Vasculites Flashcards

1
Q

O que são as vasculites?

A

São doenças em que há comprometimento inflamatório das paredes dos vasos sanguíneos.

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2
Q

O que ocorre em um vaso com vasculite?

A

Há um infiltrado inflamatório com áreas de necrose fibrinoide e edema.

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3
Q

Quais as consequências comuns a todas as vasculites?

A

Como há uma inflamação de muitos vasos, há manifestações constitucionais (fadiga, febre, mal-estar, mialgia, anorexia, …), aumento de provas laboratoriais de inflamação (VHS, PCR, trombocitose, leucocitose, anemia normo normo) e aneurismas e estreitamentos do lúmen.

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4
Q

Qual a principal causa dos eventos oclusivos nas vasculites?

A

A trombose vascular que ocorre por uma lesão endotelial na região da vasculite.

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5
Q

Qual a patogenia das vasculites?

A

Acredita-se que ocorrem por reações de hiperssensibilidade, tendo 4 tipos: I, II, III e IV.

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6
Q

Explique a hiperssensibilidade tipo I.

A

É imediata, dependente do IgE que se liga à MP de mastócitos e, ao se ligarem ao Ag, promovem a degranulação dessas células. Está relacionada à rinite e asma presente em Churg-Strauss.

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7
Q

Explique a hiperssensibilidade tipo II.

A

Ocorre por autoanticorpos que atacam os neutrófilos (ANCA - anticorpos anticitoplasma de neutrófilos) e as células endoteliais. Estão envolvidos na granulomatose de Wegener, poliarterite nodose, poliangeíte microscópica e sd de Churg-Strauss.

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8
Q

Quais os tipos de ANCA?

A

c-ANCA: antígenos presentes no citoplasma dos neutrófilos. Muito específico e sensível para granulomatose de Wegener. p-ANCA: antígenos perinuncleares, podendo estar presente na sd de Churg-Strauss e poliangeíte microscópica.

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9
Q

Como pode ser melhorada a acurácia do ANCA?

A

Existem muitas condições que podem mimetizar o ANCA, podendo gerar falsos positivos. Portanto, para todo resultado de ANCA positivo, eu devo pesquisar o anticorpo específico de cada tipo, sendo que para o c-ANCA é o anti-proteinase 3 e para o p-ANCA é o anti-mieloperoxidase, dando mais especifidade do ANCA no dx de vasculite.

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10
Q

Quais condições podem dar um falso positivo do ANCA?

A

DII, EI, pneumonia, hepatite auto-imune, usuários de cocaína, …

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11
Q

Quais drogas estão relacionadas com a positividade do ANCA?

A

Propiltiuracil, hidralazina, d-penicilamina e minociclina.

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12
Q

Explique a hiperssensibilidade tipo III.

A

Relacionada à deposição de imunocomplexos promovendo ativação do complemento e da cascata inflamatória. Relacionada com a vasculite crioglobulinêmica, púrpura de Henoch-Schonlein e por hiperssensibilidade a drogas.

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13
Q

Explique a hiperssensibilidade tipo IV.

A

Mediada por linfóticos T, implicada na arterite temporal, de Takayasu e parece estar envolvida na doença de Kawasaki, além da formação de granulomas por outras vasculites (Churg-Strauss e Wegener).

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14
Q

Como as vasculites podem ser classificadas?

A

Pela CHCC, podem ser classificadas de acordo com o calibre do vaso acometido, podendo ser de grande calibre, médio e pequeno, porém é importante frisar que uma vasculite pode não acometer apenas os vasos daquele calibre, mas também de outros.

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15
Q

Quais as vasculites de grande, médio e pequeno calibres? Qual a peculiaridade do acometimento de cada calibre?

A

Grande: diminui a luz do vaso –> claudicação. Arterite temporal e Takayasu. Médio: aneurismas –> anginas. Poliarterite nodosa (PAN) e Kawasaki. Pequeno: aumento de permeabilidade –> púrpura palpável. Wegener, Churg-Strauss e poliarterite microscópica. Microvasos: púrpura de HS, vasculite crioglobulinêmica, e vasculite cutânea leucocitoclástica. Secundárias: infecciosas, colagenoses, neoplasias. Outras: Behçet, tromboangeíte obliterante (Buerger) e Cogan.

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16
Q

Qual outro nome para a púrpura de Henoch-Schonlein, granulomatose de Wegener e sd de Churg-Strauss?

