Clínica médica Flashcards

(209 cards)

1
Q

Fibrose cística: mutação genética

A

CFTR (F 508DEL)

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2
Q

Fibrose cística: triagem neonatal

A

IRT
Se > 70: repetir até 30 dias de vida

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3
Q

Fibrose cística: exame diagnóstico

A

Teste do suor
- ≥ 60 (em duas amostras em momentos diferentes): confirmado
- 30-59: intermediário

Sempre pesquisar mutações: possibilidade de uso de inibidor do ICFR

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4
Q

Fibrose cística: tratamento das exacerbações

A

Sempre internar e direcionar para MO isolados (S. aureus e pseudomonas)
- Oxacilina + amicacina + ceftazidima
- Se MRSA: linezolida, vancomicina ou daptamicina

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5
Q

Fibrose cística: indicações teste do suor

A
  1. Alteração da triagem neonatal;
  2. Manifestações clínicas compatíveis (mesmo se TN;
  3. Irmão/irmã com FC.
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6
Q

Fibrose cística: sintomas exacerbação

A
  • Febre
  • Aumento de frequência e intensidade da tosse
  • Expectoração amarelada ou amarelo-esverdeada
  • Redução do apetite
  • Intolerância ao exercício
  • Aumento da frequência respiratória
  • Hemoptise
  • Fadiga
  • Sonolência
  • Diminuição da ausculta
  • Redução da VEF1
  • Alterações radiográficas
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7
Q

DPOC: grau de obstrução espirometria (VEF1)

A

1 (leve): ≥ 80%
2 (moderada): ≥ 50%
3 (grave): ≥ 30%
4 (muito grave): < 30%

Tiffenau < 0,7 (irreversível)

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8
Q

DPOC: associação corticoide

A

Eosinofilia ≥ 300

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9
Q

DPOC: tratamento

A
  • Todos os grupos: SABA ou SAMA para alívio de dispneia quando necessário
  • Grupo A: LABA ou LAMA regular (se sintomas muito eventuais: SABA ou SAMA sob demanda)
  • Grupo B: LABA + LAMA regular
  • Grupo E: LABA + LAMA regular (se eosinofilia: associar CI)
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10
Q

DPOC: escala dispneia mMRC

A

Grau 0: dispneia somente aos esforços extremos
Grau 1: dispneia ao andar rápido no plano ou subir uma ladeira
Grau 2: dispneia ao andar normalmente (anda mais devagar que os outros) ou necessidade de interromper uma caminhada normal no plano
Grau 3: precisa interromper uma caminhada normal no plano após 100 m ou após alguns minutos
Grau 4: não sai de casa ou tem dispneia ao se vestir/despir

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11
Q

DPOC: classificação

A

0 ou 1 exacerbação:
- A: mMRC 0-1 ou CAT < 10
- B: mMRC ≥ 2 ou CAT ≥ 10

≥ 2 exacerbações/ano ou ≥ 1 que leve à internação hospitalar:
- E

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12
Q

Dispneia: exames indispensáveis admissão

A
  1. ECG
  2. RXTX
  3. GasArt
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13
Q

TEP: PESI

A
  • idade (número de anos)
  • sexo masculino (+10 pontos);
  • história de câncer (+30 pontos);
  • insuficiência cardíaca (+10 pontos);
  • doença pulmonar crônica (+10 pontos);
  • FC ≥ 110 bpm (+20 pontos);
  • PAS < 100 mmHg (+30 pontos);
  • FC ≥ 30 irpm (+20 pontos);
  • temperatura < 36ºC (+20 pontos);
  • estado mental alterado (+60 pontos);
  • SatO2 < 90% (+20 pontos).
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14
Q

TEP: PESI simplificado

A
  • > 80 anos;
  • história de câncer;
  • insuficiência cardíaca;
  • FC ≥ 110 bpm;
  • PAS < 100 mmHg;
  • SatO2 < 90%.
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15
Q

Definição sintomático respiratório (MS)

A

Todo indivíduo com tosse ≥ 3 semanas

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16
Q

Dabigatrana: antídoto

A

IDArucisumab

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17
Q

Xarelto: antídoto

A

AndeXAnet alfa

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18
Q

Organofosforados: antídoto

A

Neostigmina

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19
Q

Craniectomia: condições

A
  • Falha do tratamento inicial
  • Janela terapêutica: < 48 horas
  • Idade: desfecho melhor quanto menor a idade
  • Tamanho da lesão: grande parte do território da ACM ou para hemorragias intracerebrais volumosas com sinais de herniação
  • Sinais de herniação
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20
Q

Tétrade clássica da doença de Parkinson

A
  • Bradicinesia
  • Rigidez
  • Tremor de repouso
  • Instabilidade postural
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21
Q

Método SPIKES

A

S: setting up (preparando-se para o encontro)
P: perception (entendendo a percepção do ouvinte)
I: invitation (convidando para o diálogo)
K: knowledge (transmitindo a informação ou conhecimento)
E: emotions (acolhendo as emoções)
S: strategy and summary (resumindo e organizando estratégias)

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22
Q

Asma: classificação de gravidade

A
  • Leve (etapas I e II): bom controle com uso de CI + LABA ou SABA sob demanda ou CI dose baixa manutenção + SABA resgate;
  • Moderada (etapa III): necessita de CI dose baixa + LABA de manutenção e resgates sob demanda;
  • Grave (etapa IV): necessita de CI dose média/alta + LABA + LAMA ou corticoterapia oral que, apesar do tratamento, permanece não controlada.
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23
Q

Asma: controle (GINA)

A

Critérios:
- Sintomas diurnos (>2 vezes na semana);
- Despertares noturnos por asma;
- Medicamentos de resgate (>2 vezes na semana);
- Limitação de atividades por asma.

Classificação:
- Nenhum item: asma controlada;
- Um ou dois itens: asma parcialmente controlada;
- Três ou quatro: asma não controlada.

