterior (para o esplénio) e pelos Ramos perfurantes da artéria comunicante anterior (joelho)

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33
Q

Descreva a Irrigação Arterial da Comissura Branca Anterior

A

Esta é feita pela Artéria recorrente de Heubner e pelas Artérias lentículo-estriadas internas

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34
Q

Descreva a Irrigação Arterial da Hipófise

A

Artéria hipofisária superior
Artéria hipofisária inferior
Ramos capsulares de McConnell

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35
Q

Descreva a Irrigação Arterial da Amígdala

A

Artéria coroideia anterior

36
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Hipocampo

A

Artérias temporais inferiores

Artéria coroideia anterior

37
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Subtálamo

A

Artéria comunicante posterior
Artéria coroideia anterior
Artéria coroideia póstero-interna

38
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Epitálamo

A

Artéria coroideia póstero-interna

39
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Plexo Coroideu do Corno Temporal

A

Artéria coroideia anterior

Artéria coroideia póstero-externa

40
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Plexo Coroideu do Átrio Ventricular

A

Artéria coroideia póstero-externa

41
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Septo Pelúcido

A

Artérias lentículo-estriadas internas

42
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Plexo Coroideu do IV Ventrículo

A

Artéria cerebelosa posterior inferior

43
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Plexo Coroideu do III Ventrículo

A

Esta é feita graças à Artéria coroideia póstero-interna

44
Q

Descreva a Irrigação Arterial do Cerebelo

A

Este é irrigado pelas 3 artérias cerebelosas principais: a superior (SCA), a anterior e inferior (AICA) e a posterior e inferior (PICA), tendo estas relações muito consistentes com outras estruturas da fossa posterior: TC, PC e as fissuras entre o TC e o cerebelo (cerebelo-mesencefálica, cerebelo-protuberancial ou ponto-cerebelosa, cerebelo-bulbar ou bulbo-cerebelosa), e obviamente com as superfícies do cerebelo (tentorial, petrosa e suboccipital). Assim podemos descrever 3 complexos neurovasculares: superior (SCA), médio (AICA) e inferior (PICA), sendo que cada um inclui uma parte do TC, uma das superfícies do cerebelo, um dos PC e uma das 3 fissuras, e contém um grupo de nervos cranianos:

  • O complexo superior é constituído pela SCA, mesencéfalo, fissura cerebelo-mesencefálica, PCS, superfície tentorial do cerebelo, e os CN III, IV e V. A SCA origina-se anteriormente ao mesencéfalo, passa inferiormente aos CN III e IV, superiormente ao CN V, alcançando a fissura cerebelo-mesencéfalica, onde se desloca sobre o PCS, terminando ao irrigar a superfície tentorial do cerebelo
  • O complexo médio é constituído pela AICA, protuberância, PCM, fissura ponto-cerebelosa, superfície petrosa do cerebelo, e os CN VI, VII e VIII. A AICA tem origem ao nível da protuberância, passa superiormente aos nervos cranianos referidos, alcança o PCM, sobre o qual se desloca ao longo da fissura ponto-cerebelosa, terminando ao irrigar a superfície petrosa do cerebelo.
  • O complexo inferior é constituído pela PICA, bulbo, PCI, fissura bulbo-cerebelosa, superfície suboccipital do cerebelo, e os CN IX, X, XI e XIII. A PICA tem origem a um nível bulbar, circunda o bulbo, próxima aos nervos cranianos do complexo, alcançando o PCI, penetrando na fissura bulbo-cerebelosa e terminando ao se distribuir pela face suboccipital do cerebelo.
45
Q

Descreva a Artéria Cerebelosa Superior

A

Tem origem na basilar, anteriormente ao mesencéfalo e passa inferiormente ao CN III, indo inferiormente para circundar o mesencéfalo (perto da junção ponto-mesencefálica) inferiormente ao CN IV e superiormente ao CN V. A Porção Proximal está medialmente ao bordo livre da tenda do cerebelo e mais distalmente está inferior à mesma (sendo a infra-tentorial mais superior). Passa superiormente ao CN V e penetra na fissura cerebelo-mesencefálica onde os ramos ficam sinuosos para dar as artérias pré-cerebelosas para a substância branca profunda cerebelosa e núcleo dentado. Depois de sair desta fissura os ramos passam posteriormente ao bordo da tenda do cerebelo para se distribuírem pela superfície tentorial do mesmo.
Esta divide-se num tronco rostral (superior) e noutro caudal (inferior) e dá ramos perfurantes para o TC e PC, sendo que o Tronco Superior irriga a área vermiana e paravermiana e o trono inferior irriga a parte infra-tentorial do hemisfério cerebeloso.

