Peeira Flashcards

1
Q

Agente

A

Infeção mista, sinergismo 2 bactérias (anaeróbias estritas)
-Fusobacterium necrophorum (agente ambiental, com capacidade infiltrativa, tubo digestivo dos ruminantes, persiste muito tempo nas fezes)
-Dichelobacter nodosus (não sobrevive mais de 14 dias no solo/pastagem, pode viver meses/anos nos cascos, não tem capacidade infiltrativa, quanto mais fímbrias, maior patogenicidade, infeção não dá imunidade, repete-se todas as estações

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2
Q

Hospedeiros

A

Principal - ovinos
Ocasional - caprinos
Bovinos - raro

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3
Q

Fatores predisponentes

A

Ambiente quente e húmido - sazonal (primavera e outono)
Pastos lamacentos
Camas conspurcadas e húmidas
Concentração de animais
Deficiências em zinco, cobre e selénio (fortalece os cascos)
Idade (adultos mais sensíveis)
Raça (Merinos mais sensíveis)
Cascos demasiados grandes ou com lesões

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4
Q

Transmissão

A

Contacto direto ou indireto
Portadores quando pastam, libertam as bactérias para o solo, considerados portadores crónicos se 3 peeiras sucessivas, se não responde a medidas de prevenção e tratamento, significa que as bactérias ficam em ambiente anaeróbio em zonas profundas do casco, onde o aparamento e pedilúvios não conseguem chegar, refugar

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5
Q

Patogenia

A

Ambiente húmido e quente (temperatura >10ºC), o estrato córneo da pele interdigital fica amolecido, facilita a ação F. necrophorum -1ª contaminação pela bactéria infiltrativa - as suas enzimas degradam o tecido conjuntivo, amolecendo o casco e permitindo a infiltração da Dichelobacter nodosus
F. necrophorum faz a adesão, colonização e maceração da pele interdigital e da junção pele-casco - provoca a separação do epitélio basal da epiderme e da derme do tecido córneo. O D. nodosus através das elastases e proteases provoca uma dermatite que progride lenta, mas persistentemente - liquefação do estrato granuloso e do estrato espinhoso

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6
Q

Período de incubação

A

10-20 dias

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7
Q

Sinais

A

Claudicação
Alopécia e ulceração das zonas de apoio (peito/joelhos)
Perda de condição corporal
Cobrição dificultada para ambos
Doença pode prolongar-se meses

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8
Q

Lesões

A

Cascos:
-inicial, somente dermatite
-casos avançados, infeção já alastrada à matriz do casco, inicia-se o destacamento de porções do casco
-necrose da epiderme e separação do casco estendem-se casco pode cair
-odor muito desagradável do tecido necrótico (cheiro butírico)
-podem existir míases - complicação grave

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9
Q

Importância económica

A

Perda de lã, leite, PV e mortalidade
Gastos acrescidos: tratamentos, ração, maneio de pastagens

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10
Q

Mortalidade e morbilidade

A

Mortalidade até 2%
Morbilidade pode atingir os 100%
Pode haver recuperação mas esta não é seguida de imunidade apreciável, infeção pode persistir durante 3 anos

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11
Q

Diagnóstico

A

Clínico: baseado nas lesões do casco e na claudicação, mais de 1 casco infetado
Laboratorial: (raro fazer)
-Esfregaços de exsudados e identificação (Gram -, IFD)
-Isolamento e identificação por sementeira de materiais necróticos (muito difícil, fastidiosa)
-PCR
-ELISA (Ac 2 semanas após infeção) faz-se para vacinas

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12
Q

Tratamento

A

Tópico:
-Limpeza e aparamento cuidadoso do casco de modo a expor o tecido necrótico; as bactérias são anaeróbias estritas, morrem em contacto com 02
-Soluções bactericidas por “spray” ou em pedilúvios seguido por repouso em superfícies secas
(Formaldeído, sulfato de cobre, sulfato de zinco + sulfato de sódio, cetrimida e oxitetraciclina em spray)
Parental:
-Sempre associado ao local, principalmente aparamento
Feito em tempo seco, colocar animais em ambiente seco 24h (Tetraciclinas, penicilina - estreptomicina, lincomicina + espetinomicina)

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13
Q

Profilaxia

A

Controlo das unhas - aparar regularmente
Controlo dos animais adquiridos
Limpeza e desinfeção de veículos
Suplemento de sulfato de zinco na alimentação - biotina
Pedilúvios
Rotação de pastagens de 2 em 2 semanas (a D. nodosus só resiste 14 dias no ambiente)

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14
Q

Vacina

A

Inativada, excipiente oleoso e cara, tem de ser dada em pelo seco, se não faz reação inflamatória exuberante
Vacinar o rebanho todo
Diminuição da frequência e gravidade da doença e contaminação
Funciona para prevenção e tratamento
Específica a cada serogrupo e não há imunidade cruzada
1ª dose 15 dias/1 mês antes da Primavera 2ª dose no fim do verão
Vacina de rebanho, amostra zaragatoa interdigital após limpeza e raspagem do casco

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