Pediatria Flashcards

(220 cards)

1
Q

Bronquiolite: fatores de risco

A

1) Prematuridade: bebê que nasce com 36 semanas ou menos;
2) Paciente imunodeficiente: doenças autoimunes, HIV, neoplasias;
3) Baixo peso: PIG – Pequeno para a idade gestacional;
4) Alteração anatômica do sistema respiratório: má-formação congênita;
5) Exposição a agentes externos: fumaça de cigarro, de chaminé, de carros, poeira, dentre outros agentes irritativos;
6) Doença pulmonar previa: em especial a fibrose cística e a bronco displasia;
7) Idade menor que 12 meses: sistema imunológico em adaptação;
8) A ausência do aleitamento materno: causa comprometimento imunológico;
9) Sexo masculino: provavelmente devido a questões anatômicas da árvore brônquica – menor tamanho;
10) Convívio em ambientes fechados e aglomerações, em especial, creches, hoteizinhos e escolas (favorece a circulação dos patógenos.

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2
Q

Bronquiolite: diagnóstico

A

Clínico

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3
Q

Bronquilite: quando pedir raio-x de tórax?

A
  1. Desconforto respiratório importante
  2. Suspeita de complicação pulmonar
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4
Q

Bronquilite: achados do raio-x de tórax

A

Achados de hiperinsuflação pulmonar (retificação dos arcos costais, rebaixamento das cúpulas diafragmáticas e herniação do parênquima entre os arcos costais) e espessamento brônquico

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5
Q

Bronquiolite: manejo clínico

A

Suporte
Alta com inalação com SF e orientações de sinais de alerta

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6
Q

Bronquiolite: critérios de internação

A
  • desconforto respiratório (taquipneia, gemência, batimento de asa nasal, tiragem intercostal e retração subcostal)
  • hipoxemia satO2<90%
  • apneia
  • toxemia
  • letargia
  • baixa aceitação alimentar
  • desidratação
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7
Q

Bronquiolite: quando pode prescrever broncodilatador?

A

Somente se doença grave

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8
Q

Asma: quadro clínico

A
  1. Sibilos (o “chiado do gato”)
  2. Dispneia
  3. Tosse seca
  4. Cansaço
  5. Aperto no peito
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9
Q

Asma (V ou F): em crianças de 6 a 11, avaliar o quadro clínico e realizar a espirometria (limitação reversível ao fluxo expiratório). Nos menores, esse teste não é válido já que é difícil da criança entender a prova de função pulmonar.

A

Verdadeiro

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10
Q

Asma: diagnóstico em menores de 6 anos

A
  1. Episódios frequentes de sibilos
  2. Sintomas por mais de 10 dias associados a infecção de via aérea superior
  3. Mais de 3 episódios graves no ano
  4. Sintomático ao esforço, com piora à noite e sintomático entre os episódios
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11
Q

Asma: etapas evolutivas em menores de 6 anos

A
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12
Q

Asma: etapas evolutivas em crianças de 6 a 11 anos

A
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13
Q

Asma grave: parâmetros em menores de 6 anos

A
  1. Incapaz de falar/beber;
  2. Cianose central;
  3. Confusão/sonolência;
  4. FR acima de 40/min;
  5. Saturação abaixo de 92%;
  6. “Pulmão silencioso” na ausculta;
  7. FC acima de 180bpm (0 a 3 anos) ou acima de 150 (4 a 5 anos).
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14
Q

Asma grave: parâmetros em crianças entre 6 e 11 anos

A
  1. Falar em palavras, curvado, agitado;
  2. Uso de musculatura acessória;
  3. FR acima de 30/min;
  4. Saturação abaixo de 90%;
  5. FC acima de 120bpm;
  6. PFE menor ou igual a 50% do previsto.
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15
Q

Asma: quais são os níveis de controle que guiam o tratamento de manutenção

A

controlada, parcialmente controlada e não controlada

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16
Q

O objetivo do tratamento de manutenção da asma é o controle e se classifica a asma em: controlada, parcialmente controlada e não controlada, ao avaliar as últimas ___ semanas de sintomas

A

quatro semanas

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17
Q

Quais são os critérios para avaliação do controle evolutivo da asma

A

Pode-se usar o mnemônico:

A — atividade física/diária (limitação);

B — broncodilatador de resgate;

C — acorda à noite;

D — desperta à noite.

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18
Q

Asma controlada: conduta

A

Manter o tratamento e identificar a menor dose para manter o controle

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19
Q

Asma parcialmente controlada: conduta

A

Considerar aumentar a dose para atingir o controle

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20
Q

Asma não controlada: conduta

A

Aumentar etapas até atingir o controle

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21
Q

Asma: etapa 1 do tratamento de manutenção

A

Tratamento preferencial: CI dose baixa quando usar o SABA de alívio/resgate (por demanda)

Outras opções: considerar dose baixa de CI diária

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22
Q

Asma: etapa 2 do tratamento de manutenção

A

Tratamento preferencial: CI dose baixa diária

Outras opções: antileucotrieno ou dose baixa de CI sempre que usar SABA

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23
Q

Asma: etapa 3 do tratamento de manutenção

A

Tratamento preferencial: CI dose baixa + LABA diário OU CI em média dose diário OU CI em média dose diário OU dose baixa de CI + formoterol

Outras opções: CI dose baixa + antileucotrieno

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24
Q

Asma: etapa 4 do tratamento de manutenção

A

Tratamento preferencial: CI dose média + LABA diário OU baixa dose de CI + formoterol. Encaminhar para especialista