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24
Q

AVE: circulação mais afetada + clínica

A

Anterior ou carotídea: déficit motor contralateral, com comprometimento predominante de membros superiores e inferiores, alteração de linguagem, perda sensitiva contralateral e hemianopsia homônima com desvio conjugado do olhar para o lado da lesão

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25
AVE circulação posterior (vertebrobasilar): clínica
Estado de coma, tetraparesia, alterações de nervos cranianos, diplopia, vertigem ou ataxia
26
AVE: triagem pré-hospitalar de Cincinatti
Qualquer uma das alterações: - Queda facial: assimetria ao comando de sorriso/mostrar os dentes; - Fraqueza nos braços: não sustentação dos braços para frente em ângulo de 90º por pelo menos 10 segundos; - Fala anormal: solicitar par repetir "na casa do padeiro nem sempre tem trigo".
27
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS): critérios diagnósticos
≥ 2 critérios: - Temperatura > 38°C ou < 36°C; - Frequência cardíaca > 90 bpm; - Frequência respiratória > 20 irpm ou pCO₂ 32 mmHg; - Leucócitos > 12000 células/mm³, < 4000 células/mm³ ou > 10% de bastões.
28
qSOFA: critérios
≥ 2 critérios: - PAS < 100 mmHg; - FR ≥ 22 irpm; - ECG < 15 (alteração estado mental).
29
Sepse: pacote da primeira hora
1. Resgate volêmico: 30 mL/kg cristaloide; 2. Dosagem de lactato; 3. Manutenção de débito urinário > 0,5 ml/kg; 4. Coleta de hemoculturas seguida pelo início de antibioticoterapia; 5. Infusão de vasopressores se o paciente estiver hipotenso durante ou após ressuscitação volêmica para manter PAM > 65 mmHg.
30
IOT em hipotenso: drogas
Evitar: - Fentanil; - Midazolam; - Propofol. Preferir: - Quetamina; - Etomitado; - Succinilcolina; - Rocurônio.
31
Morte encefálica: um dos médicos necessariamente precisa ser especialista
Medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência.
32
Morte encefálica: testes clínicos
1. Reflexo fotomotor; 2. Reflexo oculovestibular; 3. Reflexo corneopalpebral; 4. Reflexo oculocefálico; 5. Reflexo da tosse.
33
Pares nervos cranianos
I. Olfatório II. Óptico; III. Oculomotor; IV. Troclear; V. Trigêmeo; VI. Abducente; VII. Facial; VIII. Vestibular; IX. Glossofaríngeo; X. Vago; XI. Acessório; XII. Hipoglosso.
34
Balão intraaórtico: contraindicações
- Doença arterial periférica grave; - Insuficiência aórtica grave; - Aneurisma de aorta grave; - Dissecção aórtica ou suspeita; - Sepse não controlada; - Desordens de coagulação.
35
Classes medicamentosas anti-diabetogênicos
1. Biguanidas: - Reduz a produção hepática de glicose, melhora a sensibilidade à insulina e aumenta a captação periférica de glicose; - Metformina. 2. Tiazolidinedionas (glitazonas): - Aumentam a sensibilidade das células à isulina, ligando-se aos receptores insulínicos nas células e melhorando a resposta à insulina. - Rosiglitazona, pioglitazona. 3. Inibidores da DPP-4 (dipeptidil peptidase-4): - Aumenta os níveis de incriminas, que aumentam a secreção de insulina e diminuem a liberação de glucagon. - Sitagliptina, saxagliptina. 4. Inibidores SGLT2 (sodium-glucose co-transporter-2): - Reduzem a absorção de glicose nos rins, aumentando a excreção urinária de glicose. - Empagliflozina, canagliflozina, dapagliflozina. 5. Agonistas do GLP-1 (glucagon-like peptide-1): - Aumentam a secreção de insulina em resposta à ingestão de alimentos, diminuem a secreção de glucagon e retardam o esvaziamento gástrico. - Liraglutida, semaglutida, dulaglutida. 6. Sulfonilureias: - Estimulam a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas. - Glibenclamida, glipizida. 7. Meglitinidas: - Estimulam a secreção de insulina pelas células beta do pâncreas, de forma semelhante às sulfonilureias, mas com início de ação mais rápido e duração mais curta. 8. Inibidores de alfa-glicosidase - Retardam a digestão e absorção de carboidratos intestinais. - Acarbose, miglitol.
36
DM2: critérios diagnósticos
1. GJ ≥ 126 mg/dl; OU 2. Glicemia 2 horas pós-TOTG ≥ 200 mg/dl; OU 3. HbA1c ≥ 6,5%; OU 4. Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dl em paciente com sintomas clássicos de hiperglicemia (poliúria, polidipsia e perda de peso) ou crise hiperglicêmica. Dois testes anormais ou duas amostras diferentes (exceto 4).
37
Classificação IMC
- < 18,5 kg/m²: abaixo do peso - 18,5 a 24,9 kg/m²: peso normal - 25 a 29,9 kg/m²: sobrepeso - 30 a 34,9 kg/m²: obesidade grau I - 35 a 39,9 kg/m²: obesidade grau II - ≥ 40 kg/m²: obesidade grau III
38
Doença de Crohn: agudização
Clínica: - Cólicas abdominais, piora da diarreia, perda de peso, estomatite, febre e/ou outros sinais e sintomas sistêmicos. Tratamento:
39
DII: megacólon tóxico
Fisiopatologia: - Inflamação acomete camada muscular, levando à perda de tônus instrínseco e consequente adelgaçamento da parede intestinal. Clínica: - Dilatação colônia > 6 cm + dor abdominal (espontânea ou à descompressão), febre alta e diminuição da peristalse. Critérios diagnósticos: - Distensão colônia + 3 sintomas (> 38ºC, FC > 120 bpm, leucocitose com neutrofilia, anemia) + 1 agravo (desidratação, alteração do nível de consciência, distúrbios hidroeletrolíticos, hipotensão arterial). Tratamento: - Ausência de melhora em 12 a 24 horas: coletoria.
40
Síndrome de Loeffler
Strongyloides stercoralis Ancylostoma duodenale Necator americanus Toxocara canis Ascaris lumbricoides
41
Colangite aguda (Guideline de Tóquio de 2018): diagnóstico
