Lesões Traumáticas Flashcards

1
Q

Cite 4 formas de ulcerações relacionadas a TRAUMA na boca.

A
  • Úlcera traumática aguda ou crônica
  • Doença de Riga-Fede
  • Úlcera Eosinofílica da Mucosa Oral
  • Sialometaplasia Necrosante
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Q

Cite as causas de úlceras agudas e crônicas.

A
  • Trauma mecânico: alimentos cortantes, mordidas acidentais durante mastigação, próteses novas e dentes quebrados ou cariados com bordas pontiagudas.
  • Queimaduras: alimentos quentes (térmicas), uso frequente de compostos químicos por dentistas (química).
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3
Q

Cite onde as úlceras agudas e crônicas geralmente se localizam e em quanto tempo costumam cicatrizar.

A
  • Geralmente ocorre em regiões de mucosas móveis, tais como lábio, mucosa jugal e língua.
  • Após interromper o trauma, cicatriza em cerca de 15 dias.
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4
Q

Sobre a Doença de Riga-Fede:

  • Qual a definição?
A
  • Ulceração persistente da mucosa oral, em particular da SUPERFÍCIE VENTRAL DA LÍNGUA, devido a movimentos repetitivos de protrusão e retrusão da língua em recém-nascidos ou bebês.
  • Essa lesão coincide com ERUPÇÃO DOS DENTES ANTERIORES INFERIORES DECÍDUOS ou dentes neonatais que traumatizam de forma crônica a língua.
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5
Q

Sobre a Doença de Riga-Fede:

  • Como é feito o diagnóstico?
A
  • O diagnóstico é clínico (não requer biópsia).

Embora as lesões sejam autolimitantes e possam cicatrizar espontaneamente, o atraso ou o falso diagnóstico e a terapia errônea podem resultar em mutilação, deformidade da língua e deficiência nutricional.

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6
Q

Sobre a Doença de Riga-Fede:

  • Qual o tratamento?
A
  • O desgaste das margens incisais, a cobertura dos dentes com compósito fotopolimerizável ou filmes de celulose, a construção de uma placa protetora, ou a descontinuidade da amamentação têm sido tentativas como forma de tratamento, com sucesso variável.
  • Corticosteroides tópicos podem ser usados para minimizar sintomas locais. Se as lesões são provocadas por dentes neonatais, estes podem ser extraídos em alguns casos.
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7
Q

Sobre a Úlcera Eosinofílica da Mucosa Oral:

  • Como se apresenta clinicamente?
A
  • Úlcera solitária com bordas elevadas e endurecidas, de tamanhos variados (em média 2cm), afetando mais comumente a borda da LÍNGUA.

O mecanismo patogênico exato implicado no seu desenvolvimento não é totalmente conhecido. Entretanto, o trauma é uma possibilidade para explicar sua formação.

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8
Q

Sobre a Úlcera Eosinofílica da Mucosa Oral:

  • Em quanto tempo cicatriza?
A
  • Cicatriza espontaneamente dentro de 2-9 semanas.

Uma biópsia incisional para diagnóstico e para iniciar o processo de cicatrização é recomendada. Apresenta proeminente quantidade de eosinófilos no infiltrado inflamatório subjacente a músculos e glândulas salivares.

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9
Q

Sobre a Úlcera Eosinofílica da Mucosa Oral:

  • Quais os principais diagnósticos diferenciais?
A
  • A úlcera eosinofílica se assemelha ás ulceras traumáticas, mas o tecido de granulação sobrejacente resulta em lesão elevada, fazendo diagnóstico diferencial com CEC, linfomas e tumores de glândulas salivares.
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10
Q

Sobre a Sialometaplasia Necrosante:

  • Como se manifesta clinicamente?
A

Úlcera inflamatória incomum, de bordas elevadas e irregulares e base necrótica, podendo apresentar grandes dimensões, que afeta GLÂNDULAS SALIVARES MENORES, localizadas principalmente no PALATO.

Afeta mais sexo masculino, por volta de 40-50 anos.

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11
Q

Sobre a Sialometaplasia Necrosante:

  • Qual a causa?
A

Lesão (traumática, após anestesia, próteses mal adaptadas, IVAS, tumores adjacentes ou cirurgias prévias) afetando vasos sanguíneos de determinada região produz alterações isquêmicas que podem causar enfartamento das glândulas e posterior necrose.

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12
Q

Sobre a Sialometaplasia Necrosante:

  • Como é o aspecto histopatológico?
A

Necrose acinar nas lesões precoces, seguida de metaplasia escamosa dos ductos salivares. A metaplasia escamosa dos ductos glandulares pode ser exuberante e produzir um padrão fácil e erroneamente diagnosticado como carcinoma epidermoide ou carcinoma mucoepidermoide.

  • A lesão pode ser confundida tanto macro quanto microscopicamente com CA!
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13
Q

Sobre a Sialometaplasia Necrosante:

  • Qual o tratamento?
A

Biópsia é indicada para excluir doença maligna. Após o diagnóstico, nenhum tratamento é indicado pois é autolimitada. A lesão cicatriza com 5 -6 semanas.