Outras opções: adicionar antileucotrieno ou tiotrópio

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25
Asma: etapa 5 do tratamento de manutenção
Encaminhar ao pneumologista pediátrico e realizar avaliação fenotípica Corticoide inalatório em alta dose + LABA diário OU adicionar anti-IgE Opção: adicionar anti-IL5 ou adicionar corticoide oral em baixa dose (último recurso; considerar efeitos adversos)
26
Crise asmática: tratamento da exacerbação leve a moderada em menores de 6 anos
SABA de 20 em 20 minutos por 1 hora (2 puffs com espaçador) + considerar ipratrópio 1 a 2 puffs + oxigênio para manter saturação 94 a 98%
27
Crise asmática: tratamento da exacerbação grave em menores de 6 anos
SABA de 20 em 20 minutos por 1 hora (6 puffs com espaçador) + prednisolona + nebulização ipratrópio 1 a 2 doses + oxigênio. Transferência para UTI
28
Crise asmática: tratamento da exacerbação leve a moderada em crianças de 6 a 11 anos
SABA de 20 em 20 minutos por 1 hora (4 a 10 puffs com espaçador) + prednisona (1 a 2mg/kg) + considerar BI + oxigênio para manter saturação 94 a 98%
29
Crise asmática: tratamento da exacerbação grave em crianças de 6 a 11 anos
SABA de 20 em 20 minutos por 1 hora (4 a 10 puffs com espaçador) + prednisona (1-2mg/kg) + ipratrópio + oxigênio para manter saturação 94 a 98%. Igual a leve-moderada, adicionar o ipratrópio e UTI
30
PAC: fatores de risco
→ idade <5 anos → baixo peso ao nascer → prematuridade → ausência de AME nos primeiros 6 meses de vida → baixo nível socioeconômico → morar em locais aglomerados → frequentar creche → episódios prévios de sibilância e de pneumonia → vacinação incompleta para pneumococo e H.influenzae b → desnutrição → comorbidades
31
Os principais agentes etiológicos envolvidos nas PAC na infância são ___ (vírus/bactérias)
Vírus (responsáveis pela maioria das PAC, em torno de 90% até um ano de idade e 50% em escolares)
32
PAC infância: principal agente etiológico viral e bacteriano
Viral: VSR Bacteriano: Streptococcus pneumoniae
33
V ou F: A PAC na pediatria possui alta prevalência de infecções mistas (bacterianas e virais). Por esse motivo é recomendado o tratamento antibiótico de rotina para a doença
Verdadeiro
34
Qual a única faixa etária em que as bactérias representam os principais agentes etiológicos na PAC pediátrica
Recém-nascidos
35
Pneumonia afebril do lactente
Forma de pneumonia atípica relacionada às bactérias presentes em corrimento vaginal materno (Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum) e ao parto normal. Pode ocorrer nos primeiros 3 meses de vida
36
PAC na infância: critérios de internação
→ idade <6 meses → apneia ou taquipneia ≥70 ipm → hipoxemia <92% ou cianose central → sonolência ou convulsões → desconforto respiratório importante → má aceitação oral do medicamento → falha de tto ambulatorial → pneumonia complicada → doença grave concomitante (como cardiopatia congênita, anemia falciforme, síndrome nefrótica e imunodeficiências)
37
PAC: em caso de internação, deve-se solicitar..
→ hemograma completo e PCR (para auxiliar no seguimento clínico) → pesquisa do agente etiológico por meio da hemocultura (positiva em apenas 10 a 35% dos caoss) → pesquisa viral (swab nasofaringe)
38
PAC na pediatria (V ou F): a presença de sibilos é comum
Falso
39
Sibilância: diagnósticos diferenciais
40
PAC em lactentes: critérios de gravidade
* Tiragem subcostal * Dificuldade para ingerir líquidos * Sinais de difi culdade respiratória mais grave (movimentos involuntários da cabeça, gemência e batimentos de asa do nariz) * Cianose central
41
PAC: tratamento ambulatorial para crianças a partir de 2 meses
Amoxicilina (50mg/kg/dia, 8/8h ou 12/12h, por 7 dias) Devido à possibilidade de M.pneumoniae em maiores de 5 anos, pode-se optar pela introdução de macrolídeos (pneumonia atípica), como eritromicina, claritromicina ou azitromicina.
42
PAC grave: tratamento
Ampicilina parenteral (50mg/kg/dose; de 6/6h) ou penicilina cristalina 150.000 U/Kg/dia, 6/6h) Gentamicina (7,5mg/kg/dia, 12/12h) deve ser associada nos menores de 2 meses
43
Após o diagnóstico de PAC, a presença dos sintomas abaixo, em ordem crescente de gravidade, são critérios para classifi cação como pneumonia grave:
* Tiragem subcostal * Difi culdade para ingerir líquidos * Sinais de difi culdade respiratória mais grave (movimentos involuntários da cabeça, gemência e batimentos de asa do nariz) * Cianose central
44
Duas causas principais para indicar- -se a admissão em Unidade de Terapia Intensiva de crianças com pneumonia:
Insuficiência respiratória ou sepse
45
PAC: principal complicação
Derrame pleural
46
Valores de corte para FR conforme faixa etária
- < 2 meses: até 60 irpm - 2 a 11 meses: até 50 irpm - 1 a 4 anos: até 40 irpm
47
Crise asmática: o que deve-se fazer além da resolução da crise?
Administrar corticoide oral Prednisolona 1-2mg/kg/dia por 3 a 5 dias (dose máxima: 40mg/dia)
48
Mancha ou mácula: definição e tipos
Alteração da cor da pele sem alteração do relevo 1. Origem pigmentar: acromia, hipocromia ou hipercromia 2. Origem vascular: eritema 3. Origem hemorrágica: petéquia ou equimose
49
O que é exantema? Em quais doenças é encontrado?
Erupção cutânea eritematosa disseminada
50
Exantema maculopapular: em quais doenças é encontrado
1. Sarampo 2. Rubéola 3. Eritema infeccioso 4. Exantema súbito 5. Escarlatina 6. Doença de Kawasaki ## Footnote Mácula: alteração da cor da pele sem relevo Pápula: lesão sólida, sobrelevada, com diâmetro <1cm
51
Exantema papulovesicular: em quais doenças é encontrado
1. Varicela 2. Herpes-zóster 3. Doença mão-pé-boca ## Footnote Pápula: lesão sólida, sobrelevada, com diâmetro <1cm Vesícula: lesão sobrelevada com líquido claro no interior