Diagnóstico: - Definitivo: A + B + C - Suspeito: A + B ou C Critério A: inflamação sistêmica - Febre (38ºC) ou calafrios; - Leucocitose; - BT < 4 ou > 10 - ↑ PCR Critério B: colestase - Icterícia ou aumento de BT (> 2 mg/dl); - ↑ TGO ou TGP - ↑ FA ou GGT; Critério C: imagem - Dilatação da via biliar (observada por USG, TC, RM ou colangio-RM); - Etiologia indefinida (cálculo, estenose ou stent). Obs.: Dor em QSD e história de litíase biliar colaboram com o diagnóstico, mas não fazem parte dos critérios.
41
Teste de Schilling
Investigação de absorção de vitamina B12
42
Colangite aguda (Guideline de Tóquio de 2018): classificação de gravidade
Grau III (grave): presença de disfunção orgânica em algum dos seguintes sistemas - Cardiovascular: hipotensão refratária, necessidade de amigas vasoativas; - Neurológico: ↓ dos níveis de consciência; - Respiratório: pO2/FiO2 < 300; - Renal: oligúria ou Cr > 2 mg/dl; - Hepático: INR > 1,5; - Hematológico: plaquetopenia < 100000/mm. Grau II (moderado): sem disfunção orgânica, mas com pelo menos dois dos seguintes achados - Leucócitos > 12000/mm ou < 4000/mm; - Febre > 39ºC; - Idade ≥ 75 anos; - BT ≥ 5 mg/dl; - Hipoalbuminemia. Grau I (leve): não se enquadra em I e II
43
Colangite aguda (Guideline de Tóquio de 2018): tratamento
- Grau I: medidas gerais de suporte como reposição volêmica, analgesia e antibioticoterapia. A drenagem pode ser considerada em casos refratários. - Grau II: Medidas de suporte, antibioticoterapia e drenagem de urgência (CPRE ou CTP) + CVL. - Grau III: Suporte apropriado para falência orgânica (VM, vasoconstritor) e drenagem de emergência.
44
Colecistite aguda (Guideline de Tóquio de 2018): diagnóstico
Diagnóstico: - Definitivo: A + B + C - Suspeito: A + B Critério A: inflamação local - Sinal de Murphy +; - Dor, massa palpável ou sensibilidade em QSD. Critério B: inflamação sistêmica - Febre (> 38ºC); - Leucocitose; - ↑ PCR. Critério C: imagem - USG típica (Murphy +, parede > 4 mm, vesícula distendida > 4 cm, cálculo encarcerado e líquido pericolecístico); - TC, RM ou cintilografia HIDA com imagem típica. Exame de imagem: - Melhor exame inicial: USG de abdome; - Padrão-ouro: cintilografia com HIDA; - Alternativas: TC ou RM; - Colecistite enfisematosa ou perfurada: preferência por TC abdominal.
45
Colecistite aguda (Guideline de Tóquio de 2018): classificação de gravidade
Grau III (grave): presença de disfunção orgânica em algum dos seguintes sistemas - Cardiovascular: hipotensão refratária, necessidade de amigas vasoativas; - Neurológico: ↓ dos níveis de consciência; - Respiratório: pO2/FiO2 < 300; - Renal: oligúria ou Cr > 2 mg/dl; - Hepático: INR > 1,5; - Hematológico: plaquetopenia < 100000/mm. Grau II (moderado): sem disfunção orgânica, mas com pelo menos dois dos seguintes achados - Leucócitos > 18000/mm; - Massa palpável e dolorosa em quadrante superior direito do abdome; - Sintomas > 72 horas; - Colecistite gangrenosa, abscesso pericolecístico, abscesso hepático, peritonite biliar ou colecistite enfisematosa. Grau I (leve): não se enquadra em I e II
46
Colecistite: indicação de colecistectomia em pacientes assintomáticos
1. Vesícula em porcelana; 2. Pólipo de alto risco (> 60 anos, > 1 cm, crescimento documentado na USG seriada); 3. Cálculos grandes (> 2,5 cm); 4. Pólipo associado a cálculos; 5. Vesícula com anomalia congênita; 6. Doença hemolítica (ex.: anemia falciforme).
47
Cistos biliares: classificação de Todani
- Tipo 1: cisto extra-hepático fusiforme; - Tipo 2: cisto extra-hepático diverticular; - Tipo 3: cisto intraduodenal/coledococele; - Tipo 4a: múltiplos cistos intra e extra-hepáticos; - Tipo 4b: múltiplos cistos extra-hepáticos; - Tipo 5: múltiplos cistos intra-hepáticos.
48
Cistos hepáticos: tratamento
- Tipos 1, 2 e 4: ressecção da via biliar associado a colecistectomia; - Tipo 3: esfincterectomia (ou papilotomia) endoscópica (CPRE); - Tipo 5: se doença restrita hepatectomia parcial ou se difuso transplante hepático.
49
Colecistectomia: visão crítica de segurança
1. Dissecção do tecido fibroso e da gordura na região do trígono de Calot, expondo o ducto cístico e a artéria cística; 2. Dissecção da porção inferior da vesícula biliar do seu leito, expondo a placa cística; 3. Identificação de duas estruturas (ducto cístico e artéria cística) chegando até a vesícula biliar.
50
Ducto hepático esquerdo: drenagem
- Hemifígado esquerdo: 2, 3 e 4.
51
Linha de Cantlie
Marco anatômico superficial para divisão do fígado em hemi-fígado direito e esquerdo (aproximada topografia da veia hepática média)
52
Posição veia cava inferior
Direita da aorta
53
Classificação de Strasberg (lesões iatrogênicas das vias biliares durante CVL)
- A: Vazamentos oriundos de pequenos ductos ligados a via biliar principal (cístico, leito vesicular, etc.); - B: Ligadura de um dueto hepático direito aberrante; - C: Lesão de um ducto hepático aberrante sem ligadura; - D: Lesão lateral em via biliar principal (< 50% do ducto colédoco); - E: Estenoses (antiga classificação de Bismuth): - E1: Estenose baixa do ducto hepático comum com coto > 2 cm; - E2: Estenose baixa do ducto hepático comum com coto < 2 cm; - E3: Estenose proximal do hepático comum com confluência íntegra; - E4: Estenose proximal do hepático comum com confluência estenosada; - E5: Estenose associada a lesão com duto hepático direito aberrante.
54
Fígado: divisão anatômica em direita e esquerda
Veia porta (visivelmente linha de Cantlie)
55
Síndrome nefrótica: laboratório
Proteinúria: - Adultos: > 3-3,5 g/dia; - Crianças: > 50 mg/kg/dia (> 40 mg/m²/dia); - Relação proteína/creatinina urinária: > 2,0. Outros dados: - Hipoalbuminemia: < 2,5; - Hiperlipidemia; - Lipidúria; - Edema (< pressão oncótica); - Estado pró-trombótico (perda de AT-3 e anticoagulantes endógenos); - Anemia ferropriva (perda de transferrina); - Suscetibilidade infecciosa (perda de IgG).
