Câncer de Cabeça e Pescoço Flashcards

(50 cards)

1
Q

Cite sítios e origem de neoplasias malignas de cabeça e pescoço.

A

A localização mais frequente dos carcinomas é região de cabeça e pescoço.. São sítios de neoplasias malignas:

  • CA de pele
  • CA de lábio
  • CA de cav.oral
  • CA de orofaringe
  • CA de nasofaringe *
  • CA de nariz e seios da face *
  • CA de laringe e hipofaringe *
  • CA de glângulas salivares *
  • CA de tireóide (e nódulos)

Obs: em asterisco serão abordadas em outros flashcards.

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2
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Quais são os 3 principais tumores malignos da pele?
  • Qual a incidência de carcinomas e melanomas?
  • São comuns no nariz?
  • Quais os dois principais fatores que aumentam probabilidade de CA de pele?
  • Existe diferença de quantidade de melanócitos do branco para o negro?
A

Tumores mais comuns:

  • (CBC) Carcinoma Basocelular (células da camada basal)
  • (CEC) Carcinom Espinocelular (células da camada espinhosa).
  • Melanoma (melanócitos, células derivadas da crista neural, na camada basal)

Estatísticas:

  • Incidência de carcinomas: 88 para 100 mil.
  • Incidência de melanomas: 2,8 para cada 100 mil.
  • Nariz é responsável por 1/3 dos casos de CA de pele.
  • A probabilidade de uma pessoa apresentar câncer de pele depende de dois fatores: o fator principal é o HEREDITÁRIO, em especial, a quantidade de pigmento de melanina da pele. O segundo fator é a intensidade de SOL que a pessoa tomou durante a vida.
  • Não existe diferença de quantidade de melanócitos do branco para o negro (apenas da quantidade de melanina produzida).
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3
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome da classificação usada para tipo de pele?
A
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4
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o expectro de radiação ultraviolenta mais carcinogênico?
  • Qual o horário do dia mais nocivo?
A
  • UVA (315-400nM): responsável por 95% da radiação que recebemos, responsável também por tumores porém menos carcinogênico.
  • UVB (280-315 nM): MAIS CARCINOGÊNICO (penetram mais superficialmente na pele do que o UVA). O horário do dia com maior incidência de UVB é 10-15 horas. As pessoas devem ser orientadas sobre o uso de roupas apropriadas e de fotoprotetor anti-UVA e anti-UVB, com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30.
  • UVC (100-280 nM): ainda mais nocivos, mas absorvidos pela atmosfera.
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5
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A
  • CERATOSE ACTÍNICA (risco de evoluIr para CEC). São crostas de pele seca, ásperas ao toque e múltiplas. CONSIDERADA LESÃO PRÉ-CANCEROSA MAIS COMUM.

Obs: o corno cutâneo é um tipo especial de ceratose actínica, com alto risco.

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6
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A

DOENÇA DE BOWEN (na foto abaixo, é uma forma de CEC in situ. É uma placa eritematosa, de bordas bem demarcadas e crescimento lento. Difícil de distinguir da ceratose actínica).

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7
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A
  • CICATRIZ DE QUEIMADURA (pré-cancerosa, deve ser tratada com exérese e reparação plástica. Podem evoluir para ÚLCERAS DE MARJOLIN (foto), degenerações cancerosas sobre áreas de trauma.
  • O período de latência entre a queimadura e o aparecimento da neoplasia é, frequentemente, superior a 20 anos).
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8
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A

RADIODERMITE (radioterapia, evolui geralmente para CEC décadas depois).

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9
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A
  • NEVO SEBÁCEO DE JADASSOHN

É congênito, placa verrucosa ou nodular, evolui para CBC (basocelular!) e deve ser retirado antes da puberdade.

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10
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A
  • XERODERMA PIGMENTOSO

Lesão autossômica recessiva

Historico de cossanguinidade é frequente

Aparecimento precoce de lesões semelhantes a sardas ao lado de pontos com hipopigmentação, telangiectasias e queratoses solares.

Por volta de 8 anos, surgem CBCs, CECs e melanomas.

Defeito na reparação do DNA.

Morte com aproximadamente 30 anos.

Alta fotossensibilidade e fotofobia.

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11
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A
  • SÍNDROME DE GORLIN

Autossômica dominante, gera CBCs múltiplos, pits (pequenos orifícios) palmoplantaes, macrocefalia e deficiência mental.

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12
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Qual o nome dessa lesão pré-cancerosa?
A
  • NEVO MELANOCÍTICO CONGÊNITO.

Presente ao nascimento. Precursor do MELANOMA. Se < 1,5cm a chance de desenvolver melanoma é 1-5% durante toda a vida. Se maiores que 20cm, são consideradas gigantes (risco de melanoma altíssimo). Deve ser ressecado antes dos 5 anos, com margem de 2mm e feito acompanhamento regular com fotos.