46
Q

Descreva a Segmentação da SCA

A

Esta pode ser dividida em 4:
Segmento Ponto-Mesencefálico Anterior: entre a face posterior da sela turca e a parte superior do TC, desde a origem da artéria até à margem ântero-lateral do TC (inferiormente ao CN III), sendo a parte lateral medial à metade anterior do bordo livre da tenda do cerebelo.
Segmento Ponto-Mesencefálico Lateral: da margem ântero-lateral do Tronco Cerebral vai inferiormente para a face lateral da protuberância mais superior, formando um loop caudal em direção à origem aparente do V (o IV passa superiormente a este segmento) e mais anteriormente está superiormente ao bordo livre da tenda do cerebelo (loop inferiormente). Termina na margem anterior da fissura cerebelo-mesencefálica
Segmento Cerebelo-Mesencefálico: percorre a fissura cerebelo-mesencefálica e os seus ramos penetram na mesma (superficialmente) e vão medialmente, até ao bordo livre da tenda onde ficam entrelaçados com o CN IV. A SCA vai superiormente para o bordo anterior da superfície cerebelosa e os troncos e ramos que estão na fissura ficam fixos por ramos que penetram nas paredes da fissura.
Segmento Cortical: inclui os ramos distais à fissura que passa inferiormente à tenda do cerebelo e que se distribuem pela superfície tentorial

47
Q

Descreva a Artéria Cerebelosa Anterior Inferior

A

Vai pela porção central do ângulo ponto-cerebeloso, perto dos CN VII e VIII, em próxima relação com a protuberância recesso lateral, buraco de Luschka, fissura ponto-cerebelosa, PCM, e superfície cerebelosa petrosa. Tem origem na artéria basilar e circunda a protuberância próximo dos CN VI, VII e VIII e dá pequenos ramos para estes CN e para o plexo coroideu que emerge do buraco de Luschka, rodeia o flóculo pelo PCM e irriga os lábios da fissura ponto-cerebelosa e a superfície petrosa. Próximo do complexo acústico-facial bifurca-se para dar um tronco rostral (cujos ramos vão lateralmente pelo PCM para o lábio superior da fissura pc e porção adjacente da superfície petrosa) e um caudal (para a parte inferior da superfície petrosa, incluindo parte do flóculo e plexo coroideu).
Esta origina ainda artérias perfurantes para o TC, ramos coroideus para a tela e plexo coroideus e artérias relacionadas com estruturas nervosas como a. labiríntica interna, perfurantes recorrentes e subarcuatas.

48
Q

Descreva a Segmentação da AICA

A

Pode ser dividida em 4 (e cada segmento pode inclui mais do que um tronco, dependendo do nível de bifurcação da artéria)
Segmento Protuberancial Anterior: entre o clivus e a protuberância, desde a origem da artéria, até ao nível da oliva inferior (vai superiormente pela protuberância), em relação com o CN III
Segmento Protuberancial Lateral: da margem ântero-lateral da protuberância, pelo ângulo ponto-cerebeloso, relaciona-se com o meato auditivo interno, recesso lateral e plexo coroideu que emerge do buraco de Luschka. Origina ramos que se relacionam com os CN VII e VIII, sendo estes a artéria labirintina interna que irriga os VII e VIII, bem como parte do labirinto, as perfurantes recorrentes (em direção ao meato e que se deslocam para o TC) e a subarcuata (penetra na fossa homónima). Apresenta uma porção pré-meatal, outra meatal e, por fim pós-meatal.
Segmento Flóculo-Peduncular: desde que passa rostral ou caudalmente ao flóculo para alcançar o PCM e a fissura ponto-cerebelosa, sendo que os troncos do pedúnculo podem estar escondidos inferiormente ao flóculo ou pela fissura ponto-cerebelosa.
Segmento Cortical: composto por ramos corticais que se distribuem pela superfície petrosa do cerebelo.

49
Q

Descreva a Artéria Cerebelosa Posterior Inferior

A

Percurso e irrigação complexos, trajeto tortuoso e algo variável, em próxima relação com a fissura bulbo-cerebelosa, metade inferior do teto do IV Ventrículo, PCI e superfície cerebelosa suboccipital. Tem origem na artéria vertebral, próxima da oliva inferior e vai posteriormente, contornando lateralmente o bulbo, para lhe passar superior ou inferiormente, sendo que, na sua margem póstero-lateral passa superiormente (ou entre os nervos IX, X, XI) para depois contornar a amígdala cerebelosa e penetrar na fissura bulbo-cerebelosa (passa posteriormente à metade inferior do teto do IV Ventrículo) após emergir da fissura, sendo que os ramos se distribuem pelo vérmis e hemisfério da superfície suboccipital. Tipicamente bifurca-se no tronco medial (vérmis e porção adjacente do hemisfério) e no lateral (superfície cortical da amígdala e hemisfério). Dá ainda ramos perfurantes, coroideus e corticais (estas últimas podem-se agrupar em ramos vermianos, tonsilares e hemisféricos).

