CASO 1 - ITU Flashcards

(24 cards)

1
Q

Qual a epidemiologia da ITU?

A

-> + comum em mulheres; (uretra menor, proximidade com o ânus, se for sexualmente ativa = penetração facilita a introdução de bactérias)

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2
Q

O que é a bacteriúria assintomática?

A

. Paciente é portador (a) da bactéria, mas não causa a infecção, sem manifestações clínicas;

. Sem lesão e clínica;

. Pode ter piúria (leucócitos na urina)

OBS = Nem toda piúria é ITU, mas toda ITU tem piúria

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3
Q

Número de batérias que podemos encontrar em uma bacteriúria assintomática:

A

> = 10¨5 UFC/mL (UFC - unidades formadores de colônia)
= 10² UFC/mL

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4
Q

É necessário tratamento para a bacteriúria assintomática?

A

Não, é contraindicado! sem trabalhos comprovando benefício

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5
Q

Exceções em que devemos fazer o tratamento para bacteriúria assintomática:

A

=> Risco alto de Infecção urinária:

1) Gestantes;

2) Procedimento cirúrgico = bactéria pode entrar na corrente sanguínea e fazer bacteremia;

3) Neuropênico / TX renal - considerar (Harisson)

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6
Q

Qual o tratamento geral para bacteriúria assintomática ou ITU?

A

1) Fosfomicina (3g em dose única);

2) Nitrofurantoína (100mg de 6/6h por 3-5 dias)

3) Bactrin - SMX/TMP (porém o perfil de resistência pode ser alto// avaliar perfil de sensibilidade);

4) Betalactâmicos;

5) Quinolonas (CUIDADO! mais efeitos e indução de resistência)

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7
Q

Qual o tratamento utilizado para gestantes com bacteriúria assintomática ou ITU?

A

=> FOSFOMICINA e betalactâmicos

. 1º trimestre: evitar SMX/TMP e nitrofurantoína;

  • Não proíbe, só evita;
    -Bactrim tem risco de fazer Kernicterus e risco incerto de fazer anomalias congênitas.

. Solicitar exames de Follow-up

  • Urocultura e EAS para verificar seguimento;
  • Autores atuais referem que não há evidência que justifique o Follow-up;
  • Sem evidência de redução gera maiores infecções etc
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8
Q

O qque é a cistite?

A

É a ITU não complicada, também podendo ser chamada de ITU baixa (bexiga e uretra)

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9
Q

Como se caracteriza clinicamente a CISTITE?

A
  • Disúria e dor suprapúbica; (o paciente refere dor no trajeto miccional e não ao sair pela uretra);
  • Polaciúria ( Aumento da frequência + diminuição do volume urinário);
  • Urgência miccional;
  • Hematúria macroscópica
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10
Q

Como se caracteriza o laboratório da CISTITE?

A

1) EAS:
-Piúria;
-Bacteriúria;
- Nitrito (+) = Bactérias convertem nitrato em nitrito;
- Esterase Leucocitária (enzima produzida pelo neutrófilo em resposta à bactéria)

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11
Q

Como se dá o diagnóstico da CISTITE?

A

. Essencialmente clínico;

. Laboratório não obrigatório (entra em caso de dúvida);

. Urocultura + Antibiograma (entra em casos de risco de bactéria resistente);

. ITU em paciente moradora de Unidade de saúde/internada (exames de sangue);

  • Sintomas atípicos;
  • Sexo maasculino;
  • Germe resistente;
  • Gestação;
  • TGU anormal;
  • DM mal controlado
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12
Q

Qual o tratamento para paciente com CISTITE?

A

1) Fosfomicina DU / Nitrofurantoína por 3-5 dias

2) SMX/TMP (a depender de autores internacionais, pode ser primeira linha);

3) Betalactâmicos / quinolonas (cuidado com as quinolonas);

4) Fenzopiridina - piridium (analgésico)
-> em casos de disúria grave;
-> Não fazer de forma isolada, associar com ATB;

5) Homens:
- Risco de prostatite (quinolona- penetra próstata 7-14d)

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13
Q

Conceitue a CISTITE RECORRENTE:

A

> = 2 infecções em 6 meses ou >= 3 em 1 ano

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14
Q

Qual o tratamento adequado para um paciente com CISTITE RECORRENTE?