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13
Q

Sobre o CA de Pele (Carcinoma Basocelular)

  • Qual sua incidência entre os tumores de pele?
  • Acomete mais qual idade?
  • Qual sua frequência em cabeça e pescoço?
  • Como é sua disseminação?
  • Quais as alterações genéticas envolvidas?
  • Cite seus 5 tipos.
  • Qual tipo mais relacionado a metástase?
  • Qual tipo apresenta faixas descontínuas no histopatológico?
A

Epidemiologia:

  • Tumor mais comum (75%)
  • Entre 45-75 anos
  • Crescimento lento
  • 80% na cabeça e pescoço
  • Disseminação por contiguidade
  • Alterações genéticas (mutação do p53 e alteração na via hedgehog).

Tipos:

  • Nodular (perolado, rosa, elevado)
  • Micronodular
  • Superficial
  • Basoescamoso (forma agressiva, associação de CBC e CEC, forma mais comum de emitir metástase).
  • Escleridermiforme (foto abaixo. Tem disseminação profunda, diagnóstico clínico difícil, deve ser ressecado com cautela e com congelação. No histopatológico mostra agregados de células ovais e núcleos grandes, com paliçadas na camada basal e FAIXA DE CÉLULAS DESCONTÍNUAS, O QUE DIFICULTA SUA RESSECABILIDADE).
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14
Q

Sobre o CA de Pele (Carcinoma Espinocelular)

  • Como se manifesta?
  • Metástases ocorrem por qual via?
  • Quais os 3 locais mais comuns?
  • Risco aumentado em qual perfil de pacientes?
  • Qual alteração genética comum?
  • Quais os achados histopatológicos?
  • Cite 3 variantes mais agressivas
  • Cite 1 variante menos agressiva.
A
  • Pequeno nódulo que evolui para úlcera.
  • Metástases são LINFÁTICAS (N+ em 10% dos casos ao diagnóstico, principalmente se lesões maiores e mais invasivas).
  • Localis mais comuns: pavilhão auricular, couro cabeludo e pescoço.
  • Risco aumentado em imunossuprimidos.
  • Alterações genéticas (importância grande da mutação p53, que deve ser de ambos os alelos)
  • Na histopatologia há queratinócitos atípicos, pérolas córneas, células com pleomorfismo, núcleos aberrantes e atipia.

Variantes agressivas:

  • CEC adenoide (acantolítico)
  • CEC spindle cell
  • CEC sarcomatoide

Variante menos agressiva:

  • CEC verrucoso (foto abaixo. Tem menor índice de recidiva após cirurgia).
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15
Q

Sobre o CA de Pele (Melanoma):

  • Representa qual porcentagem das neoplasias de pele?
  • Como é o risco de metástase?
  • Qual seu principal fator prognóstico?
  • Quais seus 4 tipos?
  • Qual é o mais frequente?
  • Qual é o com pior prognóstico?
  • Qual é comum em idosos, com bom prognóstico?
  • Qual não aparece na cabeça e pescoço?
  • Qual porcentagem de melanomas são NÃO pigmentados?
A

Epidemiologia:

  • Representa 4% das neoplasias de pele (porém é a com a MAIOR MORTALIDADE).
  • Rsico grande de metástases (mesmo por tumores pequenos).
  • Fator prognóstico mais importante é sua ESPESSURA (quando < 1,5mm tem sobrevida > 90%. Se for > 3,5cm tem sobrevida de 40%).

Tipos:

  • Disseminativo (ou extensivo) superficial: é o MAIS FREQUENTE e geralmente surge de nevo displásico.
  • Nodular: sem fase pré-neoplásica, crescimento vertical desde o início, ulcerado e sangrante.Tem pior prognóstico e geralmente preto-azulado.
  • Lentigo maligno: em idosos, de evolução lenta e com melhor prognóstico. Aspecto de crosta sobre uma mancha irregular, de cor preto-marrom.
  • Acral lentiginoso: regiões palmoplantares (não pega cabeça e pescoço).

Cerca de 5% dos melanomas são NÃO pigmentados (nodular é o mais associado).

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16
Q

Sobre o CA de Pele (Melanoma):

  • Qual o ABCDE para avaliação?
  • Qual diâmetro é suspeito?
A
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17
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Quais devem ser as margens para tratamento de CBC e CEC?
  • Cite opções de reconstrução para área frontotemporal, área nasal, malar e recidivada.
A

Margens:

  • CBC varia (se alto risco, como em áreas como olhos, nariz, lábios, orelha ou subtipos basoescamoso ou esclerodermiforme e lesões recidivadas a margem deve ser no mínimo de 1cm).
  • CEC (no mínimo 1cm, sempre).