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14
Q

Cite 5 formas de processos proliferativos não-neoplásicos (HIPERPLASIAS INFLAMATÓRIAS) relacionadas a TRAUMA e ulcerações na boca.

A
  • Granuloma Piogênico/Gravídico.
  • Granuloma Periférico de Células Gigantes
  • Fibroma Ossificante Periférico
  • Fibroma Traumático
  • Hiperplasia Fibrosa Inflamatória
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15
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Qual sua definição?
A

Lesão reativa semelhante a um tumor, que decorre de um estímulo local de baixa intensidade como: trauma, fatores hormonais e algumas drogas. Não tem relação com microorganismos.

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16
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Cite 4 características clínicas.
A
  • Nódulos ou pápulas avermelhadas com base séssil ou pediculada.
  • Superfície é ulcerada e friável, coberta por uma membrana de fibrina amarelada. Quando mais antigas, mais se tornam avermelhadas.
  • Extremamente SANGRANTES ao toque.
  • Poucos milímetros a alguns centímetros (2 a 3 cm) e raramente atingem grandes dimensões (as lesões atingem tamanho máximo em poucos dias ou semanas e depois estabilizam, o que pode confundir com CA).
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17
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Qual local da boca é o mais afetado?
A
  • Gengiva (eventualmente, quando maiores, pode causar destruição de alvéolos dentários e causar queda dos dentes).

Raramente pode pegar mucosa labial e da língua.

18
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Qual sua relação com a gravidez?
A
  • Pode surgir em 5% das gestantes (recebe o nome de GRANULOMA GRAVÍDICO) devido aumento das taxas hormonais durante a gravidez e o acúmulo de placa bacteriana, que facilitam o desenvolvimento de gengivites segundo ou terceiro mês de gestação.
19
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Caso ocorra na gravidez, existe chance de remissão após o nascimento?
A

O tratamento requer remoção cirúrgica com bom controle de placa. Outra possível alternativa é fazer o acompanhamento clínico até o final da gravidez, pois algumas lesões desaparecem de modo espontâneo.

20
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Quais seus achados histopatológicos?
A
  • PROLIFERAÇÃO VASCULAR (NEOANGIOGÊNESE) com com numerosos vasos de pequeno a médio calibre INGURGITADOS DE HEMÁCIAS, podendo estar aglomerados ou separados por finos septos de tecido conjuntivo.
  • INFILTRADO LINFOCITÁRIO.
21
Q

Sobre o Granuloma Piogênico:

  • Qual o tratamento indicado?
A

Se pequenos (maioria): excisão da lesão e eliminação dos fatores etiológicos (placa, cálculo, corpo estranho). Se maiores (minoria): pode haver destruição de osso alveolar, podendo ser necessária remoção dentária para evitar recidivas. Laser pode ajudar para evitar grandes sangramentos.

22
Q

Sobre o Granuloma Periférico de Células Gigantes:

  • Qual sua origem?
A

Origina-se a partir do PERIÓSTEO ou LIGAMENTO PERIODONTAL em decorrência de irritação ou traumatismo crônico local.

23
Q

Sobre o Granuloma Periférico de Células Gigantes:

  • Quais fatores locais favorecem sua formação?
A

Diversos fatores etiológicos locais podem estar envolvidos, como: extrações dentárias, restaurações em más condições (obturações com excesso de material na margem gengival) e impactação de alimentos devido ao mau posicionamento dos dentes.

24
Q

Sobre o Granuloma Periférico de Células Gigantes:

  • Como se manifesta?
A
  • Nódulo ou massa (pode ser séssil ou pediculada) de coloração variando de vermelha a roxa, localizado na GENGIVA OU REBORDO ALVEOLAR GERALMENTE desdentado (mais frequente na MANDÍBULA do que na maxila).
  • Mulheres, 50-60 anos.
25
Q

Sobre o Granuloma Periférico de Células Gigantes:

  • Quais seus achados histopatológicos?
A
  • CÉLULAS GIGANTE MULTINUCLEADAS (asteriscos).
  • Células mesenquimais OVÓIDES ou FUSIFORMES permeando as celulas gigantes.
  • Numerosos CAPILARES na periferia da lesão com EXTRAVASAMENTO DE HEMÁCIAS.
26
Q

Sobre o Granuloma Periférico de Células Gigantes:

  • Qual o tratamento?
A

Excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente. Os dentes adjacentes devem ser cuidadosamente raspados para remover qualquer fonte de irritação e minimizar o risco de recidiva (gira em torno de 10%).

27
Q

Sobre o Granuloma Periférico de Células Gigantes:

  • Qual lesão pode ser seu diagnóstico diferencial em um paciente com hiperparatireoidismo?
A

Em raras ocasiões, lesões indistinguíveis histopatologicamente dos granulomas periféricos de células gigantes têm sido vistas em pacientes com HIPERPARATIREOIDISMO com os chamados TUMORES MARRONS (foto), que são osteoclásticos e intraósseos. Também faz DD com LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES (outra entidade).