50
Q

Descreva a Segmentação da PICA

A

Pode ser dividida em 5 porções, que formam loops ao longo do TC (entrelaçadas com os vários CN), perto da amígdala e inferiormente ao teto do IV Ventrículo
Segmento Bulbar Anterior: anterior ao bulbo, vai desde a origem da artéria, posteriormente às raízes do hipoglosso, até uma linha rostro-caudal na parte mais proeminente da oliva inferior (margem ântero-lateral do bulbo), - está presente se a artéria vertebral, ao nível da origem da PICA, estiver na superfície anterior do TC para ir posteriormente.
Segmento Bulbar Lateral: desde o ponto mais proeminente da oliva até ao nível de origem aparente dos CN IX, X e XI, de trajeto variável, podendo ir posterior, superior, lateral ou medial, formando vários loops na cisterna lateralmente ao TC antes de se dirigir aos CN.
Segmento Tonsilo-Bulbar: desde que a PICA passa posteriormente ao IX, X e XI e vai medialmente pela parte posterior do bulbo até perto da metade inferior da amígdala, terminando quando esta ascende até à porção média da superfície medial da amígdala. A Porção proximal do segmento está perto do recesso lateral, seguindo posteriormente para a metade inferior da amígdala, passando entre o seu bordo inferior e o bulbo (loop caudal/ infra-tonsilar, de concavidade inferior), e vai superiormente pela superfície medial da amígdala.
Segmento Telo-Velo-Tonsilar: da porção média da ascensão da PICA pela superfície medial da amígdala cerebelosa para o teto do IV Ventrículo e, por fim, na emergência pelas fissuras (entre o vérmis, amígdala e hemisfério), para alcançar a superfície suboccipital, formando o loop cranial de convexidade rostral, inferiormente ao fastígio e entre a amígdala e a metade inferior do teto ventricular, originando ramos para a tela coroideia e plexo coroide do IV Ventrículo.
Segmento Cortical: desde que os troncos e ramos abandomam o sulco entre o vérmis e a amígdala e hemisfério, incluindo os ramos corticais terminais, que irradiam para fora, desde os bordos superior e lateral da amígdala para o restante vérmis e hemisfério.. A sua bifurcação ocorre perto da origem deste segmento.

51
Q

Descreva, de um modo geral, a Irrigação do Tronco Cerebral

A

Para além da descrição estudada (os vasos penetrantes dividem-se em paramedianos, circunferenciais curtos e circunferenciais longos), podem também ser descritos como ramos ântero-mediais, ântero-laterais e posteriores.

52
Q

Descreva a Vascularização Arterial do Bulbo

A

Principalmente irrigado pelas artérias vertebrais, espinhal anterior, espinhais posteriores e inferiores. Podemos dividi-lo em 4 territórios vasculares:

  • paramediano: irrigado pelas vertebrais e/ou espinhais anteriores, incluindo as pirâmides, lemnisco medial, feixe longitudinal medial e núcleo e nervo hipoglossos
  • olivar: incostantemnte pela vertebral, incluindo a maior parte do complexo olivar inferior
  • lateral: artéria vertebral (PICA, possivelmente), incluindo o núcleo dorsal motor do vago, núcleo do trato solitário, núcleos vestibulares, núcleo ambíguo, núcleo espinhal trigeminal, feixe espino-talâmico lateral, PCI e via olivo-cerebelosa.
  • dorsal: PICA superiormente e artérias espinhais posteriores inferiormente, incluindo os núcleos vestibulares e parte do PCI
53
Q

Descreva a Vascularização Arterial da Protuberância

A

Principalmente pela artéria basilar, sendo que os vasos que a irrigam podem ser divididos em:

  • paramedianos: da artéria basilar para penetrarem na protuberância anteriormente, irrigando a porção medial da base e tegmento, núcleos pônticos, fibras cortico-espinhais e lemnisco medial
  • circunferenciais curtas: da basilar, penetram no PCM e irrigam a porção ventro-lateral da base
  • circunferenciais longas: inclui a AICA (irriga o tegmento lateral dos 2/3 inferiores da protuberância, bem como o cerebelo ventro-lateral), artéria auditiva interna (irriga os CN VII e VIII) e SCA (irriga a protuberância dorso-lateral, PCM, PCS e FR dorsal, ocasionalmente tegmento ventro-lateral)
54
Q

Descreva a Vascularização Arterial do Mesencéfalo

A

Principalmente pela artéria basilar, por ramos paramedianos e pelas SCA e cerebral posterior
Ao nível do colículo inferior os ramos paramedianos irrigam a região medial, incluindo o feixe longitudinal medial, FR paramediana e PCS. A SCA irriga a porção lateral do mesencéfalo, incluindo o colículo inferior, fibras do CN IC, lemniscos espinhal e medial e porção lateral do pedúnculo cerebral. A porção que inclui o núcleo troclear, pedúnculo cerebral e porção medial do lemnisco medial tem irrigação variável
Ao nível do Colículo Superior o mesencéfalo é dividio em 3 zonas vasculares: zona medial (inclui o cmplexo nuclear óculo-motor) irrigada pela porção mais superior da basilar, zona dorsal irrigada pela SCA e uma porção intermédia (inclui os lemniscos medial e espinhal, substância nigra, pedúnculo cerebral, núcleo rubro e fibras do III par craniano), irrigada pela artéria cerebral posterior.
Ao nível pré-tectal, a zona medial, incluindo a parte medial do núcleo rubro e fibras do III par, é irrigado por ramos paramedianos da basilar
O Restante Mesencéfalo é irrigado pela Cerebral Posterior.

