Cirurgia Flashcards
(174 cards)
1
Q
Radiografias obrigatórias em politraumatizados
A
- Coluna cervical
- Tórax
- Pelve
2
Q
Sequência rápida de intubação (SRI): etapas
A
- Oxigenação
- Analgesia (opcional)
- Sedação
- Relaxamento muscular
3
Q
SRI: principal droga utilizada na analgesia
A
Fentanil
4
Q
SRI: opções de drogas na sedação
A
- Etomidato
- Propofol
- Quetamina
5
Q
SRI: principal droga utilizada para bloqueio muscular
A
Succinilcolina
6
Q
IOT: qual a melhor droga para sedação em quadros de broncoespasmo?
A
Quetamina (efeito broncodilatador)
7
Q
Manobras utilizadas durante a IOT
A
- Manobra de Sellick
- Manobra de BURP
8
Q
IOT: qual a função da manobra de Sellick? Quando iniciar e parar?
A
Permitir a compressão do esfôfago e evitar broncoaspiração
Iniciar logo após a pré-oxigenação e parar após auscultar o epigástrio e tórax
9
Q
SRI: sequência correta
A
- Oxigenar o doente com oxigênio a 100%
- Manobras de Sellick e BURP
- Administrar um analgésico (ex: fentanil)
- Administrar um sedativo (ex: etomidato)
- Administrar um bloqueador neuromuscular (ex: succinilcolina)
- Intubação por via orotraqueal, com laringoscopia e visualização direta das pregas vocais
- Insuflar o balonete
- Auscultar o epigástrio e tórax
- Interromper a compressão da cartilagem cricoide
10
Q
Principais causas de dessaturação em pacientes intubados?
A
- Deslocamento do tubo
- Obstrução por secreção
- Pneumotórax
- Falha na técnica ou equipamento
- Sedação
11
Q
Se IOT inviável, qual a primeira conduta?
A
Máscara laríngea ou combitubo
12
Q
Se IOT inviável e não tenho máscara laríngea ou combitubo, o que fazer?
A
Cricotireoidostomia (cirúrgica em maiores de 12 anos e por punção em menores de 12 anos)
13
Q
Pneumotórax hipertensivo: sinais e sintomas
A
- Dor torácica súbita e/ou dispneia
- Hipotensão
- Hipertimpanismo
- Desvio traqueal contralateral ao lado acometido
- MV diminuído/abolido
- Turgência jugular
- Enfisema subcutâneo
14
Q
Pneumotórax hipertensivo: conduta imediata
A
Toracocentese de alívio (punção
ATLS 10ª ed: 4-5º EI entre a linha axilar anterior e a linha axilar média
15
Q
Pneumotórax hipertensivo: conduta definitiva
A
Toracostomia (drenagem em selo d’água), no 5º EI entre a linha axilar anterior e a linha axilar média
16
Q
Causa mais comum de pneumotórax hipertensivo?
A
Ventilação mecânica em paciente com lesão pleuropulmonar
17
Q
Pneumotórax simples
A
Pneumotórax formado por lesão <1/3 do diâmetro da traqueia, sem instabilidade hemodinâmica (não-hipertensivo)
18
Q
Qual a condição para formação de um pneumotórax aberto?
A
Trauma penetrante >2/3 do diâmetro da traqueia (a resistência à entrada de ar será menor na lesão do que pela traqueia)
19
Q
Pneumotórax aberto: o que acontecerá se oclusão completa da lesão?
A
Pneumotórax hipertensivo
20
Q
Pneumotórax aberto: conduta
A
- Imediata: curativo de 3 pontas
- Definitiva: toracostomia (drenagem em selo d’água) no 5º EI entra a linha axilar anterior e a linha axilar média
21
Q
Trauma de baço: sinal sugestivo?
A
Sinal de Kehr
exemplo de dor referida, ou seja, a irritação do diafragma é sinalizada como dor na região supraclavicular esquerda
22
Q
Trauma de baço: quando é possível tratar clinicamente?
A
Paciente estável + lesão grau I-III + boas condições de observação/intervenção
23
Q
Trauma de baço: quando realizar esplenectomia?