56
Complemento: referência laboratório
- C3: 90-180 mg/dL - C4: 10-40 mg/dL
56
Síndrome nefrótica criança: quando pensar em outras causas que não Doença por Lesão Mínima (DLM)
- Hematúria; - Hipertensão arterial; - Hipocomplementenemia; - Idade < 1 ou > 8 anos (alguns autores: > 12 anos); - Insuficiência renal.
57
Síndrome nefrótica: principais agentes PBE
1. Streptococcus pneumoniae; 2. Escherichia coli.
58
Síndrome nefrítica: tratamento
1. Repouso relativo (enquanto persistirem edema, hipertensão ou complicações); 2. Restrição hídrica (20 mL/kg/dia ou 300-400 ml/m²/dia); 3. Restrição sódica (< 2 g NaCl/m²/dia); 4. Furosemida (manifestações hipervolêmicas); 5. Antibioticoterapia (erradicação cepas nefritogênicas).
59
Doença renal: piora com uso de IECA/BRA
Sugestivo de estenose bilatera de artérias renais
59
Doenças renais: cilindros sugestivos
Proteínas de Tamm-Horsfall: - Cilindros hemáticos: doença glomerular (hematúria); - Cilindros leucocitários: glomerulopatias (nefrites intersticiais); - Cilindros granulosos: necrose tubular aguda.
60
Síndrome hemolítico-urêmica: clínica
Microangiopatia trombótica: - Anemia hemolítica microangiopática; - Trombocitopenia; - Insuficiência renal aguda.
61
Síndrome hemolítico-urêmica: agente etiológico
Escherichia coli produtora de toxina Shiga
62
Síndrome hemolítico-urêmica: laboratório
- Anemia (Hb < 8 g/dl); - Coombs negativo; - Esquizóticos (> 10%); - ↑ BI; - ↓ haptoglobina; - ↑ LDH; - Apenas hematúria à IRA grave; - ↑ K; - ↑ P; - Acidose metabólica (↑ H).
63
Doença renal: HIV
Glomeruloesclerose segmentar e focal
64
Doença renal: hepatite C
Nefropatia membranoproliferativa (mesangiocapilar)
65
Doença de Berger
Nefropatia por IgA - Hematúria macroscópica intermitente; - Hematúria microscópica persistente; - Síndrome nefrítica.
66
Sangramento urêmico: principal causa
Disfunção plaquetária
67
Calcifilaxia: definição
Arteriolopatia urêmica calcificante: distúrbio observado quase exclusivamente em pacientes com DRC avançada. Livedo reticular com progressão para placas de necrose isquêmica, sobretudo em pernas, coxas, abdome e mamas. Exame patológico: obstrução vascular associada à extensa calcificação vascular de tecidos moles.
68
Doença renal crônica: classificação KDIGO
Taxa de filtração glomerular: - G1: ≥ 90 ml/min/m² - G2: 60-89 ml/min/m² - G3a: 45-59 ml/min/m² - G3b: 30-44 ml/min/m² - G4: 15-29 ml/min/m² - G5: < 15 ml/min/m² Taxa de excreção de albuminúria: - A1: < 30 mg/24h - A2: 30-300 mg/24 - A3: > 300 mg/24 (Aluminúria/creatinúria: mesmos valores)
69
Lesão renal aguda: KDIGO
- ↑ Cr ≥ 0,3 mg/dl em 48 h; OU - ↑ Cr ≥ 1,5 x valor de base, conhecido ou presumido nos últimos 7 dias; OU - Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por mais de 6 h.
70
DRC: suspensão metformina
TFG < 30 ml/min/m²
70
Doença óssea do paciente renal crônico
- Alto turnover: osteíte fibrosa (↑ PTH); - Baixo turnover: osteomalácia e doença óssea adinâmica (↓ PTH); - Doença mista.
71
IRA: únicos eletrólitos que caem
- Na: acúmulo de água livre; - Ca: quelante de P.
71
Injúria renal aguda: classificação KDIGO
- KDIGO 1: Cr ≥ 0,3 mg/dl em 48 h ou 1,5-1,9 Cr basal; DU < 0,5 ml/kg/h por mais de 6 h; - KDIGO 2: Cr ≥ 2,0-2,9 mg/dl Cr basal; DU < 0,5 ml/kg/h por 12-24 h; - KDIGO 3: Cr ≥ 4 mg/dl ou ≥ 3 Cr basal ou início de terapia renal substitutiva; DU < 0,3 ml/kg/h por mais de 24 h ou anúria por ≥ 12 h;
72
Diálise de urgência: indicações
- Manifestações graves relacionadas à uremia (encefalopatia, pericardite e sangramentos); - Sobrecarga de volume refratária (edema agudo de pulmão); - Hipercalemia refratária; - Acidose metabólica refratária.
73
Parâmetros para estadiamento: DRC e IRA
Doença renal crônica: - Taxa de filtração glomerular; - Albuminúria. Injúria renal aguda: - Variação de débito urinário; - Variação de creatinina sérica.
74
Taxa de filtração glomerular: fórmulas
1. Cockroft-Gault (decorar): [(140 - idade) x peso]/creatinina plasmática x 72 (x 0,85 se mulher); 2. CKD-EPI: 141 x min (SCR/K, 1) a x max (SCR/k,1) - 1,209 x 0,993 idade x 1,018 (se mulher) x 1,159 (se negro).
75
Lesão renal por AINEs: formas
Pré renal: vasoconstrição da arteríola aferente e bloqueio de prostaglandinas (↓ Na urinário). Intrarrenais: 1. Nefrite intersticial aguda: alérgico (eosinofilia e eosinofilúria); 2. Necrose de papila: isquêmico (lombalgia e febre); 3. Necrose tubular aguda: "desligamento"dos túbulos renais (Na urinário > 40 mEq/L).
76
Leptospirose: síndrome de Weil
- Icterícia; - Insuficiência renal; - Hemorragia.
77
Leptospirose: síndrome de Weil
- Icterícia; - Insuficiência renal; - Hemorragia.
78
Oseltamivir: indicações
Iniciar em 48 horas do início dos sintomas: - Grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto (incluindo as que tiveram aborto ou perda fetal); - Adultos ≥ 60 anos; - Crianças < 5 anos; - População indígena aldeada ou com dificuldade de acesso; - Indivíduos < 19 anos em uso prolongado de AAS (risco de síndrome de Reye); - Indivíduos que apresentem: asmas, TBC, cardiovasculopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas, distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos, imunossupressores, neoplasias, HIV/aids e obesidade.
79
Staphylococcus aureus
Coco Gram-positivos em cachos
80
Pneumonia aspirativa: tratamento
- Clindamicina; - Amoxicilina + clavulanato.
81
Oseltamivir: quimioprofilaxia
- Crianças com condições ou fatores de riscos, que foram expostas a caso suspeito ou confirmado no intervalo entre a primeira e a segunda dose ou com menos de duas semanas após a segunda dose.
82
Derrame pleural complicado: critérios