A

Respectivamente: vasculite por IgA, granulomatose com poliangeíte e granulomatose eosinofílica com poliangeíte.

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17
Q

Como deve ser feita a abordagem dx de uma vasculite?

A

Além de ser feita a suspeita, eu devo diferenciar entre cada tipo de vasculite e se é primária ou secundária, e isso pode ser feito através: de exames sorológicos (anti-DNAds e anti-Sm, crioglobulinas, ANCA), da clínica, da biópsia e da angiografia.

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18
Q

O que significa o termo leucocitoclasia?

A

A existência de restos de núcleos de neutrófilos por lise dessas células na parede vascular.

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19
Q

Qual cuidado deve ser tomado em caso de IMSP com corticoide + citotóxico?

A

Profilaxia para a infecção por Pneumocystis jiroveci com sulfametoxazol + trimetoprim (bactrim).

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20
Q

Posso usar o GC em dias alternados no início do tto?

A

Não, pois não tem efeito suficiente para colocar a doença em remissão.

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21
Q

Qual minha conduta quando for necessário usar GC por muito tempo?

A

Associar um citotóxico para poupar corticoide, diminuindo os efeitos colaterais deste.

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22
Q

Qual a epidemiologia típica das vasculites de grandes vasos (arterite temporal e Takayasu)?

A

Mulheres claudicantes.

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23
Q

Qual a epidemiologia da arterite temporal?

A

Também chamada de arterite de célulcas gigantes, arterite craniana e arterite granulomatosa, acomete principalmente mulheres > 50 a. É a vasculite sistêmica primária mais comum em adultos. É muito rara em negros e predomina em brancos.

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24
Q

Qual o QC da arterite temporal?

A

Manifestações constitucionais (de toda vasculite), cefaleia de INÍCIO RECENTE (geralmente unilateral), espessamento da a. temporal, hiperssensibilidade do escalpo (pode necrosar), claudicação da mandíbula (tem que parar de comer para melhorar), polimialgia reumática, FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA (FOI), amaurose. Outras: acomet. da aorta –> claudicação do MMSS.

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25
Q

Qual condição pode estar associada à arterite temporal? Essa relação, quando inversa, também é verdadeira?

A

A polimialgia reumática em 50% dos casos de arterite temporal. Sim, pacientes com polimialgia reumática também apresentam mais chance de ter arterite temporal, porém na casa de 15% dos casos.

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26
Q

Comente sobre a polimialgia reumática.

A

Mesma epidemiologia que a arterite temporal, promove dor e rigidez (sem fraqueza) nas cinturas escapulares e pélvicas.

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27
Q

Qual a importância da FOI?

A

Devo lembrar de arterite temporal em um paciente > 50 a com FOI e perda de peso em que já foram descartadas INFECÇÃO E NEOPLASIA.

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28
Q

Qual a importância da amaurose na arterite temporal?

A

Sua presença significa uma EMERGÊNCIA REUMATOLÓGICA, exigindo tratamento imediato (depois de tratar que eu vou me preocupar com exames), pois pode evoluir para cegueira e para acometimento do outro olho se não tratado.

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29
Q

Qual a relação da arterite temporal com o AVCi?

A

Existe uma relação causal entre os dois, podendo haver um risco aumentado de AVCi nesses pacientes.

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30
Q

Quais os achados laboratoriais da arterite temporal?

A

Salada da inflamação (VHS, PCR, anemia, trombocitose, leucocitose, com destaque para o VHS que geralmente se encontra MUITO elevado).

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31
Q

Como é feito o dx da arterite temporal?

A

Bx da artéria temporal (padrão ouro - infiltrado linfocítico com granulomas e células gigantes). Existe um percentual relevante de FN nesse exame (até 15%).

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32
Q

Quando deve ser feita a bx para dx da arterite temporal?

A

De preferência imediatamente, porém a bx ainda se mantém positiva após 14d de tratamento, podendo ser prorrogada naqueles pacientes que precisam de tto imediato.

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33
Q

Como fazer dx da polimialgia reumática?

A

Pela presença de todos os critérios: > 50a, dor e rigidez matinal, VHS > 40, duração > 1 mes e sem outra dç presente.

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34
Q

Qual o tto da arterite temporal?

A

Prednisona (RESPOSTA DRAMÁTICA - polimialgia reumática idem). Deve ser feita em pulso em caso de amaurose e deve ser feito o AAS em pequenas doses para profilaxia de eventos isquêmicos.