A
Lesão hilar ou pulverização (graus IV*/V)
- se estável e com blush arterial é possível realizar angioembolização
24
Q
Trauma penetrante em transição toracoabdominal: conduta
A
- Videolaparoscopia diagnóstica ou observação clínica seriada
- Na ausência de envolvimento de estruturas nobres, somente a rafia das lacerações diafragmáticas (quando presentes) é realizada
- TC não avalia bem lesões diafragmáticas
25
Trauma abdominal contuso: órgão mais acometido?
Baço
26
Trauma abdominal penetrante: órgão mais acometido?
Fígado (arma branca)
Delgado (arma de fogo)
27
Trauma hepático: quando é possível tratar clinicamente?
Estabilidade + lesão grau I-V
28
Trauma hepático: quando tratar cirurgicamente?
Instabilidade hemodinâmica ou lesão grau VI ou mais
29
Manobra de Pringle
Clampeamento do hilo hepático para controle vascular em sangramentos hepáticos
## Footnote
*hilo hepático: tríade portal (veia porta, artéria hepática e via biliar comum)
30
O dueno é em sua maior parte um órgão ___ (peritoneal/retroperitoneal)
Retroperitoneal (2ª e 3ª porções)
## Footnote
* assim como o pâncreas, o duodeno é mais difícil de ser acometido
31
Mecanismo clássico de trauma duodenal
Acidentes de bicicleta (guidão em abdome superior) ou coide de cavalo em epigástrio
32
Trauma de duodeno: sinais radiológicos (RC/TC)
Gás no retroperitônio (retroperitônio delineando rins)
33
Quadro clínico clássico de trauma no duodeno
Paciente come e vomita (pois o hematoma da parede duodenal vai levar a um afinamento da luz, causando um quadro de obstrução alta)
34
Trauma duodeno: conduta
Pode ser conservadora, de jejum oral por 2 semanas, com dieta por sonda nasoenteral e descompressão gástrica (sonda nasogástrica aberta)
- Se retropneumoperitônio (perfuração): conduta cirúrgica sempre
35
Segmento do cólon mais afetado por trauma
Transverso (por ser mais anteriorizado e transverso ao abdome)
36
Trauma abdominal aberto: critérios que devem nortear a decisão cirúrgica
1. Tipo de trauma aberto (arma de fogo ou arma branca)
2. Existência ou não de instabilidade hemodinâmica
3. Existência ou não de sinais de irritação peritoneal
37
Ferimento abdominal por arma de fogo: conduta
Laparotomia (independente se instável ou instável hemodinamicamente)
## Footnote
A exceção descrita é em vítimas estáveis hemodinamicamente, com ferimentos tangenciais, onde o orifício de entrada se encontre no máximo há 10 cm do orifício de saída, que serão passíveis de observação e acompanhamento sem a cirurgia ser automaticamente indicada
38
V ou F: ao contrário das feridas por arma de fogo, as ocasionadas por arma branca tem menor probabilidade de causar lesão em vísceras abdominais
Verdadeiro
## Footnote
*nos ferimentos por arma branca, o conceito de diferenciar entre vítimas estáveis e instáveis começa a ganhar importância
39
Lesão abdominal por arma branca: indicações de laparotomia exploradora
1. Instabilidade hemodinâmica
2. Evisceração
3. Sinais de peritonite
## Footnote
* se paciente evoluir com um desses durante a observação hospitalar encaminhar para lapartomia
40
Lesão abdominal em abdome anterior por arma branca: conduta quando não há indicação imediata de laparotomia
Exploração digital da ferida sob anestesia local (para determinar se houve ou não violação da cavidade peritonea)
## Footnote
* nos ferimentos de dorso e flanco não está indicada (musculatura mais espessa e maior possibilidade de lesão retroperitoneal)
41
Lesão abdominal em dorso ou flanco por arma branca: conduta quando não há indicação imediata de laparotomia
Tomografia de abdome de triplo contraste (intravenoso, oral e retal)
42
V ou F: Na avaliação de traumas penetrantes no dorso e em flanco, a exploração digital da
ferida, a Ultrassonografia (USG) e a laparoscopia diagnóstica não são métodos precisos
Verdadeiro
43
Trauma de abdome anterior por arma branca: conduta se exploração digital negativa (aponeurose íntegra)?