Linfonodos:

  • Esvaziamento radical modificado (I, II, III, IV, V preservando ECM, acessório e jugular) se houver linfonodos cervicais comprometidos.
  • Se acometer parótida, parotidectomia total com esvaziamento de níveis I, II e III.

Reconstruções:

  • Frontal e Temporal: enxertia.
  • Nasal de médio porte: retalho nasogeniano, glabelar ou bilobado.
  • Nasal de grande porte: retalho frontal.
  • Malar: retalho de mustardè ou cervicofacial.
  • Rinectomia total e prótese.
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18
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Quais os 5 passos no tratamento do melanoma?
  • Cite o índice que guia as margens cirúrgias (e valores).
A

Primeiro passo: biópsia.

  • Biópsia EXCISIONAL com margem de 2mm e fechamento primário.

Segundo passo: estadiamento.

  • Avaliação do Índice de Breslow segundo espessura (foto abaixo) pelo patologista (da camada granulosa até a porção mais profunda do tumor) para determinar o estadiamento T.
  • Acrescentamos “A” se não houver ulceração, ou “B” se houver ulceração.

Terceiro passo: reoperar.

  • Aumentar a margem conforme estadiamento.

Quarto passo: considerar coleta do linfonodo sentinela.

  • Indicações no próximo flashcards.

Quinto passo: esvaziamento cervical radical (com ou sem parotidectomia) se sentinela comprometido.

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19
Q

Sobre o CA de Pele:

  • Quais as 3 indicações de retirar linfonodo sentinela no melanoma?
  • Qual a técnica utilizada?
  • Quais marcadores de imunohistoquímica indicam positividade desse linfonodo?
A

Indicações:

  • Se lesões de espessura superiores a 1mm.
  • Se lesão entre 0,76mm a 1mm porém ULCERADA.
  • Se índice mitótico maior que 1 mm2.

Técnicas:

  • O linfonodo sentinela é definido como o primeiro nódulo da cadeia de drenagem linfonodal correspondente que recebe a linfa do local em que o tumor está localizado.
  • O procedimento inicia com linfocintilografia e PET-scan.
  • Após indução anestésica, injeta-se 1mL de AZUL PATENTE (azul de metileno não serve, não se difunde em tecidos linfáticos) ao redor da cicatriz da excisão prévia.
  • O linfonodo é retirado com ajuda de um probe (sonda manual que capta radiação) e pelo corante.

Análise:

  • Ele é então enviado para anatomopatológico em parafina.
  • Se houver positividade no estudo em hematoxilina-eosina ou ainda em estudo imuno-histoquímico (os principais marcadores são HMB-45, Proteína S-100 e Melan-A), deve ser indicado esvaziamento.
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20
Q

Sobre o CA de Lábio:

  • Cite os limites de lábio superior e inferior.
  • O que significa vermelhão?
  • De onde provém sua vascularização?
  • Qual a drenagem LINFÁTICA de cada lábio?
  • Como é a inervação?
A

Lábios:

  • Lábio superior = Estende-se da base do nariz até a borda inferior do vermelhão superior.
  • Lábio inferior = Estende-se da borda livre superior do vermelhão até a mandíbula.

Vermelhão:

  • Vermelhão = Epitélio escamoso não queratinizado que recobre inúmeros capilares, dando uma coloração avermelhada.

Vascularização:

  • Vascularização: CARÓTIDA EXTERNA > FACIAL > labiais superiores e inferiores.

O músculo orbicular dá passagem para as artérias labiais, além de servir de esfínceter (manter o alimento na boca durante mastigação).

Lembrar que NÃO é feita por ramos da artéria lingual.

DRENAGEM LINFÁTICA:

  • Lábio superior: nível Ib
  • Lábio inferior: nível Ia + Ib.

Obs: se a lesão cruzar a linha média, a drenagem se torna bilateral!

Inervação:

  • Motora pelo Facial (ramos bucal e marginal)
  • Sensitiva pelo Trigêmeo (ramos maxilar e mandibular).
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21
Q

Sobre o CA de Lábio:

  • Qual sua importância?
  • Qual faixa etária acomete?
  • Qual lábio geralmente pega?
  • Qual o principal fator de risco?
  • Como se apresenta?
  • Quais locais são relacionados a maior agressividade do tumor?
  • Quais tipos histológicos são mais comuns respectivamente no lábio inferior e superior?
A

Epidemiologia:

  • É o TUMOR MAIS FREQUENTE DA CAVIDADE ORAL e região maxilofacial.
  • Homem branco, 60-70 anos
  • MAIS COMUM NO LÁBIO INFERIOR (86%)
  • Mais identificado em estágios iniciais (T1 e T2).
  • Principal fator de risco é exposição solar. Associação também com tabagismo e etilismo (73% dos casos).

