Afecções pancreáticas Flashcards

1
Q

Localização do pâncreas

A

Retroperitônio a nível de T12-L2

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2
Q

Vascularização do pâncreas

A
  • Cabeça e processo uncinado: arcada pancreatoduodenal
  • Corpo e cauda: artéria esplênica (ramo do tronco celíaco)
  • Veias: tributária para a VMS
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3
Q

Quais nervos simpáticos e parassimpáticos inervam o pâncreas

A
  • Simpáticos: nervos esplâncnicos e do plexo celíaco
  • Nervo vago
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4
Q

Quando se inicia a formação do pâncreas e como ocorre

A
  • A partir da 4a semana
  • Dois brotos: dorsal (fomra parte superior da cabeça, colo, corpo e cauda) e ventral (forma a cabeça inferior e o processo uncinado)
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5
Q

Qual broto pancreático drena para qual Ducto na embriologia, e quando se fundem

A
  • Broto dorsal: Ducto de Santorini
  • Broto ventral: Ducto de Wirsung
  • Entre a 4-8a semana os brotos se unem e o ducto de Wirsung passa a ser o principal, com drenagem para a papila maior
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6
Q

Pâncreas divisum, conceito

A

Quando a fusão dos brotos pancreáticos não ocorre de maneira eficaz

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7
Q

Consequência de pâncreas divisum

A

A maior parte da produção exócrina do pâncreas é escretada pelo Ducto de Santorini, que é menor, levando a drenagem insuficiente e possível pancreatite (5% dos casos apenas)

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8
Q

Tratamento definitivo para pâncreas divisum

A

CPRE com dilatação de ducto de Wirsung ou esficteroplastia do ducto de Santorini

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9
Q

Pâncreas anular, conceito

A

Rotação ventral do pâncreas predispondo obstrução do duodeno

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10
Q

Fisiopatologia da pancreatite aguda

A

Ação de enzimas inadequadamente ativadas no parênquima do órgão

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11
Q

A pancreatite aguda normalmente não deixa sequelas pancreáticas (morfológicas ou funcionais) (VERDADEIRO/FALSO)

A

VERDADEIRO

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12
Q

Características do quadro de pancreatite (4)

A
  • Dor abdominal de início súbito
  • Forte intensidade
  • Em faixa, com irradiação para dorso
  • Náuseas e vômitos associados
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13
Q

Complicações respiratórias relacionadas à pancreatite aguda (2)

A
  • Derrame pleural esquerdo isolado - dosar amilase à toracocentese diagnóstica
  • Atelectasias causando hipoxemia
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14
Q

Principal causa de pancreatite

A

Biliar

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15
Q

Sinal de cullen e grey turner, o que são e significado

A

Cullen: hematoma periumbilical
Grey Turner: hematoma em flancos
Significam hemorragia retroperitoneal

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16
Q

Síndrome PPP

A

Paniculite, poliartrite e pancreatite

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17
Q

Quais os tipos de choque na pancreatite

A
  • Choque hipovolêmico (perda de líquido pro 3o espaço, até 10 L)
  • Choque distributivo devido SIRS
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18
Q

Como estão glicemia, cálcio, coagulação e provas d e lesão hepática na pacreatite aguda

A
  • Hiperglicemia
  • Hipocalcemia
  • Alteração da coagulação
  • Aumento de TGP (acima de 150 indica origem biliar)
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19
Q

Critérios de Atlante

A

Diagnóstico de pancreatite aguda requer pelo menos 2:
- Dor sugestiva de pancreatite aguda
- Amilase ou lipase igual ou superior a 3x o limite da normalidade
- Achados característicos em exame de imagem

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20
Q

Exame de imagem inicial na pancreatite aguda

A

USG de abdome para avaliar colelitíase

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21
Q

Indicações de TC na pancreatite aguda (3)

A
  • Dúvida diagnóstica (prontamente realizada)
  • Critérios clínicos de gravidade (48-72h após inicio do quadro, no mínimo)
  • Quadro em piora
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22
Q

A amilase e lipase, além de diagnóstico, também auxiliam a determinar o prognóstico da pancreatite aguda (VERDADEIRO/FALSO)

A

FALSO

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23
Q

Na pancreatite aguda qual enzima se eleva primeiro e qual tem maior acurácia?

