Animais Peçonhentos Flashcards

1
Q

Sobre Acidente Botrópico/Jararaca:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é feito o diagnóstico?
3. Como é feito o tratamento?
4. Quais as complicações possíveis?

A
  1. Equimose, edema e sangramento na gengiva, IRA, choque/sangramento em órgão vitais
    O edema determina a gravidade:
    1 segmento: leve
    2 segmentos: moderado
    3 segmentos: grave
  2. Diagnóstico: D-dímero aumentado e fibrinogênio diminuído no hemograma (consumo dos fatores de coagulação - veneno é pro-coagulante, mas consome todos os fatores de coagulação)
  3. Tratamento: membro picado elevado, controle da diurese, profilaxia antitetânica. A dose do antiofídico depende da gravidade: 3 (leve), 6 (moderado), 12 (grave)
  4. Complicação: síndrome compartimental, com dor à extensão passiva do membro
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2
Q

Sobre Acidente Crotálico/Cascavel:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é feito o diagnóstico?
3. Como é feito o tratamento?
4. Quais as complicações possíveis?

Chocalho verdadeiro no rabo, com barulho característico

A

1) Local: usualmente sem alterações; parestesia
Sistêmico: sinais de bloqueio neuromuscular (turvação visual, midríase, diplopia, ptose palpebral, fraqueza, etc), rabdomiólise (mialgia generalizada e intensa, mioglobinúria) e alteração de coagulação (gengivorragia)
A visão turva, mialgia, mioglobinúria são fatores que determinam a gravidade:
- Ausentes: leve
- Discretos: moderado
- Evidentes: grave

2) CPK para avaliação de destruição muscular, coagulograma, ureia, creatinina, urina 1, hemograma

3) Hidratação vigorosa. A dose do antiofídico depende da gravidade: 5 (leve), 10 (moderado), 20 (grave)

4) Insuficiência renal e/ou respiratória

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3
Q

Sobre Acidente Elapídico/Coral:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é feito o diagnóstico?
3. Como é feito o tratamento?
4. Quais as particularidades?

A
  1. Local: marca das presas ou não e dor de intensidade variável / parestesia
    Sistêmico: síndrome miastênica aguda (min a horas após picada): ptose, turvação visual, oftalmoplegia, deficiência deglutição, astenia, dispneia; não tem dor muscular
  2. Coagulograma normal (diferença para a cascavel)
  3. Manter ventilação adeuada, soroterapia (SAE) 10 ampolas. Se não tiver ampola de soro disponível no momento, pode utilizar neostigmine → essa droga retarda a ação da colinesterase na fenda sináptica, permitindo que a ACh “ganhe” do veneno na ocupação dos receptores, e propicia melhor função muscular
  4. Envenenamento é raro (mais frequentemente no MMSS) e a mortalidade é de 3%, presa imovel (morde sem soltar), baixa agressividade e saída após as chuvas
    Ação do veneno: atividade neurotóxica periférica → bloqueio neuromuscular
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4
Q

Sobre Acidente Laquético/Surucucu:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é feito o tratamento?

A
  1. Local: semelhante ao acidente botrópico, mas mais intenso por ser uma serpente maior
    Sistêmico: manifestações hemorrágicas e neurotóxicas parassimpáticas → hipotensão grave (instalação precoce), bradicardia (choque por ativação do parassimpático), sudorese, náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarréia
  2. 10 ou 20 ampolas de soro antiofídico. Se FC = 20 bpm, administrar atropina. Além disso, fornecer hidratação vigorosa com drogas vasoativas.
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5
Q

Como é a Atividade do Veneno, Efeito Local e Sistêmico para os Acidentes Ofídicos (Jararaca, Surucucu, Cascavel e Coral)?

A
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6
Q

Quando pode dar alta num acidente ofídico assim que o paciente dá entrada com essa queixa?