Quadro clínico:

  • Crostas ou ulceração superficial (CEC).

(Se houver abaulamento submucoso sem ulceraçãqo superficial, há maior probabilidade de ser tumor de gl. salivar menor)

Tumores mais agressivos:

  • Comissura da boca
  • Lábio superior

Tipos histológicos:

  • CEC (95%, mais em lábio INFERIOR)
  • CBC (mais em labio SUERIOR)
  • Melanoma (raro, prognóstico reservado)
  • CA de glândula salivar menor
22
Q

Sobre o CA de Lábio:

  • Descreva o estadiamento (T).
A

Como guardar:

  • > 2 cm ou > 5mm vira T2 (mas não deve ultrapassar 4cm ou 10mm senão vira T3).
  • T4 é quando invade estruturas adjacentes (sendo T4b irressecável).
23
Q

Sobre o CA de Lábio:

  • Descreva o estadiamento (N).
A
  • (N1) 1 linfonodo, ipsilateral, sendo ≤ 3cm e sem sinais de esvaziamento capsular.
  • (N2a) 1 linfonodo, ipsilateral, de 3-6cm, sem sinais de esvaziamento capsular.
  • (N2b) Múltiplos linfonodos, ipsilaterais, todos < 6 cm e sem extravasamento.
  • (N2c) Linfonodo contralateral presente, porém < 6cm e sem extravasamento extracapsular.
  • (N3a) Qualquer linfonodo > 6cm e sem extravasamento extracapsular.
  • (N3b)* Sinais de extravasamento extracapsular (envolvimento de pele ou tecidos moles com fixação profunda / aderência à musculatura adjacente, acometimento de nervos).

Basicamente o que difere do N de outras regiões é o estágio N3b.

24
Q

Sobre o CA de Lábio:

  • Qual a conduta inicial?
  • Devo solicitar exames para avaliar a lesão caso seja inicial (T1/T2)?
  • E avançada (T3/T4)?
  • Quais exames devo obrigatoriamente solicitar se tabagista e etilista?
  • Como é feita a pesquisa de doença à distância?
A

Conduta inicial:

  • Biópsia INCISIONAL (pegando borda da lesão e parte sadia).

Exames para avaliar a lesão:

  • T1/T2: sem necessidade de exames complementares.
  • T3/T4: pedir TC ou RM COM CONTRASTE de cabeça e pescoço (avaliar extensão, espessura e ajudar no estadiamento).
  • Tabagista e etilista: LARINGOSCOPIA E ENDOSCOPIA (lesão concomitante em 8-12%. Alguns possuem a mucosa condenada de Slaughter, com chance de desenvolver o tumores sincrônicos).

Exames para avaliar doença a distância (pulmão é o principal órgão de mestástases):

