Prova oral Flashcards
(TJ-GO 2010 ) Qual recurso cabível contra decisão final de incidente de falsidade ?
Da decisão que comprova a falsidade do documento cabe o Recurso em Sentido Estrito, previsto no artigo 581, inciso XVIII do Código de Processo Penal.
(TJ-GO 2010 ) O que significa efeito autofágico da sentença penal?
A “sentença autofágica” ou de “efeito autofágico” é a sentença penal que reconhece a existência de um crime bem como a culpabilidade do réu, mas que extingue a punibilidade
(TG-GO 2010) O representante do MP pode apelar de decisão absolutória em ação penal privada?
O representante do Ministério Público oficia na ação penal privada como “custus legis”, cabendo-lhe precipuamente zelar pela observância do princípio da indivisibilidade da ação. Assim, não há ao Ministério Público interesse em apelar, pois a ação penal privada é regida pelo princípio da disponibilidade
(TJ-GO 2010) A absolvição do autor necessariamente absolve o participe?
Sim. Em relação à participação existe praticamente consenso de que vale a teoria da acessoriedade limitada, que significa o seguinte: a conduta do partícipe é acessória. A conduta do autor é principal. O partícipe só pode ser punido se a conduta principal for típica e antijurídica. Assim, se for acolhida legítima defesa, por exemplo, o partícipe não poderá ser condenado.
(TJ-GO 2010) Lei de proteção à testemunha: qual o juízo competente para a alteração do nome?
Art. 9o Em casos excepcionais e considerando as características e gravidade da coação ou ameaça, poderá o conselho deliberativo encaminhar requerimento da pessoa protegida ao juiz competente para registros públicos objetivando a alteração de nome completo.
(TJ-GO 2010) Pode haver litisconsórcio ativo na ação penal?
No concurso de crimes há a prática, pelo agente, de vários delitos, que podem ser de ação pública ou privada. Aí não há crime complexo e o Ministério Público só pode iniciar a ação quanto aos crimes de ação pública, ficando para o ofendido a iniciativa quanto aos de ação privada. Haverá então, LITISCONSÓRCIO ATIVO entre o Ministério Público e o ofendido, o primeiro oferecendo denúncia e o segundo, queixa no mesmo processo
(TJ-GO 2010) Cidadão analfabeto pode ser jurado?
Não se mostra possível, pois a leitura dos autos do processo e das cédulas de votação por terceiro feriria o sigilo e a incomunicabilidade constitucionalmente determinados
(TJ-RJ 2014) Incidente de insanidade mental pode ser de iniciativa do juízo?
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. Contudo, se houver oposição da defesa, o STJ já decidiu que não pode ser deferido.
(TJ-GO 2013) O crime de tráfico privilegiado é hediondo?
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), alinhando-se a entendimento definido pelo Supremo Tribunal Federal, afirmou recentemente que o crime de tráfico privilegiado de drogas não tem natureza hedionda. A posição foi adotada pela Terceira Seção ao julgar a Pet 11.796, em novembro de 2016. Na ocasião, o colegiado resolveu cancelar o enunciado da Súmula 512/STJ.
(TJ-GO 2013) Qual é a diferença entre conflito de atribuições e conflito de competência?
O que diferencia o conflito de atribuição do conflito de jurisdição ou competência não são exatamente as autoridades em confronto, mas o tipo de ato a ser praticado. Antes de existir ação penal, na fase de inquérito, o despacho do juiz que encaminha os autos a outro ramo do MP não transforma o conflito de atribuições em conflito de competência.
(TJ-GO 2013) Qual é o recurso cabível da decisão que reconhece a insanidade mental do acusado?
Essa decisão é irrecorrível
(TJ-GO 2013) No mandado de segurança penal, o acusado integrará o polo passivo da demanda?
Súmula 701 STF - “No Mandado de Segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em sede de processo penal, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo”
(TG-GO 2013) É cabível intervenção de terceiros na Ação Penal?
Sim. Assistente de acusação (art. 268, CPP)
(TJ-GO 2013) Crime doloso contra a vida conexo com delito atípico. Pode o juiz da pronúncia, despronunciar o acusado quanto a este e remeter o crime doloso ao Tribunal.
do Júri?
A posição majoritária é de que é defeso ao Juízo da pronúncia absolver sumariamente o réu por crime conexo e pronunciá-lo por crime de competência do Tribunal do Júri, tendo em conta que a conexão importa em unidade de julgamento pela prevalência deste
(TJ-GO 2013) Qual é a natureza da decisão de pronúncia?
Assim, muito embora classificada como sentença pelo art. 408 do CPP, e apesar de longas e antigas divergências ainda persistentes em nossa doutrina acerca de sua natureza jurídica, onde renomados doutrinadores como ARY FRANCO, GALDINO SIQUEIRA e ESPINOLA FILHO a consideram como sentença; FREDERICO MARQUES a tem como sentença processual de conteúdo declaratório; ADRIANO MARREY, ALBERTO S. FRANCO e RUI STOCO a entendem como sentença em sentido formal e não substancial; TOURINHO FILHO que atem como sentença, porém, não de mérito mas de caráter processual; DAMÁSIO DE JESUS, para quem a pronúncia é apenas decisão de natureza processual; HERMIMO M. PORTO, JULIO F. MIRABETE, ADA P. GRINNOVER, ANTÔNIO SCARANCE FERNANDES e ANTÔNIO M. GOMES FILHO e HÉLIO TORNAGHI preferem classificá-la como decisão interlocutória.