3. Sociologia criminal Flashcards

(32 cards)

1
Q

C/E
Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito.

A

Certo.

Atualmente, a criminologia enxerga o crime como um fenômeno complexo e multifatorial, sendo um problema social e não individual.

Nesta perspectiva, o pensamento criminológico engloba duas visões: as teorias do consenso, de matriz funcionalista e as teorias do conflito, de viés argumentativo.

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2
Q

Conceito de teoria do consenso e do conflito.

A

Teorias do consenso: os adeptos defendem que a finalidade da sociedade é atingida quando todos as instituições nela inseridas funcionam em plenitude, aceitando as regras comuns e compartilhando os mesmos objetivos e valores. Possuem o axioma de que toda sociedade é composta de elementos uniformes, que são interligados e funcionais, baseando-se do consenso e voluntariedade dos indivíduos para que se mantenha estável. Exemplos de teorias do consenso: Escola de Chicago, Teoria da associação diferencial e Teoria da Anomia.

Teorias do conflito: tem matriz comunista e apregoa que a a harmonia social decorre da coerção e desigualdade entre as classes sociais. Ao contrario da teoria do consenso, não existe uma situação de voluntariedade, mas sim a imposição e coerção. Exemplos de teorias do conflito: Teoria Critica ou radical e Teoria do etiquetamento (labelling approach).

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3
Q

Teorias do consenso x teorias do conflito

A

Teorias do consenso
Cunho funcionalista/integração;
Ideais conservadores;
Ex: Escola de Chicago, Associação Diferencial, Anomia e Subcultura deliquente.

Teorias do Conflito
Cunho argumentativo/coerção;
Ideais progressistas;
Ex: Teoria do etiquetamento, teoria crítica ou radical, feminista, cultural e queer.

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4
Q

C/E
De acordo com a Teoria Ecológica da Criminalidade a desorganização social dos grandes centros urbanos pode produzir efeitos criminógenos.

A

Certo.
Desenvolvida por grupo de professores e pesquisadores da Universidade de Chicago.

Dicas para identificar a Escola de Chicago na hora da prova:

  • Desorganização Social
  • Área de delinquência
  • Crescimento desenfreado das cidades
  • Teoria Ecológica ou Teoria da Ecologia Criminal
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5
Q

A ___________ possui como postulado central a constatação de que, na sociedade, haveria subgrupos que se distinguem em questões
relevantes, detendo sua ética e valores próprios;

A

Teoria das Subculturas Criminais, que tem como expoente Albert Cohen.

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6
Q

C/E
Albert Cohen, um dos precursores da teoria da subcultura delinquente, assinala como características do fenômeno da delinquência juvenil a versatilidade, o hedonismo-imediatista e a autonomia do grupo.

A

Certo.

Características

  1. Versatilidade: capacidade de cometer diferentes tipos de delitos;
  2. Hedonismo-imediatista: busca do prazer imediato, sem se preocupar com as consequências;
  3. Não utilitarismo da ação: a pratica delitiva ocorre pelo simples prazer, sem um fim útil;
  4. Malícia da conduta: o crime é praticado para causar desconforto alheio;
  5. Negativismo da ação: o crime é praticado para rechaçar valores dominantes;
  6. Busca de status, prazer em infringir normas, ter o delinquente como ídolo.
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7
Q

A ___________, na perspectiva de Émile Durkheim, considera o crime como um fenômeno normal na sociedade, pois uma sociedade sem crimes seria impossível

A

Teoria da Anomia

Defende que o crime é:
1. Fato social;
2. Um comportamento normal, ubíquo e propulsor da modernidade.

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8
Q

A _________ compreende o crime enquanto reafirmação da ordem social e enquanto legitimação dos vínculos estruturais da sociedade.

A

Teoria da anomia

Analisa o comportamento delinquencial sob o enfoque estrutural-funcionalista

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9
Q

A ___________defende que toda e qualquer conduta desviante, por menor que seja, deve ser duramente reprimida, como forma
de reafirmar o poder do Estado e a necessidade de respeito à Lei;

A

Teoria da tolerância zero.

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10
Q

A _____________compreende o direito penal enquanto mais um instrumento nas mãos das classes dominantes a fim de subjugar e controlar as classes dominadas, adotando, portanto, um discurso deslegitimador da própria punição.

