NCS SP 1.4 - MEDLAB Flashcards

1
Q

O que são aglutininas?

A

anticorpos produzidos espontâneamente contra os antígenos A e B. (anticorpo Anti-A e anticorpo Anti-B

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2
Q

No que é baseado o sistema ABO?

A

O sistema ABO é baseado principalmente nos antígenos (glicoproteínas) presentes nos nossos eritrócitos que foram codificadas por genes que herdamos dos nossos pais. Se uma pessoa contém o gene ‘‘A’’, ele codifica uma transferase A que colocará uma glicoproteína A (antígeno A) na superfície de uma hemácia. Isso também ocorre para o sangue do tipo B. Por conta da condominância, o sangue do tipo AB, terão antígeno A e antígeno B em suas superfícies. Caso uma pessoa não possua genes que condfiquem antígenos A e B, o único antígeno que ‘‘resta’’ é o antígeno ‘‘H’’ - que quase todo mundo tem. Assim, podemos que esse sangue é O.

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3
Q

Imagine um RN do sangue tipo ‘‘O’’. Qual a característica da hemácia desse RN? Há produção de anticorpo pensando no sistema ABO?

A

O sangue ‘‘O’’ tem apenas o antígeno ‘‘H’’ em sua superfície, não apresentando os antígenos imunogênicos A e B. Antígenos da microbiota intestinal, leite materno etc podem ser semelhantes a antígenos A e B. Dessa forma, antígenos A e B entram no corpo do RN e fazem contato com os linfócitos específicos, produzindo anticorpos de Anti-A e Anti-B. Então sangue O contém anti-A e anti-B.

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4
Q

Imagine um RN do sangue tipo ‘‘A’’. Qual a característica da hemácia desse RN? Há produção de anticorpo pensando no sistema ABO?

A

O AgA produzido aqui é próprio de sua membrana, então há o processo de tolerância, não produzindo anticorpo Anti-A. No entanto, o AgB que entra é reconhecido como estranho, então o corpo produz anticorpo Anti-B. Então sangue A contém anticorpo Anti-B.

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5
Q

Imagine um RN do sangue tipo ‘‘B’’. Qual a característica da hemácia desse RN? Há produção de anticorpo pensando no sistema ABO?

A

O AgB produzido aqui é próprio de sua membrana, então há o processo de tolerância, não produzindo anticorpo Anti-B. No entanto, o AgA de indução espontânea ou da microbiota entra em contato com um linfócito B específico seu, gerando um anticorpo Anti-A. Sangue B contém anticorpo Anti-A

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6
Q

Imagine um RN do sangue tipo ‘‘AB’’. Qual a característica da hemácia desse RN? Há produção de anticorpo pensando no sistema ABO?

A

A hemácia AB possui os antígenos A e B, entao pelo processo de tolerância, não produz os anticorpos Anti-A e Anti-B.

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7
Q

O sangue ‘‘AB’’ é doador ou receptor universal?

A

Receptor Universal

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8
Q

O sangue O é doador ou receptor universal?

A

Doador universal.

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9
Q

Por que o sangue ‘‘AB’’ atua como receptor universal?

A

O sangue AB não produz anticorpos Anti-A e nem Anti-B, então os antígenos A, B presentes no sangue de doadores do tipo A, B não serão atacados quando ocorrer a transfusão. ‘‘Ah, mas se ele receber o sangue desses doadores,vai vir junto os anticorpos deles Anti-B, Anti-A. Isso não é um problema? Não, não há nenhuma relevância clínica pois o anticorpo em si que é transferido não tem tanto problema, pois é diluído. Sua concentração em relação as hemácias é muito menor.Os anticorpos que vieram junto com o sangue do doador ate se ligam em algumas hemacias, mas como são poucos e estão bem diluídos, não causa tanto problema. O problema são os milhões e milhões de hemácias que chegam e atuam como antígeno específico para aquele tipo de sangue, o que não ocorre no sangue AB pois ele não tem anticorpo específico para esses antígenos A e B

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10
Q

Por que o sangue O atua como doador universal?