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35
Q

Qual a importância da resposta dramátia da arterite temporal aos GCs?

A

Se não houve resposta em 48-72h, o dx se torna muito improvável.

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36
Q

Qual a epidemiologia da arterite de Takayasu e quais os vasos mais acometidos?

A

Mulheres < 40 anos. Os principais vasos são a aorta e seus ramos, especialmente a artéria subclávia (TakayaSU = SUbclávia).

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37
Q

Qual o QC da Takayasu?

A

Claudicação de MMSS, assimetria de PA e pulso (coarctação invertida), sopros (carotídeos, subclávios, aorta), HAS (hipertensão renovascular).

38
Q

Qual o laboratório da Takayasu?

A

Salada da inflamação.

39
Q

Como é feito o dx de Takayasu?

A

Angiografia de toda a aorta (estenoses, oclusões, aneurismas, …). Critérios dx (pelo menos 3): < 40a, claudicação de extremidades, diminuição do pulso de a. braquial, dif de PA > 10 mmHg entre MMSS e MMII, sopro sobre subclávia ou AA e estreitamentos da aorta.

40
Q

Qual o tto de Takayasu?

A

Prednisona +/- MTX, angioplastia APÓS remissão da dç (pelos parâmetros inflamatórios).

41
Q

Qual a epidemiologia das vasculites de médios vasos?

A

Homens aneurismáticos.

42
Q

Qual a epidemiologia da doença de Kawasaki (DK)? Quais os vasos preferencialmente acometidos?

A

Meninos 1-5 anos. Os principais vasos são as coronárias.

43
Q

Como é feito o dx da DK?

A

Critérios clínicos (macete Mozzart): febre ≥ 5 dias (critério obrigatório), alterações oculares (conjuntivite/uveíte não exsudativas), alterações nos lábios e cavidade oral (exceto úlceras e aftas), linfadenopatia cervical aguda não supurativa (> 2 cm), exanetema polimorfo e alterações de extremidades (descamação, edema, eritema).

44
Q

Quais os achados laboratorias da DK?

A

Salada da inflamação, aumento do C3 pode ocorrer (vasculites geralmente não altera complemento - essa é uma exceção).

45
Q

Qual exame é obrigatório na DK? Por quê?

A

O ecocardiograma logo quando feito o dx para rastrear a complicação mais temida da DK que é o aneurisma coronariano (regridem na maioria das vezes). Essa criança deve ser acomapanhada por vários anos, mesmo com eco normal.

46
Q

Qual o tto da DK?

A

Imunoglobulina humana o mais precoce possível + AAS em altas doses (até 48h do desaparecimento da febre –> depois usar em doses antiplaquetárias). *A imunoglobulina aumenta ARTIFICIALMENTE a VHS, não tendo significado clínico esse aumento (pois o PCR estará diminuindo).

47
Q

Qual a diferença entre a poliarterite nodosa (PAN) e a poliangeíte microscópica?

A

A PAN acomete apenas vasos de médio e pequeno calibre, não produzindo glomerulonefrite nem capilarite pulmonar (“a PAN poupa pulmão”). Já a poliangeíte microscópica é uma vasculite necrosante pauci-imune que pode acometer vasos de médio e pequeno calibre (igualzinha a PAN), porém também vênulas e capilares, produzindo capilarite pulmonar e glomerulonefrite.

48
Q

Qual a epidemio da PAN?

A

Homens 40-60a.

49
Q

Quais as manifestações clínicas da PAN?

A

Hipertensão renovascular (apresenta a HAS de início súbito), aneurismas e infartos renais, retençâo azotêmica, sintomas GI do tipo angina mesentérica (muita dor intestinal quando inicia a alimentação), dor testicular do tipo angina (começa quando se excita), mononeurite múltipla e livedo reticular.

50
Q

Comente sobre a mononeurite múltipla/multiplex.

A

Acometimento assincrônico e assimétrico dos nervos periféricos por isquemia do vaso nervorum. As principais causas são DM (1a) e vasculites (2a) –> o achado de mononeurite múltipla em pcte não diabético indica quase sempre vasculite necrosante.

51
Q

Qual o laboratório e qual doença pode estar associada à PAN?

A

Salada da inflamação, podendo haver associação com a infecção pelo HBV, com HbsAg + e HbeAg+. Pode ter o ANCA positivo, mas é raro.

52
Q

Como fazer dx da PAN?