52
O que é enantema? Cite 5 doenças em que pode estar presente
Erupção localizada na mucosa ("exantema de mucosas") 1. Sarampo 2. Escarlatina 3. Kawasaki 4. Varicela 5. Rubéola
53
54
55
56
Sarampo: agente etiológico (gênero)
Morbillivirus
57
Sarampo: via de transmissão? período de transmissibilidade?
1. Direta (pessoa-pessoa): secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar (respiratória por aerossois) 2. A partir de 7 dias após a exposição, de 3 dias antes até 6 dias após o início do exantema
58
O vírus do sarampo tem alta ________, pois a maioria das pessoas infectadas apresenta sintomas
Patogenicidade ## Footnote *cerca de 90% dos indivíduos suscetíveis expostos desenvolvem a doença
59
Sarampo: fases
1. Período de incubação (8 a 12 dias) 2. Prodrômico 3. Exantemático 4. Recuperação (convalescença ou descamação furfurácea)
60
Sarampo: caracterize a fase prodrômica/catarral
1. Febre alta progressiva (geralmente >38,5ºC), atingindo o máximo quando surge o exantema 2. Sintomas catarrais (coriza, tosse) 3. Conjuntivite não purulenta e fotofobia 4. Tosse (sintoma mais persistente, dura cerca de 10 dias) 5. Manchas de Koplic (surgem 1 a 4 dias antes do exantema e desaparecem 2 a 3 dias depois) ## Footnote Manchas de Koplic: manchas branco-azuladas de 1mm, presente na face interna da bocheca próxima aos dentes molares
61
Sarampo: caracterize a fase exantemática
1. Tipo: exantema maculopapular morbiliforme (lesões máculo-papulares com tendência à confluência e permeio de pele sã) 2. Início: pescoço, face e e região retroauricular 3. Progressão: dissemina-se para o tronco e extremidades de forma centrífuga (cranio-caudal lenta) 4. Resolução (fase de convalescença): desaparece em cerca de 7 dias no sentido craniocaudal, frequentemente deixando uma descamação fina (furfurácea) ## Footnote outros sintomas que podem estar associados: diarreia, vômitos, linfadenopatia (casos mais graves), apendicite por obstrução da luz do apêndice pela hiperplasia linfoide
62
Sarampo: principais complicações
1. OMA (+ comum) 2. Pneumonia (mais letal) 3. Encefalite (alta letalidade/raro) 4. Diarreia
63
Sarampo: conduta
1. Notificação imediata 2. Vitamina A em <2 anos (recomendação da OMS): garante a integridade da mucosa 3. Suporte: antitérmicos, hidratação oral, higiene dos olhos, pele e vias aéreas 4. Isolamento na fase de transmissão (precaução de contato de aerossois)
64
Sarampo: profilaxia pré-contato
Vacina tríplice viral (SCR) aos 12 meses e reforço aos 15 meses sob a forma da vacina tetraviral (SCR + varicela)
65
66
67
68
69
70
Sarampo: como é feita a profilaxia pós-contato?
Vacina do sarampo em até 3 dias (para contactantes suscetíveis) ou imunoglobulina até o 6º dia (<6 meses, grávidas ou imunodeprimidos)
70
Sarampo: conduta em casos de surto
Aplicar dose zero da vacina (dose extra da tríplice viral) entre os 6 e 11 meses
70
Rubéola: via de transmissão? período de transmissibilidade?
1. Respiratória por gotículas e transplacentária 2. 5 dias antes a 6 dias após início do exantema
71
Rubéola: período de incubação?
14 a 21 dias
72
Rubéola: principais marcadores prodrômicos
1. Febre baixa 2. Linfadenopatia ("ROC": retroauricular, occipital e cervical) 3. Sinal de Forchheimer (não é patognomônico) ## Footnote em crianças geralmente não ocorre o pródromo, seguindo-se direto para a fase do exantema
73
V ou F: na rubéola o paciente pode apresentar dores generalizadas, artralgias, mialgias, conjuntivite, mal-estar e anorexia
Verdadeiro
74
Rubéola: caracterize o exantema
1. Tipo: exantema maculopapular rubeoliforme 2. Início: face, couro cabeludo e pescoço 3. Progressão: dissemina-se para tronco em membros, de forma crânio-caudal rápida* 4. Descamação: ausente ## Footnote característica evanescente (dura 3 dias): o exantema desaparece da face à medida que desce para o corpo, desaparecendo sem escamação
75
V ou F: Apesar do exantema ser parecido, a rubéola é uma doença bem mais leve que o sarampo, com exantema de menor duração e menos sintomas sistêmicos
Verdadeiro ## Footnote Inclusive, podem ocorrer infecções subclínicas da rubéola sem exantema em 25 a 40% dos casos
76
Rubéola: principais complicações
1. Artropatia em pequenas articulações (30%): auto-limitada, mais comum no sexo feminino 2. Síndrome da rubéola congênita: surdez neurossensorial, catarata e doença cardíaca
77
Rubéola: tratamento
Suporte (analgésicos e antitérmicos)
78
Rubéola: profilaxia
1. Vacinação: tríplice viral aos 12 meses e tetraviral aos 15 meses 2. Isolamento dos pacientes por 7 dias após o início do exantema 3. Pós-exposição: imunoglobulina até 6 dias do contato (apenas para gestantes)
79
Eritema infeccioso (quinta doença): agente etiológico
Parvovírus B19
80
Eritema infeccioso: em qual fase não ocorre a transmissão?
Fase exantemática
81
Eritema infeccioso: período de incubação
4-28 dias
82
Eritema infeccioso: pródromos?
Geralmente evolui sem pródromos ou com sinais inespecíficos (febre baixa, cefaleia, coriza)
83
Eritema infeccioso: estágios da fase exantemática (3)
1. Face esbofeteada: eritema malar que poupa a região perioral, fronte e nariz 2. Exantema rendilhado (maculopapular): disseminação do exantema para tronco e extremidades, poupando palmas das mãos e dos pés e mais intenso nas superfícies extensoras. Desaparece após 10 dias sem deixar descamação 3. Recidiva do exantema: ressurgimento do exantema rendilhado em 1 a 3 semanas. Desencadeado por estresse, sol, calor, exercícios físicos
84
Possíveis quadros clínicos originados pelo parvovírus B19