A

Como já sabemos, o que importa é o antígeno das hemácias que chegam no sangue de um receptor que produz anticorpos específicos para esse antígeno. Os anticorpos que vem junto com o sangue do doador são poucos, então não há relevância. O sangue O não apresenta antígenos A e nem B, podendo ser recepcionado por outros tipos de sangue (A, B, AB, O).

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11
Q

Caracterize o fator Rh

A

O fator Rh é uma proteína presente na membrana das hemácias de mais de 80% dos seres humanos. Essa proteína atua como antígeno e é chamada de antígeno D (AgD)
Existem duas variantes principais do fator Rh: Rh positivo (Rh+) e Rh negativo (Rh-). Se uma pessoa tem o fator Rh presente em seus glóbulos vermelhos, ela é considerada Rh+. Se não tiver o fator Rh em seus glóbulos vermelhos, ela é considerada Rh-.

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12
Q

V ou F
O fator Rh- produz anticorpos Anti-D ou Anti Rh espontanemente.

A

Falso. O Rh- não tem anticorpos anti Rh, só produzindo os mesmos quando encontrar o sangue Rh+.

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13
Q

Os anticorpos Anti-A e Anti-B podem ser IgG, IgM e IgA. O que acontece quando um receptor que possui sangue ‘‘A’’ recebe recebe o sangue ‘‘B’’ de um doador?

A

*Esse receptor do tipo A está desde a infância dele com plasmócitos de vida longa produzindo o anticorpo Anti-B e o ideal é essa pessoa nunca encontrar com o antígeno B.
*Quando essa pessoa por um erro laboratórial recebe um sangue do tipo B, que tem o antígeno B em sua membrana, os anticorpos Anti-B específicos vão ter uma reação rápida e intensa se ligando (aglutinando) as milhões de hemácias de B (estranhas) que chegaram. (Imagine milhões de bactérias chegando no sangue).
*Os anticorpos anti-A até se ligam em algumas hemácias do sangue tipo A, mas como são poucos, os problemas não são relevantes clinicamente, diferente do que foi explicitado acima.
*A ligação dos anticorpos Anti-B aos antígenos da membrana das hemácias do sangue B irá causar hemólise intravascular e extravascular.

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14
Q

Explique como ocorre a hemólise intra e extravascular e as consequências disso para o indíviduo que foi transfusionado com incompatibilidade.

A

Hemólise intravascular
* O anticorpo Anti-B do sangue A pode ser um IgM, que atua na ativação do complemento. Nesse sentido, o complemento se liga ao anticorpo que está ligado a hemácia e forma o MAC (complexo de ataque à membrana) que fura (forma poros) no eritrócito .Chamamos isso de hemólise, presente na doença hemolítica. Esse processo recruta leucócitos, que irão atuar em uma espécie de processo inflamatório como ->

-> Aumento de permeabilidade
-> Vasodilatação
-> Febre
-> Dor
-> Coagulação

Além disso, a lise das hemácias libera uma grande quantidade de hemoglobina para o sangue. Essa grande quantidade chega aos rins e provocam vasoconstricão renal, gerando uma disfunção renal.

Hemólise extravascular
* O anticorpo Anti-B do sangue A também pode ser um IgG e se liga à hemácia B (estranha). Apesar do anticorpo IgG não ter uma capacidade de fixação do complemento boa, quando o complexo hemácia B + anticorpo IgG anti-B passar pelo baço, os macrófagos esplênicos irão reconhecer o complexo e irão fagocitar essas hemácias, causando a hemólise extravascular e acúmulo dos níveis de bilirrubina no sangue levando a icterícia

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15
Q

V ou F

Temos mães que possuem o sangue O e os fetos possuem sangue A ou B. Essa incompatibilidade ABO é menos grave pois o IgM não consegue atravessar a placenta, apenas IgG, então o que vai acontecer no RN é a hemólise extravascular, que não é tão grave quanto a intravascular, que causa uma inflamação sistêmica generalizada numa transfusão incompatível, que por conta de IgM ativa a cascata do complemento. Ainda assim, teremos no RN uma produção aumentada de bilirrubina, podendo levar à icterícia.