- pH < 7,2; - Glicose < 40-60 mg/dl; - LDH > 1000 UI; - Presença de bactérias no Gram; - Aspecto purulento.
83
Acinetobacter baumanii: sensibilidade
Piperacicilina + sulbactam
84
Endocardite infecciosa: profilaxia
Primeira escolha: - Amoxicilina 2 g; Alergia à penicilina: - Cefalexina 2 g; - Clindamicina 600 mg; - Azitromicina/claritromicina 500 mg.
85
Endocardite infecciosa subaguda: agente etiológico
Streptococcus do grupo viridans
86
Grupo HACEK: terapia de escolha
Bacilos Gram-negativos com sensibilidade diferente: - Ceftriaxone 4-6 semanas; - Ampicilina + sulbactam 4-6 semanas.
87
Endocardite infecciosa: manchas de Janeway
Placas/máculas indolores ou pouco dolorosas, hemorrágicas, com predileção pela palma das mãos ou planta dos pés
88
Endocardite infecciosa: tratamento
Vancomicina + gentamicina
89
Bactéria atípica: definição e exemplo
Sem parede celular de peptídio-glicano, portanto não são sensíveis aos antibióticos betalactâmicos. - Mycoplasma pneumoniae; - Chlamydophila pneumoniae; - Legionella pneumophila; - Chlamydia psittaci; - Coxiella burnetii.
90
Agentes inotrópicos: indicação
Dobutamina: acientes que demonstrem evidência de hipoperfusão persistente, apesar da reposição volêmica adequada e do uso de vasopressore (↓ saturação venosa central, pressões de enchimento cardíaco elevadas e baixo débito).
91
Síndrome do choque tóxico: definição
Agentes: S. aureus e S. pyogenes Clínica: - Febre ≥ 38,9℃; - Eritrodermia difusa; - Descamação 1-2 semanas após início do rash (principalmente m palmas, sola e dedos); - Hipotensão; - Envolvimento de múltiplos órgãos (≥ 3 sintomas: vômitos ou diarreia, mialgia grave, ≥ 2x valor normal, plaquetas ≤ 100.000/mm, desorientação, alteração de consciência sem sinais neurológicos focais quando febre e hipotensão ausentes); - Culturas de sangue, orofaringe e liquor negativas para febre maculosa, leptospirose e sarampo.
92
Síndrome de Waterhouse-Friderichsen
Choque refratário na meningococcemia por necrose das suprarrenais
93
Injúria renal aguda com hipoca lemia
- Leptospirose; - Anfotericina B; - Aminoglicosídeos; - Hipertensão maligna.
94
Rins: função endócrina
- Eritropoietina: anemia; - Calcitriol: doença óssea.
95
IRA pré-renal: principais drogas responsáveis
- IECA/BRA; - AINEs.
96
Parâmetros: IRA pré-renal x NTA
Na urinário: - Pré-renal: baixo (< 20); - NTA: alto (> 40). Fe sódio: - Pré-renal: baixa (< 1%); - NTA: alta (> 1%). Fe ureia: - Pré-renal: baixa (< 35%); - NTA: alta (> 50%). U/Cr (plasma): - Pré-renal: alta (> 40); - NTA: baixa (< 20). Densidade: - Pré-renal: alta (> 1020); - NTA: baixa (< 1015). Osmolaridade: - Pré-renal: alta (> 500); - NTA: baixa (< 350). Cilindros: - Pré-renal: hialinos; - NTA: granulosos.
97
DRC com rim de tamanho normal
- DM; - Amiloidose; - Doença renal policística.
98
Placa de Hollenhorst
Ateroembolismo na retina
99
Quelante de fósforo
Sevelamer
100
Cinacalcete
Calcimimético
101
Diarreia crônica: SIDA
Isosporíase: dor abdominal, anorexia, perda de peso e sangue nas fezes
102
Meningoencefalite aguda/subaguda: SIDA
Criptococose: - Neuroimagem para excluir lesão com efeito de massa (geralmente comunicante que permite punção lombar); - Anfotericina B (2 semanas) + fluconazol (6-10 semanas).
103
Deficiência de IgA
Infecções recorrentes de mucosas (enteroparasitoses)
104
Deficiência de IgG
Infecções recorrentes por germes encapsulados (sinopulmonares)
105
PEP: esquema preferencial MS
Tenofovir (TDF) + lamivudina (3TC) + dolutegravir (DTG)
106
PVHIV iniciará tratamento para TB
Trocar dolutegravir por efavirenz ou raltegravir Se troca não for possível: trocar rifampicina por rifamicina (interação inibidores de protease)
107
NeuroAids
- Neurotoxoplasmose: febre, alteração do nível de consciência, crise convulsiva e déficit neurológico focal (questão geralmente mostra sorologia positiva); - Criptococose: febre, mal estar, cefaléia constante, rigidez de nuca e vômitos, alterações visuais e mentais (fotofobia, delírio, alucinações e agitação).
108
Aids: profilaxias infecções oportunistas
- CD4 < 200: P. carinii (TMP-SMX); - CD4 < 100: toxoplasmose (TMP-SMX); - CD < 50: Mycobacterium avian complex (MAC) (azitromicina ou claritromicina).
109
PrEP: medicamento
Tenofovir e entricitabina
110
HIV: diagnóstico < 18 meses
- CV > 5000 cópias/ml em dois exames: o primeiro duas semanas após o término da profilaxia antirretroviral, o segundo repetido imediatamente se o primeiro positivo. - Ausência de profilaxia: CV a qualquer momento > 5000 cópias/ml repetida após quatro semanas.
111
Pneumocistose: tratamento
Sulfametoxazol + trimetoprima. Associar corticoide: pO2 < 70 mmHg e/ou gradiente alvéolo-arterial de oxigênio > 35 mmHg.
112
Efavirenz: efeitos colaterais
Sonhos vividos, pesadelos, ansiedade e depressão
113
Tenofovir: efeitos colaterais
Nefrotóxico e desmineralizante ósseo
114
Pneumonia: distúrbio hidroeletrolítico que traduz pior prognóstico
Hiponatremia (caracteristicamente associada com Legionella pneumophila)
115
Pneumonia: quadros graves com associação gastrointestinal e neurológico
Legionella pneumophila
115
Cocos Gram-positivos em cadeia
Enterococo ou estafilococo
116
Sopro anfórico
Cavitação pulmonar
116
Impetigo: indicação de antibioticoterapia sistêmica
1. Acometimento de estrutura profundas da pele; 2. Coexistência de faringite; 3. Febre; 4. Linfadenopatia; 5. Lesões próximas à cavidade oral ou no couro cabeludo; 6. Lesões numerosas (> 5 lesões).
117
Pneumonia: cobertura MRSA
Vancomicina ou linezolida (únicas que penetram parênquima pulmonar)
118
IRA pré-renal: laboratório
Razão ureia/creatinina > 40
119