A

Bx pele/testículo, angiografia mesentérica/renal (com múltiplos aneurismas).

53
Q

Qual o tto da PAN?

A

Prednisona + ciclofosfamida. Devo tratar a HBV antes, se presente. Posso fazer plasmaférese se houver GNRP.

54
Q

Qual o QC da poliangeíte microscópica?

A

PAN + síndrome pulmão-rim, com capilarite nos pulmões (hemoptise) e GEFS e crescentes (pode evoluir para GNRP).

55
Q

Quais os achados laboratoriais na poliangeíte microscópica?

A

Idem PAN + p-ANCA positivo (lembrar de fazer anti-mieloperoxidase).

56
Q

Qual o tto da poliangeíte microscópica?

A

Idem PAN, exceto pela associação com o HBV (prednisona + ciclofosfamida. Posso fazer plasmaférese se houver GNRP). Posso usar rituximabe.

57
Q

Qual a epidemiologia da Sd de Churg-Strauss?

A

Homens, 30-50 anos.

58
Q

Qual o QC da sd de Churg-Strauss?

A

Asma (ou que começou nessa idade ou que é refratária), rinite, sinusite e polipose nasal, constitucionais, infiltrado pulmonar MIGRATÓRIO, eosinofilia, mononeurite múltipla, GEFS leve, gastroenterite e miocardite eosinofílicas (esta última sendo a principal causa de morte nesses pacientes).

59
Q

Qual o laboratório da sd de Churg-Strauss?

A

Salada inflama´toria, eosinofilia > 1000, aumento de IgE e p-ANCA positivo.

60
Q

Como é feito o dx da sd de Churg-Strauss?

A

Bx pulmonar (granuloma eosinofílico que pode estar necrosado).

61
Q

Qual o tto da sd de Churg-Strauss?

A

Prednisona podendo ou não associar citotóxicos, como a ciclofosfamida (maioria dos casos não é necessário). Como em todas as outras vasculites, quadros graves podem ser tratados com GC em pulsoterapia.

62
Q

Qual a epidemiologia da granulomatose de Wegener (GW - granulomatose com poliangeíte)?

A

Ambos os sexos, 30-50 anos, raríssimo em negros.

63
Q

Qual o QC da GW?

A

Sinusite com rinorreia purulenta, exoftalmia, outras manifestações oculares (ceratite, episclerite, …), perfuração em VAS (pela necrose dos granulomas - é uma vasculite necrosante granulomatosa), nariz em sela, hemoptise, GEFS que pode evoluir para GNRP = macete Mozzart (acometimento de VAS + pulmão + rim).

64
Q

Qual condição possui o risco aumentado na GW?

A

O tromboembolismo venoso, devendo sempre suspeitar de TEP de acordo com as manifestações pulmonares.

65
Q

Qual o laboratório da GW?

A

Salada da inflamação (PCR/VHS marcam atividade da doença), ANCA positivo (principalmente o c-ANCA; caso negativo não descarta a doença) e anti-proteinase 3 positivo também.

66
Q

Como é feito o dx da GW?

A

Através da bx de VAS ou de pulmão, visualizando as lesões granulomatosas. A bx pulmonar é o método de maior sensibilidade.

67
Q

Qual o tto da GW?

A

Prednisona + ciclofosfamida (fazer prevenção para pneumocistose com SFX + TMP 3x/s). Se doença grave –> GC em pulsoterapia de metilprenisolona.

68
Q

Qual a vasculite mais comum na infância?

A

A púrpura de Henoch-Schonlein (PHS).

69
Q

Qual a epidemiologia e a etiopatogenia da PHS?

A

Epidemio: meninos até os 20a (raro em adultos). Etiopatogenia: 50% se inicia após infecção de VAS e existem outros desencadeantes (fármacos, …). Há hiperprodução de IgA.

70
Q

Qual o QC e o curso da PHS?

A

Púrpura palpável localizada principalmente em nádegas e MMII, acometimento articular (artrite ou artralgia NÃO deformantes), dor abdominal (edema e hematomas murais) e nefrpatia por IgA (Berger). É um quadro geralmente autolimitado duranteo 4-6 semanas.

71
Q

Como eu diferencio uma púrpura da hematologia e uma da reumatologia?

A

As da hematologia são as TROMBOCITOPÊNICAS, enquanto que as da reumato são com plaquetas normais ou altas.

72
Q

Qual o laboratório da PHS?