55
Q

Descreva, de um modo geral, a drenagem venosa

A

As veias encefálicas apresentam trajetos independentes das artérias, caminhando sobre a superfície das circunvoluções e drenando para os seios cranianos, sendo que apresentam grandes anastomoses. Têm uma parede muito fina, sem fibras musculares e são avalvulares. As suas variações são maiores que as das artérias, mas existem padrões típicos, que nos permitem dividir as veias em supra e infra-tentoriais, sendo que as primeiras podem ainda ser subdivididas em superficial e profundo.

56
Q

Descreva a Drenagem Venosa Supra-Tentorial, superificial

A

É um sistema de veias corticais e medulares superficiais, sendo que estas últimas têm uma direção centrífuga para se juntarem às corticais, que vão depois percorrer o espaço subaracnoideu pelos sulcos superficiais, cruzando as circunvoluções. Perto dos seios estas abandonam o espaço subaracnoideu e apresentam um curto trajeto subdural, perfurante a aracnoide e a dura para drenar para os seios. Estes curtos segmentos venosos subdurais são as veias em ponte (rutura-> hematoma subdural). O Sistema Venoso Superficial pode ser dividido em 3 grupos: Superior, Médio (ântero-inferior) e inferior (póstero-inferior).

57
Q

Descreva o Grupo Superior do Sistema Venoso Superficial

A

As veias deste grupo vão para o seio longitudinal superior drenando a superfície lateral e súpero-interna dos hemisférios cerebrais. Podemos encontrar a veia de Trollard que une o seio longitudinal superior à cerebral média superficial.
As veias da superfície medial têm origem perto do corpo caloso e ascendem para a convexidade, onde se desviam lateralmente para se unirem às veias da superfície lateral.
Algumas das veias que drenam a circunvolução cingular e o corpo caloso vão para o seio longitudinal inferior e uma parte do seio caloso vai ainda para a veia pericalosa posterior (veia do esplénio, vai pela cisterna pericalosa para contornar o esplénio e drenar para a Veia de Galeno).
As veias mais anteriores da superfície medial drenam para a veia pericalosa anterior (contorna o joelho do corpo caloso e penetra na cisterna da lâmina terminalis para se continuar como veia cerebral anterior, tributária da basal)

58
Q

Descreva o Grupo Ântero-Inferior da Drenagem Venosa Superficial

A

A Principal veia é a Veia Cerebral Média Superficial que recebe ramos da superfície lateral inferior dos lobos frontal e parietal e da lateral superior do lobo temporal, podendo ser a única ou um grupo de veias..
A Cerebral Média Superficial segue pela superfície do sulco lateral e continua-se pelo seio esfeno-parietal para drenar para o seio cavernoso (pode ainda atravessar buracos da base do crânio para drenar para o plexo pterigoideu - drenagem paracavernosa)

59
Q

Descreva o Grupo Póstero-Inferior da Drenagem Venosa Superficial

A

Estas drenam a superfície lateral inferior e inferior dos lobos occipital e temporal, maioritariamente para o seio transverso, possivelmente pela veia de Labbé (a parte mais medial para a veia basal)

60
Q

Descreva as Veias Anastomóticas da Drenagem Venosa SUperficial

A

Existem anastomoses tanto entre veias do mesmo grupo, como entre veias de grupos diferentes, sendo que destas últimas distinguem-se a veia anastomótica superior (de Trollard) e a anastomótica inferior (de Labbé).
A Veia de Trollard desce anteriormente ao sulco central, percorre o sulco lateral e une o seio longitudinal superior ao seio cavernoso (diretamente ou pela veia cerebral média superficial). Assim faz comunicação entre o grupo superior e o ântero-inferior.
A Veia de Labbé é inconstante e fica posteriormente à de Trollard, unindo-a (ou o seio longitudinal superior) ao seio transverso. Assim faz comunicação entre o grupo ântero-inferior e o póstero-inferior.
Para além disto encontramos anastomoses entre as veias dos dois hemisférios cerebrais, sendo as mais importantes as comunicantes da base. Mais ainda, as veias profundas e as veias da base encontram-se anastomosadas pelas suas vénulas de origem nos corpos estriados. Por fim, foram descritas anastomoses transhemisféricas que unem o sistema venoso profundo ou as grandes veias cerebrais às veias superficiais das circunvoluções.

