Cirurgia geral Flashcards
(98 cards)
Câncer colorretal: rastreamento
Risco habitual:
- USPSTF: 45 (B) / 50 (A) - 75 / 10 anos expectativa de vida
- Harrison/Sabiston: 50 - 75 anos
História familiar/fatores de risco:
- 10 anos antes do caso familiar
Câncer gástrico: fatores de risco
- Infecção H. pylori (adenocarcinoma)
- Dieta rica em alimentos salgados, defumados ou conservados em sal e pobre em frutas e vegetais frescos
- Tabagismo (cardia)
- História familiar
- Gastrite atrófica crônica, anemia perniciosa, metaplasia intestinal e pólipos gástricos principalmente adenomatosos
- Idade > 55 anos
- Sexo masculino
- Asiáticos, hispânicos e afro-americanos
- Consumo excessivo de álcool
- Obesidade (cardia)
- Exposição ocupacional
- Cirurgias prévias
- Tipo sanguíneo A
Câncer gástrico: classificação histológica de Lauren
Intestinal:
- Formação de estruturas glandulares;
- Bem diferenciado, melhor prognóstico;
- Subtipo mais comum no Brasil;
- Homens (2:1), > 55 anos;
- Associação com gastrite atrófica crônica (H. pylori) e metaplasia intestinal;
- Porção mais distal;
- Disseminação hematogênica,;
- Instabilidade de microssatélites.
Difuso:
- Células em anel de sinete, sem estruturas glandulares;
- Pouco diferenciado, pior prognóstico;
- Mulheres mais jovens (40-48 anos);
- Tipo sanguíneo A;
- Redução da expressão da E-caderina;
- Porção mais proximal;
- Disseminação linfática e por contiguidade;
- Possibilidade de falso-negativo na biópsia.
Síndrome de Von Hippel Linddau
- Mutação gene VHL;
- Tumores em cérebro, rim e retina.
Classificação de Spigelman
- Avalia gravidade de alterações duodenais em EDA de pacientes portadores de PAF.
Parâmetros:
- Quantidade de pólipos;
- Tamanho dos pólipos;
- Histologia dos pólipos;
- Presença ou não de displasia.
Frequência de EDA:
- Estágio 0 e I: 4-5 anos
- Estágio II: 2-3 anos
- Estágio III: 1 ano
- Estágio IV: cirurgia (pancreaticoduodenectomia)
Complicações tireoidectomia
- Sangramento: hematoma cervical com evolução para insuficiência respiratória;
- Paratireoidectomia: hipocalcemia (tetania e Chvosteck/Trousseau);
- Nervo laríngeo superior: fraqueza ou fadiga vocal, bem como alteração na qualidade e tom da voz;
- Nervo laríngeo recorrente: paresia ou paralisia da corda vocal ipsilateral (unilateral: rouquidão / bilateral: insuficiência respiratória).
Tumores estromais gastrointestinais (GISTs): estadiamento
Critérios da categoria T:
- T1: ≤ 2 cm;
- T2: 2-5 cm;
- T3: 5-10 cm;
- T4: > 10 cm;
Critérios da categoria N:
- N0: nenhuma metástase linfonodal ou status linfonodal desconhecido;
- N1: presença de metástase linfonodal regional (qualquer número de linfonodos);
Critérios da categoria M:
- M0: sem metástase à distância;
- M1: metástase à distância.
