Vírus Flashcards
(43 cards)
Vírus
Seres acelulares, parasitas obrigatórios, pois só se podem reproduzir quando no interior das células vivas do hospedeiro
Composição química
- Uma única molécula de ácido nucleico (DNA ou RNA)
- Proteínas que constituem o capsídeo
- Quando presente o invólucro (que envolve o ácido nucleico), é constituído por lipoproteínas
- Quando não há invólucro chama-se nus
Hospedeiros
Podem ser os animais, o próprio Homem, plantas e microrganismos (bactérias e fungos).
Eles apresentam elevada diversidade e heterogeneidade e têm grande especificidade em relação ao seu hospedeiro. O espetro de hospedeiros de um vírus é determinado pela exigência viral quanto à sua ligação específica à célula hospedeira e pela disponibilidade de fatores celulares do hospedeiro em potencial necessários para a multiplicação viral
Infeção da célula hospedeira
Para que ocorra a infeção da célula hospedeira, a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com recetores específicos presentes na superfície celular
Observação de vírus
Como são 50 vezes menores que as bactérias, só se é possível observar os vírus em microscópios eletrónicos
Podemos dizer que são partículas submicroscópicas
Síntese dos vírus
Os vírus não têm capacidade de síntese de macromoléculas nem de produzir energia.
Ele é capaz de se reproduzir e dirige a síntese de seus componentes virais através da maquinaria celular da célula hospedeira.
As novas partículas virais são então formadas a partir da conjugação dos componentes (ácidos nucleicos e proteínas virais) sintetizados de novo no interior da célula hospedeira.
Essas novas partículas virais são o veículo de transmissão da infeção a outras células e/ou outros organismos
Critérios de classificação
- O tipo de ácido nucleico
- Simetria do capsídeo
- Existência de invólucro
- Tamanho
Estrutura de um vírus
São formados por uma cápsula de proteínas, o capsídeo, que envolve o ácido nucleico (DNA ou RNA), formando o nucleo-capsídeo.
Podem ou não possuir um invólucro viral
Vírion
É uma partícula viral completa e infeciosa composta por um ácido nucleico envolto por uma cobertura de proteína, que o protege do ambiente e serve como um veículo de transmissão de uma célula hospedeira para outro
Ácido nucleico
Ao contrário das células procariotas e eucariotas, os vírus podem apresentar tanto DNA como RNA, mas nunca ambos.
O ácido nucleico dos vírus pode ser de fita simples ou dupla e ainda linear ou circular
Capsídeo e envelope
O ácido nucleico dos vírus é protegido por um envoltório proteico chamado capsídeo.
Cada capsídeo é formado por subunidades proteicas chamadas de capsômeros.
Em alguns vírus, o capsídeo é coberto por um envelope composto por uma combinação de lípidos, proteínas e hidratos de carbono.
Dependendo dos vírus, os envelopes podem ou não apresentar espículas. Esse vírus se ligam à superfície da célula hospedeira através dessas espículas.
Os vírus não envelopados não possuem o capsídeo coberto por um envelope. Nesse caso, o capsídeo protege o ácido nucleico viral do ataque das nucleases presentes nos fluídos biológicos e promove a ligação da partícula às células suscetíveis
Morfologia geral
De acordo com a estrutura do capsídeo, os vírus podem ser helicoidais (capsídeo cilíndrico e oco) ou poliédricos (adenovírus, por exemplo, é um poliédrico com forma de icosaedro)
O vírus da influenza é helicoidal envelopado. O vírus da herpes (Simplexvirus) é um exemplo de poliédrico (icosaedrico) envelopado
Bacteriófagos
Vírus que infetam bactérias. Podem ter DNA ou RNA.
Suas aplicações implicam: agentes terapêuticos, cotrolo de contaminações de alimentos (através da fagotipagem, por exemplo) e podem codificar toxinas
Fagotipagem
Serve para determinar a qual fago uma bactéria é suscetível.
Se os fagos forem capazes de infetar e lisar as células bacterianas, ocorrerá falha do crescimento bacteriano
Exotoxinas
Secretadas por algumas bactérias no meio circundante ou libertadas após a lise celular.
Os genes que codificam a maioria das exotoxinas são transportados em plasmídeos bacterianos ou fagos. Como as toxinas são solúveis em fluídos corporais, elas podem se difundir facilmente no sangue, sendo rapidamente transportadas por todo o corpo
Ciclo viral
O ácido nucleico de um vírion contem somente uma pequena quantidade de genes necessários para a síntese de novos vírus.