Incompatibilidade ABO materno-fetal são mais comuns, mas menos graves. Já a eritroblastose fetal (incompatibilidade do fator Rh) é mais rara de acontecer, mas é mais grave, porque é a segunda exposição da mãe, produzindo muito mais anticorpos.

A

Verdadeiro.

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16
Q

Defina a doença hemolítica do recém-nascido causada por fator Rh

A

A doença hemolítica do recém-nascido causada por fator Rh, também chamada de eritroblastose fetal ocorre da seguinte forma ->

  • As hemácias do primeiro filho contém a proteína AgD (antígeno D) em sua superfície, fazendo dele Rh+, expressando-a partir da 28 semana de gestação.
  • A mãe não apresenta a proteína AgD, então ela é Rh-.
  • Durante o parto, pode haver uma mistura entre o sangue do RN e da mãe. O AgD expresso na hemácia do RN é reconhecido pelos linfócitos B da mãe, que não expressa essa proteína. Tais linfócitos B se diferenciam em plasmócitos de vida longa e começam a produzir anticorpos Anti-D - aqui a mãe foi sensibilizada. Como a mãe não tem Rh+, isso não traz nenhum problema para ela, e como seu 1 filho ja nasceu, não tem como os anticorpos Anti-D o atacar.
  • Vamos supor que a mãe já está na segunda gestação e já sensibilizada (produzindo anticorpos Anti-D). O seu segundo filho é Rh(+) e na medida em que vai se aproximando o parto, o feto vai expressando cada vez mais a proteína AgD (antígeno) e os Anticorpos Anti-D da mãe sensibilizada, nesse caso IgG, atravessam a placenta e chegam no feto, se ligando às suas hemácias. Após o parto, há uma grande quantidade de hemácias do RN marcadas por IgG Anti-D.
17
Q

Quais são as consequências para o RN que tem suas hemácias marcadas pelo anticorpo Anti-D IgG?

A
  • Após o parto, há uma grande quantidade de hemácias do RN marcadas por IgG Anti-D, que irão passar pelo baço do próprio feto e serem fagocitadas pelos macrófagos causando hemólise extravascular. Apesar de IgG fixar pouco o complemento, ele ainda fixa, causando hemólise intravascular. Essas hemólises irão liberar muita hemoglobina, que por conseguinte, irá aumentar a produção de bilirrubina não conjugada, levando à icterícia neonatal. A grande quantidade de hemoglobina que chega aos rins também podem causar problemas renais;

*Essas hémolises também podem levar a anemia.

*A billirubina não conjugada produzida em alta quantidade é lipofílica e tem uma facilidade de entrar pela barreira hematoencefálica em desenvolvimento do recém-nascido, acumulando-se em monta no sistema nervoso central e causando o Kernicterus - Doença que traz problemas de movimento, surdez, dificuldades de aprendizagem, paralisia cerebral e até mesmo morte.

18
Q

Qual o tratamento para a eritroblastose fetal?

A
  • O tratamento pode ser fototerapia (radiação ultravioleta) para diminuir a quantidade de bilirrubina no sangue e excretando o novo produto sóluvel pela urina, como também transfusão de sangue e, em casos muito graves, exsanguinotransfusão.
19
Q

Como evitar a eritroblastose fetal?

A

Em primeiro lugar, o pré-natal vai ser essencial para saber o fator Rh materno e paternos para verificar as chances da ocorrência da doença. Além disso, caso haja suspeita temos o coombs indireto, que vai avaliar se a mãe tem o soro Anti-D, ou seja, já foi sensibilizada. Se ela ainda não foi sensibilizada e for a sua primeira gestação, por volta 28 semana de gestação e depois do parto você dá o soro Anti-Rh ou Anti-D para ela, para caso alguma hemácia do filho Rh (+) passe para ela, o soro já neutraliza ele e elimina, não dando tempo de entrar em contato com o sistema imunlógico dela, e como consequencia, não vai ter ligação do antígeno com os linfócitos B. - Tratamento de Rogan.

20
Q

Qual tipo de sangue é doador universal?

A

O-

21
Q

Qual tipo de sangue é receptor universal?

A

AB+