61
Q

Descreva a Drenagem Venosa Profunda

A

O Sistema Profundo drena a substância branca profunda de forma centrípeta, incluindo o corpo caloso, CI e estruturas profundas de substância cizenta (núcleos da base, tálamo, septo pelúcido, fórnix, claustrum) pelos principais coletares: veia cerebral medial e a veia basal. Para além disto neste sistema encontramos as veias medulares, sub-ependimárias, dos núcleos da base, da CI e do claustrum, as veias talâmicas e as veias coroideias.

62
Q

Descreva as Veias Medulares

A

Da substância cinzenta profunda, vão para o ventrículo lateral e drenam para as sub-ependimárias, podendo anastomosar-se com as superficiais para formar a rede venosa contínua que vai do córtex até às sub-ependimárias.

63
Q

Descreva as Veias Sub-Ependimárias

A

Recebem sangue das Medulares e dos Núcleos da base, Septo Pelúcido, Fórnix e Corpo Caloso, sendo algumas destas relativamente constantes, enquanto que outras são bastante variáveis. Destas distinguem-se:
Veia Septal - deriva de vasos tributários para o canto ântero-medial do corno frontal do ventrículo lateral, vai posteriormente entre os folhetos do septo e drena para a cerebral interna no forame de Monro
Veia Tálamo-Estriada - resulta da união da Veia Terminal que vai inferiormente à estria terminalis, entre o tálamo e o corpo do núcleo caudado, com as veias caudadas (drenam o núcleo caudado, sendo a anterior a maior). Estas últimas podem drenar mais posteriormente para a veia cerebral interna através da veia lateral direta, que percorre horizontalmente o pavimento do ventrículo lateral. A veia tálamo-estriada junta-se à veia cerebral interna juntamente com a veia septal no buraco de Monro, ou perto dele. Apesar do seu nome, a veia tálamo-estriada não drena o tálamo.
Para além destas podem ser descritas as veias atriais mediais e laterais, que recebem tributários das paredes medial e lateral do átrio e corno occipital (os das mediais vão anteriormente para convergir num só tronco que drena para a cerebral interna, perto da veia de Galeno, já os das laterais vão inferiormente para o segmento distal da veia basal ou ventricular inferior).
A Veia Ventricular Inferior tem origem no corpo do ventrículo lateral, acompanha o corpo e a cauda no núcleo caudado e vai anteriormente pelo teto do corno temporal, para formar uma curva côncava anterior, passando pela fissura coroideia e drenando para a basal. Tem vários tributários do hipocampo e áreas temporais adjacentes.

64
Q

Descreva as Veias dos Núcleos da Base, CI e Claustrum

A

As porções superiores das estruturas drenam pelas as veias estriadas superiores para as sub-ependimárias, já as porções inferiores drenam para as veias estriadas inferiores (estas vão inferiormente para atravessar a SPA, chegam à parte profunda do Rego de Sylvius e drenam para o tronco da cerebral média profunda - tributária da basal).

65
Q

Descreva as Veias Talâmicas

A

Divididas em grupos:

  • Grupo Superior: tem a maior veia, vai paralelamente à cerebral interna e depois drena para a parte posterior desta
  • Grupo Inferior: emerge da SPA e vai para a veia peduncular (tributária da basal)
  • Grupo Anterior: drena para a cerebral interna, perto do buraco de Monro
  • Grupo Posterior: drena para a veia basal
66
Q

Descreva as Veias Coroideias

A

O plexo coroideu é drenado pelas veias coroideias superior e inferior para a cerebral interna e basal, respetivamente. São consideradas sub-ependimárias, mas apenas recebem sangue dos plexos coroideus.
Rouvière considera a veia coroideia superior como um dos ramos de origem da veia cerebral interna, conjuntamente com a veia tálamo-estriada e a veia septal.

67
Q

Descreva a Veia Cerebral Interna

A

Veia par, com origem no foramen de Monro, perto da linha média, vai entre os dois folhetos da tela coroideia no teto do III Ventrículo, sendo que cada uma destas resulta da junção da veia septal com a tálamo estriada e vai recebendo sub-ependimárias durante o seu percurso. Termina na cisterna quadrigeminal, inferiormente ao esplénio do corpo caloso, ao unir-se à contralateral e, com as veias basais, drenam para a veia de Galeno.