Câncer de esôfago: ressecabilidade
- T4a (potencialmente ressecável): invasão de pleura, pericárdio, veia ázimos, peritônio ou diafragma
- ≥T4b/M1 (irressecável): invasão de aorta, traqueia ou corpo vertebral e/ou metástase a distância em peritônio, pulmão, osso, adrenal, cérebro e fígado e/ou disseminação extrarregional de linfonodo (linfadenopatia paraaórtica ou mesentérica)
Sinal de Virchow
Aumento visível de linfonodo supraclavicular esquerdo
Vômica
Expulsão, por meio da tosse, de secreções supuradas provenientes dos pulmões, as quais, mediante ruptura, passaram para os brônquios (sugere perfuração do tumor de esôfago para vias aéreas)
Foco e perserverança
Disciplina e otimismo
Nódulo tireoide: fluxograma de investigação
Passo 1: dosar TSH
1. Baixo: cintilografia
- Quente: adenoma tóxico
- Frio: investigar malignidade
2. Normal/alto: investigar malignidade
Passo 2: USG
- < 1 cm: acompanhar
- ≥ 1 cm + alguma característica suspeita: PAAF
Passo 3: classificação de Bethesda
Nódulo tireoide: classificação de Bethesda
I (insatisfatório): repetir PAAF
II (benigno): acompanhar (USG 1-2 anos)
III (lesão folicular indeterminada): repetir PAAF ou cirurgia
IV (neoplasia folicular): repetir PAAF ou cirurgia
V (suspeito de malignidade): cirurgia
VI (maligno): cirurgia
Teste molecular (III e IV):
- Baixo risco: reclassificar como II
- Alto risco: reclassificar como V
Adenoma hepático: tríade mortal
Dor abdominal em hipocôndrio direito + sinais de sangramento (taquicardia e sudorese) + tumor hepático
Metástase hepática: conduta
- Bom risco cirúrgico + ≤ 4 lesões: cirurgia imediata
- Bom estado geral + > 4 lesões ou suspeita radiologia de acometimento dos linfonodos portais ou doença bilobar: QT sistêmica seguida de nova avaliação cirúrgica
Metástase hepática: contraindicações de ressecção
- Doença extra-hepática extensa e irressecável;
- Evidência radiológica de envolvimento da veia porta, artéria hepática ou grandes ductos biliares;
- Envolvimento extenso do fígado (> 70%, > 6 segmentos ou 3 veias hepáticas);
- Baixa reserva hepatocelular.
Nódulo tireoide: alto risco USG
- Sólidos;
- Hipoecogenicidade;
- Altura > largura;
- Margens irregulares;
- Microcalcificações (focos hiperecoicos puntiformes de permeio);
- Halo incompleto;
- Extensão extratireoidiana;
- Vascularização central.
Acompanhamento colonoscópico
- 10 anos: normal;
- 7-10 anos: até 2 tubulares < 1 cm;
- 3-5 anos: 3-4 tubulares < 1 cm;
- 3 anos: 5-10 tubulares ou ≥ 1 cm ou tubuloviloso/viloso ou displasia de alto grau;
- 1 ano: > 10 adenomas;
- 6 meses: ressecção parcial de adenoma ≥ 2 cm.
GIST (gastrointestinal stromal tumor)
- Local mais comum: estômago
- Origem: células de Cajal
- Marcador: protooncogene KIT (CD-117)
- Tratamento: ressecção cirúrgica se ≥ 2 cm +- imatinibe
Adenocarcinoma da transição esofagogástrica: classificação
- Siewert I: centro localizado no esôfago distal, entre 1-5 cm acima da JEG
- Siewert II: verdadeiros tumores da cárdia, centro localizado entre 1 cm acima e 2 cm abaixo da JEG
- Siewert III: entre 2-5 cm abaixo da JEG (tecnicamente, corresponde a um carcinoma gástrico subcárdico)
Osteoartrose: líquido sinovial
- Viscosidade: diminuída;
- Coloração: amarela clara;
- Leucócitos: 200-2000/mm;
- Polimorfonucleares: < 50%.
Nefrolitíase infectada
Quinolona ou cefalosporina
Nefrolitíase: indicações de abordagem urológica intervencionista de urgência
- Cálculo > 1 cm;
- ITU associada;
- Sintomas refratários ao tratamento clínico;
- Obstrução persistente e/ou progressiva;
- Insuficiência renal aguda (obstrução bilateral completa ou unilateral em rim único).
Mieloma múltiplo: alterações laboratoriais
CARO:
- Hipercalcemia (Ca > 11,5 mg/dl);
- Anemia (Hb < 10 g/dl);
- Lesão renal (Cr > 2 mg/dl);
- Lesão óssea.