C.M. Flashcards
Homem de 40 anos queixa-se de crises noturnas de dor periorbital, unilateral, de forte intensidade, acompanhada de congestão nasal, rinorreia e lacrimejamento ipsilaterais, que se iniciaram há algumas semanas. Diante desse quadro, assinale a afirmativa ERRADA:
A) A inalação de oxigênio a 100% durante a crise alivia os sintomas.
B) A síndrome de Horner (ptose, miose e anidrose) é um achado do exame físico.
C) O consumo de bebidas alcoólicas é um fator desencadeante.
D) Quando não ocorre remissão, é denominada de hemicrania contínua.
D
A cefaleia em salvas (ou cluster) é mais bem descrita pelos pacientes: cefaleia suicida! A dor é excruciante, gerando o desejo de extirpar a cabeça. É um tipo de cefaleia trigeminal, com descargas anormais no ramo oftálmico do nervo. Há cefaleia em região periorbitária, com sintomas autonômicos: congestão conjuntival, rinorreia, edema e lacrimejamento unilateral. O quadro dura de 15min a 3 h, e pode se repetir nos dias seguintes (daí o nome “salvas”).
A hemicrania paroxística é um diagnóstico diferencial importante da cefaleia em salvas. Costuma ser intensa, mas com menos sintomas autonômicos; é bem mais curta, dura em média 20 minutos, mas costuma se repetir várias vezes durante o dia, trazendo muito desconforto. Não existe tratamento abortivo (até porque ela cessa rápido!), mas há profilaxia: indometacina!
A neuralgia do trigêmio é um tipo de cefaleia secundária. Ocorre por irritação trigeminal por estímulo anormal, como compressão turmoral. Sempre deve ser investigada com exames adicionais. Muito atenção para não confundir com a cefaleia em salvas: aqui a dor é em choque, projetada na região da mandíbula, e tipicamente associada a estímulos táteis na região do nervo, como ao se barbear. O tratamento pode ser feito com carbamazepina, pregabalina, baclofeno, entre outros.
A dor da migrânea é tipicamente unilateral, pulsátil, de moderada a intensa, interfere nas atividades rotineiras e dura de 4 horas a 3 dias. Habitualmente estará acompanhada de náuseas/vômitos e/ou foto/fonofobia.
Criança, nove anos de idade, consulta na UBS devido a queixa de cefaleia. Apresentou cinco crises anteriores de cefaleia, que se iniciaram há um ano. A dor é frontotemporal, às vezes unilateral, às vezes bilateral, de intensidade moderada. Nega horário preferencial e observa que é mais comum em situações de estresse. Relata piora da dor com atividade física e com barulho. Quando sente dor, ela usa dipirona, deita-se no quarto mais escuro e dorme até melhorar, o que ocorre em aproximadamente duas a três horas. Há dois dias, a mãe foi chamada na escola pois a criança apresentou vômito associado à cefaleia. Ela relatou que estava fazendo prova e meia hora antes de sentir a dor, começou a enxergar pontos escuros que a dificultavam enxergar. No momento, está sem dor e o exame físico está normal. Assinale a alternativa que contém a hipótese diagnóstica MAIS PROVÁVEL e a conduta MAIS ADEQUADA.
Enxaqueca. Orientar o uso de analgésico ou anti-inflamatório não-esteroide no início da crise.
*Boa questão para discutirmos cefaleias na infância, importante queixa ambulatorial. As cefaleias podem ser classificadas em primárias, exemplificada pela cefaleia tensional, enxaqueca, cefaleia em salvas; e em secundárias, quando é manifestação de doença subjacente (doença vascular, neoplasia, trauma etc). A enxaqueca é comumente caracterizada por crises de cefaleia de 4-72h geralmente unilateral, frontotemporal, pulsátil, acompanhadas por vômitos, náuseas,fotofobia e fonofobia e desencadeadas por esforço físico, alimentos etc. Pode estar acompanhada por aura, que é uma experiência sensitiva que precede a cefaleia (visual, sensitiva etc.). O tratamento inicial inclui o controle da crise em seu início com analgésico ou anti-inflamatório. Deve-se guardar o tratamento preventivo para os quadros mais graves, recorrentes e com impacto no cotidiano da criança. Já a cefaleia tensional são caracterizadas por menor intensidade, bilateral, frontotemporal, ausência de fotofobia, fonofobia e que comumente não interfere no cotidiano da criança. Diante deste caso a principal hipótese diagnóstica é a enxaqueca e deve-se propor o tratamento inicial com medidas de controle de crise e conforme evolução avaliar necessidade de terapia profilática.