68
Q

Descreva a Veia Basal

A

Drena o Sangue das veias Supra e Infra-Tentoriais, com origem na superfície inferior da SPA pela união de várias veias. O Tributário mais importante é a cerebral média profunda, parecendo a basal uma continuação desta última.
A Veia Cerebral Média Profunda é formada por veias que percorrem a superfície da ínsula em sentido póstero-inferior para o seu polo, sendo que o tronco desta veia vai mais medialmente na parte profunda do Rego de Sylvius para receber as estriadas inferiores. Ao nível da SPA comunica com outros tributários da basal (veias da região fronto-basal, ou seja a olfatica e a órbito-frontal, e a cerebral anterior que recebe o sangue do rostrum e joelho do corpo caloso pela pericalosa anterior, continuando-se como veia da lâmina terminalis que drena para a cerebral anterior). Ambas as cerebrais anteriores comunicam entre si pela comunicante anterior que está superiormente ao quiasma óptico.
A Veia Basal vai pela base do encéfalo, contornando o pedúnculo cerebral (medial) e o úncus (lateral) em forma de S, estando superiormente à artéria cerebral posterior e inferiormente à coroideia anterior (que cruza de medial para lateral). Mais distalmente esta vai superiormente pela face posterior do tálamo para drenar para a veia de Galeno (ou para a cerebral interna).
Esta recebe vários tributários, distinguindo-se, de proximal para distal, a peduncular, a ventricular inferior, as dos lobos temporal ínfero-medial e occipital medial. As atriais laterais podem chegar a esta diretamente ou pela ventricular inferior. As pedunculares também drenam para a basal, sendo que vão pela fossa interpeduncular onde recebem os tributários talâmicos inferiores e podem comunicar entre si por uma pequena veia comunicante posterior. Recebe ainda a ventricular inferior e a mesencefálica lateral (percorre o sulco mesencefálico lateral, podendo também comunicar com a petrosa e formando assim uma anastomose entre os sistemas venosos supra-tentorial e infra-tentorial.
As anastomoses estabelecidas pelas veias comunicantes anterior e posterior resultam na formação de um polígono venoso na base do encéfalo quase sobreponível ao polígono de Willis, designado por alguns por polígono venoso de Trollard.

69
Q

Descreva a Veia de Galeno

A

Trata-se de um tronco único e mediano que se inflete de inferior para superior sobre o esplénio do corpo caloso e que drena para a extremidade anterior do seio reto.

70
Q

Descreva, de um modo geral, como são constituídos os seios da dura-máter e como os podemos dividir

A

São canais venosos que se encontram no desdobramento da dura, formam os ramos de origem da veia jugular interna, recebendo todas as veias dos órgãos da cavidade craniana e orbitária. Colocam-se sobre as paredes cranianas e escavam goteiras nas mesmas, sendo que as suas paredes não são contráteis nem elásticas, são avalvulares e têm trabéculas no seu interior que atravessam toda a cavidade (particularmente no seio cavernoso).
São 21 seios (5 dos quais ímpares) que se dividem no grupo póstero-superior e ântero-inferior.

71
Q

Descreva o Grupo Póstero-Superior dos Seios da Dura-Máter

A

Todos os seios deste grupo drenam anteriormente à protuberÂncia occipital interior no confluente dos seios. São três ímpares que ocupam os 3 bordos da foice do cérbero (longitudinal superior, longitudinal inferior e seio reto) e 2 pares (occipitais posteriores e laterais)

72
Q

Descreva o Seio Longitudinal Superior

A

Mediano, em toda a extensão do bordo convexo da foice do cérebro, desde superiormente à crista galli atá ao confluente posterior, relacionando-se com a goteira que vai nesse sentido. Tem maior calibre posteriormente e forma de prisma triangular (base superior que corresponde à goteira sagital). Superfície interna irregular por pregas salientes e granulações aracnoideias.
Recebe as veias do forame cego e da extremidade anterior da foice do cérebro, veias cerebrais superficiais superiores, Grande Veia Anastomótica de Trollard e a de Labbé, Veias Meníngeas Médias, Veias Diplóicas, Emissária de Santorini (buraco parietal, que anastomosa as circulações intra e extra cranianas)

73
Q

Descreva o Seio Reto

A

Pela base da foice do cérebro, forma triangular cuja base se relaciona com a parte média da tenda do cerebelo.
Recebe (na extremidade anterior) a veia de Galeno, a cerebelosa superior e o seio longitudinal inferior

74
Q

Descreva o Seio Longitudinal Inferior

A

Ocupa a metade posterior do bordo inferior da foice do cérebro, cresce posteriormente e recebe veias da foice, drenando para a extremidade anterior do seio reto.