A

Amilase se eleva primeiro, mas a lipase tem maior acurácia

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24
Q

Em que situações a amilase pode perder importância no diagnóstico de pancreatite aguda

A
  • Paciente com pancreatite crônica (produz pouca amilase)
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25
Q

Como diferenciar o aumento de amilase de causa pancreática e não pancreática

A

Em geral causa pancreática tem aumento acima de 500 ou de 3x do limite superior da normalidade

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26
Q

Diagnósticos diferenciais de hiperamilasemia (6)

A
  • Colecistite aguda
  • Doenças intestinais em geral
  • Malignidade com produção ectópica (tipo salivar)
  • Doenças de parótida ou parotidite (tipo salivar)
  • DRC (salivar e pancreática)
  • Acidose ou cetoacidose
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27
Q

Achado sugestivo de pancreatite aguda na radiografia de abdome

A

Alça fixa, edemaciada e distentida (alça sentinela quando delgado)

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28
Q

Fisiopatologia da pancreatite com causa biliar

A

Obstrução do esfínctert de Oddi ou passagem desses cálculos causando edema na papila duodenal (obstrução)

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29
Q

A colelitíase é mais prevalente em mulheres e por isso a pancreatite por essa causa também tem maior prevalência em mulheres (VERDADEIRO/FALSO)

A

VERDADEIRO, porém a ocorrência de pancreatite em paciente com colelitiase é mais comum em homens

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30
Q

Paciente com quadro de pancreatite leve de origem litíase deve ser operado na mesma internação (VERDADEIRO/FALSO)

A

VERDADEIRO

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31
Q

Característica alcoólica do paciente com pancreatite aguda por essa causa

A

Paciente que ingere álcool em altas doses por um longo período de tempo e que tem um episódio de libação

32
Q

Qual a 3a principal causa de pancreatite aguda

A

Hipertrigliceridemia, pacientes com níveis acima de 1000

33
Q

Paciente com pancreatite + icterícia = CPRE (VERDADEIRO/FALSO)

A

FALSO, a icterícia no paciente com pancreatite aguda leve é de rápida evolução, não necessitando intervenção na sua resolução

34
Q

Pancreatite idiopática, quando pensar e o que pesquisar

A
  • PAcientes < 35 anos com pancreatite recorrente
  • Análise de tripsinogênio catiônico (PRSS1)
35
Q

Qual a principal causa de pancreatite aguda em crianças

A

Trauma abdominal (síndrome do tanque)

36
Q

Principal causa de pancreatite aguda em paciente com HIV

A

Medicamentos, principalmente didanosina e pentamidina

37
Q

Critérios de Ranson para pancreatite aguda

A

LEGAL (ADMISSÃO) - FECHOU (APÓS 48h)

38
Q

Qual o ponto de corte dos critérios de Ranson

A

> = 3 significa paciente grave

39
Q

Classificação de APACHE II, quando utilizar e qual o ponto de corte

A
  • Utilizado em pacientes críticos (incluindo os com pancreatite aguda)
  • Indica gravidade score >= 8
  • Pode ser calculado constantemente para avaliar evolução do paciente
40
Q

Quasi são os critérios BISAP

A
  • Blood urea > 44 mg/dL
  • Impaired mental status
  • SIRS
  • Age > 60
  • Pleural effusion
    Score >= 3 define paciente grave
41
Q

Critérios de Atlanta revisados

A
  • Leve: não há falência orgânica ou complicação local
  • Moderada: falência orgânica < 48h ou complicações locais sem associação com falência orgânica
  • Grave: falência de órgão único > 48h ou falência de multiplos órgãos
42
Q

