Artrite Infecciosa Flashcards

1
Q

O que é a artrite infecciosa?

A

É toda artrite que se desenvolve pela invasão direta de algum microrganismo na articulação.

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2
Q

Como pode ocorrer infecção da artic por bactéria (artrite séptica)?

A

Hematogênica (p), inoculação direta (trauma, artrocentese, artroscopia, …) e contiguidade (osteomielie, celulite, …).

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3
Q

Qual a patogenia da artrite séptica?

A

A invasão bacteriana estimula uma resposta inflamatória no local, que promove a formação de derrame articular purulento, predispondo à isquemia, além da própria bactéria e produtos inflamatórios produzindo destruinção dessa cartilagem, que ocorre de forma rápida.

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4
Q

Quais os FR para artrite séptica?

A

DM, > 60 anos, artropatia prévia, uso de drogas ilícitas, IMSP, anti-TNF, câncer, …

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5
Q

Qual a epidemiologia da artrite séptica?

A

Mais comum em homem, porém no subtipo gonocócico, é mais comum me mulher.

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6
Q

Qual o principal agente etiológico das artrites sépticas?

A

Varia de acordo com a faixa etária, mas em quase todas, o S. aureus é o principal. Quando não é: 1m-5a não vacinadas para Hib, adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos (gonococo).

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7
Q

Quais as manifestações clínicas da artrite séptica?

A

O mais comum é uma monoartrite de grandes articulações (especialmente o joelho), sendo raro o acometimento de pequenas articulações das mãos (exceto em AR, osteoartrose e mordedura direta na região). Além disso há manifestações constitucionais (febrão, calafrios), flogose articular (dor, calor, eritema e edema) com impotência funcional (MUITO SUGESTIVO).

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8
Q

Qual a importância da impotência funcional da articulação na artrite séptica?

A

É um fator muito útil no ddx com osteomielite, bursite infecciosa e celulites, pois nesses casos, não há alteração no arco do movimento, enquanto que na artrite séptica há.

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9
Q

Quais os agentes etiológicos das artrites sépticas crônicas?

A

TB e fungos.

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10
Q

Qual o agente etiológico mais envolvido no pós-operatório de próteses articulares?

A

Os stafilococos coagulase-negativos, como o S. epidermidis.

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11
Q

Em quais pacientes é mais comum a artrite séptica não gonocócica?

A

Crianças, idosos, usuários de drogas EV e IMSP, especialmente se já houver alguma lesão articular prévia (como AR e osteoartrose).

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12
Q

Qual o achado do líquido sinovial da artrite séptica não gonocócica?

A

Aspecto turvo/purulento, leucócitos altos (média de 100.000), com predomínio de neutrófilos (> 80%), glicose baixa e LDH alto.

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13
Q

Quando devemos pensar em artrite séptica não gonocócica?

A

Em QUALQUER MONOARTRITE, principalmente se febre alta, aguda e com flogose.

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14
Q

Como é feito o dx de artrite séptica não gonocócica?

A

Através da artrocentese com cultura e teste do gram.

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15
Q

Qual deve ser o cuidado em paciente com artrite séptica não gonocócica?

A

Como a principal via de disseminação é a hematogênica, devo me atentar para outros focos infecciosos, como endocardite, pneumonia e furúnculos.

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16
Q

Qual o agente etiológico de artrite séptica gonocócica e qual a epidemiologia?

A

N. gonorreia, diplococo gram-negativo. Predomínio em adolescentes e adultos jovens sexualmente ativos.

17
Q

Qual o QC da artrite séptica gonocócica?

A

Fase poliarticular (gonococcemia): manifestações sistêmicas e dermatológicas (pústulas/vesículas indolores com base eritematosa). Nessa fase as hemoculturas são + e a artrocentese -. Fase monoarticular (~ S. aureus): monoartrite em grandes articulações. Hemoculturas - e artrocentese pode ser +. Essas fases são evolutivas.

18
Q

Como diferenciar artrite de acometimento das estruturas periarticulares (entesite, tenossinovite)?

A

Nas artrites, há redução na amplitude do movimento pela dor tanto no movimento ativo quanto no passivo, enquanto que no acometimento das estruturas periarticulares há limitação apenas no movimento ativo.

19
Q

Qual a diferença entre tendinite e tenossinovite? Quais as manifestações?

A

Tendinite: acometimento do tendão. Tenossinovite: acometimento da bainha peritendínea. Dor à palpação no trajeto do tendão e dor à mobilização ativa.