IRA com acidose metabólica: reposição de bicarbonato
pH < 7,1 / HCO3 < 10 mEq/L
120
Síndrome de Bartter
Inibição do transportador Na-K-2Cl: poliúria + hipoK + alcalose
121
Síndrome de Gitelman
Inibição da reabsorção de sódio (NaCl): hipocalciúria + hipoK + alcalose
122
Isoniazida: deficiência vitamina
B6 (neuropatia periférica)
123
TB meníngea: neuroimagem
Hidrocefalia, hipercaptação meninge basal, infartos cerebrais e/ou tuberculosas
124
Tumor maligno primário mais comum do SNC em adultos
Glioblastoma
124
Neoplasia de origem no remanescente saco de Rathke (estrutura mesodérmica que origina a adeno-hipófise)
Craniofaringioma
125
Corticoterapia em meningite na pediatria: principal benefício
Haemophilus influenzae tipo B: redução de perda auditiva
126
Enxaqueca: opções de profilaxia
- HAS: beta-bloqueador (exceto tabagista ou > 60 anos: verapamil ou flunarizina); - Depressão: amitriptilina ou venlafaxina; - Epilepsia: valproato ou topiramato; - Insônia: amitriptilina; - Obesidade: topiramato; - Fenômeno de Raynaud: verapamil ou flunarizina.
127
Fístula liquórico transesfenoidal: tratamento
Acetazolamida, drenagem lombar e repouso em leito com cabeceira elevada
128
Miastenia Gravis: associação neoplásica
Timoma
129
Brown-Séquard: lesão hemilateral da medula espinhal
1. Hemianestesia dolorosa e tátil contralateral à lesão; 2. Hemiparesia/plegia flácida (lesão aguda) ou espástica (lesão insidiosa) ipsilateral à lesão; 3. Perda da sensibilidade vibratória e propriocetpetiva ipsilateral à lesão.
130
Síndrome da cauda equina: sintomas
- Dor lombar irradiando para os membros inferiores; - Fraqueza nas pernas (paraparesia); - Sintomas sensoriais perniceais (em sela); - Disfunção intestinal, vesical e sexual.
131
Síndrome da cauda equina: etiologia
- Hérnia de disco intervertebral; - Abscesso epidural; - Tumor epidural (metástases na coluna); - Tumor extramedular intradural; - Espondilose da coluna lombar; - Condições inflamatórias (aracnoidite espinhal, polineuropatia demielinizante inflamatória crônica e sarcoidose).
132
Síndrome do primeiro neurônio motor (síndrome piramidal)
Fraqueza muscular acompanhada de hipertonia espástica, hiperreflexia e presença dos sinais de Babinski e seus sucedâneos. Não costuma haver atrofia muscular importante nem miofasciculações.
133
Síndrome do segundo neurônio motor
Fraqueza muscular acompanhada de redução do tônus muscular, hiporreflexia atrofia da musculatura e miofasciulações.
134
Miastenia gravis: anticorpos
- Anticorpo antirreceptor de acetilcolina (mais sensível e mais específico); - Anti-MusK (segunda linha).
135
Síndrome de West
- Clínica: síndrome epiléptica que surge antes do primeiro ano de vida, EEG com hipsarritmia, espamos epilépticos e comprometimento desenvolvimento neuropsicomotor. - Tratamento: ACTH.
136
Paralisia de Todd
Hemiplegia ou hemiparesia transitória (minutos a horas) que ocorre após uma crise epiléptica (período pós-natal)
137
Acidoses com AG elevado (normoclorêmicas)
- Acidose láctica: choque, PCR, sepse, convulsões, isquemia mesentérica; - Cetoacidose: diabética, alcoólica, jejum; - Síndrome urêmica; - Intoxicação exógena: salicilatos, metanol, etilenoglicol.
138
Acidoses com AG normal (hiperclorêmicas)
- Diarreia e perdas digestivas do piloro para baixo (fístulas); - Acidoses tubulares renais (I, II e IV); - Dilucional (infusão de grandes quantidades de solução salina).
139
Pseudo-hiponatremia: causas
Hiperglicemia e hiperlipidemia
140
Hidroclorotiazida: distúrbio hidroeletrolítico associado
Hiponatremia
141
Intoxicação por metanol: clínica
- Lesão renal aguda reversível oligúria ou anúrica; - Acidose metabólica com AG aumentado; - Depressão SNC, hipóxia e lactatemia; - Lesão retiniana com hiperemia do disco óptico (amaurose fulgaz): ponto chave da prova; - Lesão isquêmica ou hemorrágica dos gânglios da base.
142
Intoxicação por salicilatos: clínica
- Alcalose respiratória aguda; - Se grave: associação de acidose metabólica de AG aumentado.
143
CAD: critérios diagnósticos
- Glicemia > 250 mg/dL; - Cetonemia; - Acidose metabólica (pH < 7,3 / HCO3 < 18 mEq/L).
144
Terlipressina: farmacologia
Análogo de ADH (atua no túbulo coletor do néfron): aumenta reabsorção de água livre
145
Escitalopram: distúrbio hidroeletrolítico associado
Hiponatremia
146
Escitalopram: distúrbio hidroeletrolítico associado
Hiponatremia
147
IECA/BRA: distúrbio hidroeletrolítico
Hipercalemia
148
Hidrocefalia de pressão normal: tríade clássica
- Apraxia de marcha; - Demência; - Incontinência urinária.
149
Doença de Wilson: anel de Kayser-Fleischer
Acúmulo de cobre nos olhos
150
Análise do ferro: valores de referência
- Estoque MO: 2-3+; - Ferritina: 50-200 µg/dl; - Ferro sérico: 60-150 µg/dl; - TIBC: 300-360 µg/dl; - IST: 30-50 µg/dl; - Protoporfirina eritrocitária: 30-50 µg/dl.
151
Anemia megaloblástica: achado laboratorial
- Um único neutrófilo contendo ≥ 6 lobos; OU - Pelo menos 5% de neutrófilos com cinco lobos.
152
Anemia ferropriva: estágios
- Balanço negativo (demanda por ferro supera a capacidade do ferro de absorver esse elemento da dieta): mobilização dos estoques corporais, diminuindo ferritina e ferro da medula óssea; - Eritropoiese deficiente de ferro (estoques de ferros depletados): queda do ferro sérico e aumento de TIBC e protoporfirinas; - Anemia ferropriva: hipocromia e microcitose evidentes, ferritina < 15 mg/dl, ferro sérico < 30 mcg/dl, IST < 15%, RDW > 16% e hemoglobina baixa.
153
Anemia perniciosa: definição
Anemia megãloblásticâ causada pela deficiência de B12 (cobalamina), especificamente por mecanismo autoimune contra células parietais gástricas ou fator intrínseco
154