1. Eritema infeccioso 2. Artrite 3. Crise aplásica transitória (resultante da infecção direta do parvovírus aos precursores eritroides)
85
Eritema infeccioso: complicações
1. Crise aplásica*: reticulocitopenia 2. Hidropsia fetal 3. Síndrome de "luvas e meias": febre, prurido, edema doloroso e eritema 4. Artropatia ## Footnote * mais comum em anemia hemolítica crônica, imunodeficientes e RN
86
Eritema infeccioso: tratamento
1. Suporte 2. Se aplasia da séria vermelha: avaliar necessidade de transfusão
87
Exantema súbito (roséola): agente etiológico
Herpesvírus humano tipo 6 (mais comum) e 7
88
O exantema súbito é mais comum em...
6 a 15 meses de idade (quando não há anticorpos maternos)
89
Exantema súbito: quadro clássico
Início com febre alta (39-40ºC) que dura por 3 a 5 dias e desaparece de forma abrupta, com o surgimento do exantema 12 a 24 horas após a resolução da febre
90
Exantema súbito: caracterize o exantema
1. Tipo: maculopapular 2. Início: 12 a 24 horas após a resolução da febre, em tronco 3. Progressão: centrífuga (vai para as extremidades) 4. Resolução: desaparece após 1 a 3 dias sem deixar descamação
91
Exantema súbito: principal complicação
Crise/convulsão febril
92
Exantema súbito: tratamento
Suporte
93
V ou F Exantema súbito: a transmissão ocorre somente durante a febre
Verdadeiro ## Footnote logo, quando a doença é clinicamente identificável com o exantema, o paciente não é mais transmissor, não recomendando-se o isolamento
94
Escarlatina: agente etiológico
Streptococus pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do grupo A) ## Footnote deve estar infectado por bacteriófagos produtores de toxinas eritrogênicas (toxinas pirogênicas estreptocócicas A, B e C), que são responsáveis pela erupção cutânea da escarlatina
95
A escarlatina ocorre após...
Ocorre após uma faringotonsilite
96
Escarlatina: pródromos
1. Faringite 2. Enantema: língua em framboesa (papilas linguais heperemiadas e hipertrofiadas) ## Footnote Quadro clínico inicia-se de maneira abrupta, com febre alta, vômitos, cefaleia e faringite
97
Escarlatina: caracterize o exantema
1. Micropapular em lixa 2. Linhas de pastia (acentuação do exantema ao longo das pregas dos cotovelos, axilas e virilhas) 3. Face esbofeteada 4. Sinal de Filatov (palidez perioral) 5. Descamação furfurácea
98
Escarlatina: tratamento
1. Suporte 2. Penicilina G benzatina ou amoxicilina VO 10 dias ## Footnote é uma doença autolimitada, mas o uso de ATB é recomendado para evitar evolução para febre reumática, encurtar o curso clínico da doença, reduzir transmissão e prevenir as complicações supurativas
99
Escarlatina: principal diagnóstico diferencial
Doença de Kawasaki
100
Doença de Kawasaki: faixa etária mais acometida?
<5 anos (meninos) ## Footnote pico de incidência: 18-24 meses
101
Doença de Kawasaki: diagnóstico
Febre alta por 5 dias + 4 dos critérios: 1. Conjuntivite não exsudativa 2. Alterações em lábio/cavidade oral (eritema de mucosa oral e faríngea com língua em framboesa, lábios secos e fissurados sem ulceração) 3. Adenomegalia (geralmente unilateral em cadeia cervical anterior) 4. Exantema (sem vesícula) 5. Alterações de extremidades (eritema e edema de mãos e pés)
102
Doença de Kawasaki: envolvimento cardíaco
1. predomina uma miocardite, que se manifesta por taquicardia desporporcional à febre (presente em cerca de 50% dos pacientes) 2. pericardite com derrame pericárdico pequeno também é comum na fase aguda 3. aneurismas de artérias coronarianas: se desenvolvem em até 25% dos pacientes não tratados 4. IAM: principal causa de morte (1º ano após a doença)
103
Doença de Kawasaki: tratamento
1. Primeiros 10 dias: gamaglobulina + AAS em altas doses (anti-inflamatória) 2. Após 10 dias: AAS em baixas doses (antiagregante)
104
Doença exantemática que pode surgir após o uso de amoxicilina/ampicilina
Mononucleose infecciosa (exantema maculopapular leve e pruriginoso) ## Footnote Na evolução normal da mononucleose não ocorre exantema
105
Mononucleose infecciosa: agente etiológico
Vírus Epistein-Barr (EBV) ## Footnote * o EBV tem um potencial oncogênico, estando associado, principalmente em imunossuprimidos, a diversas síndromes linfoproliferativas benignas e malignas, como linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin, leiomiossarcoma, carcinoma de nasofarinfe e de glândulas salivas
106
V ou F? Mononucleose: pacientes infectados com o EBV excretam o vírus até 6 meses após a doença aguda e durante toda a vida podem manter excreção intermitente por reativação da replicação viral assintomática do vírus na mucosa oral e vaginal (principalmente em imunodeprimidos)
Verdadeiro
107
Mononucleose infecciosa: período de incubação
30 a 50 dias
108
Mononucleose infecciosa: clínica
1. Faringite (não melhora com ATB) 2. Exantema após amoxicilina 3. Linfadenomegalia generalizada (mais em cervical posterior) 4. Esplenomegalia (50% dos casos) e hepatomegalia (10% dos casos) 5. Edema de pálpebras (sinal de Hoagland) 6. Fadiga ## Footnote A maior parte dos sintomas dura menos de 10 dias, mas a fadiga e a linfadenopatia cervical podem persistir por mais de 3 semanas
109
Mononucleose infecciosa: características à oroscopia
1. Hipertrofia de amígdalas 2. Exsudato cinza-claro 3. Pode ocorrer petéquias em palato ## Footnote pode ser confundida com infecção estreptocócica
110
Mononucleose infecciosa: complicação mais temida
Rotura esplênica ## Footnote mais comum em adolescentes na segunda semana de doença por traumatismo abdominal em esportes de contato, mas que raramente é fatal
111
Mononucleose infecciosa: tratamento
Suporte ## Footnote bom prognóstico, com resolução espontânea em todos os casos
112
Varicela: agente etiológico