A avaliação do quadro clínico e laboratorial é essencial para definir a classificação do paciente com dengue; grupo A inclui os pacientes sem sinais de alarme, sem comorbidades e que não fazem parte de nenhum grupo de risco (extremos de idade - <2 anos e >65 anos - e gestantes).
Conduta diante um paciente do grupo A: avaliar necessidade de exames laboratoriais, prescrever antitérmicos, tratamento domiciliar com hidratação oral, notificar, e reavaliação no dia da melhora da febre ou, caso não haja defervescência, no quinto dia da doença.
Dengue é uma doença febril. A febre é alta e costuma durar de 2 a 7 dias. Outros sintomas clássicos são mialgia intensa, artralgia, cefaleia e dor retro-orbitária. Até metade dos pacientes com dengue podem apresentar exantema máculo-papular, com ou sem prurido. Náuseas, vômitos, diarreia e anorexia também podem estar presentes.
Os sinais de alarme da dengue são: dor abdominal de forte intensidade, sangramento de mucosa, vômitos persistentes, hipotensão postural, sonolência, irritabilidade, derrames cavitários, hepatomegalia e aumento do hematócrito. Cuidado: prova do laço positiva não é sinal de alarme!!!
No caso de paciente com diagnóstico de dengue, em acompanhamento, todos os dados abaixo são considerados sinais de alerta na evolução, EXCETO:
A) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
B) Aumento progressivo do hematócrito.
C) Leucopenia.
D) Sangramento de mucosa.
C
*Os sinais de alarme são: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, derrames cavitários, hipotensão postural/lipotímia, hepatomegalia, sangramento de mucosa, letargia/irritabilidade e aumento progressivo do hematócrito.
Na maioria dos casos de derrame pleural parapneumônico não é possível identificar o germe pelo gram ou cultura do líquido. O pneumococo é o agente mais prevalente, mesmo em crianças. Muita atenção com o estafilococo: apesar de tendência maior a formar derrame, em geral é causa bem menos comum de pneumonia.
O passo inicial na investigação do derrame pleural é definir se há derrame transudativo (não-inflamatório) ou exsudativo (inflamatório). Para isso aplica-se os critério de Light (se houver 1 deles teremos um exsudato):
(a) proteína líquido/sérica > 0,5;
(b) DHL líquido/sérica > 0,6;
(c) DHL líquido > 2/3 do limite do laboratório.
Na suspeita de derrame pleural, complicando quadro de pneumonia em criança de quatro anos de idade, é CORRETO afirmar que:
A) Sua confirmação deve ser feita por método de imagem, se destacando a radiografia do tórax nos casos de hemitórax opaco.
B) Seu diagnóstico é suspeitado ao exame físico quando se encontra submacicez à percussão, aumento de frêmito toracovocal à palpação e redução do murmúrio vesicular à ausculta.
*C) O Streptococcus pneumoniae é o agente mais comum de pneumonia complicada com derrame pleural.
D) O isolamento do agente etiológico em cultura do derrame pleural é positivo em mais da metade dos casos.
Mulher de 45 anos evolui com adinamia, apatia, palidez cutânea, ascite e derrame pleural à direita. Entre os exames realizados, o TSH ( hormônio tireoestimulante) encontra-se seis vezes acima do valor de referência e o T4 livre está diminuído. Em relação à manifestação pleuropulmonar desta paciente, está ERRADO afirmar:
A) Adicionalmente às manifestações descritas, a paciente pode referir tosse, dispneia e dor ventilatório dependente.
B) A doença de base deve ser a causa do derrame pleural, caso a concentração de proteínas no líquido pleural esteja abaixo de 20 g/L (transudato).
C) Níveis elevados de adenosina deaminase no líquido pleural são úteis para exclusão do diagnóstico de tuberculose pleural.
D) O tratamento da doença de base pode reverter o derrame pleural sem necessidade de toracocentese.