75
Q

Descreva os Seios Occipitais Posteriores

A

Seios Marginais, são mais estreitos e têm origem no forame lácero posterior, onde comunicam com o seio transverso. Vão posterior e medialmente para contornar o buraco occipital e penetram na foice do cérebro, drenando para o confluente posterior. Recebem pequenas vénulas da dura e do cerebelo

76
Q

Descreva o Confluente Posterior

A

É o ponto de junção dos seios longitudinal superior, reto e occipitais posteriores, anteriormente à protuberância occipital interir

77
Q

Descreva os Seios Laterais

A

Do Confluente posterior ao forame lácero posterior para se continuarem com a origem da jugular interna, aumentando de calibre neste trajeto sinuoso onde podemos distinguir:
-Seio Transverso (Henle): do confluente à extremidade posterior do bordo superior do rochedo do temporal, contido na tenda do cerebelo e em relação com a goteira do occipital
-Seio Sigmoide, segmento mastoideu (descendente): na extremidade posterior do rochedo passa-se a dirigir inferior, medial e anteriormente por uma goteira, tendo relações com as cavidades mastoideias
-Segmento Sigmoide, segmento jugular: na extremidade inferior da base do rochedo assa a ir superior, medial e anteriormente até ao bordo do segmento jugular da goteira sinustósica, onde se continua com o golfo da VJI e relaciona-se com a extremidade posterior da incisura mastoideia, metade posterior da eminência justa-mastoideia e processo jugular do occipital
Estes recebem os seios longitudinal superior, reto e occipitais posteriores na sua origem, as veias cerebrais posteriores e inferiores e as veias cerebelosas posteriores no segmento transverso e o seio petroso superior, as veias do aqueduto do vestíbulo e a veia emissária mastoideia no segmento jugular.
Reúnem-se no confluente posterior de modo bastante variável.

78
Q

Descreva o Grupo Ântero-Inferior dos Seios da Dura

A

Os Seios Cavernosos formam um confluente venoso anterior para o qual drenam, juntamente com as veias oftálmicas e central da retina, seios esfeno-parietais, seio coronário e occipital transverso. Posteriormente partem os canais que drenam o sangue venoso para o seio sigmoide, sendo estes os troncos coletores de todo o sangue venoso dos seios da dura.

79
Q

Descreva o Seio Cavernoso

A

Lateralmente à Sela Turca, alongados em sentido posterior e vão até à extremidade anterior do rochedo, repousando anteriormente numa goteira na face lateral do esfenóide e relacionando-se posteriormente com o orifício superior do canal carotídeo.
As suas paredes lateral, medial e posterior são formadas por prolongamentos da dura máter do triângulo formado pelo cruzamento dos bordos da tenda do cerebelo. A expansão lateral continua-se com a dura-máter da fossa esfenoidal, estando dividida em duas lâminas fibrosas por uma rede venosa intermediária, separada do seio cavernoso propriamente dito por uma lâmina fibrosa que contém na sua espessura os CN III, IV e V1. A expansão medial une-se ao
revestimento de dura-máter do fundo da sela turca. A expansão posterior é atravessada pelo CN III.
Ao nível das suas relações, na parede lateral encontramos os CN III, IV e V1, sendo que mais anteriormente o IV e os ramos do V1 cruzam o III lateralmente para se tornarem superiores a este. Já na sua cavidade caminha a carótida interna e o CN VI mais lateralmente. Este comunica-se com o plexo pterigoideu por 4 veias emissárias que atravessam a base do crânio por orifícios vizinhos ao seio.

80
Q

Descreva os Ramos Aferentes do Seio Cavernoso

A

Veias Oftálmicas - levam o sangue venoso da órbita. A superior vai do ângulo interno do olho (várias vénulas) posteriormente, passa inferiormente ao reto superior e superiormente ao CN II, atravessa a fenda esfenoidal lateralmente ao anel de Zinn e chega à extremidade anterior do seio, tendo como principais ramos as satélites das artérias etoideias, as muscular superior e lacrimal, vorticosas superiores. A inferior vai da parte ântero-medial do pavimento da órbita (por vénulas das vias lacrimais e palpebrais), póstero-lateralmente e passa superiormente ao reto inferior e inferiormente ao bulbo ocular e CN II, podendo drenar para a superior ou atravessar a fenda esfenoidal para o seio cavernoso, e tem como colaterais as muscular inferiores e vorticosas inferiores. Estas comunicam entre si e com as veias da face e fossa ptérigo-maxilar por anastomoses
Veia Central da Retina - delgada e satélite da artéria homónima, drenando para uma das oftálmicas ou diretamente para o seio cavernoso.
Seio Esfeno-Parietal (esfenoidal superior) - canal venoso do seio longitudinal superior que desce por um sulco na parte ântero-lateral da abóbada, bordejando o bordo posterior da asa menor do esfenoide, para a extremidade anterior do seio, recebendo veias diplóicas, meníngeas e cerebrais.
Seio Coronário (intracavernoso) - rede venosa da tenda pituitária, formando um anel (o seio coronário) que pode ser dividido em anterior (maior) e posterior (frequentemente ausente) que se unem lateralmente para drenar para o cavernoso (seio circular).
Seio Occipital Transverso - plexo venoso na dura máter que cobre o clivus e a face posterior da lâmina quadrilátera do esfenoide, unindo as extremidades posteriores dos seios cavernosos e as origens dos petrosos.

