Abdomen agudo na infancia Flashcards

1
Q

Epidemiologia da apendicite na infância;

A
  • maior causa de laparotomia na infancia
  • As taxas de apêndicectomia branca ainda são altas; abre o paciente, mas não se trata de uma apendicite
  • taxa de mortalidade varia entre 1-5%
  • difícil de ser diagnosticada principalmente em crianças pequenas
  • geralmente crianças não apresentam história típica
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2
Q

Qual a fisiopatologia da apendicite ?

A

há obstrução da luz do apêndice por um fecalito, ocorrendo um aumento da PA intralumial levando a isquemia e a necrose, assim, consequentemente à perfuração

obstrução da luz apendicular –> aumento da PA intralumial –> isquemia –> necrose –> perfuração

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3
Q

Qual a história clínica da apendicite? E exame físico

A
  • dor abdominal difusa
  • migração da dor para fossa ilíaca direita
  • náuseas, vômitos, hiporexia
  • febre (tardia)
  • diarreia (tardia)

EF;
sinais clássicos (adultos e crianças grandes); Bloomberg, rovising, psoas

*pesquisa de reatividade a palpação –>
-observar movimento de retirada/ fácies de dor
-sempre iniciar por demais locais e deixar a fossa ilíaca direita para o fim
- estabelecer uma relação
obs; ausculta sem alteração

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4
Q

Quais os exames laboratoriais e de imagem a serem pedidos na apendicite aguda?

A
  • hemograma; normalmente cursa com leucocitose
  • PCR
  • URina I

exame de imagem
*1 escolha; RX de abdomen
- incidência; em pé, deitado e tórax com cúpula diafragmática
- presença de fecalitos em 30% dos casos, nível hidroaéreo único em fossa ilíaca direita em 90% dos casos (nivel inicial) ou nivel hidroaéreo difuso (mais avançado com acometimento de todo intestino)
- pcts com GECA podem cursa com níveis hidroaéreos difuso
- se o raio X identificar apendicite ; encaminhar para a cirurgia

  • US de abdomen ; alta sensibilidade e especificidade , mas é examinador dependente
  • TC de abdomen; normalmente solicitado en ultimo caso.
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5
Q

Qual o tratamento para a apendicite aguda?

A

apendicectomia; difere do adulto pela incisão de Rocky Davis
- cirurgia por video

*Fases;
fase 1; edema + hiperemia
fase 2; exsudato fibrinoso
fase 3 ; necrose
fase 4; perfuração

A atbterapia é guiada pelas fases
fase 1 + 2; atb EV antes da cirurgia + suspende o ATB após a cirurgia

fase 3 e 4; atb EV antes da cirurgia + ATB VO após a cirugia por 7 dias (amicacina +metronidazol)

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6
Q

Divertículo de Meckel; evaginação

A
  • remanescente do duto vitelino embriologico (onfalomesentérico) que conecta o intestino fetal com o saco vitelino.
  • involui entre a décima quinta e a décima sétima semana de gestação
  • divertículo verdadeiro;
    mucosa+serosa (todas as camadas do intestino)
  • divertículo falso; somente a mucosa
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7
Q

Qual a epidemiologia da divertículo de Meckel?

A

regra dos dois
-2% da população
- 2:1; homem; mulher

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8
Q

qual a apresentação clínica do divertículo de Meckel?

A

O principal é o sangramento TGI
- obstrução intestinal
- inflamação diverticular

*O sangramento é responsável por quase 50% de todos os sangramentos TGI baixos em crianças.
obs; qualquer criança apresentando fazes com hemoglobina positiva e anemia deve ser avaliada para o divertículo de Meckel

*obstrução; pode causar obstrução intestinal por diversos mecanismos, mais comum por intussepcao ou volvo

  • inflamação ; A diverticulite de Meckel é com frequência diagnosticada erroneamente como apendicite devido à apresentação similar dos sintomas. O achado intraoperatório do apêndice normal em uma criança suspeita de ter apendicite deverá conduzir a uma busca cuidadosa pelo divertículo de Meckel.
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9
Q

Como se dá o diagnostico do divertículo de Meckel ?

A

acidental (intraoperatório)
cintilografia de Meckel, se sangramento vivo no TGI
-> um escaneamento negativo não exclui a possibilidade do divertículo de Meckel

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10
Q

Como se dá o tratamento do divertículo de Meckel?

