Aula 04 - Esofago Flashcards
(28 cards)
1
Q
- Quais são os esfíncteres esofagianos e sua formação?
A
- EES → formado pelo músculo cricofaríngeo
- EEI → formado pela cárdia
2
Q
- Quais são as constrições fisiológicas do esófago?
A
- Músculo cricofaríngeo
- Aorta + brônquio-fonte esquerdo
- Hiato diafragmático
3
Q
- Quais são os dois tipos de disfagia que podemos ter?
A
- Disfagia de transferência → engasgo
- Disfagia de condução → entalo
4
Q
- Qual é a abordagem inicial da disfagia de condução?
A
Esofagografia baritada
5
Q
- Qual é a clínica da disfagia de condução?
A
- Perda de peso
- Halitose
- Regurgitação
6
Q
- Quais são as principais causas da disfagia de condução?
A
- Obstrução mecânica → câncer de esôfago
- Distúrbio motor → acalasia, espasmo esofagiano difuso
7
Q
- Diferencie acalasia de espasmo esofagiano difuso.
A
- Acalasia: peristalse diminuída
- Espasmo esofagiano difuso: peristalse exagerada
8
Q
- Qual o mecanismo da acalasia?
A
Destruição dos plexos mioentéricos → controlam os 2/3 distais do esôfago (musculatura lisa)
Características:
- Hipertonia do EEI (> 35 mmHg)
- Perda do relaxamento fisiológico do EEI
- Peristalse anormalPode estar ligada à doença de Chagas
9
Q
- Qual é a clínica da acalasia?
A
- Disfagia
- Regurgitação
- Perda de peso
10
Q
- Como fazer o diagnóstico da acalasia?
A
- Esofagografia baritada → afilamento do contraste (sinal da ponta do lápis / bico de pássaro)
- Esofagomanometria → padrão ouro
11
Q
- Quais são as 5 alterações da esofagomanometria na acalasia?
A
- Aumento da pressão do EEI (> 35 mmHg)
- Falha no relaxamento do EEI
- Corpo do esôfago com pressão acima da basal
- Contrações simultâneas sem peristalse progressiva
- Ondas de baixa amplitude
12
Q
- Qual é o tratamento da acalasia?
A
Paliativo. Abordagens:
- Medicamentosa → nitratos, bloqueadores dos canais de cálcio
- Endoscópica → dilatação com balão
- Cirúrgica
13
Q
- Defina espasmo esofagiano difuso.
A
Anormalidade neuromuscular idiopática com contrações simultâneas do corpo do esôfago.
- Sintomas: dor torácica e disfagia
- Diagnóstico: esofagomanometria
14
Q
- Defina Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE).
A
Relaxamentos transitórios e frequentes do EEI, não associados à deglutição, prolongados (5–35 s).
- EEI hipotônico
- Causa alterações na JEG
15
Q
- Qual é a clínica da DRGE?
A
- Pirose
- Regurgitação
- Dor abdominal
- Tosse
- Disfagia para sólidos
- Rouquidão
- Eructação
- Meteorismo
- Broncoaspiração
- Sibilância
- Pirose sem nenhuma outra causa provavel.
16
Q
- Como fazemos o diagnóstico de DRGE?
A
- Clínico → prova terapêutica com IBP
- EDA → > 40 anos, sinais de alarme, refratários à prova terapêutica
- pHmetria de 24h → padrão ouro
17
Q
- Quais os possíveis tratamentos para DRGE?
A
- Medidas antirrefluxo → elevação da cabeceira, perda de peso, evitar certos alimentos
-
IBP por 8 semanas → dose plena
- Recorrência: “sob demanda” ou crônico
- Sem melhora: “dose dobrada”
- Cirurgia antirrefluxo → fundoplicatura videolaparoscópica
18
Q
- Discorra sobre a cirurgia antirrefluxo.
A
- Fundoplicatura videolaparoscópica
- Confirmar diagnóstico por pHmetria ou EDA (grau C/D)
- Estômago “abraça” o esôfago → válvula antirrefluxo
- Total (360º): Nissen
- Parcial: anterior ou posterior
19
Q
- O que é o esôfago de Barret?
A
Metaplasia no terço distal do esôfago → epitélio escamoso vira epitélio colunar.
- Lesão pré-adenocarcinomatosa
20
Q
- Qual é o tratamento para esôfago de Barret?
A
- Vigilância endoscópica
- Cirurgia antirrefluxo
- Ressecção endoscópica da mucosa
- Terapia endoscópica para erradicação (EET)
- Ablação
21
Q
- Quais são os dois tipos de câncer de esôfago? Diferencie-os.
A
- Epidermoide (escamoso) → fatores externos (álcool, tabaco)
- Adenocarcinoma → fatores internos (ex: esôfago de Barret)
22
Q
- Qual é a clínica do câncer de esôfago? Como fazemos o diagnóstico?
A
- Disfagia de condução + sinais de alarme
- Perda ponderal
- Halitose
- Rouquidão
- Diagnóstico: esofagografia baritada (sinal da maçã mordida) + EDA com biópsia
23
Q
- Discorra sobre o estadiamento do câncer de esôfago e seu tratamento.
A
- T1a → mucosa → mucosectomia
- T1b → submucosa
- T2 → muscular
- T3 → adventícia
- T4a → adjacente ressecável
- T4b → adjacente irressecável → paliação
- Sem metástase: esofagectomia + linfadenectomia
- Pode haver neoadjuvância (quimio/radioterapia antes da cirurgia)
24
Q
- Quais são os 3 divertículos esofágicos? Diferencie-os em verdadeiros e falsos.
A
- Zenker → falso
- Médio esofágico → verdadeiro
- Epifrênico → falso
25
25. Divertículo verdadeiro x falso
- **Verdadeiro**: todas as camadas do órgão (formado por tração)
- **Falso**: não todas as camadas (formado por pulsão)
26
26. Descreva a fisiopatologia do divertículo de Zenker.
Hipertonia do EES → esforço aumentado para deglutir → expulsão da mucosa/submucosa pelo trígono de Killian
- Divertículo por pulsão (falso)
27
27. Clínica do divertículo de Zenker e diagnóstico
- Disfagia
- Halitose
- Regurgitação
- Massa palpável que melhora com compressão
- **Diagnóstico**: esofagografia baritada
- **Tratamento**: cirúrgico
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28. Descreva os tipos de hérnia de hiato.
1. **Tipo 1 – Deslizamento**
- Mais comum
- Linha Z e JEG deslocadas para cima
2. **Tipo 2 – Rolamento**
- Linha Z normal
- Fundo gástrico herniado
3. **Tipo 3 – Misto**
- Linha Z e fundo herniados
4. **Tipo 4 – Avançada**
- Outras vísceras herniadas