81
Q

Descrevas os Ramos Eferentes do Seio Cavernoso

A

O Sangue dos Seios Cavernosos vai pelos seus eferentes (todos pares) para os seios transversos e VJI:
-Seio Petroso Superior: nasce da extremidade posterior do cavernoso e vai pelo bordo posterior do rochedo até ao cotovelo entre o seio transverso e mastoideu do seio lateral onde termina, recebendo veias cerebelosas, protuberanciais e timpânicas, contido no bordo posterior da tenda do cerebelo
Seio Petroso Inferior: da extremidade posterior do cavernoso vai obliquamente ínfero-lateralmente pela fissura petro-occipital e sai da cavidade craniana pela extremidade anterior do foramen lácero posterior para drenar na VJI, recebendo as veias do cerebelo, protuberância, bulbo e auditivas internas
Seio Petro-Occipital: fora da cavidade craniana, desde a extremidade posterior do cavernoso ao nível do buraco lácero anterior, descendo pela face inferior da sutura petro-occipital para drenar no petroso inferior ou na VJI
Plexo Venoso Carotídeo Interno - rodeia a carótida interna e comunica anteriormente com o seio cavernoso, drenando para a VJI.

82
Q

Descreva, de um modo geral, como se organiza a Drenagem Venosa Infra-Tentorial

A

Tem uma anatomia bastante variável, mas podemos descrever 3 grandes grupos:

  • Grupo Superior de Galeno (drena para a veia de Galeno)
  • Grupo Anterior/ Petroso (drena para a veia Petrosa)
  • Grupo Posterior/ Tentoral (drena para o seio reto ou para o seio transverso)
83
Q

Descreva o Grupo Superior de Galeno

A

Drena para a Veia de Galeno e, parcialmente, para a Veia Petrosa do Grupo Anterior. É constituído pelas veias ponto-mesencefálicas, bulbares, pré-central e vermiana superior:

  • Veia Ponto-Mesencefálica anterior: longitudinal, pela superfície anterior da protuberância, sobre a linha média, comunicando superiormente com a veia basal ou mesencefálica posterior (pela peduncular) e inferiormente com a bulbar anterior (pela superfície anterior do bulbo continuando-se como espinhal anterior). Anastomosa-se com o seio cavernoso por várias veias.
  • Veia Bulbo-Protuberancial: lateralmente à ponto-mesencefálica anterior, posteriormente à oliva inferior para chegar à superfície lateral da protuberância e drenar para a cerebelosa anterior, tributária da veia petrosa (que, ao nível da protuberância, comunica com a ponto-mesencefálica anterior)
  • Veia Bulbar Anterior: encontra-se inferiormente à ponto-msencefálica anterior e comunica-se, pelas bulbares transversas, com a bulbar lateral (corresponde ao segmento inferior da bulbo-protuberancial) e esta pode ainda anastomosar-se com o segmento sigmoideu e receber a bulbar posterior e mediana (continuação superior da espinhal posterior).
  • Veia Mesencefálica Lateral: pelo sulco homónimo, drenando superiormente para a basal ou mesencefálica posterior (e pode drenar inferiormente para a petrosa pelas pedunculares)
  • Veia Pré-Central: na linha média, tendo origem na fissura pré-central do cerebelo, entre a língula e o lóbulo central, pela união de 2-3 veias pedunculares que comunicam inferiormente com a veia petrosa. Esta vai superiormente para a veia de Galeno
  • Veias Pedunculares: atravessam os pedúnculos cerebelosos superior e médio
  • Veia Vermiana Superior: pode corresponder a um tronco único ou vários ramos que vão superior e anteriormente sobre o cúlmen, formando uma convexidade superior e drenando para a pré-central ou veia de Galeno.
84
Q

Descreva o Grupo Petroso Anterior da Drenagem Venosa Infra-Tentorial

A

Vários Tributários que convergem na Veia Petrosa que drena para o Seio Petroso Superior (superiormente ao meato auditivo interno) que se localiza no ângulo ponto-cerebeloso em íntima relação com o CN V. Tem como tributários a ponto-mesencefálica anterior (pelas veias transversas) e a mesencefálica lateral e pré-central, sendo que esta última comunica com a petrosa pelas pedunculares.
Para além disto encontramos as hemisféricas anteriores (incluem a hemisférica superior e inferior que vão drenar na veia da fissura horizontal e esta na petrosa) e as do recesso lateral do IV Ventrículo (tem tributários do flóculo e da amígdala, vai ínfero-anteriormente e depois superiormente para a petrosa)

85
Q

Descreva o Grupo Tentorial Posterior

A

A sua veia mais importante é a vermiana inferior, resultando da união das retro-tonsilares superior e inferior (posteriormente à amígdala cerebelosa). Trata-se de uma veia par, que vai posterior e superiormente pelo sulco vermiano paramediano inferior e drena para o seio reto ou transverso (podendo ainda ir pela tenda do cerebelo). As veias da porção posterior dos hemisférios cerebelosos (veias cerebelosas superior e inferior) drenam para o seio transverso.