A

o tratamento consiste na ressecção, utilizando a abordagem aberta ou laparoscópica

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11
Q

Intussuscepção intestinal;

A
  • A intussuscepção é a causa mais frequente de obstrução intestinal em lactentes e pré escolares .
  • E uma invaginação adquirida do intestino proximal para o intestinal distal
  • O intestino proximal relescopa o distal pela atividade peristaltica
  • Embora a redução espontânea possa acontecer, a historia natural de uma intussuscepcao é a progressão para a isquemia intestinal e necrose
  • A maior incidência ocorre em crianças de 4 a 9 meses, sendo incomum antes dos 3 meses e após os 3 anos de idade.
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12
Q

A intussuscepção pode ser?

A

-*primária ; causa geralmente atribuída a placas de peyer hipertrofiadas dentro da parede do intestino

obs; A intussuscepção ocorre com frequência na sequência de uma infecção do trato respiratório superior ou de um episódio de gastroenterite, e o tecido linfoide hipertrofiado pode ser o fator etiológico.

*secundária; uma intussuscepção pode ter uma lesão identificável que serve como um ponto inicial, pixando o intestino proximal para dentro do distal pela atividade peristáltica
obs; o ponto incinal mais comum é o divertículo de Meckel, seguido de pólidos e duplicações.

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13
Q

Qual o quadro clinico da intussuscepção ?

A

lactante ou criança com cólica abdominal intermitente associada a fezes tipo “geleia de groselha”e uma massa palpável no exame físico

  • pode haver sons peristalticos audíveis e uma massa em forma de salsicha em curva pode ser palpável em qualquer lugar do abdome ou mesmo visualizada, se a criança for relativamente magra.
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14
Q

Como se dá o diagnostico ? E o tto?

A

o achado característico no ultrassom tem sido referido com lesão em alvo (corte transversal) ou pseudorim (corte longitudinal)

tto;
-redução hidrostática/ pneumática
-cirurgia

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15
Q

Enterocolite necrotizante;

A

*acomete RNs, normalmente associada a prematuridade; quanto maior a prematuridade maior o risco
*conjunto de sinais e sintomas gastrointestinais que acomete frequentemente o ileo terminal.
A necrose inicia na mucosa e pode evoluir para perfuração intestinal
- associa a elevada morbimortalidade e a patogenese permanece indeterminada

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16
Q

Qual a fisiopatologia da enterocolite necrotizante?

A

A fisiopatologia ainda é incerta.

A prematuridade leva a imaturidade da barreira intestinal, aumentando a permeabilidade de antígenos, bactérias, vírus e toxinas.
A alimentação, bactérias e vírus podem levar a dano indireto à mucosa

17
Q

Quais são os fatores de risco para ECN?

A

*prematuridade

*eventos hipóxico isquémicos;asfixia, cardiopatias congênitas, restrição de crescimento intrauterino, policitemia, exsanguíneotransfusão, apneia, exposição intra - uterina a cocaína;

outros fatores ;alimentação enteral (rara em não alimentados), progressão rápida da dieta (>20ml/kg/dia), substâncias hiperosmolares na luz intestinal (aminofilina, indometacina, dexametasona, furosemida, digoxina, fenobarbital, gluconato de cálcio, vitaminas D e E, e sulfato ferroso), transfusão de concentrado de hemácias (questionável);

18
Q

Qual o quadro clínico?

A
  • LETARGIA
  • débito bilioso em sonda
  • hipo ou hiperglicemia
  • apneia
  • hipotensao
    -choque
  • instabilidade térmica

*Manifestações intestinais: intolerância alimentar, distensão abdominal, vômitos, resíduo gástrico, alteração do hábito intestinal, íleo paralítico, peritonite, celulite da parede abdominal, enterorragia;

Manifestações sistêmicas: letargia, instabilidade térmica, hipoglicemia/hiperglicemia, apneia, hipotensão arterial, choque, acidose metabólica, desconforto respiratório, insuficiência respiratória, coagulação intravascular disseminada, insuficiência renal e hepática, falência de múltiplos órgãos

19
Q

Exame físico da ECN;

A
  • paciente normalente esta em ambiente de UTI e entubado
  • distensão gastrica e abdominal
  • aumento dos resíduos gástricos
  • queda do estado geral
  • vômitos biliosos
  • sangramento intestinal
  • sinal de rouxidao no abdomen
20
Q

Como se dá o tratamento da ECN?

A

ECN suspeita (IA ou IB): se completa remissão do quadro abdominal em 3 dias, associada a 2 hemogramas e PCR normais e hemoculturas negativas, avaliar suspensão de jejum e antibióticos após 3 dias;

ECN confirmada (IIA): se melhora em 24 a 48hs, utilizam-se antibióticos e jejum por 7-10 dias;

ECN avançada (≥ IIB): antibioticoterapia por 14 dias;