Rinopneumonite Viral Flashcards

1
Q

caracterização, zoonose?

A

Doença viral muito contagiosa, mas benigna do trato respiratório superior causada por 3 herpesvírus muito
próximos. 1 destes herpesvírus também causa aborto [EHV-1]. Não é uma zoonose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Agente

A

Herpesvirus equino 1 – vírus com envelope, sensível a desinfetantes.
Os vírus herpes são espécie específicos. Os herpesvírus equinos são:
* EHV – 1: Tem 2 subtipos:
[1] Associado a aborto.
[2] Associado a EVR, mas também é capaz de causar aborto.
EHV - 2 Infeção prolongada em poldros. Alguns exibem uma síndrome que dura ≈1 semana: febre, corrimento nasal purulento e linfadenopatia. Raramente é fatal.
* EHV - 3 Causa o exantema de coito.
* EHV – 4
Como o 1 e o 4 são os mais frequentes, são utilizados normalmente nas vacinas.
Os EHV sobrevivem 14 - 45 dias no meio ambiente.
Estado de portador latente

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Hospedeiros

A

equinos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Transmissão

A

-INALAÇÃO DE AEROSSÓIS
INFETANTES
-INGESTÃO DE FORRAGEM E/OU
ÁGUA CONTAMINADA POR
CORRIMENTOS NASAIS OU POR
PRODUTOS DO ABORTO

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Epidemiologia

A

Estado de portador latente: 80% das populações de cavalos exibem evidência serológica de exposição aos EHV (Ac).
A forma respiratória é mais frequente no poldro e predomina na Europa. Nas explorações de reprodutores, a forma respiratória ocorre nos garanhões. As éguas exibem aborto.
Após infeção natural os cavalos desenvolvem uma imunidade que dura 6-12 meses. Os abortos nas éguas, são muitas vezes precedidos por formas respiratórias de EVR nos poldros de 6-10 semanas de idade.
Ciclo epidemiológico do EHV-1 e do EHV-4 ilustrando o papel central dos equinos portadores latentes na transmissão/perpetuação dos herpesvírus às novas gerações.
O vírus vai para o gânglio trigémeo e células epiteliais. A reativação está associada a fenómenos de stress. Começa a haver corrimentos nasais e
espirro, com consequente excreção viral, que tende
a infetar os animais mais suscetíveis - os poldros.
Estes tendem a fazer pequenos focos esporádicos.
Produtos virulentos: Corrimentos nasais e
aborto/produtos do aborto.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

fatores predisponentes

A

-dieta desequilibrada ou insuficiente (relacionada com disponibilidades alimentares)
-fadiga
-castração
-resfriados (colocar impermeáveis nos cavalos)
-infeções concomitantes (especialmente das vias respiratórias).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Importância económica

A

Os cavalos afetados não podem trabalhar;
− Os cavalos de desporto têm que suspender os treinos e competições;
− Perigo de ocorrência de “tempestades” de aborto: “abortion storm” - quando o vírus entra numa coudelaria e várias éguas abortam;
− Elevados custos de enfermaria.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Patogenia

A

Conhecem-se 4 síndromes causadas pelo EVH-1:
− Infeção do trato respiratório superior em poldros, mas também pode afetar o pulmão.
− Aborto em grupos de éguas.
− Septicémia fatal em poldros (< 1 semana de vida).
− Encefalomielopatia - Síndrome paralisia do cavalo adulto.
E suspeita-se ainda, de: Síndrome de “fraca competitividade” do cavalo de
corrida.
1. Após inalação, há uma rápida proliferação do EHV nas células epiteliais da mucosa nasal, da faringe e das amígdalas, o que causa febre, rinite copiosa e dificuldade respiratória.
2. Invasão de células endoteliais (sangue e linfa) e de leucócitos dos tecidos subjacentes.
3. Virémia associada à invasão dos monócitos e dos linfócitos T pelo EHV → invasão do pulmão
(pneumonia), placenta, feto e do tecido nervoso.
4. Invasão da placenta trombose/vasculite induzidas pelo vírus, perturbações
graves da microcirculação → aborto por separação da membrana corioalantóide do endométrio.
5. Se há invasão do tecido nervoso → Síndrome paralisia. Vasculite disseminada e formação de trombos
→ Degeneração do tecido nervoso (mecanismo ainda desconhecido: deposição de imunocomplexos – resposta imunitária exagerada).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Sinais

A

FORMA RESPIRATÓRIA
A infeção inaparente é comum! PI: 2 - 20 dias. Duração da doença: 2 - 5 dias, mas a tosse e os corrimentos nasais podem persistir 1 a 3 semanas.
Febre elevada (39-40,5°C), conjuntivite
corrimentos oculares e nasais serosos
tosse gorda e fraca (≠ tosse seca e forte da gripe).
Ligeiro edema dos linfonodos que drenam a garganta
o apetite mantém-se
Edemas a nível dos membros e diarreia são raros.
Pneumonia: infeção bacteriana oportunista.
Mais comum em poldros e em cavalos em parques de exposição/venda, onde haja grande densidade
populacional de cavalos.