C
*A adenosina deaminase (ADA) do líquido pleural não é específica de tuberculose. Pode estar elevada também no linfoma, empiema, artrite reumatoide e mesotelioma. Em paciente com derrame exsudativo, se a ADA estiver elevada, o tratamento de tuberculose deve ser considerado se não houver dados clínicos sugestivos dos diagnósticos diferenciais.
São exemplos de causas de derrame pleural transudativo: insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, cirrose hepática, hipoalbuminemia.
De derrame exsudativo: tuberculose, neoplasia, pneumonia, pancreatite, pericardite constrictiva, artrite reumatoide, lupus entre outros.
Homem de 60 anos, morador de rua, procurou auxílio médico queixando-se de “fôlego curto” e dor torácica ventilatório dependente à direita. É alcoólatra desde jovem. Informava mal e não sabia especificar a duração dos sintomas. Ao exame, havia redução dos sons respiratórios no hemitórax direito. Radiografia de tórax evidenciou grande derrame pleural. O líquido pleural colhido por toracocentese estava turvo, com pH 7,18, leucócitos 60.000/mm3, hemácias 15.000/mm3, presença de númerosos diplococos Gram positivo à coloração pelo Gram, glicose 48mg/dl, proteína 3,8g/dL e desidrogenase lática (LDH) 400U/L . A LDH sérica era 500U/L (valor de referência 50-150U/L). Nova radiografia de tórax, realizada após a toracocentese, revelou imagem de hipotransparência com brocograma aérea no lobo médio direito, compatível com pneumonia. Foi, então, instituído tratamento com amoxicilina + clavulanato. Dentre as opções abaixo, qual é a abordagem subsequente MAIS ADEQUADA?
Realizar drenagem do tórax.
*derrame pleural parapneumônico.
Muito cuidado! Esse é um tópico diferente da síndrome do derrame pleural; é que aqui já sabemos o diagnóstico…a conduta não tem esse objetivo. Absolutamente! A ideia é avaliar se há complicações…
Classicamente é um exsudato com predomínio de neutrófilos, e ADA elevada…mas isso é meio irrelevante….importante é que se houver DERRAME + PNEUMONIA, temos um derrame parapneumônico….e aí, as perguntas são:
quando realizar toracocentese? sempre que o derrame for significativo (>10mm na radiografia em decúbito lateral), OU se houver loculações.
quando drenar? sempre que houver germe OU indícios de inflamação exuberante (glicose pleural <40mg/dL OU pH<7,0 - alguns autores usam ph<7,2)
quando abordar a pleura cirurgicamente? se não melhorar com dreno OU se houver múltiplas lojas.
Esses critérios de drenagem são MUITO cobrados em provas, precisamos ficar bem atentos…No caso citado há germe identificado, isso indica a drenagem! Talvez tu estejas questionando sobre o pH….concordo! há uma controvérsia na literatura, mas geralmente as questões fogem disso! Alguns recomendam pH<7, outros <7,2; geralmente as questões não usam valores intermediários…se isso acontecer (por exemplo ph de 7,15), considere recomendar a drenagem, provavelmente é a ideia do autor!
Obs.: alguns grupos usam a ultrassonografia como abordagem inicial: se houver septações é feita drenagem ou cirurgia; se não houver, fazem toracocentese e retiram o máximo de volume de líquido (geralmente até 1,5L); se o esvaziamento não resolver, considerar drenagem/abordagem cirúrgica.
Homem de 54 anos estava em uso de clavulanato de amoxicilina para tratamento de sinusite. Houve melhora inicial, mas, sete dias após o início do tratamento, ele voltou a apresentar febre associada à diarreia com cerca de sete dejeções diárias. Dentre as opções abaixo, marque o exame laboratorial mais adequado para confirmar o diagnóstico MAIS PROVÁVEL do quadro de febre e diarreia:
Identificação de toxina de Clostridium difficile nas fezes .
*O tratamento da colite pseudomembranosa pode ser feito com antibióticos por via oral: vancomicina (preferencial) ou metronidazol. Se não for possível a ingesta, o metronidazol pode ser ofertado por via venosa, já que tem excreção biliar e atinge o lúmen intestinal.