20
Q

Como a entesite pode aparecer no EF?

A

Dor à palpação das tuberosidades isquiáticas e cristas ilíacas, que são sítios de inserção tendínea (útil no dx de EA).

21
Q

Quais as manifestações de bursite?

A

Dor à mobilização ativa e à palpação de pontos específicos.

22
Q

Como é feito o dx da artrite séptica gonocócica?

A

Presuntivo, pois os exames bacteriológicos podem ser negativos. Devo solicitar hemocultura, cultura do líquido sinovial e de materiais genitais. A resposta à ceftriaxona ou penicilina é DRAMÁTICA (prova terapêutica).

23
Q

Como diferenciar artrite séptica gonocócica da não gonocócica?

A
24
Q

Qual a importância do tto da artrite séptica?

A

Deve ser feito de forma precoce, pois a artrite séptica pode evoluir rapidamente para destruição completa da articulação com perda funcional irreversível.

25
Q

Qual o tto da artrite séptica?

A

Não gonocócica: depende da idade, mas oxacilina para S. aureus, gentamicina para gram-negativos entéricos, ceftriaxona para Hib e pneumococo, ceftazidima + genta para pseudomonas. Gonocócica: ceftriaxona (associar doxiciclina ou azitromicina pela grande associação da coinfecção com clamídia). O tto deve ser feito parenteral inicialmente, depois podendo ser trocado para VO. NÃO É NECESSÁRIO A ADM DE ATB INTRA-ARTICULAR.

26
Q

Qual outra terapia pode ser usada na artrite séptica e quando está recomendada?

A

A aspiração do derrame articular (punção aspirativa seriada diária por 7-10 dias), sendo indicada em TODOS OS CASOS de artrite séptica supurativa.

27
Q

Qual o tto da artrite séptica em prótese articular?

A

Dx microbiológico, ATB guiado por antibiograma, de forma prolongada e troca da prótese. Não faço ATB empírico pois a articulação “pode esperar”, pois já não tem cartilagem articular. Faço ATB empírico em caso de paciente muito toxêmico.

28
Q

Em quais pacientes é mais comum a artrite tuberculosa?

A

Em infectados pelo HIV e tratados com inibidores do TNF-alfa (infliximabe, eternacept, adalimumabe).

29
Q

Qual a patogenia e a manifestação da artrite tuberculosa?

A

Ocorre pela reativação de um foco latente no osso ou na sinóvia que chegou lá por via hematogênica. A manifestação é de monoartrite crônica, indolente, sem sintomas constitucionais (geralmente) e sem sinais flogísticos intensos. Radiografia de tórax pode ser normal.

30
Q

Qual a principal articulação acometida na artrite tuberculosa?

A

O joelho.

31
Q

Quais os achados laboratoriais da artrite tuberculosa?

A

PPD positivo, artrocentese com leucócitos baixos (10-20k) e glicose baixa. Cultura positiva na maioria dos casos e BAAR + em apenas 10%. Pode haver granuloma caseoso na bx da sinóvia em 90% dos casos.

32
Q

Qual o tto da artrite tuberculosa?

A

Esquema RIPE convencional (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol).

33
Q

Qual a principal causa de artrite fúngica?

A

A esporotricose (Sporothrix schenkii) - inalação ou inoculação.

34
Q

Qual o QC da artrite fúngica por esporotricose?

A

Monoartrite insidiosa de grandes articulações sem qualquer outro sintoma. Pode ter acometimento pulmonar.

35
Q

Como dx e tratar as artrites fúngicas?

A

Dx: exame micológico do líquido sinovial (~TB, mas a cultura cresce mais rápido). Tto: anfo B parenteral e intra-articular.

36
Q

Como ocorre a artrite viral?

A

Pela presença do vírus na articulação ou deposição de imunocomplexos.

37
Q

Qual o curso das artrites virais?

A

Autolimitado com menos de 6 semanas (diferencia da AR).

38
Q

Quais os principais vírus envolvidos na artrite viral?

A

Rubéola, parvovírus B19 e HBV.

39
Q

Quais as formas de acometimento articular pelo vírus do HIV?

A

Pode ser pela presença do vírus ou pela SIDA: 1. Artrite séptica, tuberculosa e fúngica. 2. Sd reiter e psoriásica. 3. Pelo próprio HIV. 4. Sd da reconstituição imune. 5. Outras doenças reumáticas: a presença do vírus aumenta a incidência de dermatomiosite e Sjogren, além de vasculites. AR e LES tem incidência diminuída.