Leucose Enzoótica Bovina Flashcards

1
Q

Caracterização

A

As leucoses são afeções tumorais malignas dos tecidos hemolinfopoiéticos do Homem e dos animais.
O vírus LEB pode causar linfossarcomas de elevada malignidade com metástases disseminadas de evolução fatal (2/3 meses).

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2
Q

Declaração obrigatória?

A

Sim, à OIE/UE

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3
Q

Agente

A

Retrovírus (parecido ao FeLV)
RNA
Família Retroviridae
Género Deltaretrovírus C-type oncovirus
Capacidade de incorporar (como provírus) no genoma das células.
Infeção toda a vida da célula/animal
Ilude a vigilância do sistema imunitário, pode assumir o controlo da divisão celular e persiste na ausência de virémia
Destruído pela pasteurização (68ºC)

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4
Q

Zoonose

A

Não

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5
Q

Hospedeiros

A

Bovinos

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6
Q

Grupo etário mais atingido

A

3-8 anos

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7
Q

Sexo mais atingido, vocação

A

Fêmeas (machos não vivem o suficiente), mais regimes leiteiros

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8
Q

Incidência infeção/doença

A

Incidência da infeção é muito superior à da doença, maior parte dos animais sero convertem após a infeção, mas não expressam sinais clínicos nem lesões da doença

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9
Q

Distribuição em PT

A

Está oficialmente livre, exceto no Porto

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10
Q

Transmissão

A

-Ingestão: transmite-se ao recém-nascido (até 3 semanas) pela ingestão do colostro/leite
-Transmissão vertical: só 4-8% das vacas transmite
-Sexual: só quando sémen é recolhido por massagem da uretra e glândulas anexas, sémen pode ser contaminado com sangue (linfócitos B infetados)
-Iatrogénica: colheitas de sangue, vacinações, brincagem, descorna, tatuagem, luvas contaminadas com sangue
-Contato direto: secreções nasais, brônquicas e traqueais, urina
Via mecânica: mordidas de Tabanus fascicostatus (mosca do cavalo)

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11
Q

Patogenia

A

Infeção - produção permanente de Ac, com menos frequência, desenvolvimento duma linfocitose persistente ou de linfossarcomas.
Maioria dos casos – assintomáticos (60%) apesar de quase todos os bovinos desencadearem respostas imunitárias mensuráveis
Infeção causa uma proliferação crónica de linfócitos B
30-70% dos infetados exibem linfocitose permanente (linfócitos B), bovinos infestados com o vLEB devem ser considerados portadores
Hipertrofia dos linfonodos em 75-90% dos casos
Localização de tumores é imprevisível
Infeção primária: primeiras semanas, sintomas gripais 1-4 semanas
Infeção persistente: infeção a nível dos linfócitos e uma desregulação progressiva do sistema imunitário que pode levar meses ou anos. Podem viver com esta infeção sem sintomas muito tempo, podem parir vitelos infetados sem problemas
Linfocitose persistente acompanhada de fraqueza e infeções secundárias que podem levar à morte (Pasteurellas - pneumonias graves)
O desenvolvimento apenas da resposta imunitária humoral (produção de Ac) ou a produção de Ac + linfocitose persistente ou a produção de AC + linfossarcoma (com ou sem linfocitose persistente) determinado pelo make up genético-
Alelo BoLA-A14 nos genes de classe II do complexo de histocompatibilidade confere resistência à linfocitose persistente, o que significa que há animais que não fazem linfocitose, mas que podem desenvolver linfossarcomas.

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12
Q

PI médio

A

4-5 anos

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13
Q

Sinais

A

INESPECÍFICOS
-Quebra/paragem lactação
-Anorexia,
-emagrecimento,
-pêlo baço,
-taquicardia
-polipneia;
-por vezes, diarreia e melena (úlceras no abomaso);
-aborto;
-edema da barbela e sopro sistólico;
-exoftalmia,
-parésia
-paralisias
ESPECÍFICOS
-Hipertrofia linfonodos superficiais à compressão
de órgãos: esófago (disfagia, timpanismo), traqueia/pulmão (dispneia), jugular (edema na
ponta do peito, dificuldades da circulação de retorno)
Localizações mais frequentes dos tumores:
− Adultos: linfonodos (superficiais e viscerais), abomaso e coração
− Vitelos: linfonodos (viscerais), baço e fígado

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14
Q

Diagnóstico

A

− Clínico
− Anatomo-patológico
Necrópsia (massas tumorais brancas e finas).
Histopatologia.
− Serológico (gp51)
ELISA (sangue/leite) grande avanço, feita no tanque de mistura.
AGID: Agar gel imunodifusão (28% FN)
− Virológico

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15
Q

Tratamento

A

Não tem

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16
Q

Vacina

A

Proibidas, objetivo é erradicar a doença

17
Q

Frequência de controlos sorológicos

A

EXPLORAÇÃO INFECTADA
O controlo sorológico aplica-se à totalidade dos animais com idade superior a 1 ano, e é efetuado com intervalos mínimos de 3 meses e máximo de 6 meses, relativamente à data de eliminação do
último animal positivo. Esta metodologia de controlo sorológico cessará assim que se verificar um controlo sorológico negativo.
EXPLORAÇÃO SUSPEITA (NÃO INDEMNE)
O controlo sorológico deve ser efetuado à totalidade dos animais com idade superior a 1 ano, realizado com intervalo mínimo de 6 meses e máximo de 12 meses;
EXPLORAÇÃO OFICIALMENTE INDEMNE
O controlo sorológico deve ser efetuado 1 vez por ano, à totalidade dos bovinos com mais de 2 anos.

18
Q

Controlo e prevenção

A

-Sequestro das vacarias infetadas e suspeitas e isolamento dos bovinos infetados a aguardar
− Abate sanitário ou abate parcial dos bovinos infetados, incluindo no caso das vacas, a sua descendência;
− Pagamento de indemnização compensatória;
− Proibição da amamentação;
− Obrigatoriedade de pasteurização do leite (subprodutos lácteos) destinado à alimentação de vitelos;
− Vigilância nas explorações de bovinos leiteiros com a prova do ELISA no leite do tanque de mistura;
− Desinsectizações periódicas das vacarias;
− Todos os bovinos abatidos para consumo humano são sujeitos a inspeção sanitária: ante mortem e
post mortem.
− CONTROLO dos bovinos, sémen, embriões importados e dos reprodutores nacionais.

19
Q

Certificação Sanitária de Explorações

A

EXPLORAÇÃO INFECTADA (L2)
Exploração em sequestro sanitário com casos de LEB confirmados laboratorialmente.
Todos os bovinos >12 meses são submetidos a testes sorológicos com intervalos entre 3 e
6 meses após o abate do último bovino positivo, até se obterem resultados sorológicos negativos.

EXPLORAÇÃO NÃO INDEMNE (L3)
Exploração suspeita de LEB – não indemne -, pois não reúne condições para ser
englobado no escalão L4, ao qual foi efetuado 1 controlo sorológico negativo. Nestes
efetivos, o controlo sorológico deve ser efetuado à totalidade dos bovinos com idade
superior a 1 ano, com intervalo mínimo de 6 meses e máximo de 12 meses.

EXPLORAÇÃO OFICIALMENTE INDEMNE (L4)
Exploração sem sinais clínicos nem lesões post-mortem nem resultados laboratoriais nos
últimos 2 anos. Bovinos >1 ano com resultados negativos em pelo menos 2 testes num
espaço de tempo compreendido entre 6 e 12 meses. Somente bovinos de explorações
oficialmente indemnes poderão ser introduzidos nestas explorações.