A

Salada a inflamação, aumento de IgA1, plaquetas normais ou elevadas. Complemento normal.

73
Q

Como fazer dx da PHS?

A

Púrpura não trombocitopênica + 2: < 20 anos, dor abdorminal e bx de pele evidenciando uma vasculite leucocitoclástica com depósito de IgA e C3.

74
Q

Qual o tto da PHS?

A

Por ser autolimitada e de prognóstico excelente, na maioria das vezes o tto é com analgésico e repouso. Quadro mais grave (nefrite grave ou dor abd refratária/sangramento), usar prednisona.

75
Q

O que é a vasculite crioglubulinêmica?

A

É uma vasculite leucocitoclástica em que há crioglobulinemia.

76
Q

O que são as crioglobulinas?

A

São imunoglobulinas que possuem a capacidade de se precipitar quando o soro é resfriado (4°), porém em temperatura corporal não se precipita.

77
Q

Qual o QC da vasculite crioglobulinêmica?

A

Extremamente semelhante ao da PHS, porém com neuropatia periférica e livedo reticular. Muito relacionado ao estresse (estressou fez púrpura).

78
Q

Qual o laboratório da vasculite crioglobulinêmica?

A

Diminuição do C4 (uma das principais características - lembrar que vasculite geralmente não consome complemento), e está relacionado com a positividade do HCV. Pode haver uma leucocitose (> 50.000) e trombocitose falsos pelo ensaio de mensuração.

79
Q

Como fazer dx da vasculite crioglobulinêmica?

A

Crioglobulinas positivas, podendo ser confirmado pela bx das púrpuras (vasculite leucocitoclástica).

80
Q

Qual o tto da vasculite crioglobulinêmica?

A

IMSP (prednisona + ciclofosfamida) e plasmaférese, além do tto da HCV (se estiver presente).

81
Q

Qual a epidemiologia da dç de Behçet?

A

Ambos os sexos, 25-35 anos.

82
Q

Qual o QC da doença de Behçet?

A

É um quadro marcado por alternância entre remissões e exacerbações. Úlceras orais dolorosas (podem estar presentes em todo TGI), teste da patergia positivo (trauma na pele forma pústula ou pápula - hiperssensibilidade cutânea), acne (pseudofoliculite), hipópio (pus na câmara anterior do olho), uveíte anterior, neovascularização retiniana, úlceras genitais/escrotais (poupam sempre uretra e glande). Podem haver aneurismas pulmonares.

83
Q

Qual o laboratório da doença de Behçet?

A

Salada da inflamação e ASCA (anti-saccharomycyes cerevisae antibodies) pode estar positivo.

84
Q

Como fazer o dx da doença de Behçet?

A

Clínico (critérios) +/- arteriografia pulmonar (para pesquisar os aneurismas pulmonares).

85
Q

Qual o tto da doença de Behçet?

A

Sem muito consenso, pode ser com corticoide + ciclofosfamida, corticoide tópico, talidomida, …

86
Q

Comente sobre a vasculite cutânea leucocitoclástica (vasculite por hiperssensibilidade).

A

Causa mais comum de vasculite na pele, púrpura palpável (mácula -> pápula -> púrpura), lesão urticariforme, dx de exclusão (vasculite leucocitoclástica na bx de pele), autolimitado (sem tto ou uso de GCs VO).

87
Q

O que leucocitoclasia?

A

Presença de debris de núcleos de neutrófilos.

88
Q

Qual a epidemiologia da doença de Buerger (tromboangeíte obliterante)?

A

Homem jovem tabagista que vai perdendo extremidades (muito semelhante à aterosclerose).

89
Q

Qual o QC da doença de Buerger?

A

Necrose de extremidades, comprometimento dos pulsos distais porém não dos proximais (=/= de aterosclerose, que compromete os pulsos como um todo), Raynaud, tromboflebite migratória superficial. Evolui progressivamente se não houver parada do tabagismo.

90
Q

Qual o laboratório da doença de Buerger?

A

Salada da inflamação.

91
Q

Como fazer dx da doença de Buerger?

A

Angiografia (lesão em saca rolha/vasos espiralados, podendo estar presente as contas de rosário); Vasos proximais de grande calibre são poupados (=/= aterosclerose).

92
Q

Qual o tto da doença de Buerger?

A

NÃO HÁ TRATAMENTO, porém a medida mais importante é cessar o tabagismo (abstinência COMPLETA). GC e anticoagulantes não possuem qualquer eficácia.