As enzimas virais, que só funcionam quando o vírus estás dentro da célula hospedeira, são quase que exclusivamente envolvidas na replicação e no processamento do ácido nucleico viral
As enzimas necessárias para a síntese de proteínas, os ribossomas, o tRNA e a produção de energia são fornecidos pela célula hospedeira e são usados na síntese de proteínas virais, incluindo enzimas virais
Um vírus só se consegue multiplicar se invadir uma célula hospedeira e assumir controlo da sua maquinaria metabólica
Multiplicação em bacteriófagos
Podem se multiplicar por dois mecanismos alternativos: o ciclo lítico e o ciclo lisogénico
A multiplicação desses vírus, assim como o de todos os outros vírus, ocorre em cinco etapas distintas:
1. absorção
2. penetração
3. biossíntese
4. maturação
5. libertação
CRISPR CAS 9
Sistema de imunidade de células bacterianas por infeção por fagos (faz com que a célula não fique novamente infetada
Ciclo lítico – Absorção
Após uma colisão entre as partículas do fago e as bactérias, a absorção ocorre. Durante esse processo, um sítio de absorção no vírus se liga ao sítio do recetor complementar na parede da célula bacteriana
Ciclo lítico – Penetração
Os bacteriófagos injetam o seu DNA dentro da bactéria.
Para isso, a cauda do bacteriófago liberta uma enzima, a lisozima, que destrói uma porção da parede celular bacteriana.
Quando o centro da cauda alcança a membrana plasmática, o DNA da cabeça do fago penetra na bactéria.
O capsídeo permanece do lado de fora da célula bacteriana. portanto, a partícula do fago funciona como uma seringa injetando o DNA dentro da célula bacteriana
Ciclo lítico – Biossíntese
assim que o DNA do bacteriófago alcança o citoplasma da célula hospedeira, ocorre a biossíntese do ácido nucleico e das proteínas virais.
A síntese proteica do hospedeiro é interrompida pela degradação do seu DNA.
Inicialmente, o fago utiliza várias enzimas e os nucleotídeos da célula hospedeira para sintetizar cópias do seu DNA. Logo a seguir tem início a biossíntese das proteínas virais
durante o ciclo de multiplicação do fago, controlos genéticos regulam a transcrição de regiões diferentes do DNA. Após alguns minutos da infeção, fagos completos não são encontrados na célula hospedeira, somente componentes isolados - DNA e proteína - podem ser detetados.
Esse período da multiplicação viral, no qual vírions completos e infeciosos ainda não estão formados, é denominado período de eclipse
Ciclo lítico – Maturação
Durante este processo, vírions completos são formados a partir do DNA e dos capsídeos. As cabeças e as caudas dos fagos são montadas separadamente a partir de subunidades de proteínas: a cabeça recebe o DNA viral e se liga à causa
Ciclo lítico – Libertação
O termo lise geralmente é utilizado para a etapa de libertação dos vírions da célula hospedeira, pois a membrana citoplasmática é rompida (lise).
A lisozima é sintetizada dentro da célula. Essa enzima destrói a parede celular bacteriana, libertando os novos bacteriófagos produzidos.
Os fagos libertados infetam outras células suscetíveis vizinhas, e o ciclo de multiplicação viral é repetido dentro dessas células
Ciclo lisogénico
Após a penetração numa célula, o DNA do fago, originalmente linear, forma um círculo. Esse círculo pode se multiplicar e ser transcrito, levando à produção de novos fagos e à lise celular (ciclo lítico)
Alternativamente, o círculo pode ser recombinar com o DNA bacteriano circular e se tornar parte dele (ciclo lisogénico).
O DNA do fago inserido na célula passa a ser chamado de profago.
Os repressores do profago ligam-se aos operadores e interrompem a transcrição de todos os outros genes do fago. Dessa maneira, os genes do fago que poderiam direcionar a síntese e a libertação de novos vírions são desligados.
Sempre que a maquinaria celular replicar o cromossoma bacteriano, o DNA do profago também será replicado. O profago permanece latente no progénie celular
A excisão do DNA do profago e consequente início do ciclo lítico pode ocorrer por um evento espontâneo raro ou mesmo por ação da luz UV