Durante uma epidemia de dengue, a medida de maior relevância mais importante a ser adotada pelo sistema de saúde é:
A) Analisar, semanalmente, os dados de notificação, acompanhando a tendência dos casos por meio de gráfico de linha (curva endêmica) ou diagrama de controle.
B) Facilitar o acesso da população com suspeita de dengue à assistência médica e qualificar os profissionais de saúde, em todos os níveis, para fins de redução da taxa de letalidade da doença.
C) Orientar a população sobre a eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, evitando o acúmulo de água em pneus, garrafas plásticas, vasos de plantas e manter caixas de água tampadas.
D) Realizar a rotina de monitoramento viral estabelecida pela vigilância epidemiológica, aumentando o número de amostras coletadas durante a epidemia.
B
No caso de paciente com diagnóstico de dengue, em acompanhamento, todos os dados abaixo são considerados sinais de alerta na evolução, EXCETO:
A) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
B) Aumento progressivo do hematócrito.
C) Leucopenia.
D) Sangramento de mucosa.
C.
- Os sinais de alarme podem aparecer no período de defervescência e servem para atentar à evolução da forma grave. São manifestações associadas ao aumento da permeabilidade vascular e provável extravasamento plasmático. Os sinais de alarme são: dor abdominal intensa, vômitos persistentes, derrames cavitários, hipotensão postural/lipotímia, hepatomegalia, sangramento de mucosa, letargia/irritabilidade e aumento progressivo do hematócrito.
Na abordagem clínica da dengue, é ERRADO afirmar que:
A) A realização da prova do laço está indicada em todo caso suspeito de ter a doença.
B) Nos pacientes com comorbidades, nos menores de cinco anos, nos maiores de 60 anos e nas gestantes é obrigatória a realização de hemograma.
C) O sangue para realizar a sorologia para pesquisa de anticorpos específicos deve ser coletado a partir do sexto dia do início dos sintomas.
D) A presença de dor abdominal intensa e contínua é indicativo de necessidade de internação do paciente.
Questão anulada.
Adolescente, sexo masculino, 11 anos de idade, previamente saudável, residente em Belo Horizonte, apresenta há quatro dias febre, mialgia, cefaleia e dor retro- orbitária. Ao exame físico, está corado, hidratado, pulsos cheios, enchimento capilar de 2 segundos, PA: 110x60mmHg. Ausência de dor abdominal, vômitos e sinais de sangramento. Fígado e baço não palpados. O pediatra de plantão suspeitou de Dengue, porém não é possível solicitar teste de detecção de antígeno NS1. Qual afirmativa é considerada ERRADA em relação ao caso?
A) A prova do laço deve ser realizada para estratificação de risco.
B) Não é necessário solicitar hemograma.
C) Não utilizar anti-inflamatório não esteroide.
D) Orientar hidratação oral no domicílio de acordo com o peso
B
Paciente, 42 anos, morador da região metropolitana de Belo Horizonte, hipertenso e em uso irregular de anti-hipertensivos, queixa de prostração, febre, dor muscular, cefaleia, náuseas, dor abdominal e exantema, sintomas que se iniciaram há dois dias. Nega viagem recente. Ao exame físico, o médico encontra: Temperatura axilar de 38,5°C, dor à movimentação das grandes e pequenas articulações, exantema morbiliforme distribuído em todo corpo, PA: 90/60mmHg. Tendo em vista o caso apresentado, a hipótese diagnóstica MAIS PROVÁVEL é:
A) Chikungunya.
B) Dengue do grupo B.
C) Dengue do grupo C.
D) Febre amarela.
Questão anulada.
Paciente de 32 anos de idade, masculino, procurou atendimento médico em unidade básica de saúde com história de há 2 dias ter iniciado com quadro de cefaleia retro orbitária, mialgia intensa, artralgia e febre, tendo procurado atendimento médico devido ao surgimento de exantema maculopapular nos membros. Não apresentou outras alterações ao exame físico, além da presença de febre e do exantema. Foi realizada prova do laço com resultado negativo. De acordo com as normas do Ministério da Saúde para este paciente, neste momento, a conduta é:
A) Acompanhamento ambulatorial, hemograma a critério médico, notificação do caso, orientação de coleta de sorologia para dengue a partir do sexto dia de início dos sintomas se houver indicação epidemiológica.