  • T1/T2: Radiografia de tórax
  • T3/T4: TC tórax c/ contraste
25
Sobre o CA de Lábio: - Quais os principais sinais clínicos indicativos de mau prognóstico?
Lesão de lábio superior, comissura, tabagismo e etilismo, metástase e parestesia são indicativos de mau prognóstico.
26
Sobre o CA de Lábio: - Qual a margem de ressecção? - Qual o tratamento se tumor superficial e restrito à mucosa labial? - Qual o tratamento se T1/T2 e até no máximo 50% da extensão do lábio? - Se ultrapassar esses critérios, qual a cirurgia?
Margem mínima: - Deve ser de 5mm (congelação é essencial). Superficial e restritos à mucosa labial: - VERMELHECTOMIA (também indicada nos casos de queilite angular). T1/T2 e até no máximo 50% da extensão do lábio: - RESSECÇÃO EM CUNHA (foto abaixo) e fechamento primário (risco de microstomia). Se não entrar nos critérios acima: - RESSECÇÃO COM RETALHOS (variados).
27
Sobre o CA de Lábio: - Qual a cirurgia realizada abaixo?
- Realizada vermelhectomia (tumores superficiais e restritos à mucosa labial)
28
Sobre o CA de Lábio: - Qual a cirurgia realizada abaixo?
- Realizada ressecção em cunha (T1/T2 e até no máximo 50% da extensão do lábio)
29
Sobre o CA de Lábio: - Qual a cirurgia realizada abaixo?
- Ressecção e reconstrução com retalho nasogeniano. (T3, T4 ou se ultrapassar 50% da extensão do lábio)
30
Sobre o CA de Lábio: - Quando indicar esvaziamento? - Quando indicar radioterapia? - Quando indicar quimioterapia?
Esvaziamento: - T1/T2: não indicado. - T3/T4: níveis I, II, III (supraomohioideo). Fazer bilateral se cruzar a linha média). Radioterapia: - T4 ou N+ - Margens exíguas - Invasão perineural - Invasão angiolinfática Quimioterapia: - N3b (extravasamento) - Margens exíguas Obs: nos casos em que há células tumorais nas imediações das bordas do tecido retirado, as margens são classificadas como exíguas
31
Sobre o CA de cavidade oral: - Compreende CA de quais estruturas? - Com exceção dos lábios, qual a região mais frequentemente acometida da cavidade oral?
Locais: - Lábios (já comentado), gengivas, mucosa jugal, área retromolar, assoalho da boca, língua oral e palato duro. - LÍNGUA (LOCAL + COMUM) Tipos histológicos - CEC (95%) - Melanoma mucoso - CA de gl.salivares menores - Sarcomas e linfomas, Fatores de risco: - Álcool - Tabagismo - HPV (16 e 18) - Sexo masculino (3:1) - História familiar - Mate chimarrão - Trauma crônico (dentaduras) - Anemia de Fanconi - Imunossupressão Obs: herpes simples não tem relação com CA de cavidade oral. Fatores genéticos: - Perda do cromossomo 22q13 (associado a história familiar). - Polimorfismos que aumentam o risco: CYP1A1 / CYP2E / CYP2A6 - Polimorfismos protetores: GSTM1, GSTP3, GSTP1 e NAT. Epidemiologia: - As maiores taxas de incidência de câncer oral são da Ásia e América do Sul, sendo a cidade de São Paulo a com maior incidência de câncer de cavidade oral no mundo.
32
Sobre o CA de cavidade oral: - A maioria dos CA de orofaringe apresenta lesão prévia pré-neoplásica? - Cite 4 lesões pré-neoplásicas dessa região.
Lesão prévia: - A maioria dos CA de orofaringe NÃO são decorrentes de lesão prévia. Lesões pré-neoplásicas: - LEUCOPLASIA* (é a MAIS FREQUENTE, sendo o diagnóstico de exclusão). - ERITROPLASIA (é a com MAIOR CHANCE de transformação maligna. Mancha ou placa vermelha com superfície lisa. Cerca de 90% já possui displasia, CA in situ ou CA invasivo ao diagnóstico). - QUEILITE ACTÍNICA (mais em lábio inferior, homens brancos, com 10% de risco de malignizar). - LÍQUEN PLANO* (doença inflamatória crônica autoimune). - Outras: LES, fibrose submucosa oral e queratose palatina. * Vistas nos flashcards de lesões brancas.
33
Sobre o CA de cavidade oral: - Cite o nome das lesões abaixo e pelo menos 3 diagnósticos diferenciais que precisam ser excluídos.
- LEUCOPLASIAS (plana e verrucosa). As lesões que precisam ser excluídas para diagnosticar leucoplasia são: nevo esponjoso branco, ceratose de atrito, morsicatio buccarum, lesão química, candidíase pseudomembranosa aguda, leucoedema, líquen plano, reação liquenoide, lúpus eritematoso discoide, enxerto de pele, leucoplasia pilosa e leucoqueratose nicotínica de palato.
34
Sobre o CA de cavidade oral: - Cite o nome da lesão abaixo e pelo menos 3 diagnósticos diferenciais que precisam ser excluídos.
- ERITROPLASIA O diagnóstico diferencial inclui: infecções (candidíase eritematosa, histoplasmose), doenças imunológicas ou inflamatórios (gengivite descamativa, líquen plano eritematoso, lúpus eritematoso discoide, penfigoides, reações de hipersensibilidade e doença de Reiter) e hamartomas ou neoplasias (hemangioma, sarcoma de Kaposi).