Vírus varicela-zóster
113
Varicela: vias de transmissão
1. Respiratória por gotículas 2. Contato com líquido das lesões cutâneas 3. Vertical ## Footnote * alta taxa de transmissão
114
Varicela: quando o paciente deixa de ser infectante?
Quando todas as lesões estiverem com crostas
115
Varicela: paciente é infectante até quantos dias antes da erupção cutânea?
2 dias
116
Varicela: período de incubação
10 a 21 dias
117
Varicela: pródromos
1. Febre (38 a 39ºC) 2. Mal estar 3. Cefaleia 4. Perda de apetite 5. Dor abdominal leve
118
Varicela: caracteriza o exantema
1. Tipo: exantema papulovesicular polimórfico (mácula => pápula => vesícula => pústula => crosta) 2. Pruriginoso 3. Progressão centrífuga 4. Distribuição centrípeta 5. Pode acometer mucosas (úlceras raras) 6. Descamação ausente ## Footnote * vários tipos de lesão ao mesmo tempo
119
Varicela: complicações mais comuns
1. Infecção bacteriana secundária (S.aureus é o mais comum) 2. Hepatite leve e assintomática 3. Trombocitopenia
120
Varicela: complicações mais graves
1. Pneumonia por varicela 2. Ataxia cerebelar 3. Meningoencefalite 4. Síndrome de Reye* (uso de AAS durante infecção por varicela ou influenza) ## Footnote * encefalopatia aguda não inflamatória que se associa à degeneração gordurosa hepática
121
Varicela: indicações de aciclovir via oral
recomendado na varicela não complicada apenas em pacientes com risco de doença mais grave, como adolescentes, portadores de doenças crônicas ou pacientes em uso de corticoide (inclusive o inalatório). ## Footnote Deve ser iniciado nas primeiras 24 horas do exantema e mantido por 5 dias
122
Varicela: indicações de aciclovir endovenoso
indicado na doença grave, na presença de infecção disseminada (pneumonia, hepatite grave, trombocitopenia ou encefalite), em grávidas e na infecção em imunodeprimidos ## Footnote Deve ser utilizado por 7 dias ou por até 48 horas após o término do aparecimento de novas lesões ou até a resolução da febre
123
Varicela: profilaxia pré-contato
Vacinação aos 15 meses (tetraviral) e 4 anos (vacina isolada da varicela)
124
Varicela: isolamento
1. crianças internadas: isolamento de contato e respiratório de gotículas até que todas as lesões vesiculares estejam em crosta (normalmente até 7 dias do início do exantema) 2. crianças tratadas em domicílio: afastamento da escola por 7 dias
125
Varicela: profilaxia pós-contato
Vacina da varicela até o 5º dia pós-exposição (suscetíveis >9 meses) ou imunoglobulina
126
Doença mão-pé-boca: agente etiológico
Coxsackievirus A16 (mais comum) ou Enterovirus A71 (associado a casos mais graves)
127
Doença mão-pé-boca: transmissão
1. Respiratória por gotículas 2. Fecal-oral 3. Fômites 4. Vertical ## Footnote Alta contagiosidade e longo período de transmissibilidade (1 a 3 semanas para a via respiratória e de 7 a 11 semanas para a via intestinal)
128
Doença mão-pé-boca: clínica
1. Pródromo (primeiros 2 dias): febre baixa, irritabilidade, anorexia 2. Exantema maculopapulovesicular doloroso em mãos, pés e virilha (dura em torno de 7 dias) 3. hiperemia de orofaringe, com vesículas em língua, mucosa oral, faringe posterior, palato e até lábios
129
Herpangina: quadro clínico
1. Febre alta súbita com dor de gargante e disfagia 2. Vesículas e úlceras se limitam somente a orofaringe posterior (não estão associadas ao exantema maculopapular) 3. Geralmente encontra-se linfadenopatia cervical ## Footnote * causada por enterovírus
130
A Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é a morte súbita e inesperada de uma criança com menos de .....
1 ano de idade ## Footnote * geralmente durante o sono
131
Síndrome da morte súbita do lactente (SMSL): cerca de 2/3 das mortes ocorrem em crianças de __ a __
2 a 4 meses
132
Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL): principais fatores de risco
1. Posição prona e lateral durante o sono 2. Partilha da cama com os pais 3. Exposição ao tabagismo pré-natal e pós-natal 4. Doença mental materna e abuso de substâncias 5. Prematuridade
133
Teste do pezinho: doenças triadas
1. Fenilcetonúria 2. Fibrose cística 3. Deficiência de biotinidase 4. Hipotireoidismo congênito 5. Hemoglobinopatias (doença falciforme) 6. Hiperplasia adrenal congênita
134
V ou F: o hipotireoidismo congênito é considerado uma emergência pediátrica, pois evolui com lesão grave e irreversível do SNC a partir da 2ª semana de vida
Verdadeiro ## Footnote *são assintomáticos ao nascimento (pois há passagem transplacentária de T4 materno)
135
Síndro do bebê sacudido: clínica clássica
1. Hemorragia retiniana 2. Hemorragia subdural 3. Sinais inespefícicos (choro inconsolável, irritabilidade, sonolência, vômitos e inapetência) 4. Sinais mais graves: convulsões, déficits motores, problema respiratórios e coma
136
137
Quando fazer o campleamento imediato do cordão umbilical?
1. Circulação placentária não intacta (DPP, PP, nó verdadeiro ou rotura de cordão umbilical) OU 2. RN não inicia respiração e/ou não tem tônus flácido
138
Quando realizar o clampeamento imediato do cordão umbilical?
1. Circulação placentária intacta E 2. RN com respiração regular e tônus em flexão ## Footnote → se IG≥ 34 semanas: esperar pelo menos 60 segundos → se IG< 34 semanas: esperar pelo menos 30 segundos
138
Quais as vantagens e desvantagens do clampeamento tardio do cordão umbilical
1. Vantagens: elevação dos índices hematimétricos e da ferritina entre os 3 e 6 meses de vida (para RNT) e maior estabilidade cardiovascular nas primeiras 24h de vida e melhora dos parâmetros hematimétricos (para RNPT) 2. Desvantagem: aumento da necessidade de fototerapia por hiperbilirrubinemia indireta
139