Sutura + alta hospitalar
44
Conduta se a exploração digital da ferida de abdome anterior por arma branca for positiva ou duvidosa
1. Internar para observação por 24h
2. Exame físico seriado
3. Hemoglobina a cada 8h
45
Paciente vítima de trauma por arma branca em região abdominal anterior. Após exploração digital positiva (violação do peritônio), qual a conduta se paciente em observação evoluir com queda da Hb>3 ou surgimento de leucocitose?
1. TC de abdome ou LPD (em caso de positividade: laparotomia exploradora)
46
Estrutura mais acometida em traumas penetrantes em transição toracoabdominal?
Diafragma
## Footnote
*esta lesão ocasiona as famosas hérnias traumáticas do diafragma, que podem surgir imediatamente após o acidente ou se desenvolver lentamente ao longo do tempo
47
Trauma abdominal fechado: conduta se estabilidade hemodinâmica
Tomografia de abdome
48
No trauma abdominal contuso, qual a conduta se instabilidade hemodinâmica?
1. Se vítima de politrauma: FAST ou LPD* (para confirmar a fonte do sangramento)
2. Se somente lesão abdominal: lapatoromia direto
## Footnote
* se positivos: laparotomia
49
Trauma abdominal fechado: conduta na admissão se sinais claros de peritonite
Laparotomia
50
Trauma abdominal fechado: conduta se ausência de peritonite na admissão (ou impossibilidade de avaliar)
1. Se paciente estável hemodinamicamente: TC de abdome
2. Se instável: FAST ou LPD
51
Trauma abdominal fechado: qual a função da TC nos pacientes estáveis?
1. Verificar líquido na cavidade
2. Verificar pneumoperitônio
3. Diagnosticar ou graduar lesões de vísceras parenquimatosas
4. Avalia lesões orgânicas específicas e o retroperitônio
52
Trauma de abdome fechado: a ausência de pneumoperitônio pode indicar ______
Lesão de víscera parenquimatosa
53
Trauma contuso fechado: a ausência de líquido livre na TC pode indicar _____
Lesão de órgão sólido
54
Trauma abdominal fechado: na presenta de líquido livre na TC deve-se suspeitar de _____
Lesão de mesentério ou de vísceras ocas
55
O FAST possui alta ____ e baixa ___ (sensibilidade/especificidade)
Alta sensibilidade e baixa especificidade
## Footnote
*consegue dizer de há líquido livre na cavidade, mas não identifica a origem do líquido (sangue, líquido entérico, bile, urina, etc)
56
O FAST é bastante útil para detecção de sangramento proveniente de ______, mas tem baixa acurácia para lesões de _____
Bastante útil para detecção de sangramento proveniente de vísceras parenquimatosas (baço e fígado), mas tem baixa acurácia para lesões de vísceras ocas (estômago, delgado e cólon)
sua sensibilidade é alta quando há pelo menos 250-300 ml de líquido livre na cavidade
## Footnote
* o FAST avalia líquido livre na cavidade peritoneal. Portanto, lesões retroperitoneais (Ex: pâncreas e duodeno) podem existir mesmo com FAST negativo
57
Janelas do FAST
1. Saco pericárdico: avalia tamponamento cardíaco
2. Espaço hepatorrenal (espaço de Morrinson)
3. Espaço esplenorrenal (quadrante superior esquerdo)
4. Janela suprapúbica (fundo de saco de Douglas)
## Footnote
*e-FAST: inclui espaço pleural
58
Exame mais sensível para hemorragia intra-abdominal?
