Capítulo 4 - Crises epilépticas Flashcards
(169 cards)
Qual é a definição de crise epiléptica?
Ocorrência de sinais e/ou sintomas transitórios, decorrente de atividade neuronal anormal excessiva ou síncrona no cérebro.
O que é uma crise provocada?
Crise epiléptica que ocorre em estreita relação temporal com um insulto cerebral agudo.
Um insulto cerebral agudo que causa uma crise provocada precisa necessariamente causar danos teciduais permanentes?
Não, pode surgir de disfunções cerebrais transitórias (ex: distúrbios metabólicos, intoxicações, hipóxia).
Cite exemplos de disfunções cerebrais transitórias que podem causar crises provocadas.
Distúrbios metabólicos sistêmicos, intoxicações exógenas, hipóxia e hipercapnia.
Qual é a definição de crise não provocada?
Crise epiléptica que ocorre na ausência de um insulto cerebral agudo ou além do intervalo estimado para a ocorrência de uma crise sintomática aguda.
O que é uma crise reflexa?
Crise epiléptica para a qual se demonstra, de forma objetiva e consistente, o desencadeamento por estímulo específico ou por atividade do paciente.
Quais são os tipos de estímulos que podem desencadear crises reflexas?
Podem ser elementares (não estruturados: flashes luminosos, susto, som monotonal) ou elaborados (uma sinfonia). (Fonte: 6, p. 2)
Quais são os tipos de atividades que podem desencadear crises reflexas?
Podem ser elementares (um movimento), elaboradas (leitura, cálculo, jogo de xadrez) ou ambas (ler em voz alta). (Fonte: 7, p. 2)
O que é a zona sintomatogênica?
Região cerebral responsável por gerar os sinais e sintomas iniciais de uma crise epiléptica. (Fonte: 1, p. 2)
O que é a zona irritativa?
Região do córtex cerebral geradora da atividade epileptiforme interictal. (Fonte: 1, p. 2)
O que é a zona epileptogênica?
Região cerebral responsável pelo início da ictiogênese, detectada por EEG de superfície ou invasivo. (Fonte: 1, p. 2)
A zona epileptogênica sempre corresponde a uma lesão estrutural visível em neuroimagem?
Não, frequentemente se estende além de uma possível lesão estrutural (lesão epileptogênica). (Fonte: 8, p. 2)
Qual é a definição de epilepsia?
Distúrbio cerebral caracterizado pela predisposição persistente do cérebro para gerar crises epilépticas e pelas consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais desta condição. (Fonte: 1, p. 2)
A ocorrência de quantas crises epilépticas é necessária para a definição de epilepsia?
Pelo menos uma crise epiléptica. (Fonte: 9, p. 2)
Cite 4 causas comuns de crises provocadas (Tabela 4.1).
Cite 3 fármacos de ALTO RISCO para indução de crises epilépticas (Tabela 4.2).
Cite 3 fármacos de MÉDIO RISCO para indução de crises epilépticas (Tabela 4.2).
Cite 3 fármacos ou classes de BAIXO RISCO para indução de crises epilépticas (Tabela 4.2).
Qual era a definição clássica de epilepsia antes da modificação de 2014 pela ILAE?
Ocorrência de duas crises não provocadas com intervalo maior do que 24 horas. (Fonte: 1, p. 3)
Quais são as TRÊS situações em que a epilepsia deve ser diagnosticada atualmente (ILAE, 2014)?
1) Pelo menos duas crises não provocadas com intervalo > 24h; 2) Uma crise não provocada e risco de novas crises igual ao de duas não provocadas (ex: lesão estrutural remota); 3) Diagnóstico de uma síndrome epiléptica. (Fonte: 15, 16, 17, p. 3)
Como a ILAE (2017) classifica os tipos de crises epilépticas primariamente, baseado no início?
Focais, generalizadas ou de início desconhecido. (Fonte: 18, 19, p. 4)
O que são crises focais, segundo a classificação da ILAE (2017)?
Originam-se dentro de redes neuronais limitadas a um hemisfério cerebral. (Fonte: 20, p. 4)
O que são crises generalizadas, segundo a classificação da ILAE (2017)?
Originam-se em algum ponto de uma rede neuronal, mas rapidamente recrutam redes neuronais bilateralmente distribuídas. (Fonte: 20, p. 4)
Como as crises focais podem ser classificadas segundo a preservação ou comprometimento da percepção do meio ambiente?
Perceptivas (percepção preservada) ou disperceptivas (percepção comprometida). (Fonte: 21, p. 4)