35
Sobre o CA de cavidade oral: - Quais as características clínicas clássicas? - Como se manifesta quando decorrente de HPV? - Como se manifesta se decorrente de gl. salivar menor?
CEC: - Úlcera indolor, irregular e endurecida com bordas irregulares. As úlceras podem ser predominantemente exofíticas ou endofíticas. - Mais comumente em BORDA DA LÍNGUA ou ASSOALHO DA BOCA. - Em neoplasias orais a ADENOPATIA CERVICAL ANTECEDENDO SINTOMAS LOCAIS É RARO. - MAIORIA TEM DIAGNÓSTICO EM ESTÁGIO AVANÇADO. - Inicialmente assintomática, podendo evoluir com dor. Outros sintomas são geralmente associados à doença em estádio avançado, (sialorreia, sangramento, amolecimento dentário, halitose, trismo, adenopatia cervical e perda de peso. Associação com HPV: - Pessoas mais jovens, não tabagistas e não etilistas. - Lesões de pequeno volume, exofíticas, não associadas a leucoplasia ou eritroplasia. - Associada a metástases cervicais volumosas. - São neoplasias não queratinizadas. Glândulas salivares menores: - Lesões nodulares submucosas recobertas por mucosa normal ou levemente infiltrada
36
Sobre o CA de cavidade oral: - Como é feito diagnóstico? - Quais os níveis cervicais mais afetados?
Diagnóstico: - Biópsia INCISIONAL. - PAAF de linfonodo suspeito Cadeias acometidas: - Ib (submandibulares) - IIa e III (jugulares altos e médios)
37
Sobre o CA de cavidade oral: - Como é o estadiamento (T)?
Igual ao de lábio (única diferença é que não leva em consideração espessura do tumor).
38
Sobre o CA de cavidade oral: - Como é o estadiamento (N)?
Igual ao de lábio (única diferença é que não divide em N3a e N3b, ou seja, não fala de extravasamento capsular).
39
Sobre o CA de cavidade oral: - Quais os exames indicados para estadiar?
Estadiamento: - Radiografia panorâmica de mandíbula (tumores de gengiva inferior, área retromolar, assoalho de boca, mucosa jugal). - Tomografia de Cabeça e Pescoço e/ou RM (alternativa). - Radiografia ou TC de tórax - PET-Scan (não é obrigatória) - FIBRONASO e EDA (para tabagistas e etilistas, pois 10-20% tem tumores sincrônicos).
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Sobre o CA de cavidade oral: - Qual a margem indicada? - Quais as vias de acesso? - Quais os retalhos mais usados na reconstrução? - Quando é indicado esvaziamento cervical? - Quando indicar radioterapia? - Quando indicar quimioterapia? - Qual o principal fator prognóstico e de sobrevida? - Qual o período com maior recidiva?
Margem: - De 1cm (tridimensional) Acessos: - Tumores iniciais em áreas mais anteriores são abordados via transoral (perioral), podendo ser necessárias mandibulotomias (paramediana mais indicada) ou mandibulectomia para exposição mais adequada. - Tumores posteriores e avançados da gengiva posterior e palato duro, podem ser necessárias incisões de Weber Fergunson (parte medial do olho até lábio superior) ou Degloving (pelo nariz e por baixo do lábio superior). Reconstrução: - Fechameto primário ou retalhos locais (lingual, bucinador, nasolabial, supraescapular) ou miocutâneos (infrahioide e platisma), se tumores iniciais pequenos. - Retalhos miocutâneos (PEITORAL MAIOR, trapézio e grande dorsal) para reconstruções tridimensionais maiores. - Transplantes microcirúrgicos (considerados PADRÃO-OURO) devido versatilidade e segurança e preservação de anatomia, como retalho antebraquial (chinês) e lateral do braço (tumores menores) ou lateral da coxa e reto abdominal (maiores). - Os objetivos da reconstrução são conseguir uma cicatrização adequada das feridas para permitir a radioterapia pós-operatória antes de 6 semanas, otimizar a reabilitação funcional e conseguir os melhores resultados funcionais e cosméticos possíveis. Esvaziamento: - Se N0, podemos fazer esvaziamento profilático se lesão > 2cm ou espessura > 3-4mm (exceto TUMORES DE PALATO NÃO NECESSITAM ESVAZIAMENTO PROFILÁTICO). - Se N1 níveis I e II: esvaziar I, II, III +/- IV) - Outros N1, N2a ou N2b: radical modificado (I-V preservando jugular, acessório e ECM). - Se N3: radical clássica (I-V incluindo as três estruturas). - Tumores que cruzam a linha média mas sem linfonodos contralaterais positivosa: esvaziamento acrescentar esvaziamento contralateral seleticvo (I-III). - Se N2c ou N3 com linfonodos contralaterais positivos, fazer radical clássica ipsilateral e radical modificada contralateral (preservar jugular interna). Radioterapia: - Estágio avançado (III ou IV) - Margens exíguas - Infiltração perineural - Extravasamento extracapsular - Múltiplos linfonodos - Múltiplos níveis cervicais É feita 6-8 semanas após a cicatrização. Dose de 60-70 Gy. Quimioterapia: - Margens exíguas - Extravasamento capsular Principal fator prognóstico e sobrevida: - ACOMETIMENTO LINFONODAL Recidivas: - Maior chance nos 2 primeiros anos (fazer consultas períodicas de 2/2 meses). - 2-5 anos: 6/6 meses. - Depois anual.