Temperatura ambienta na sala de parto
23ºC e 26ºC
140
Perguntas iniciais para avaliar a necessidade de reanimação neonatal
1. Gestação a termo? (IG 37 a 41 semanas) 2. Respirando ou chorando? 3. Tônus muscular em flexão? ## Footnote Se a resposta a alguma dessas perguntas for não, encaminhar o bebê para a mesa de reanimação neonatal
141
Passos iniciais da reanimaçaõ neonatal
1. Aquecer (temperatura da sala entre 23 e 26ºC) 2. Posicionar a cabeça em leve extensão 3. Aspirar bocas e narinas se obstrução de VA por excesso de secreções 4. Secar corpo e cabeça e remover campos úmidos 5. Avaliar FC e respiração ## Footnote Esses passos devem ser realizados em até 30 segundos
142
Parâmetros avaliados para indicação de reanimação neonatal
Frequência cardíaca <100bpm e/ou respiração irregular/apneia
143
Passos da reanimação neonatal
1. Passos iniciais (APAS) 2. Ventilação com pressão positiva (FiO2 21% se ≥34 semana IG e FiO2 30% se <34 semanas) por 30s e reavaliar a FC e respiração 3. Correção da técnica, repetir VPP por 30s e reavaliar 4. Máscara laríngea neonatal (só pode usar se IG≥34 semanas e ≥2000g) e repetir a VPP por 30 segundos. Reavaliar 5. IOT e reavaliar após 30s (se FC >100 e respiração regular: extubar, retomar VPP com máscara (se necessário) e considerar uso de CPAP 6. Correção da técnica da IOT, aumentar FiO2 60-100% e manter a ventilação por 30 segundos. Reavaliar 7. Se FC <60bpm: massagem cardíaca (sincronizada com a ventilação: 3 massagens para 1 ventilação) por pelo menos 60 segundos 8. Se FC <60bpm: correção da ténica e iniciar novo ciclo de massagem cardíaca por 60s 9. Se FC<60bpm: epinefrina e expansão volêmica (via preferencial de acesso: cateterismo umbilical) ## Footnote Se RN com líquido meconial: passo 1 e 2 igual; se após o passo 2 mantiver uma FC<100 e/ou respiração irregular, realizar aspiração traqueal e retomar VPP após; depois, seguir fluxograma normalmente
144
Indicações de IOT imediata na reanimação neonatal
1. VPP não efetiva 2. VPP prolongada 3. Necessidade de massagem cardíaca 4. Hérnia diafragmática
145
A oferta de O2 ao longo do fluxograma de reanimação neonatal vai ser guiada pela _____
Saturação de O2 esperada para os minutos de vida
146
Condutas de assistência ao RN a termo com boa vitalidade (sem necessidade de reanimação neonatal)
147
Icterícia neonatal: valores de referência (BD e BI)
1. BD: 0,1-0,4 2. BI: 0,2-0,9
148
Principais causas de icterícia por hiperbilirrubinemia indireta nas primeiras 24 horas de vida
1. Doença hemolítica - incompatibilidade ABO - incompatibilidade Rh - deficiência G6PD - esferocitose hereditária
149
Principais causas de icterícia por hiperbilirrubinemia indireta após 24 horas de vida
1. Icterícia fisiológica 2. Icterícia pelo aleitamento materno 3. Síndrome da icterícia pelo leite materno
150
Hiperbilirrubinemia direta em RN, pensar em....
Atresia das vias biliares ## Footnote icterícia surge entre 2-6 semanas de vida
151
Complicação mais temida da icterícia neonatal
Kernicterus (bilirrubina indireta atravessa a BHE e impregna no SNC)
152
Icterícia fisiológica no RN a termo: quando surge? quando ocorre o pico? quando normaliza?
1. Aparece com cerca de 2 a 3 dias de vida 2. Pico entre o 3 e 4º dia (BT máxima de 12mg/dL) 3. Normalizaem até 7 dias
153
A icterícia no RN surge com bilirrubinas a partir de...
5mg/dL
154
Icterícia neonatal fisiológica: causas
1. Grande quantidade de hemácias e diminuição de sua meia-vida 2. Deficiência na captação e conjugação de bilirrubina (imaturidade da glicuroniltransferase) 3. Aumento do ciclo entero-hepático (maior reabsorção de bilirrubina)
155
Quando afastar icterícia fisiológica
1. Surgimento <24h 2. Icterícia persisitente (termo: >8 dias; pré-termo: >14 dias) 3. Nível de bilirrubina total (termo: >12; pré-termo: >14) 4. Colestase (hiperbilirrubinemia direta, acolia, colúria) 5. Elevação da BT em velocidade superior a 5mg/dL/dia 6. Icterícia zona 3 de kramer (passa do umbigo)
156
Fatores de risco para hiperbilirrubinemia grave
1. Fatores maiores: - icterícia <24h de vida - incompatibilidade sanguínea - IG entre 35-36 semanas - irmão tratado com fototerapia - cefaloematoma/equimoses - asiáticos 2. Fatores menores: - IG 37-38 semanas - irmão com icterícia neonatal (sem fototerapia) - icterícia antes da alta - macrossomia ou mãe diabética - mãe com 25 anos ou mais - sexo masculino
157
A quantificação da icterícia é feita ao exame físico pelas...
Zonas de Kramer ## Footnote - Zona <2: observação - Zona ≥2: alerta → coleta de exames laboratoriais e avaliar o risco de hiperbilirrubinemia pelo normograma de Bhutani
158
Causa mais comum de icterícia não fisiológica no RN? Causa mais grave?
1. Mais comum: incompatibilidade ABO 2. Mais grave: incompatibilidade Rh
159
Incompatabilidade ABO: situação mais comum de ocorrência
Mãe O e RN A ou B
160
O que significa um coombs indireto positivo na gestação? Qual conduta deve ser tomada?
1. Que a mãe Rh- já foi sensibilizada previamente (ou seja, já criou anticorpos contra a proteína Rh) 2. Se positivo: referenciar gestante para serviço terciário para iniciar o protocolo de anemia fetal (através da avaliação do índice de pulsatilidade de artéria cerebral média)
161
Quando solicitar coombs indireto em caso de gestante Rh-?
A cada 4 semanas (MS: após a 24ª semana gestacional; FEBRASGO: após 20ª semana)
162
Imcompatibilidade Rh: como prevenir a sensibilização materna
Imunoglobulina anti-D nas primeiras 72 horas do contato com sangue positivo
163
Indicações da imunoglobulina anti-D em Rh-