Critérios de Balthazar

A

> 6 indica pior prognóstico

43
Q

Tripé do tratamentio da pancreatite

A

Analgesia, hidratação e nutrição

44
Q

Como é feita a nutrição no paciente com pancreatite leve

A
  • Jejum inicialmente
  • Introduzir alimentação assim que paciente tiver fome e não sentir dor ao se alimentar
  • Idealmente antes de 48h introduzir alimentação
  • Se paciente não tolerar fazer SNE pós pilórica e se não tolerar optar por nutrição parenteral
45
Q

Como é feita a analgesia na pancreatite aguda

A

Começando com alta potência, como meperidina e morfina

46
Q

Como é feita a ressuscitação volêmica do paciente com pancreatite

A

De maneira vigorosa, objetivando a normalização da diurese, PA, FC e PVC

47
Q

O que indicada necrose pancreática infectada

A

Piora clínica-laboratorial em paciente que seguia em estabilidade ou melhora

48
Q

Qual o achado tomográfico na pancreatite infectada

A

Focos gasosos de permeio na coleção necrótica

49
Q

Qual a conduta na pancreatite infectada

A

ATB (preferivelmente imipenem ou outro carbapenêmico) + retirada da necrose

50
Q

Qual o tempo ideal para a realização do debridamento do tecido pancreático

A

Tenta-se atrasar a intervenção em até 4-6 semanas (não faz em menos de 14 dias) , para que a necrose seja bloqueada e a inflamação crítica tenha passado

51
Q

Quando preferir cirurgia aberta em paciente com pancreatite necrótica infectada

A
  • Paciente instável
  • Paciente com lesão difusa no pâncreas e retroperitônio
  • Falha no tratamento minimamente invasivo
52
Q

Características da coleção fluida aguda na pancreatite aguda (5)

A
  • Coleção ao redor do pâncreas
  • Surge em <4 semanas
  • Aspecto de líquido livre peripancreático
  • Resolução espontânea
  • Se sinais de infecção, há necessidade de ATB sistêmico apenas
53
Q

Características da Necrose Pancreática e Peripancreática (5)

A
  • Áreas sem captação de contraste
  • Pode ser apenas uma coleção se < 4 semanas ou pode ser encapsulada se > 4 semanas
  • Se não infectada o tratamento é apenas de suporte
54
Q

Qual o mecanismo de infecção bacteriana na pancreatite

A

Translocação bacteriana, usualmente nas primeiras 3-4 semanas após insulto agudo

55
Q

Sinal mais específico de infecção na tomografia do paciente com pancreatite

A

Presençade gás em meio a necrose (porém está presente em apenas 50% dos pacientes)

56
Q

Quando a abordagem com menor mortalidade no paciente com necroseinfectada

A
  • Step-Up Approach: inicia com ATB + programação de abordagem minimamente invasiva, restringindo cirurgia para pacientes com piora após drenagem e após 4 semanas de doença
57
Q

Pseudocisto pancreático, características clínico-laboratoriais

A
  • No exame físico: massa epigástrica ou em hipocôndrio esquerdo
  • Empachamento gástrico e aumento de amilase (costuma voltar ao normal em 3 dias)
58
Q

Conceito de pseudocisto pancreático

A
  • Uma das evoluções naturais da coleção fluida aguda
  • Ocorre após 4 semanas
  • Coleção líquida/fluída, envolta por cápsula fibrótica
59
Q

Quando optar por tratamento conservador no pseudocisto

A
  • Paciente assintomático: espera-se resolução espontânea
  • Com acompanhamento seriado por USG sem crescimento
  • < 6 cm
  • Sem complicações
60
Q

Qual a abordagem do pseudocisto

A

Se indicado: drenagem pela cistogastroanastomose ou cistojejunoanastomose cirúrgica

61
Q

Conceito e características da Necrose Desprendida (Walled-off Necrosis)