Lavado peritoneal diagnóstico (LPD)
## Footnote
* assim como o FAST, o LDP avalia somente a cavidade peritoneal
59
Indicativos de positividade no lavado peritoneal diagnóstico
1. Fácil aspiração de sangue ou conteúdo intestinal (>10mL)
2. Hemácias >100.000
3. Leucócitos >500
4. Conteúdo entérico, bilioso ou fecaloide (fibras alimentares)
5. Presença de bactérias gram +
60
61
Trauma penetrante em transição toracoabdominal: conduta
Videolaparoscopia diagnóstica ou observação clínica seriada
Se instabilidade hemodinâmica, deve-se realizar cirurgia aberta (contraindicação a videolaparoscopia)
## Footnote
* TC não avalia bem lesões diafragmáticas
62
Indicações absolutas de laparotomia no traume de abdome
(aberto x fechado)
1. Penetrante: choque, peritonite ou evisceração
2. Contuso: peritonite, retro/pneumoperitônio
## Footnote
"Abdome cirúrgico"
63
Conduta na lesão traumática de intestino delgado
1. <50% da circunferência da alça: rafia primária
2. >50% da circunferência: ressecção (enterectomia) + anastomose primária
## Footnote
* a sutura de grandes lesões não pode ser realizada devido ao risco de estenose
64
Trauma de intestino grosso: indicações de rafia primária
1. Lesão <50% da parede
2. Menos que 4-6h do trauma
3. Sem acometimento vascular
4. Demandou <6 concentrados de hemácias para estabilização
65
Trauma vascular abdominal
Lesão de grandes vasos localizados no retroperitônio e nos mesentérios (vasos superiores e inferiores)
## Footnote
*como os grandes vasos estão situados em retroperitônio, em um primeiro momento tecidos retroperitoneais podem tamponar o sangramento decorrente da lesão vascular, fenômeno que determina a formação de uma hematoma retroperitoneal (por esse motivo, os pacientes não apresentam franco choque hemorrágico nem líquido livre na cavidade peritoneal)
66
Hematoma retroperitoneal em zona 1: possíveis vasos lesados e conduta
1. Aorta ou de seus ramos principais (artéria mesentérica superior, tronco celíaco)
2. Abordagem cirúrgica imediata (independente do tipo de trauma)
67
Hematomas da zona 2: conduta
1. Se lesão penetrante: cirurgia
2. Se ferimento contuso: explorar cirurgicamente somente se hematoma em expansão ou sangramento ativo
68
Hematoma zona 3: conduta
Conduta não cirúgica (embolização ou packing pré-peritoneal)
## Footnote
*de forma geral, não devem ser explorados cirurgicamente, pois seu destamponamento determina intenso sangramento
69
Cirurgia para controle de danos: o que previne?
Tríade letal:
1. Hipotermia
2. Acidose metabólica
3. Coagulopatia
70
Cirurgia para controle de danos: etapas
1. Lapatotomia abreviada (controle de lesões grosseiras e controle da contaminação da cavidade)*
2. Tratamento clínico em UTI
3. Reoperação planejada (cirurgia definitiva)
71
Hipertensão intra-abdominal
Pressão intra-abdominal (PIA) maior ou igual a 12mmHg
## Footnote
* valor normal: 5-7
72
Síndrome compartimental abdominal (SCA)
PIA >20mmHg (graus 3 ou 4) + disfunção orgânica (IRA, IRPa, hipotensão, HIC)
73
Síndrome compartimental abdominal: diagnóstico
Mensuração da pressão intravesical* (injeção de 100ml de solução salina na bexiga através do cateter de Foley)
## Footnote
*medida indireta da PIA, com boa correlação
74
Síndrome compartimental abdominal: tratamento
Padrão-ouro: descompressão cirúrgica por laparotomia xifopúbica mediana
Medidas ajuvantes:
1. Posição supina
2. Repoisição hídrica cautelosa
3. Drenagem de coleções (hematoma, renal, gástrica, etc)
4. Analgesia e sedação
75
Hemotórax: sinais
1. Macicez à percussão
2. ↓ murmúrio vesicular
3. Jugular colabada*
## Footnote
*devido a hipovolemia
76
Hemotórax: indicações de toracotomia imediata
1. Drenagem inicial >1.500ml
2. Débito constante >200ml/h, em 2-4 horas
3. Necessidade persistente de hemotransfusão
## Footnote
*hemotórax maciço
77
V ou F: a toracostomia estará sempre indicada no hemotórax
verdadeiro
## Footnote
* torcostomia # toracotomia
78
Tamponamento cardíaco
acúmulo de mais de 100-150ml de líquido no espaço pericárdico
79
Tamponamento cardíaco: clínica
1. Tríade de Beck (hipotensão, hipofonese de bulhas e turgência jugular)
2. Pulso paradoxal: redução da PA em >10mmHg durante a inspiração
3. Sinal de Kussmaul: ↑ turgência jugular à inspiração
80
Tamponamento cardíaco: conduta imediata e definitiva
1. Imediata: pericardiocentese
2. Definitiva: toracotomia
81
Pressão de perfusão cerebral: fórmula
PPC = PAM - PIC
82
O que avaliar no "D" do ATLS?