Córtex frontal: áreas importantes
Irrigado pelo ramo superior da ACM: - Área de Broca ("programas motores"): unilateral (lado dominante), perde a fluência da fala (sons ininteligíveis, monossílabos), embora consiga entender tudo que falam a ele; - Córtex motor: corpos neuronais dos primeiros neurônios motores responsáveis pela motricidade de um lado do corpo, qualquer lesão piramidal acima da decussação das pirâmides (córtex cerebral, cápsula interna, tronco encefálico) levará à hemiplegia contralateral à lesão.
154
Síndrome piramidal: definição
- Paresia ou plegia; - Hiperreflexia tendinosa; - Espasticidade; - Sinal de Babinski (cutâneo-plantar em extensão do hálux); - Abolição do reflexo cutâneo-abdominal.
155
Síndrome de hipertensão intracraniana: clínica
- Cefaleia (particularmente aquela piora com o paciente deitado); - Vômitos em jato; - Alteração da consciência ("rebaixamento"); - Déficits neurológicos focais - Edema de papila bilateralmente; - Paresia do reto lateral (VI par).
156
Avaliação multidimensional da pessoa idosa: dimensões
- Psicossocial: aspectos relacionados à cognição, à memória, ao humor e aos comportamentos, entendimento da dinâmica familiar, do suporte familiar e social, questões econômicas, culturais, ambientais étnico-raciais e gênero; - Clínica: histórico de saúde-doença da pessoa, identifica agravos, doenças crônicas e agudas, quantidade e tipo de medicamentos utilizados; - Funcional: capacidade de realização de atividades de vida diária, interação familiar, com físico e pessoas, além do ambiente físico em que está inserida.
157
Trombólise no AVE: PA necessária
≤ 185 x 110 mmHg (Manter < 180 x 105 mmHg nas 24 h seguintes ao uso do trombolítico)
158
NEM 2: tríade
- Carcinoma medular de tireoide (CMT); - Feocromocitomas; - Tumores de paratireoide.
159
NEM 1 (Síndrome de Wermer): tríade
Tumores: - Paratireoide; - Ilhotas pancreáticas; - Adeno-hipófise.
160
Meningite: diferenciação liquórica
- Viral: aumento de celularidade (porém < 500 cél/mm) com predomínio de linfomonucleares, proteínas normais ou discretamente elevadas (20-90 mg/dl) e glicose normal (> 40 mg/dl) em 70-90%; - Bacteriana: aumento da celularidade (> 500 cel/mm) com predomínio de polimorfonucleares, proteínas aumentadas (> 40 mg/dl) e glicose baixa (< 40 mg/dl).
161
Polimialgia reumática: critérios diagnósticos
- Idade ≥ 50 anos; - Dor bilateral no ombro e/ou na cintura pélvica (> 45 min) que persiste por pelo menos duas semanas; - Rigidez deve evolver duas das três áreas: pescoço ou tronco, ombros ou regiões próximas dos braços e quadris ou raiz das coxas; - Elevação de VHS e/ou PCR; - Melhora rápida dos sintomas com corticoide em baixa dose.
162
HAS resistente: definição
PA de consultório ≥ 140x90 mmHg, em uso de três ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos com ações sinergias, em doses máximas preconizadas ou toleradas, sendo um deles preferencialmente diurético tiazídico
163
HAS refratária: definição
Mantém PA não controlada ≥ 140x90 mmHg mesmo em uso de cinco ou mais fármacos anti-hipertensivos, incluindo a espironolactona e um diurético de longa ação
164
MAPA: valor de normalidade
< 130x80 mmHg
165
Critérios de Cornell: sobrecarga ventricular esquerda
S+R= - Homens: > 2,8 mV (28 mm); - Mulheres: > 2,0 mV (20 mm).
166
Estatinas: suspensão por rabdomiólise
CPK > 10x LSN
167
Insulinoterapia: transição intravenosa para subcutânea
Somar infusão total das últimas 6/8 horas e multiplicar por 4 ou 3, diminuindo 20%. Administrar 50% basal e 50% bolus.
168
Metformina: ajuste por clearance de creatinina
- > 60: sem restrições; - 45-59 (DRC IIIa): manter uso se já fazia e acompanhar função renal a cada 3-6 meses. Se não fazia pode começar 500-750 mg e progredir até 2 g/dia; - 30-44 (DRC IIIb): reduzir dose em 50% nos pacientes em uso vigente (máx: 1 g/dia) e não iniciar; - < 30 (DRC IV ou V): suspender.
169
CAD: resolução
Glicemia < 200 mg/dl + 2 parâmetros: - HCO3 > 15; - pH venoso > 7,3; - AG < 12.
170
Classificação de Bosniak
Categoria I: - Cistos renais simples, únicos ou múltiplos, com parede fina, sem septações, calcificações ou componentes sólidos, sem captação de contraste. Tem densidade de água. Malignidade próxima de 0%. - Conduta: alta com orientações, sem necessidade de acompanhamento. Categoria II: - Lesões benignas com septações finas, calcificações finas ou um pequeno segmento de calcificação espessada. Inclui lesões hiperatenuantes < 3 cm com margens bem definidas e sem realce do meio de contrast. Malignidade próxima de 0%. - Conduta: alta com orientações, sem necessidade de acompanhamento. Categoria IIF: cistos mais complexos do que a categoria II, mas sem sinais sugestivos da categoria III. Pode haver múltiplas septações finas ou espessamento mínimo de septações ou presença de calcificações mais grosseiras. Não há realce por meio de contraste. Inclui lesões totalmente intrarrenais, sem ser hiperatenuantes, sem realce, > 3 cm. Requer acompanhamento seriado para certificação de não malignidade (5%). - Conduta: acompanhamento seriado (F de follow-up); Categoria III: - Lesões císticas com septações grosseiras, irregulares e com limites mal definidos. Pode haver algum grau de realce de contraste. Malignidade 46-60%. - Conduta: acompanhamento seriado com imagens, biópsia percutânea ou nefrectomia parcial. Categoria IV: - Semelhante às da categoria III porém com componentes de partes moles (sólida) periféricos com realce periférico de contraste. Malignidade 85-100%. - Conduta: ressecção do tumor, seja com nefrectomia parcial ou total.
171
Tumor de Frantz (Hamoudi)