1. Pós-parto 2. Pós abortamento, gravidez ectópica ou mola 3. Pós-aminiocentese, cordocentese ou biópsia de vilo coriônico 4. Pós-sangramento durante a gestação 5. Entre 28 e 34 semanas de gestação se pai Rh positivo ## Footnote Gestante deve ser Rh negativa com coombs indireto negativo
164
Quais as indicações de fototerapia segundo o normograma de Bhutani?
RN acima do percentil 75
165
Exames para investigação de icterícia neonatal
1. Bilirrubina total e frações 2. Hematócrito, Hb e reticulócitos 3. Tipagem ABO e Rh 4. Coombs direto
166
Icterícia neonatal: indicação de urgência
Se for por hiperbilirrubinemia direta (possibilidade de atresia de vias biliares)
167
Atresia de vias biliares: quando surge a icterícia? qual a manifestação clínica típica? diagnóstico? tratamento?
1. Entre 2 a 6 semanas de vida 2. Colestase (colúria e acolia) 3. Diagnóstico: alteração de enzimas hepáticas, prova de função hepática, USG (sinal do cordão triangular), cintilografia hepatobiliar, biópsia hepática, colangiografia (padrão-ouro, porém invasivo) 4. Tratamento: cirurgia de KASAI em até 8 semanas de vida (procedimento paliativo até o transplante hepático)
168
Sepse neonatal precoce
1. Início na primeira semana de vida (principalmente nas primeiras 48 horas) 2. Decorrente de infecção adquirida intraútero ou durante a passagem pelo canal de parto (mais frequente) após ruptura das membranas ovulares
169
Sepse neonatal precoce: principais agentes
1. Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B) 2. Escherichia coli 3. Listeria monocytogenes* ## Footnote *geralmente transmitida da mãe para o feto, via transplacentária por disseminação hematogênica, antes do início do trabalho de parto
170
Sepse neonatal precoce: fatores de risco
* Trabalho de parto antes de 37 semanas de gestação; * Rotura de membranas por tempo igual ou maior a 18 horas; * Colonização pelo estreptococo do grupo B em gestante sem antibioticoterapia profilática intraparto, quando indicada; * Corioamnionite (infecção intra-amniótica); * Febre materna nas 48 horas que antecedem o parto; * Cerclagem ou uso de pessário na gestante; * Procedimentos de medicina fetal nas últimas 72 horas antes do parto ou nascimento; * Infecção materna do trato urinário sem tratamento ou em tratamento a menos de 72 horas.
171
Sepse neonatal precoce: manifestações clínica do RN
Mais comum: quadro de dificuldade respiratória
172
Sepse neonatal precoce: antibioticoterapia empírica inicial
Ampicilina (ou penicilina G) + gentamicina (ou amicacina) ## Footnote reavaliação após 36 a 48 horas
173
177
Conduta após nascimento de bebê de mãe HBsAg reagente
1. Administrar no RN a imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB) e a primeira dose do esquema vacinal para HBV (as demais doses serão feitas aos 2, 4 e 6 meses) em grupos musculares diferentes em até 12 horas 2. Banho em água corrente ainda na sala de parto, imediatamente após o nascimento 3. Aspiração gástrica para remoção de secreção infectada
178
Doença genética grave mais comum da infância
Fibrose cística
179
Fibrose cística: principais órgãos afetados
1. Pulmões 2. Pâncreas 3. Sistema digestivo
180
Fibrose cística: primeira apresentação mais comum
Íleo meconial
181
Fibrose cística: principais distúrbios hidroeletrolíticos
1. Hipocloremia 2. Hiponatremia 3. Alcalose metabólica
182
Lactente com desconforto respiratório que melhora quando chora: o que sugere
Atresia de coanas *Como a respiração do lactente é essencialmente nasal ele apresenta desconforto respiratório e até cianose quando não está chorando. Ao, chorar pela entrada de ar via oral o neonato tende a melhorar
183
Neoplasias malignas mais comuns da pediatria (3)
1. Leucemia 2. Tumores do SNC 3. Neuroblastoma
184
185
Neuroblastoma
1. Neoplasia maligna mais frequente dos lactentes 2. Maioria se desenvolve nas adrenais
186
Nefroblastoma (tumor de Wilms): principal faixa etária de acometimento? apresentação clínica?
1. Entre 3 e 5 anos 2. Mais comum é uma massa abdominal palpável e indolor 3. Pode ocorrer hipertensão arterial e hematúria
187
Síndrome hemolitico-urêmica: principal agente etiológico
Escherichia colo enterohemorrágica (toxina Shiga-like)
188
Principal causa de lesão renal aguda na infância
SHU (ocorre principalmente em < de 5 anos)
189
Síndrome hemolitico-urêmica: principais características (3)
1. Anemia hemolítica microangiopática 2. Trombocitopenia 3. Insuficiência renal aguda
190
Osteomielite: quadro clínico? tratamento?
1. Febre 2. Acomete a metáfise do osso 3. Dificuldade para caminhar 4. Tratamento: oxacilina (S.aureus é comum nessa infecção) EV por 4 a 6 semanas 5. Pode ser aguda ou crônica 6. Edema
191
Na avaliação do estado de hidratação em crianças com diarreia, quando considerar um quadro grave? Qual a conduta nesse caso?
1 critério obrigatório (comatoso, hipotônico; bebe mal ou é incapaz de beber; pulso débil ou ausente; enchimento capilar >5s) + pelo menos 1 dos seguintes: olhos fundos; lágrimas ausentes; boca e língua muito secas; sinal da prega desaparece muito lentamente (mais de 2s) Tratamento: terapia de reidratação oral parenteral (plano C)
192
193
194
Avaliação do estado de hidratação para crianças com diarreia: quais critérios são considerados para o plano A (sem desidratação e tratamento domiciliar)
1. Criança em boas condições, alerta 2. Olhos normais 3. Lágrimas presentes 4. Boca e língua úmidas 5. Bebe normalmente 6. Sinal da prega desaparece rapidamente 7. Pulso cheio 8. Enchimento capilar normal (até 3s)
195
196
Avaliação do estado de hidratação para crianças com diarreia: quais os critérios para iniciar o plano B (terapia de reidratação oral no serviço de saúde)