1. Glasgow
2. Pupilas
3. Movimentação de extremidades
83
Escala de Coma de Glasgow: variáveis avaliadas
1. Abertura ocular
2. Resposta verbal
3. Resposta motora
84
A Escala de Coma de Glasgow varia entre...
3 a 15
85
Escala de Coma de Glasgow: classificação segundo gravidade
1. Leve: 13 a 15 pontos
2. Moderada: 9 a 12 pontos
3. Grave: ≤8 pontos
86
Glasgow: abertura ocular (1 ponto)
Ausente
## Footnote
Não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los
87
88
Glasgow: abertura ocular (2 pontos)
Ao estímulo doloroso
## Footnote
Paciente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos (aumentando progressivamente a intensidade por 10 segundos)
89
90
Glasgow: abertura ocular (3 pontos)
Ao som
## Footnote
Abre os olhos quando é chamado
91
Glasgow: resposta verbal (1 ponto)
Ausente
## Footnote
Não reproduz sons, apesar de ser fisicamente capaz de realizá-los
92
Glasgow: abertura ocular (4 pontos)
Espontânea
## Footnote
Abre os olhos sem necessidade de estímulo externo
93
Glasgow: resposta verbal (2 pontos)
Sons incompreensíveis
## Footnote
Somente gemidos
94
Glasgow: resposta verbal (3 pontos)
Palavras
## Footnote
Não consegue falar frases, mas interage com palavras
95
Glasgow: resposta verbal (4 pontos)
Confuso
## Footnote
Não responde corretamente as perguntas de nome, local e data
96
Glasgow: resposta verbal (5 pontos)
Orientado
## Footnote
Consegue responder adequadamente o nome, local e data
97
Glasgow: resposta motora (1 ponto)
Ausente
## Footnote
Não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar do paciente ser fisicamente capaz de realizá-la
98
Glasgow: resposta motora (2 pontos)
Extensão anormal
## Footnote
Descerebração
99
Glasgow: resposta motora (3 pontos)
Flexão anormal (decorticação)
## Footnote
A mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo
100
Glasgow: resposta motora (4 pontos)
Flexão normal (retira à pressão)
## Footnote
A mão não alcança a fonte do estímulo (não localiza a dor), mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa do corpo
101
Glasgow: resposta motora (5 pontos)
Localiza a dor (tenta interromper o estímulo)
102
Glasgow: resposta motora (6 pontos)
Obedece comandos
## Footnote
Aperta a mão, coloca a língua para fora
103
TCE + midríase unilateral: pensar em
Herniação de uncus ipisilateral à pupila midriática
## Footnote
* Também pode haver hemiplegia contralateral
104
Fraturas de base de crânio: sinais
1. Equimose periorbital bilateral (Sinal do Guaxinim)
2. Equimose retroauricular (sinal de Battle)
3. Hemotímpano (hemorragia no ouvido médio)
4. Rinorreia
5. Otorreia liquórica
105
Qual a modalidade mais comum de TCE?
Concussão
106
Concussão cerebral: Mecanismo da lesão? Clínica? Conduta?
1. Lesão por desaceleração súbita ("nocaute")
2. Perda da consciência <6 horas
3. Autolimitada, somente observar
107
Lesão Axonal Difusa (LAD): Mecanismo da lesão? Clínica?
1. Desaceleração e rotação súbitas, lesão cerebral por cisalhamento
2. Perda súbita da consciência >6h
108
TCE com glasgow baixa + TC inocente, pensar em...
LAD
## Footnote
Lesões intracranianas difusas (concussões, LAD) não apresenta lesões focais na TC
109
Localização do espaço epidural? O que há nele?
1. Entre a calota craniana e a dura-máter
2. Artérias meníngeas
110
Localização do espaço subdural? O que há nele?