A
  • Área encapsulada fluida com debris necróticos (conteúdo sólido), proveniente do foco local de necrose pancreática
  • Ocorre após 4-6 semanas
  • Mesmo manejo do pseudocisto
62
Q

Característica tomográfica da necrose desprendida

A
63
Q

Complicações cirúrgicas menos comuns da pancreatite aguda (3)

A
  • Necrose ou perfuração intestinal
  • Corrosão de vasos mesentéricos (hemorragia): deve ser feita embolização inicialmente
  • Sd compartimental abodminal (ocorre em 2-3 semanas)
64
Q

Quando é realizada a colecistectomia nos pacientes com pancreatite aguda litiasíca

A
  • Leve: 5-7 dias
  • Grave: 6-8 semanas
65
Q

Principal subtipo de pancreatite crônica e suas causas

A

Pancreatite crônica calcificante, é o tipo mais comum relacionado ao alcoolismo, mas também pode ser hereditária, nutricional, metabólica ou idiopática

66
Q

Qual o tipo menos comum de pancreatite crônica e suas causas

A

Pancreatite obstrutiva, ocorrendo devido lesão no ducto pancreático principal por neoplasia ou estenose secundária a trauma ou congênita

67
Q

Características da pacreatite inflamatória crônica

A
  • Sem plug ductal e sem obstrução do Wirsung
  • Etiologia normalmente autoimune
  • Na imagem há aumento difuso do pâncreas com perda de suas lobulações
68
Q

Formas mais incomuns de pancreatite crônica (4)

A
  • Pancreatite crônica tropical (relação com desnutrição)
  • Pancreatite crônica hereditária (pacientes jovens, lesão autossômica dominante)
  • Pancreatite crônica autoimune (comum em homens idosos)
  • Pancreatite crônica idiopatica (em pacientes de 10-20 anos e em pacientes com 50-60 anos)
69
Q

Principais manifestações clínicas da pancreatite crônica

A
  • Esteatorreia e má absorção intestinal
  • DM2 (mais tardia)
  • Dor (decorrente da calcificação)
70
Q

Característica da dor na pancreatite crônica

A
  • Dor abdominal em crises (duram cerca de 10 dias), no epigastro ou QSD e QSE com irradiação para dorso, pode melhorar com projeção anterior do tronco
71
Q

Como é fechado o diagnóstico de esteatorreia

A

Pesquisa qualitativa, o teste de Sudan éo principal

72
Q

Qual o padrão ouro para diagnóstico de pancreatite crônica

A

Biópsia

73
Q

Manejo da pancreatite crônica dolorosa

A
  • Cessar etilismo
  • Dieta pobre em gordura
  • Analgésicos como dipirona e AINEs
  • Se mantido apesar das medidas iniciais, está indicado suplementação de enzima pancreática
  • Casos refratários requerem CPRE para avaliar complicações
74
Q

Cirurgia de Puestow-Partington-Rochelle, no que consiste e qual a indicação

A
  • Indicada se ducto pancreático dilato e sem obstrução
  • Realizada Pancreatojejunostomia lateral
75
Q

Característica e tratamento da ascite pancreática

A
  • Derrame livre de secreção pancreática na cavidade, pode ter manifestação aguda ou insidiosa
  • Líquido abdominal com amilase superior a 1000 U/L
  • Tratamento conservador com dieta 0 , paracentese, nutrição parenteral e ocreotide
76
Q

Característica e tratamento da obstrução do colédoco devido pancreatite crônica

A
  • Ocorre devido fibrose da cabeça pancreática
  • Diagnóstico com colangioressonância magnética
  • Tratamento pode ser via CPRE
77
Q

Característica e tratamento do pseudoaneurisma devido pancreatite crônica

A
  • Ocorre corrosão de uma artéria justa pancreática
  • Alto risco de sangramento maciço e faltal
  • Dor súbita, HDA, choque e pode não haver sangramento exteriorizado
  • Tratamento cirúrgico