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Sobre o CA de orofaringe: - Quais os locais mais comuns? - Quais os principais fatores de risco? - Quais os dois vírus que podem aumentar o risco? - Qual fáscia é importante como barreira de disseminação tumoral? - Acomete mais qual sexo e idade? - Qual a taxa de metástase?
- LOJA TONSILAR, seguido de perto por BASE DE LÍNGUA e palato mole. - Tabagismo, alcoolismo, desnutrição, dieta pobre em vegetais e frutas, erva-mate/chimarrão, betel, radiação e plummer-vinson (futras cítricas como laranja, tangerina e limão, assim como alimentos verdes escuros são protetores). - HPV (16 e 18) e EBV (base de língua). - Fascia bucofaríngea (foto). É a porção posterior da camada visceral da camada média da fáscia cervical profunda. - Sexo masculino (4:1), entre 60-70 anos - Metástase em 20% dos casos (precoces, podendo ser primeira manifestação), principalmente para pulmão, ossos e fígado.
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Sobre o CA de orofaringe: - Quais os 3 tipos histológicos mais comuns? - Como é feito o estadiamento? - Cirurgia é o tratamento preferencial nessa região?
Tipos histológicos: - CEC (+ comum) - CA ADENOIDE CÍSTICO (na orofaringe é mais comum que o mucoepidermóide). - LINFOMA NÃO-HODGKIN DE CÉLULAS B (orofaringe é o local mais comum do trato aerodigestivo). Estadiamento: - Idêntico para cavidade oral (tanto o T quanto N). Os exames também são semelhantes. Tratamento: - Para CEC na orofaringe é comum escolher RADIOTERAPIA como primeira escolha, podendo ser associada QUIMIOTERAPIA. - Cirurgia costuma ser opção para casos de tumores muito iniciais ou recidivas. Acessos: transoral, TORS, faringotomia transioidea, mandibulotomia transligual ou paralingual. Margem de 1cm tridimensional. - Linfoma e linfoepitelioma o tratamento é sistêmico. - Sarcoma e tumores de glândulas salivares o indicado é cirurgia, considerando ajduvância. - Esvaziamento profilático supra omo-hioideo em níveis I, II, III (N0), ampliando se N+.
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Sobre o CA de tireóide: - Qual a prevalência do nódulo tireoideano? - Quantos nódulos podem evoluir para câncer? - Quais os fatores de risco para malignidade? - Quais os sinais clínicos de malignidade? - Existe algum protocolo de rastreio populacional? - Quais nódulos requerem investigação?
Estatísticas: - Alta prevalência (60% em mulheres acima de 50 anos). - Câncer em 7-15% dos nódulos (risco é igual para os nódulos não palpáveis ou achados incidentalmente na USG. Já os incidentalomas achados acidentalmente por PET-SCAN, tem risco maior de 35%). Fatores de risco: - História familiar (CA tireoide) - Irradiação do pescoço na infância - Irradiação corpo todo (Tx Medula) - Síndromes genéticas associadas (NEM-2, Cowden, Carney, Werner). Sinais clínicos: - Crescimento rápido - Muito endurecido - Disfonia / paralisia vocal - Fixação / invasão vizinha - Linfonodopatia cervical suspeita Rastreio: - Não existe indicação de rastreio populacional de CA de tireoide. Investigação: - Todo nódulo "> 1cm ou suspeito" (fatores de risco ou sinais clínicos de malignidade). Alguns tumores malignos podem ter < 1cm, com crescimento indolente e assintomático, como os microcarcinomas papilíferos. Diante de histórica familiar ou clínica suspeita, deve ser investigados.
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Sobre o CA de tireóide: - Qual o primeiro exame após identificação de um nódulo tireoidiano? - Qual a conduta de acordo com seus achados?
Primeiro exame: - Solicitar TSH. Conduta? - Se TSH suprimido, indicar CINTILOGRAFIA (investigar hipertireoidismo, pode ser um nódulo quente. Se vier frio, indicar USG). - Se TSH normal ou elevado, pode ser câncer. Indicar USG. Se vier nódulo sólido > 1cm ou coim TI-RADS suspeito, indicar a PAAF.
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Sobre o CA de tireóide: - Quais as características (7) de malignidade em USG de tireóide que indicam PAAF?
Características: - AUSÊNCIA DE HALO HIPOECOICO - HIPOECOGÊNICO (comparado ao restante do parênquima normal). - VASCULARIZAÇÃO INTRANODULAR (mais central do que periférica. Apesar de ser preditivo de malignidade, não entra no TI-RADS). - IRREGULARIDADE (margens mal definidas) - MICROCALCIFICAÇÕES (principalmente periféricas) - MAIS ALTO DO QUE LARGO (diâmetro vertical é maior que o laterolateral). - EXTENSÃO EXTRATIREOIDEANA Observação: - Nódulos 100% císticos, espongiformes ou quentes no USG não necessitam PAAF. - A presença de alguma característica suspeita não obrigatoriamente indica PAAF. Vai depender da classificação TI-RADS (abaixo).