1. Entre a dura-máter e a aracnoide
2. Veias pontes
111
Localização do espaço subaracnoideo? O que há nele?
1. Entre a aracnoide e a pia-máter
2. LCR
112
Hemorragia subdural: fatores de risco
Atrofia cortical (idosos/etilistas)
113
O intervalo lúcido é uma característica de qual hemorragia intracraniana?
Epidural
## Footnote
*perda da consciência no momento do trauma seguida de melhora parcial ou completa e, finalmente, piora neurológica súbita (após 1 a 2 horas)
114
Hemorragia epidural: mecanismo da lesão
Trauma direto em região temporoparietal
## Footnote
*lesão da artéria maníngea média
115
116
Complicações da hemorragia epidural:
1. Tríade de Cushing* (hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia)
2. Herniação do uncus (atinge o cerebelo e para o centro respiratório
## Footnote
*O aumento da PIC comprime o tronco encefálico, tendo como consequências uma desregulação no centro respiratório e isquemia, vasoconstrição sistêmica e aumento do tônus vagal
117
A clínica é progressiva na hemorragia___ (epidural/subdural)
Subdural
118
Nos casos de hipertensão intracraniana grave, na iminência de herniação, podemos ver a _____
Tríade de Cushing: hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia
119
Hemorragia subdural: mecanismo
Queda ou desaceleração
120
V ou F: O hematoma subdural agudo costuma estar associado a outras lesões parenquimatosas adjacentes, que costumam ser mais graves que o próprio hematoma subdural
Verdadeiro
121
Lesão típica do TCE secundário a maus tratos em crianças?
Subdural
122
TCE: objetivos do tratamento
- PAS > 100-110 mmHg
- SatO2 > 95-98%
- PaO2 >100%
## Footnote
- prevenção de lesão secundária
123
Deve-se realizar TC de crânio para todo TCE em pacientes acima de ....
65 anos
124
TCE moderado: conduta
1. TC de crânio
2. Avaliação da neurocirurgia
3. Encaminhar para UTI
125
TCE grave: conduta
1. Sedação
2. IOT
3. Manter PPC >60mmHg
4. Profilaxia de úlcera de estresse (IBP)
126
Medidas para manter a PPC>60mmHg no TCE grave
1. Elevação da cabeceira (30-45º)
2. Manter a PAS>100mmHg
3. Sedação (avaliado pelo RASS)
4. Manitol (não dar se paciente hipotenso)
5. Solução salina hipertônica (pode ser utilizado em pacientes hipotensos)
6. Cateter de PIC +- drenagem liquórica
7. Hiperventilação em refratários (leve e por curto período de tempo)
127
Critérios NEXUS para baixa probabilidade de lesão cervical
1. Sem dor em linha cervical média, tanto à palpação quanto à movimentação (passiva e ativa)
2. Sem déficit neurológico focal
3. Paciente com glasgow 15, alerta e consciente
4. Sem intoxicação exógena
5. Sem lesões distrativas (ex: fratura de fêmur)
128
O exame de escolha para avaliação cervical após trauma de coluna cervical é...
TC de coluna cervical
## Footnote
*se não disponível, pode ser feita uma radiografia lateral (com visualização completa de todas as vértebras cervical ) + radiografia anteroposterior + radiografia transoral (para visualização do processo odontoide)
129
Hérnia: principal fator de risco
Obesidade
## Footnote
(aumento do conteúdo abdominal, aumentando o calibre dos defeitos)
130
Hérnia encarcerada (não redutível): potenciais complicações subsequentes
1. Obstrução intestinal
2. Estrangulamento (isquemia de uma hérnia encarcerada)
131
Quando suspeitar de estrangulamento numa hérnia encarcerada?