A

Teoria crítica.

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11
Q

A ______________ afirma que conduta criminosa poderia ser explicada sob a ótica dos mesmos mecanismos de aprendizagem de qualquer outra conduta dita como “não desviante”, dando-se enfoque, portanto, aos processos de aprendizagem do indivíduo na explicação do fenômeno criminal, tratando ainda dos estímulos positivos e negativos recebidos pelo sujeito para agir dessa ou daquela forma

A

Teoria da Associação Diferencial, cujo principal expoente foi Edwin H. Sutherland.

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12
Q

Teoria que buscou explicar os crimes de colarinho branco (white-collar crimes).

A

Teoria da associação diferencial, desenvolvida pelo sociólogo americano Edwin Sutherland, com base nos pensamentos de Gabriel Tarde.

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13
Q

Teoria que defende a ideia de que a conduta criminosa resulta de uma série de estímulos contínuos na vida do indivíduo, sendo produto de suas experiências passadas. Assim, o agente que sofreu abusos na infância tende a praticar abusos também.

A

Teoria do condicionamento operante

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14
Q

Teoria que parte da premissa que o comportamento criminoso é mais provável de ocorrer quando as recompensas associadas ao crime superam as punições, de modo que o indivíduo passe a associar comportamentos com suas consequências, internalizando essas associações e guiando suas ações futuras

A

Teoria do reforço diferencial, de Jeffery.

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15
Q

Teoria que preceitua que a sociedade produz uma série de estímulos e pressões que impulsionam o indivíduo para uma conduta criminal, mas impedido por fatores internos, como a personalidade forte, e externo, como a coação normativa exercida pela sociedade.

A

Teoria da contentação.

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16
Q

C/E
A teoria da associação diferencial, também chamada de teoria da aprendizagem social, preconiza que as racionalidades motivacionais e metodológicas que envolvem o cometimento de ilicitudes podem ter origem genética, mas são principalmente transmitidas em circunstâncias específicas no curso da convivência grupal.

A

Errado.

Para os defensores da Teoria da Associação Diferencial, de Edwin Sutherland, ninguém nasce delinquente, ou seja, não há que se falar em qualquer origem genética, em outras palavras, a conduta delitiva não é intrínseca às condições sociais ou a fatores outros como gênero, raça e idade do agente.

Na verdade, o indivíduo aprende a cometer crimes com as pessoas de seu círculo de relacionamentos próximos. Trata-se, portanto, de um processo de aprendizagem, de imitação de comportamento alheio, situação natural em sociedades plurais e conflitivas

17
Q

C/E
Teoria segundo o qual o crime é resultado do inadequado funcionamento da sociedade, em razão, especialmente, de uma situação social desprovida de regras ou lei, não se vislumbrando o delito como uma anomalia e considerando-se a sociedade um todo orgânico.

A

Teoria da Anomia.

De Émile Durkheim e Robert Merton.

18
Q

C/E
O conceito de crime como fato social é formulado pelo sociólogo Karl Marx.

A

Errado. Émile Durkheim e Robert Merton.

Teoria da Anomia

Delito é um fenômeno normal de toda estrutura social (FATO SOCIAL).

Sua ocorrência deve ser tolerada, mediante estabelecimento de limites razoáveis.

O crime se origina da impossibilidade social do indivíduo de atingir suas metas pessoais.

19
Q

C/E
A explicação do crime como fenômeno coletivo cuja origem pode ser encontrada nas mais variadas causas sociais, como a pobreza, a educação, a família e o ambiente moral, corresponde à perspectiva criminológica denominada__________.

A

Sociologia Criminal.

É uma afluente do positivismo, sendo criada por Ferri. É uma derivação das teorias de Lombroso. Para Ferri a criminalidade se deriva de fenômenos antropológicos, físicos e culturais.

20
Q

Para a ______________, o crime é uma realidade ontológica, pré-constituída ao direito penal, ao qual cabe tão somente reconhecê-la e positivá-la.

A

Criminologia positivista.

21
Q

Para a ______________ o crime é fruto da segregação de classes e do capitalismo

A

Criminologia socialista.

22
Q

Sociólogo americano criador da teoria do etiquetamento

A

Howard Becker

23
Q

C/E
Para a Teoria do Labeling Approach, a noção de crime e criminoso são construídas socialmente a partir da definição legal.