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Sobre o CA de tireóide: - Quais seus tipos histológicos? - Quais são bem diferenciados e pouco diferenciados?
Tipos histológicos: - PAPILÍFERO: mais comum (80%), relacionado a radiação (porotoncogene RAS), em mulheres e crianças, com histórico familiar. Na histopattologia há CORPOS PSAMOMATOSOS (células foliculares com excesso de cálcio). Disseminação predominantemelnte linfática. Subtipo de melhor prognóstico. - FOLICULAR: segundo mais comum (15%), relacionado a deficiência de iodo. Crescimento mais rápido e disseminação hematogênica (ossos, pulmões, fígado). PAAF não define diagnóstico, somente biópsia). - MEDULAR: é o carcinomas de células C (parafoliculares, produtores de CALCITONINA, que pode ser dosada, assim como CEA). Clínica de CA de tireóide e diarreia. Cerca de 20% se associa a NEM-2. - ANAPLÁSICO (mais raro, em idosos, mais agressivo e de pior diagnóstico. Diferenciação: Seus tipos histológicos podem ser bem diferenciados (Papilífero ou Folicular, 90%, melhor prognóstico, em mulheres com 20-40 anos) ou pouco diferenciados (Medular ou Anaplásico, 10%, mais comum em idosos).
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Sobre o CA de tireóide: - Quais subtipos histológicos não conseguem ser detectados pela PAAF? - Se vier padrão indeterminado, quais as possíveis condutas? - Qual sistema utilizo para avaliar o resultado da PAAF e definir minha conduta?
- A PAAF não é capaz de diferenciar um adenoma folicular (benigno e mais comum) do CA folicular (maligno), além de não conseguir confirmar o CA de células de Hurthle (variante do CA folicular). Vão vir como padrão INDETERMINADO na PAAF (diagnóstico somente com cirurgia e histopatologia). - PAAF indeterminada poderá ser repetida, acompanhada com USG ou abordadas cirurgicamente (nesses casos, é indicada lobectomia e congelação). - Sistema BETHESDA (I-VI) e vai indicar minha conduta daqui para frente (foto abaixo). Atenção para Bethesda II e V-VI que possuem condutas mais bem definidas.
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Sobre o CA de tireóide: - Quais os exames pré-operatórios mais indicados? - Qual a conduta se linfonodo suspeito de metástase? - Qual o tratamento indicado? - Como é feito acompanhamento?
Exames para estadiamento: - USG CERVICAL (é o MELHOR EXAME para avaliar acometimento linfonodal suspeito). - TC, RM ou PETscan (pedir se linfonodos suspeitos em USG, tireoide mergulhante ou cirurgia cervical prévia. Esses exames tem BAIXA sensibilidade para linfonodos cervicais metastáticos). O que fazer se linfonodos suspeitos: - PAAF guiada por USG (do linfonodo) e dosar tireoglobulina (lavado do aspirado). Tratamento: - TIREOIDECTOMIA TOTAL ou PARCIAL (pode variar, mas lobectomia deve ter pelo menos < 4cm, sem extensão extratireoidiana, sem metástase linfonodal). - RADIOIODOTERAPIA dependendo do risco de recorrência pós-operatório (avaliado por sistema clinicopatológico: recebem aqueles com histologia mais agressiva, ressecção incompleta, tireoglobulina elevada após cirurgia, metástases linfonodais, entre outros fatores). - SUPRESSÃO DO TSH (reposição hormonal com l-tiroxina pós-operatória, para reduzir o risco de recidivas). Acompanhamento: - USG cervical, TSH e T4 livre, Tireoglobulina (valores maiores que 2ng/mL indicam recorrência) e anti-tireoglobulina.
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Sobre esvaziamento cervical: - Cite todos os níveis linfonodais cervicais.
- IA e IB (Submentoniano e Submandibular) - IIA e IIB (níveis jugulares superiores) - III (Jugular médio) - IV (jugular inferior) - V (trígono posterior) - VI (pré-traqueais) IIA e IIB são separados pelo NERVO ACESSÓRIO.
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Sobre esvaziamento cervical: - Quais níveis são retirados nos seguintes esvaziamentos: seletivo cervical lateral, seletivo supraomohioideo, radical modificado, radical clássico e radical ampliado?
- SELETIVO SUPRAOMOHIOIDEO (I, II e III). - SELETIVO CERVICAL LATERAL (II, III e IV). - RADICAL MODIFICADO (I, II, III, IV, V e preserva ECM, acessório e jugular interna). - RADICAL CLÁSSICO (I, II, III, IV, V, retirando ECM, acessório e jugular interna). - RADICAL AMPLIADO (além do radical clássico, resseca alguma outra estrutura, por exemplo, ilha de pele, parte de algum outro músculo ou nervo hipoglosso).