28
Q

Sobre o Fibroma Ossificante Periférico:

  • Qual seu conceito?
A

Fibroma ossificante periférico (FOP) também é uma lesão de natureza reativa (trauma, irritação crônica, particularmente placa e cálculo dental), diferentemente do que sugere o termo “fibroma” (neoplasia benigna de fibroblastos).

29
Q

Sobre o Fibroma Ossificante Periférico:

  • Qual sua origem?
A

Periósteo ou ligamento periodontal (o que justifica a mineralização, fazendo diagnóstico diferencial com granulomas piogênico e de células gigantes).

30
Q

Sobre o Fibroma Ossificante Periférico:

  • Cite 4 características clínicas.
A
  • Mulheres, adultos jovens (10-30 anos).
  • Massa nodular, séssil ou pedunculada, rosa ou avermelhada, de superfície frequentemente ulcerada e menor que 1,5cm.
  • Atinge EXCLUSIVAMENTE GENGIVA no arco maxilar (maioria na região de incisivos e caninos) e raramente causa erosão óssea .
  • Atinge EXCLUSIVAMENTE GENGIVA e raramente causa erosão óssea.
31
Q

Sobre o Fibroma Ossificante Periférico:

  • Qual exame, além da biópsia, pode ajudar no diagnóstico diferencial com granuloma piogênico e de células gigantes?
A

Radiografia periapical, na qual, se forem observados pequenos focos de calcificações extraósseas no caso do FOP.

32
Q

Sobre o Fibroma Ossificante Periférico:

  • Como é o histopatológico?
A

Tecido conjuntivo celularizado (infiltrado) com proliferação endotelial e CAÇLFICAÇÕES dispersas pela lesão. Pode apresentar formações OSTEÓIDES.

33
Q

Sobre o Fibroma Ossificante Periférico:

  • Como é feito o tratamento?
A

Excisão cirúrgica local, com o envio do espécime para o exame histopatológico (assim como todas as outras lesões traumáticas de boca). Também deve ser feita subperiosteal e com raspagem dos dentes para evitar recidiva (8-16%).

34
Q

Sobre o Fibroma Traumático:

  • Qual sua origem e quais seus sinônimos?
A

Também conhecido como FIBROMA DE IRRITAÇÃO e HIPERPLASIA FIBROSA FOCAL, é uma lesão reacional causada por trauma crônico em mucosa bucal. É uma hiperplasia reacional bastante frequente.

35
Q

Sobre o Fibroma Traumático:

  • Qual sua manifestação clínica?
A
  • Nódulo de superfície lisa e rosa (mais claro que a mucosa adjacente normal, por apresentar pouca vascularização) e eventualmente ulcerada.
  • Tamanho < 2cm
  • Mucosa jugal, borda de língua e lábio inferior.
36
Q

Sobre o Fibroma Traumático:

  • Como aparece no histopatológico?
A

Aumento de volume nodular e denso de tecido conjuntivo fibroso, recoberto por epitélio escamoso estratificado. A lesão não é encapsulada e o tecido conjuntivo se mistura gradualmente ao tecido conjuntivo circunjacente.

37
Q

Sobre a Hiperplasia Fibrosa Inflamatória:

  • Qual sua definição?
A

Sinônimo: EPÚLIDE FISSURADA.

  • Hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, semelhante a um tumor, que se desenvolve em associação com as bordas de uma PRÓTESE TOTAL OU PARCIAL MAL ADAPTADA devido ao trauma crônico. Como resultado, há formação de pregas indolores que envolvem a borda da prótese.
38
Q

Sobre a Hiperplasia Fibrosa Inflamatória:

  • Qual seu tratamento?
A

Excisão cirúrgica, podendo ser com bisturi a frio, elétrico ou remoção a laser. Rara recorrência.

39
Q

Qual o nome da lesão abaixo?

A
  • Lipoma de cavidade oral

Neoplasia benigna que faz diagnóstico diferencial com as condições não-neoplásicas citadas anteriormente.

40
Q

Sobre o Lipoma:

  • Qual seu conceito?
  • Qual sexo predomina?
  • Qual sua etiologia?
  • É comum na boca?
  • Quando na cavidade oral, qual a localização mais comum?
  • Quais os achados histopatológicos?
  • Qual o tratamento?
A
  • Neoplasia benigna mais comum entra as mesenquimais.
  • Predomina no sexo feminino, mais por volta de 60-70 anos.
  • Etiologia desconhecida (mais comuns em obesos, mas sua formação independe do metabolismo de gordura corporal).
  • Maioria no tronco e extremidades (RARA na cavidade horal).
  • Na boca, ocorre mais na mucosa jugal (53%), com tamanhos entre 0,5-10cm.
  • Histopatologia: adipócitos maduros, septos de tecido conjuntivo, podendo ser capsulado ou não (pode ainda variar entre fibrolipoma e angiolipoma, lipoma de células fusiformes, pleomórficas ou intramusculares).
  • Tratamento com excisão cirúrgica (os intramusculares tem alta recidiva, porém são raríssimos).