1. Dor intensa
2. Sinais flogísticos locais
3. Piora inflamatória laboratorial
132
Hérnias: conduta diagnóstica
1. Diagnóstico clínico (anamnese + exame físico)
2. Se dúvida diagnóstica: USG de parede abdominal
3. Se persistência da dúvida, hérnias complexas, necessidade de medidas e planejamento de grandes cirurgias: TC abdome (RNM é superior na investigação)
133
Tratamento para hérnias encarceradas
Cirúrgico com exploração do conteúdo para avaliação da viabilidade do saco hérniário (risco de estrangulamento)
## Footnote
redução apenas de exceção, num encarceramento muito recente (<2h)
134
Hérnia com estrangulamento: tratamento
1. Cirurgia com avaliação do conteúdo herniário
2. Se conteúdo inviável (isquemia irreversível/necrose), fazer enterectomia segmentar local
3. Se perfuração e contaminação cavitária, fazer uma laparotomia mediana para adequada limpeza da cavidade e avaliação do conteúdo
135
Obstrução intestinal por hérnia encarcerada: conduta
Cirurgia com avaliação do conteúdo herniário seguida de redução (caso viável) e hernioplastia
136
Hérnias: indicações de tratamento cirúrgico
1. Hérnias sintomáticas
2. Hérnias encarceradas ou estranguladas (urgência/emergência)
3. Hérnias de crescimento progressivo
137
Canal inguinal: estruturas que transitam em seu interior (em homens e mulheres)
Homens: cordão espermático
Mulheres: ligamento redondo do útero
138
Hérnia mais comum na virilha?
Inguinal indireta direita
139
A hérnia inguinal indireta se anuncia pelo
Anel inguinal interno
140
A hérnia inguinal ____ ocorre devido à patência (não fechamento) do conduto peritônio-vaginal
Indireta
## Footnote
defeito congênito
141
A hérnia inguinal é um resultado de alterações ____ (congênitas/adquiridas), ocorrendo devido ao ____
1. Adquiridas
2. Enfraquecimento da musculatura da parede posterior do canal inguinal (triângulo de Hesselbach)
## Footnote
A parede do triangulo de Hesselbach é formada apenas pela fáscia tranversalis
142
Quais são os limites do trígono de Hesselbach?
1. Músculo reto abdominal
2. Vasos epigástricos inferiores
3. Ligamento inguinal (Poupart)
## Footnote
* O ligamento inguinal é formado pela aponeurose do m.oblíquo externo do abdomne, que deflete sobre si mesmo formando o ligamento
143
Como a diferenciação entre hérnia inguinal direta e indireta pode ser sugerida no exame físico
1. Teste do dedo fletido
2. Manobra de Landivar
144
Na avaliação de uma hérnia inguinal, ao introduzir o dedo no anel inguinal externo através da bolsa escrotal e com o paciente realizando a manobra de Valsalva, uma protusão sentida na ponta do dedo sugere uma hérnia ____, enquanto a protusão sentida na polpa do dedo sugere uma hérnia ____
Indireta e direta
145
Como é feita a manobra de Landivar
Obstrui-se o anel interno por cima da pele e pede para o paciente realizar Valsalva. Se houver abaulamento suspeita-se de hérnia direta
146
Como ocorre a diferenciação definitiva entre hérnia direta e indireta
Durante a abordagem cirúrgica, com o limite pelos vasos epigástricos inferiores
Hérnia direta: medial
Hérnia indireta: lateral
147
A hérnia inguinal ____ (direta/indireta) tem maior risco de encarceramento
Indireta
148
Hérnia inguinoescrotal
Hérnia que progride ao longo do canal inguinal, atingindo o saco escrotal pelo anel inguinal externo
149
Hérnia femoral: onde se anuncia
Canal femoral (estrutura inelástica localizada abaixo do ligamento inguinal e medial aos vasos femorais)
150
A hérnia femoral é mais comum em ____ (homens/mulheres) e à _____ (direita/esquerda)
Mulheres e à direita
151
A hérnia femoral possui ___ (maior/menor) risco de encarceramento e estrangulamento
Maior (devido a rigidez do canal femoral)
152
Qual a técnica mais indicada para correção de hérnias femorais?
McVay (sutura do arco aponeurótico dos músculos oblíquo e transverso ao ligamento de Cooper)
153
Classificação de Nyhus
154
A hérnia ___ (direta/indireta/femoral) constitui a maioria das recidivas
Direta
155
Tratamento clássico da hérnia inguinal
Hernioplastia inguinal a Lichtenstein
## Footnote
Uso de tela de polipropileno em técnica livre de tensão
156
Na hérnia inguino-femoral, quais situações indicam a abordagem posterior (espaço pré-peritoneal)? Técnicas que podem ser utilizadas?