A

1) Medidas comportamentais:

  • Sempre urinar após o coito;
    -Ingesta hídrica;

2) ATB profilático:

  • Nitrofurantoína 50-100mg/dia pelo menos 3 meses (6 meses a 1 ano);

3) Terapia estrogênica-vaginal (especialmente em mulheres pós-menopausa)

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15
Q

Conceitue a PIELONEFRITE:

A

Bactéria no parênquima renal levando a lesão

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16
Q

Qual a clínica do paciente com PIELONEFRITE?

A
  • Febre;
  • Toxemia (maior vascularização renal);
  • Choque;
  • Sinal de Giordano +;
  • Sintomas urinários irritativos
17
Q

Qual o laboratório do paciente com PIELONEFRITE?

A
  • EAS e Urinocultura OBRIGATÓRIOS!
  • Hemograma e PCR se hospitalização
18
Q

Quando devemos utilizar o exame de imagem em pacientes com PIELONEFRITE?

A
  • Dúvida diagnóstica;
  • Doença Persistente
  • Apesar do tratamento = anormlidades anatômicas do TGU e suspeita de obstrução ou abscesso
19
Q

Quando devemos internar o paciente com PIELONEFRITE?

A
  • Obstrução, abscesso, sepse;
  • Via oral inviável;
  • Gestante.
20
Q

Como deverá ser o tratamento do paciente com PIELONEFRITE?

A

1) OBSTRUÇÃO + SEPSE:

. Imipinem (Amplo - pseudomonas e ESBL - carbapenemicos escolha para ESBL);

. + - Vancomicina ( empírico para Gram + => Cobre MRSA);

. Taozin/Cefepime pode estar sendo indicado a depender do autor

2) OUTROS CASOS:

. Ceftriaxone;

. Quinolonas (via oral inviável sem bactéria resistente);

. Pipe-Tazo (intervenção)

. Se nefrolitíase ou abscesso (>5cm)

3) TRATAMENTO AMBULATORIAL:

. Baixo risco de resistência (quinolonas, ceftriaxone, amoxi-clavulanato);

. Alto risco de reistência (Ertapenem/SMX+TMP)

21
Q

Quais os dois tipos de PIELONEFRITE?

A

. Pielonefrite xantograulomatosa e pielonefrite enfisematosa

22
Q

Quais as características da PIELONEFRITE xantogranulomatosa?

A
  • Mulheres de meia idade + pielonefrite de repetição;
  • Cálculos coraliformes + destruição maciça do rim;
  • Reação inflamatória com formação de tecido de granulação com macrófagos com interior cheio de lipídeos;
  • Lesão hipodensa pode gerar efeito de massa
  • TRATAMENTO = ATB + Nefrectomia;
  • Destruição completa do rim
23
Q

Quais as características da PIELONEFRITE enfisematosa?

A
  • Diabéticos hiperglicêmicos com pielonefrite grave;
  • Gás no parênquima;
  • Germes (E. coli e Klebsiella (não anaeróbicos);
  • Tratamento: ATB +- drenagem
24
Q

Como iremos avaliar se a ITU é complicada ou não?

A
  • Doença urológica de base ou condições que aumentem o risco de infecção renal ( Cateter vesical/ cálculo);
  • Situações que agravem a infecção caso ela ocorra (imunosupresso);
  • Presença de abscessos, pielonefrite enfisematosa e necrose de papila;
  • Homens, crianças, gestantes e hospitalizados

ATENÇÃO
Atualmente: consideram toda ITU aguda com pelo menos 1 dos seguintes:

  • Febre >37,7ºc ou sinais sistêmicos;
  • Dor lombar ou pélvica (homens)