Neoplasia sólida pseudopapilar (começa como uma massa sólida, mas a medida que cresce, parte da massa sofre necrose, adquirindo aspecto cístico ou misto
172
Síndrome torácica aguda: diagnóstico
Opacidade pulmonar nova na radiografia + ≥ 1 critério: - Dispneia/taquipneia; - Hipoxemia/queda da SpO2 basal > 3%; - Tosse, sibilância ou estertores; - Dor torácica; - Tiragem intercostal, batimento de asa nasal ou uso de musculatura acessória; - Febre (≥ 38,5℃).
173
Síndrome torácica aguda: indicações de transfusão sanguínea
- Piora da taquidispneia; - Hipoxemia e/ou dessaturação; - Envolvimento multilobar; - Queda de Hb ≥ 2 g/dl da basal.
174
Teste do pezinho: padrões anemias
- FA: normal; - FS: anemia falciforme, HbS/ℬ0-talassemia, HbS/ℬ+- talassemia ou HbS/HPFH; - FAS (mais HbA que HbS): traço falcêmico; - FSA (mais HbS que HbA): HbS/ℬ+- talassemia; - FSC: hemoglobinopatia SC.
175
Síndrome de Dravet (epilepsia mioclônica severa da infância)
Epilepsia refratária extremamente grave com alteração neuropsicomotora precoce (gene SCN1A)
176
Síndrome de Lennox-Gastaut
Múltiplos tipos de crises epilépticas (tônicas, atônicas, ausência atípica, mioclônicas, tonicoclônicas) associadas à atraso do neurodesenvolvimento
177
Epilepsia do lobo temporal
Crises focais com comprometimento da consciência apresentando aura (déjà vu, medo), automatismos são comuns e posturas distônicas podem ocorrer
178
Síndrome de West (síndrome dos espasmos epilépticos infantis)
Tende a surgir antes do primeiro ano de vida e se vincula à hipsarritmia no EEG, apresenta contração flexora ou extensora dos músculos axiais ou apendiculares de forma simétrica
179
Túnel do carpo: endocrinopatias associadas
Hipotireoidismo, diabetes mellitus e obesidade
180
Mielite transversa
Paraparesia ou tetraplegia associada à nível sensitivo
181
Cromossomo Philadelphia
Leucemia Mieloide Crônica (LMC): t(9;22)
182
Betabloquadores: antídoto
Glucagon
183
Nevirapina: indicação na profilaxia para RN
CV materna > 1.000 cópias/ml ou desconhecida no último trimestre
184
Exposição vertical ao HIV: profilaxia P. jiroveci
Iniciada após o primeiro mês de vida e mantida até o esclarecimento diagnostico ou até um ano de vida se comprovada infecção (manutenção após de acordo com o CD4)
185
Síndrome de Chédiak-Higashi
- Imunodeficiência primária autossômica recessiva; - Degranulação de neutrófilos; - Alterações hemorrágicas discretas, albinismo oculocutâneo parcial, neuropatia periférica progressiva e linfa-histiocitose hemofagocítica; - Fotofobia com nistagmo rotatório.
186
Pneumocistose pulmonar (infecção pelo P. jiroveci): tratamento
Sulfametoxazol-trimetoprim por 21 dias + corticoide (se pO2 < 70 mmHg)
187
Infecções virais do SNC: agentes
- Meningite: enterovírus (coxsackie, ecovírus); - Encefalite: herpes simples tipo 1.
188
Definição de Cairo-Bishop: síndrome de lise tumoral
≥ 2 desses, 3 dias antes ou 7 dias depois de terapia citotóxica: ↑ 25% de base ou: - Ácido úrico: ≥ 8 mg/dl; - Potássio: ≥ 6 mEq/dl; - Fosfato: ≥ 4,5-6,5 mg/dl; - Cálcio: ≤ 7 mg/dl.
189
Nocardiose cutânea
- Nocardia barsiliensis; - BAAR +; - Nódulos eritematosos ou violáceos, que evoluem para úlceras ou abscessos; - Áreas de pele que sofrem trauma, principalmente com exposição a solo ou matéria orgânica.
190
191
Delirium: critérios diagnósticos
1 + 2 + 3 ou 4: 1. Alterações agudas do estado mental e de curso flutuante; 2. Déficit de atenção; 3. Pensamento desorganizado; 4. Alteração do nível de consciência.
192
Insuficiência tricúspide: clínica
- Ictus de VD palpável; - Sopro holossistólico ao longo da borda esternal esquerda (foco tricúspide) acentuado pela manobra de Rivero Carvalho (inspiração); - Pulso venoso com onda V aumentada.
193
Estenose tricúspide: clínica
- Edema em MMII; - Ascite; - Refluxo abdominojugular e turgência jugular; - Estalido de abertura da tricúspide; - Rufar diastólico intensificado com a manobra de Rivero Carvalho; - Pulso venoso com onda de canhão; - Elevação da pressão venosa central.
194
Insuficiência pulmonar: ausculta
Sopro diastólico, aspirativo e suave audível ao longo da borda esternal esquerda (foco pulmonar)
195
Intoxicação: domissanitários
Produtos: detergentes, alvejantes, desinfetantes, desodorizantes, água sanitária, agentes cáusticos e produtos ácidos e alcalinos; Clínica: - Lesões mucosas: disfagia (mais comum), salivação, dor abdominal, hematêmese; - Lesões mucosas graves: mediastinite, fístula traqueoesofágica, perfuração e úlceras; - VAS/epiglote: estridor e broncoespasmo. Tratamento: - Suporte; - Não usar: lavagem, carvão, leite, corticoides, ATB profilático (apenas considerar se perfuração); - Sintomáticos: EDA em 24 horas; - Assintomáticos: observar por 2-4 horas → oferecer líquidos → não precisa de EDA.
196
Onicomicose
Agente: - Trichophyton rubrum; Tratamento: - Terbinafina 250 mg/dia oral por 3 meses; - Fluconazol 150-300 mg oral semanal por 6-12 meses; - Itraconazol 100 mg/dia oral por 6 meses.
197
Fonograma
B1 a B2: sístole B2 a B1: diástole
198
SCA: tempo de resposta
- Com centro de hemodinâmica: tempo porta-angioplastia < 60 minutos; - Sem angioplastia: tempo porta-angioplastia < 120 minutos; - Impossibilidade angioplastia: tempo porta-agulha < 10 minutos.
199
Neoplasias endócrinas múltiplas (NEM)
- 1: hiperpatireoidismo, tumor de hipófise anterior e tumor neuroendócrino do pâncreas (3P); - 2A: carcinoma medular de tireoide + feocromocitoma e hiperpartireoidismo; - 2B: carcinoma medular de tireoide e feocromocitoma + hábitos marfanoides, neuromas de mucosa e ganglioneuromatose intestinal
200
Sarcoidose: síndrome de Lofgren
- Eritema nodoso; - Adenopatia hilar; - Poliartralgia migratória; - Febre.