A

Certo.

A Teoria do Etiquetamento argumenta que o crime e o criminoso são conceitos socialmente construídos. Isso significa que é a sociedade, por meio de suas leis e normas, que define o que é considerado crime e quem é rotulado como criminoso.

24
Q

C/E
A Teoria do Etiquetamento repele a metodologia determinística individualista do positivismo criminológico.

A

Certo.
Teoria do Etiquetamento possui cunho argumentativo e efetivamente se afasta do positivismo criminológico.

Para a Teoria do Etiquetamento, o rótulo de
criminoso deixa de ser, como na Escola Positiva
(notadamente em sua fase antropológica), uma qualidade inerente à pessoa, e passa a ser uma consequência da aplicação da lei sobre o indivíduo.

25
C/E Segundo a Teoria do Etiquetamento, a maneira pela qual se dá a interação entre o indivíduo e a sociedade é capaz de designar o conceito de desvio e desviante
Certo. Teoria do Etiquetamento, também chamada de Teoria da Reação Social, do Labelling Approach ou Teoria do Interacionismo Simbólico, tem seu foco justamente na interação entre o indivíduo e a sociedade quanto à caracterização do fenômeno criminoso e do sujeito desviante, visto que, na relação sociedade-indivíduo é que emergirá a eleição de condutas criminosas e o “etiquetamento” analisado (e criticado) pela teoria. Ela compreende o crime enquanto uma construção social, que estigmatiza pessoas e comportamentos a partir dos juízos das classes dominantes em determinado período histórico.
26
C/E Para a teoria do etiquetamento os conceitos de crime e de criminoso são imutáveis no decorrer da história
Errado. Para a teoria, que defende que é a lei quem origina o delito, pela própria evolução da sociedade a lei vai se modificando, modificando-se também os conceitos de crime e de criminoso. Dessa forma, uma conduta tida como criminosa hoje poderia não o ser daqui a uma década, emergindo daí a mutabilidade de tal conceito.
27
C/E A teoria do labelling approach entende o crime como um mero subproduto final do controle social, constituindo um instrumento seletivo dentro da sociedade.
Certo. As teses centrais do labelling approach podem ser assim enunciadas: a) comportamento criminoso é comportamento rotulado como criminoso pelo controle social; b) um homem se torna criminoso porque uma violação inicial foi rotulada como criminosa; c) o controle do crime determina as taxas de desvio, como produto da atividade da polícia e da justiça criminal.
28
Teoria que refuta a ideia de igualdade
Teoria do labelling approach ou etiquetamento. Acredita na parcialidade do sistema de Justiça criminal e do sistema social ao criar regras que consideram direcionadas a dados grupos da sociedade. O controle social é altamente discriminatório e seletivo. Assim, rejeita a igualdade da Justiça.
29
C/E Na visão moderna, o delinquente deve ser compreendido como um ser movido subjetivamente pelo livre-arbítrio.
Errado. Essa é a visão clássica. Na visão moderna o delinquente é visto como um ser influenciado por fatores biológicos, psicológicos e sociais. É um ser normal que viola a lei penal por razões diversas, que merecem ser investigadas e nem sempre são compreendidas por seus pares.
30
O que vem a ser a teoria do interacionismo simbólico?
Só outro nome dado a teoria do labelling approach, teoria do etiquetamento, rotulação social, reação social.
31
C/E A Escola da Criminologia Crítica analisa a seletividade e propõe a deslegitimação do sistema penal.
Certo. A criminologia Crítica teve seu surgimento baseada no marxismo, foi através das teorias políticas e econômicas do crime, que começou a analisar as causas sociais e institucionais causadoras daquele. A Criminologia Crítica questiona toda ordem social, mostra sua simpatia pelas minorias desviadas e ataca o fundamento moral do castigo (culpável é a sociedade), pregando, de algum modo, a não intervenção punitiva do Estado. Seus principais expoentes são Alessandro Baratta, Becker, Schur, Granfiel, Goffman, Erickson entre outros
32
C/E Para a teoria da reação social, o delinquente é fruto de uma construção social, e a causa dos delitos é a própria lei; segundo essa teoria, o próprio sistema e sua reação às condutas desviantes, por meio do exercício de controle social, definem o que se entende por criminalidade.
Teoria da reação social = teoria do etiquetamento.