1. No caso de recidiva ou em hérnias bilaterais
2. Técnicas: Stoppa ou via videolaparoscópica
157
Técnicas videolaparoscópicas de tela pré-peritoneal
1. TEP (totalmente extraperitoneal)
2. TAAP (transabdominal pre-peritoneal)
## Footnote
A técnica de tela pré-peritoneal cobre todo o orifício miopectíneo de Fruchaud. Logo, ela é util para as hérnias inguinais diretas, indiretas, e hérnias femorais
158
Principais complicações da correção cirúrgica de hérnias inguinais
1. Infecção da ferida operatória
2. Orquite isquêmica (trombose do plexo pampiniforme)
3. Inguinodinia (lesão de ramos nervosos): hiperestesia da face interna da coxa + bolsa escrotal/grandes lábios
159
Correção de hérnias inguinais por cirurgia laparoscópica: áreas de risco
1. Trígono do desastre: pode haver lesão dos vasos ilíacos externos, manifestando complicação de sangramento intraoperatório catastrófico e desastroso
2. Trígono da dor: pode haver lesão do nervo cutâneo femoral lateral, manifestando complicação de dor crônica neuropática, porém mais localizada na face lateral da coxa
160
Hérnia umbilical na infância: indicações cirúrgicas
1. Não fechamento espontâneo até os 5 anos de idade
2. >2cm
3. Hérnia inguinal concomitante
4. Presença de derivação ventriculoperitoneal associada
161
Hérnia umbilical no adulto: tratamento
1. Cirúrgico se sintomáticos ou ascite volumosa
2. Se hérnias pequenas (<2cm): herniorrafia sem tela
3. Se hérnias grandes (>=2cm) ou recidivadas: hernioplastia umbilical com colocação de tela
162
V ou F: na hérnia umbilical, raramente encontramos alças intestinais no conteúdo do saco herniário
Verdadeiro
163
Hérnia incisional: conduta
1. Defeitos pequenos (<2cm): reparo primário
2. Defeitos grandes (>2cm): reparo com tela
164
Hérnia de Littré
Hernia inguinal com presença de um divertícula de Meckel num saco herniário
165
Hérnia de Spiegel
Entre a borda lateral do músculo reto abdominal e a linha semilunar de Spiegel
166
Hérnia epigástrica
Na linha média, entre o processo xifoide e a cicatriz umbilical
167
Hérnia de Richter
1. Hérnia da borda antimesentérica
2. Mais típica na hérnia femoral
3. Mais frequentemente apresenta-se complicada com estrangulamento
168
Quais são os dois tipos de hérnia que podem ter o apêndice cecal como conteúdo?
1. Hérnia de Amyand (hérnia inguinal)
2. Hérnia de Garengeot (hénia femoral)
169
Hérnias lombares
1. Hérnia de Grynfelt (trígono lombar superior)
2. Hérnia de Petit (trígono lombar inferior)
170
Hérnia inguinal na pediatria
1. Indireta em 95% dos casos (sem defeito na parede posterior)
2. Mais encontrada em prematuros
3. Alto índice de acometimento bilateral
4. Alto risco de encarceramento/estrangulamento
5. Cirurgia está indicada para todos
6. Sem uso de telas (somente ligadura alta do saco herniário)
171
172
Hérnia de hiato: tipos
1. Tipo 1: função esofagogástrica e cárdia herniados para o tórax por deslizamento
2. Tipo 2 (paraesofágica): a JEG permanece na sua posição anatômica, mas parte do fundo gástrico hernia para cima do diafragma
3. Tipo III (mista): JEG e parte do estômago herniando para o tórax (deslizamento + rolamento)
173
V ou F: as hérnias de hiato paraesofagiana e mista têm indicação cirúrgica mesmo quando assintomáticas, pela alta taxa de complicações
Verdadeiro
174
A hérnia umbilica é mais frequente em..
1. Crianças
2. Adultos obesos
## Footnote
Adultos: associada à obesidade, gestação e cirrose com ascite