B) Internação do paciente, realização de hemograma de urgência, notificação do caso e solicitação de isolamento viral para a confirmação de diagnóstico de dengue.
C) Internação do paciente, realização de hemograma de urgência, notificação do caso e solicitação de sorologia para confirmação de diagnóstico de dengue.
D) Observação em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com realização obrigatória de hemograma, notificação do caso e solicitação de antígeno NS1 para confirmação de diagnóstico de dengue.
A
Pacientes com sangramento cutâneo espontâneo (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva) são considerados como grupo B.
Verdadeiro. A avaliação do quadro clínico e laboratorial é essencial para definir a classificação do paciente com dengue; grupo B inclui os pacientes sem sinais de alarme, mas com comorbidades ou que fazem parte de algum grupo de risco (extremos de idade - <2 anos e >65 anos - e gestantes), ou ainda com sangramento cutâneo espontâneo (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva).
A Chikungunya tem como quadro clínico clássico febre alta de início súbito acompanhado de artralgia intensa. Outros achados são cefaleia, mialgia, rash e indisposição. Pode ser classificada em aguda (até 7 dias), subaguda (até 3 meses) e crônica (mais de 3 meses de sintomas).
A Chikungunya é causada por um vírus da família Togaviridae e gênero Alphavirus. A transmissão vetorial é a mais comum (Aedes aegypti e Aedes albopictus), mas a transmissão vertical e transfusional são possíveis. A doença tem como quadro clínico clássico febre alta de início súbito acompanhado de artralgia intensa. Outros sinais e sintomas presentes são cefaleia, mialgia, rash e indisposição.
No que concerne às doenças infectoparasitárias, assinale a alternativa ERRADA:
A) Na fase aguda da doença de Chagas, além do chamado complexo oftalmo-linfonodal (“sinal de Romaña”), podem surgir manifestações de meningoencefalite que, em geral, são discretas, mas podem, eventualmente, dominar a sintomatologia, sobretudo em crianças.
B) Na febre Chikungunya, causada por um alfavírus de origem africana transmitido ao ser humano pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, ocorre evidente poliartrite na maioria dos casos; mas, a exemplo do que acontece com a febre, as manifestações articulares são fugazes e regridem inteiramente dentro de, no máximo, 15 dias.
C) Na leptospirose íctero-hemorrágica, mesmo na vigência de insuficiência renal aguda, costuma ocorrer hipocalemia, em razão do intenso acometimento tubular, acompanhado de aumento da caliurese; ademais, observam-se, com frequência, dores nas panturrilhas e aumento dos níveis séricos da creatinofosfoquinase decorrentes da necrose hialina das fibras musculares esqueléticas.
D) Na salmonelose septicêmica prolongada, que habitualmente se associa à esquistossomose hepatoesplênica, as bactérias se abrigam no trato digestivo do Schistosoma mansoni, nesses casos, o tratamento da helmintíase pode acompanhar-se da cura da infecção bacteriana.
B
Dengue é uma doença febril. A febre é alta e costuma durar de 2 a 7 dias. Outros sintomas clássicos são mialgia intensa, artralgia, cefaleia e dor retro-orbitária. Até metade dos pacientes com dengue podem apresentar exantema máculo-papular, com ou sem prurido. Náuseas, vômitos, diarreia e anorexia também podem estar presentes.
Conduta diante um paciente do grupo A: avaliar necessidade de exames laboratoriais, prescrever antitérmicos, tratamento domiciliar com hidratação oral, notificar, e reavaliação no dia da melhora da febre ou, caso não haja defervescência, no quinto dia da doença.
Na dengue (grupo C) na fase de manutenção devem ser prescritos: 25ml/kg de soro em 6 horas (primeira fase) e 25ml/kg __________ (segunda fase).
em 8 horas.
- Conduta paciente do grupo C: reposição volêmica imediata (10ml/kg de SF0,9% na primeira hora), internação hospitalar até estabilização (mínimo 48h), exames laboratoriais (testes diagnósticos, hemograma transaminases e albumina) e imagem (radiografia de tórax e US de abdome). Acompanhar hematócrito a cada 2 horas caso necessário e repetir expansão volêmica até 3x. Fase de manutenção: 25ml/kg em 6 horas (primeira fase) e 25ml/kg em 8 horas (segunda fase). Não esquecer a notificação!!!