Pelo menos 2 dos seguintes: 1. Criança irritada, intranquila 2. Olhos fundos 3. Lágrimas ausentes 4. Boca e língua secas 5. Sedenta, bebe rápido e avidamente 6. Sinal da prega desaparece lentamente 7. Pulso rápido, débil 8. Enchimento capilar prejudicado (3 a 5s)
197
Paciente com diarreia e hidratado (plano A): condutas
1. orientações para retorno se criança não melhorar em 2 dias ou apresentar sinais de alerta (piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes, diminuição da diurese) 2. Manter alimentação e/ou amamentação normalmente 3. Se menor que 5 anos: Administrar zinco 1x ao dia durante 10 a 14 dias (10mg/dia se até seis meses e 20mg/dia se maiores de seis meses) 4. Ingerir líquido após cada evacuação (50-100ml em menores de 1 ano, 100-200ml de 1 a 10 anos e quantidade que o paciente aceitar em maiores de 10 anos)
198
Paciente com diarreia e desidratação não grave (Plano B): condutas
1. SRO unidade de saúde (50-100ml/kg para ser administrado no período de 4 a 6 horas) 2. Se desaparecem os sinais de desidratação, seguir para o plano A 3. Se paciente continuar desidratado, iniciar sonda nasogástrica (gastróclise) 4. Se paciente evoluir para desidratação grave, seguir para o plano C
199
Criança com diarréia e desidratação grave (Plano C): conduta
1. Fase rápida (expansão): a. < 5 anos: 20ml/kg de SF a cada 30 min (repetir até que a criança fique hidratada) b. >5 anos: 30ml/kg de SF em 30 min + 70ml/kg de ringer lactato em 2,5 horas 2. Fase de manutenção e reposição (qualquer idade): a. Manutenção: SG 5% + SF na proporção 4:1 + KCl 10% 2ml para cada 100ml b. Fase reposição: SG 5% + SF partes iguais. Iniciar com 50ml/kg/dia e reavaliar
200
Cólica do lactente: quando suspeitar
Ocorrência de choro por pelo menos 3 horas, em 3 dias da semana e com duração >3 semanas (regra dos 3) Obs: a melhora é observada espontaneamente entre 3-5 meses de vida Obs: o choro costuma ser observado no final da tarde e início da noite
201
Curvas da OMS: considera-se normal entre o escore Z -2 e +2, com excessão da curva ______, cuja normalidade está entre _____
Curva de IMC Normalidade entre -1 e +2
202
Curva de IMC da OMS: classificação de acordo com o Z escore em menores de 5 anos
203
Curva de IMC da OMS: classificação de acordo com o Z escore dos 5 aos 19 anos
204
Síndrome de Klinefelter: cariótipo? fenótipo? sinais comuns?
1. XXY 2. Fenótipo masculino 3. Envergadura aumentada, déficit de aprendizado, atraso do desenvolvimento sexual, gônadas pequenas, ginecomastia
205
Tetralogia de Fallot: alterações anatômicas? Característica clássica ao raio-x?
1. Defeito do septo ventricular 2. Obstrução do trato de saída do VD (estenose pulmonar) 3. Cavalgamento da aorta no septo interventricular (recebe sangue de ambos os ventrículos) 4. Hipertrofia VD (secundário à obstrução da via de saída do VD) Sinal clássico ao raio-x de tórax: coração em bota (tamanco holandês)
206
207
Suplementação profilática de ferro em prematuros e/ou com baixo peso ao nascer
1. Dos 30 dias até os 12 meses: suplementar quantidade maior de ferro elementar de acordo com o peso de nascimento a. Baixo peso (2500g a 1500g): 2mg/kg/dia b. Muito baixo peso (1500g a 1000g): 3mg/kg/dia c. Extremo baixo peso (<1000g): 4mg/kg/dia 2. Dos 12 aos 24 meses: 1mg/kg/dia de ferro elementar
208
Programas do MS voltados a prevenção e atenção às deficiências de micronutrientes por meio da suplementação
1. NutriSUS (fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó) 2. programa nacional de suplementação de ferro (PNSF) 3. programa nacional de suplementação de vitamina A (PNSVA)
209
Síndrome do bebê sacudido: tríade clássica
1. Hemorragia retiniana 2. Hematoma subdural 3. Rebaixamento do nível de consciência
210
Toxoplasmose congênita: tríade de Sabin
1. Hidrocefalia 2. Coriorretinite 3. Calcificações intracranianas difusas ## Footnote * Tríade classica, porém incomum
211
Principal agente etiológico da ITU na pediatria
Escherichia coli
212
PALS: para avaliação do pulso, utiliza-se o ___ em crianças de até 1 ano e o ____ em crianças maiores que 1 ano
Até 1 ano: pulso braquial* Acima de 1 ano: pulso carotídeo ou femoral ## Footnote * Nessa faixa etária, o pulso carotídeo não deve ser avaliado pelo risco de precipitação de bradicardia
213
Principais causas de PCR em crianças
Hipóxia e insuficiência respiratória ## Footnote * Na faixa etária pediátrica, a PCR raramente é um evento súbito, sendo consequência da piora progressiva respiratória ou cardiocirculatória
214
Convulsão febril simples e complexa: características
1. Simples: crise tônico-clônica generalizada, com duração inferior a 15 minutos, pós-ictal com sonolência breve e sem déficit focal e sem recorrência na mesma doença febril 2. Complexa: crise focal, com duração maior que 15 minutos, pós-ictal com sonolência ou déficit focal persistente, crises repetidas em 24 horas ou que recorrem na mesma doença febril
215
Síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido: principais fatores de risco
1. Prematuridade (<35 semanas) 2. DM materno
216
Síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido: padrão radiológico
1. Infiltrado reticulogranular difuso (pulmão em vidro moído/fosco) 2. Broncograma (setas) 3. Congestão pulmonar
217
Taquipneia transitória do RN (TTRN): principal fator de risco
Cesárea eletiva fora do trabalho de parto
218
aquipneia transitória do RN (TTRN): padrão radiológico
1. Congestão peri-hilar radiada e simétrica 2. Espessamento de cisuras interlobares (cisurite)
219
Síndrome de aspiração meconial: principais fatores de risco
Maturidade fetal e sofrimento fetal
220
Síndrome de aspiração meconial: quadro radiológico
1. Áreas de ateletctasia 2. Opacidades de aspecto granular grosseiro 3. Áreas de hiperinsuflação