A

Picada seca: sem envenenamento → pode dar alta sem problemas e não precisa de soro (Soro trata os sintomas, não a picada)

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7
Q

Sobre Acidente com Escorpiões:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é feito o diagnóstico?
3. Como é feito o tratamento?
4. Quais as complicações possíveis?

A

(1) Depende da faixa etária
* Se adulto: dor aguda e forte imediata, hiperemia leve, sudorese localizada, piloereção local
* Se criança (< 7 anos): demora 2 horas para ter vômitos incoercíveis, agitação psicomotora/sonolência, sudorese profusa, priapismo, alterações cardiovasculares, choque cardiocirculatório

(2) ECG, hemograma, eletrólitos com potássio baixo, amilase alta, glicemia alta e RX de tórax com edema pulmonar

(3) Tratamento: compressa morna, observação durante 6 horas se < 10 anos e 2 horas se > 10 anos.
A dor é o principal critério para determinar conduta:
* Se leve: analgésico via oral
* Se moderada: analgésico endovenoso e 3 ampolas de soro antiescorpiônico
* Se intensa: bloqueio anestésico, analgésico endovenoso e 6 ampolas de soro antiescorpiônico

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8
Q

O que não deve ser feito no tratamento de um ataque escorpiônico?

A

Volume em excesso
Promectazina
Corticoide

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9
Q

Qual deve ser o tempo máximo entre a picada do escorpião e o recebimento do soro?

A

Sendo esse o fator de maior importância para o sucesso do tratamento, deve ser no máximo 90 minutos

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10
Q

Sobre Acidentes com Aranhas:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como realizar o diagnóstico?
3. Como oferecer tratamento?

A
  1. Dor insuportável, vômito incoercível, agitação psicomotora, sudorese profusa, priapismo, leve edema local
  2. ECG, enzimas cardíacas
  3. Suporte, analgesia e 5 a 10 ampolas de soro antiaracnídeo (por ser muito semelhante ao quadro clínico do escorpião - sem o animal em mãos, não é possível diferenciar - recomenda-se o soro antiaracnídico, que já resolve ambos)
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11
Q

95% dos acidentes com aranhas só causam quadro cutâneo. Mas, como é manifestação cutânea e cutânea visceral e quantas ampolas de Soro devem ser admnistrados?

A
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12
Q

Sobre Acidentes com Lagartas Comuns:
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é o tratamento?

A
  1. Sintomas dermatológicos de curta duração e bom prognóstico (dor em queimação, eritema, edema, adenopatia satélie)
  2. Compressa fria, analgésicos e infiltração anestésica
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13
Q

Sobre Acidentes com Lagartas com veneno ativo sistemicamente (Lonoma):
1. Como é o quadro clínico?
2. Como é o tratamento?
3. Quais as complicações possíveis?

A
  1. Local: dor em queimação, eritema, edema, adenopatia satélite; Sistêmica: cefaleia, náuseas, dor abdominal, artralgia, sangramento e equimoses
  2. SALon (5 ou 10 ampolas)
  3. IRA e sangramento em órgãos vitais; Risco de reação anafilática em casos de administração de soros indevidos
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14
Q

#☆

Em uma caminhada pela mata, João foi picado por uma cobra na perna direita. Logo ele começou a apresentar sonolência, mialgia intensa, pálpebras caídas e visão dupla, vindo a sofrer, depois disso, uma parada respiratória. Qual tipo de serpente que causa esse acidente ofídico?

A

Cascavel

Na cascavel, os sintomas se iniciam pelos olhos. Na jararaca, haveria equimose, edema e sangramento na gengiva. Na coral, teria ptose palpebral (neurotóxica periférica), parestesia, dificuldade de deglutir, astenia e dispneia. A diferença entre a coral e a cascavel é que esta última, além de causar alterações no coagulograma, dá uma mialgia intensa. Por fim, a surucucu desencadearia uma hipotensão, vômito, náusea, diarreia e bradicardia.

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