FORMA ABORTIVA
Aborto no último terço de gestação, particularmente entre o 8 - 10 mês. O aborto ocorre sem sinais premonitórios. Não há retenção placentária.
Reduzido desenvolvimento mamário/lactação. Os poldros infetados in útero sobrevivem apenas algumas horas após o nascimento, devido a graves lesões pulmonares e hepáticas. Estas “tempestades” de aborto (até 90%), podem ocorrer até 4 meses após uma forma respiratória de EVR inaparente.

SEPTICÉMIA NEONATAL
Alguns poldros recém-nascidos, aparentemente sãos, enfraquecem de repente e morrem ao fim de 3 dias com
sintomatologia respiratória (colapso pulmonar) e severa depressão mental (sleepy foals).
Nota: são frequentes infeções secundárias por Escherichia coli e por Actinobacillus equuli

SÍNDROME PARALISIA – DOENÇA EMERGENTE
PI: 7 dias [experimental]. Sinais clínicos variam de ataxia ligeira e transitória, a ataxia severa seguida de paralisia e queda. Porém alguns cavalos morrem em 2 dias. Os restantes acabam por sofrer eutanásia no
período médio de 1 mês pós-sinais clínicos. É mais frequente em cavalos que se reinfectam com o EHV. Pode ser concomitante com as formas respiratória e abortiva. Os focos podem atingir 90% das éguas num estábulo.
Os poldros e os garanhões também são afetados.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Lesões

A

Rinite e Pneumonite. Os fetos exibem severa congestão pulmonar e petéquias na
mucosa respiratória; focos de necrose hepática (5 mm, subcapsulares, cinzentoesbranquiçados) e um exsudado amarelo-claro na cavidade peritoneal e pleural.
Encefalomielopatia aguda. Nota: Enviar o pulmão e o fígado do feto em formalina.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Diagnóstico

A

− Clínico: infeções benignas do trato respiratório superior em poldros e adultos, associadas a uma frequência elevada de aborto em éguas convalescentes, e à presença de lesões características nos fetos,
são sugestivas da infeção por EHV

− Laboratorial: leucopénia acentuada, neutropénia e linfopénia. Particularmente evidente em poldros.
* Imunofluorescência direta: PROVA STANDARD – deteta os antigénios – demora algum
tempo
* P.C.R. [zaragatoas nasofaríngeas e amostras de fígado, pulmão, baço e timo do feto]
* Seroneutralização
* E.L.I.S.A.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Vacina

A

Vacina opcional: Herpes vírus 1 e 4.
As vacinas devem conter, idealmente, o EHV-1 e o EHV- 4, apesar destes vírus desencadearem alguma
proteção cruzada. A imunidade induzida por vacinação é fraca e transitória (2-4 meses). Como tal, um cavalo pode ter episódios de EVR mesmo tendo sido vacinado.
As éguas excretam anticorpos protetores no colostro. A imunidade passiva dura em média 180 dias. Porém, a
presença de anticorpos neutralizantes no soro, não é um bom indicador de proteção contra a infeção. Os
mecanismos de imunidade celular são os mais relevantes e, estão suprimidos na gestação, o que explica a ocorrência de abortos em éguas com elevados títulos de Ac. Existem vacinas atenuadas e inativadas,
desenvolvidas e administradas em grande escala nos U.S.A. e na Europa. A vacina atenuada adaptada ao hamster, administra-se por via intranasal, mas é pouco atenuada e pode provocar aborto num número reduzido de éguas gestantes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Tratamento

A

Não há tratamento específico.
− Fluidoterapia + antipiréticos (>40ºC).
− Administração de antibiótico de largo espectro nos casos de infeção secundária.
− Manter a medicação de suporte, 4-6 dias após o desaparecimento dos sinais clínicos.
− Valaciclovir (30 mg/kg, PO, bid) está a revelar resultados promissores no tratamento de cavalos com sinais neurológicos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Profilaxia sanitária

A

− Manter a box quente.
− Dieta laxativa.
− Água fresca ad libitum.
− Isolamento dos doentes.
− Escrupulosa desinfeção de materiais, equipamentos e instalações.
− Repouso.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Controlo

A

Principais objetivos:
− Evitar a exposição de cavalos suscetíveis.
− Contrariar os cenários de reativação do vírus latente.
Medidas:
A vacina contra o EHV deve ser incluída no programa de vacinação.
Principal objetivo: proteger as éguas do ABORTO → O stress é um importante fator de reativação do vírus nos portadores latentes; evitar transportes prolongados no último terço da gestação.
Isolamento das éguas gestantes. Quarentena dos cavalos adquiridos.
Isolamento imediato dos cavalos suspeitos e reforço das medidas de biossegurança na coudelaria. Destruição do feto e dos produtos do aborto, após colheita de amostras.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly