G.O. Flashcards
Em relação aos quadros clínicos ou laboratoriais encontrados na Síndrome de Morris ou feminilização testicular (insensibilidade completa aos andrógenos), assinale a alternativa ERRADA:
A) Ausência de útero e ovários e presença de testículos.
B) Cariótipo 46 XY e células de Leydig normais.
C) Genitália externa feminina normal.
D) Vagina normal e pelos pubianos na adolescência.
D
*MORRIS NAO TEM PELO!!!!!!
Adolescente de 16 anos apresenta queixa de “menstruação atrasada”. Informa que teve a menarca aos 11 anos e ciclos regulares até recentemente, há cerca de 6 meses, quando os intervalos entre as menstruações passaram de 30 para 40-50 dias. A última menstruação foi há 42 dias e ela está preocupada, pois teve uma relação sexual desprotegida e está sentindo as mamas dolorosas, com descarga mamilar leitosa. Entre os exames laboratoriais relacionados abaixo, quais seriam MAIS indicados para o esclarecimento diagnóstico:
Gonadotrofina coriônica humana - fração beta e prolactina.
Paciente de 22 anos de idade chega à consulta na Unidade Básica de Saúde com queixa de atraso menstrual de cinco semanas. Informa que no último ano, sua menstruação estava irregular e cada vez “demorando mais tempo para chegar”. Utiliza como método contraceptivo o dispositivo intrauterino de cobre há dois anos e cóndom masculino. Hoje realizou teste rápido para gravidez com resultado negativo, Ao exame: IMC de 28Kg/m2 e sem nenhuma outra alteração. Assinale a MELHOR conduta propedêutica inicial.
Dosagem sérica de progesterona, prolactina e TSH
Síndrome de Morris em sua forma completa têm excelente feminização na puberdade, com mamas normais ou aumentadas, contornos corporais femininos e ausência de acne, devido à produção de estrógeno pelos testículos e pela aromatização periférica da testosterona, apresentando genitália externa feminina, com ausência ou rarefação de pêlos pubianos, vagina em fundo-cego e ausência de útero.
Síndrome de Morris na forma parcial é mais grave, pois há apresentação de fenótipo feminino, geralmente com discreta clitoromegalia e fusão parcial dos pequenos lábios; outros pacientes têm importante ambiguidade genital ao nascimento. Em alguns casos, o fenótipo é masculino, porém com micropênis, hipospadia perineal e criptorquidia.
Teste de progestogênio pode ser negativo em casos de hipogonadismo (quando o endométrio não recebeu estímulo prévio de estrogênio proveniente dos ovários) hipogonadotrófico (problema hipofisário) ou hipergonadotrófico (problema ovariano), gravidez (quando há estabilização “contínua” do endométrio pela progesterona endógena), anormalidades anatômicas (agenesia mülleriana, septo vaginal, sinéquia uterina) ou ainda disfunção hipotalâmica.
Teste de progestogênio consiste na administração de 10 mg de acetato de medroxiprogesterona uma vez ao dia, durante 7 a 10 dias. O teste é considerado positivo caso ocorra sangramento dentro de 2 a 7 dias do término do curso de progesterona e significa que o endométrio recebeu estímulo de estrogênio capaz de desencadear sua proliferação e a parte anatômica está normal, porém não houve ovulação, logo, a progesterona não pode agir. A principal causa patológica desse tipo de amenorreia é a síndrome dos ovários policísticos.
Paciente de 31 anos em amenorreia há 3 meses procurou o ginecologista que prescreveu acetado de medroxiprogesterona, 10 mg/dia por 10 dias. Marque a alternativa ERRADA:
A) A síndrome de ovários policísticos é uma possibilidade diagnóstica.
B) Na ausência de gravidez, esta mulher apresentará sangramento se seu endométrio recebeu estímulo estrogênico prévio.
C) Se a paciente apresentar um quadro de hipogonadismo hipogonadotrófico poderá apresentar sangramento abundante.
D) Se a paciente estiver grávida não ocorrerá sangramento.
C
AMENORREIA
(1.1) Sangrou com PROG = ANOVULAÇÃO (SOP por ex.)
(1.2) NÃO SANGROU COM PROG = PROSSEGUIR
(2.1) SANGROU COM PROG + ESTR - PROSSEGUIR (DOSA FSH)
(2.2) NÃO SANGROU COM PROG + ESTR - UTEROVAGINAL (ASHERMAN)
(3.1) FSH ALTO - INSUF OVARIANA (SAVAGE) / FALENCIA OVARIANA
(3.2) FSH < 5 OU NORMAL - CENTRAL (HIPOFISE OU HIPOTALAMO?)
GNRH
(4.1) AUMENTOU FSH E LH (HIPOFISE FUNCIONA - CAUSA HIPOTALAMICA) - ANOREXIA / ESTRESSE/ TUMOR / ATIVIDADE FISICA
(4.2) NÃO AUMENTOU FSH E LH - SHEEHAN / PROLACTINOMA (HIPOFISARIA)
INVESTIGACAO DE AMENORREIA PRIMARIA
(1) CARACT SEXUAIS AUSENTES?
(1.1) FSH ALTO?
TURNER / CARIOTIPO (DISGENESIA GONADAL)
(1.2) FSH BAIXO? HIPÓFISE/HIPOTALAMO
(2) CARACT SEXUAIS PRESENTES?
AVALIACAO UTEROVAGINAL (ROKITANSKY)
O diagnóstico da DIP é baseado em critérios, sendo considerado positivo com 3 critérios maiores e 1 menor ou a presença de 1 critério elaborado. Os critérios menores são:
temperatura > 37,5°C, conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal, massa pélvica, acima de 5 leucócitos por campo de imersão em secreção de endocervical, leucocitose, PCR ou VHS elevados, comprovação laboratorial de infecção cervical pelo Gonococo, Chlamydia ou Mycoplasma.
O tratamento da DIP é baseado na classificação de Monif que varia de 1 a 4. Em caso de Monif 2 (salpingite com peritonite) e Monif 3 (salpingite com oclusão tubária ou abscesso tubo-ovariano pequeno íntegro) o tratamento é hospitalar com cefoxitina EV + doxiciclina EV (segunda opção gentamicina + clindamicina.
O diagnóstico da DIP é baseado em critérios, sendo considerado positivo com 3 critérios maiores e 1 menor ou a presença de 1 critério elaborado.
Os critérios elaborados são: histopatologia com evidência de endometrite, ultrassonografia com presença de abscesso tubo-ovariano ou no fundo de saco de Douglas, laparoscopia com evidências de DIP.
Os critérios maiores são: dor no abdome inferior, dor à palpação dos anexos e dor à mobilização do colo uterino.
Os critérios menores são: temperatura > 37,5°C, conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal, massa pélvica, acima de 5 leucócitos por campo de imersão em secreção de endocervical, leucocitose, PCR ou VHS elevados, comprovação laboratorial de infecção cervical pelo Gonococo, Chlamydia ou Mycoplasma.
O tratamento da DIP é baseado na classificação de Monif que varia de 1 a 4.
- Monif 1 (endometrite e salpingite sem peritonite) o tratamento é ambulatorial com ceftriaxone IM + doxiciclina VO + metronidazol VO.
- Monif 2 (salpingite com peritonite) e Monif 3 (salpingite com oclusão tubária ou abscesso tubo-ovariano pequeno íntegro) o tratamento é hospitalar com cefoxitina (ou ceftriaxona) EV + doxiciclina EV (segunda opção gentamicina + clindamicina).
- Monif 4 (abscesso tubo-ovariano roto ou acima de 10cm) o tratamento é cirúrgico podendo ser realizado por videolaparoscopia.
Você está de plantão no Pronto Atendimento e atende uma mulher de 22 anos, solteira, com queixa de dor pélvica intensa. Ao exame: Tax: 38.6°C; P = FC = 110 bpm; PA = 130 x 80 mmHg: dor à palpação superficial e profunda do abdome e à descompressão em ambas as fossas ilíacas. Ao exame especular identifica-se secreção puruolenta drenando pelo orifício externo do colo uterino. Ao toque vaginal, paciente refere dor à mobilização do colo uterino e à palpação de fossas ilíacas, sem massas palpáveis. Assinale a alternativa com o diagnóstico clínico e a conduta mais adequados ao caso.
Doença inflamatória pélvica - Estadio II. Conduta: internação hospitalar + antibioterapia combinada por via endovenosa (cefoxitina + doxiciclina).
Paciente de 26 anos, usuária de anticoncepcional oral combinado há um ano, procura consultório ginecológico queixando-se de dor pélvica, dispareunia e corrimento vaginal há sete dias. Ao exame clínico, apresenta bom estado geral, abdome doloroso à palpação profunda em região suprapúbica, mas sem massas palpáveis ou visceromegalias. Presença de secreção vaginal mucopurulenta no exame especular. Ao toque ginecológico: colo doloroso à mobilização e ausência de massas anexiais. Relata ciclos menstruais regulares, vida sexual ativa e sem parceiro fixo. Em relação a essa paciente assinale a conduta inicial CORRETA:
Iniciar antibioticoterapia oral que proporcione cobertura empírica de amplo espectro dos patógenos mais prováveis, com acompanhamento ambulatorial.
Em relação à tríade de sinais e sintomas para o diagnóstico clínico de doença inflamatória pélvica, assinale a alternativa CORRETA:
Dor pélvica, dor à mobilização do colo uterino e dos anexos, e febre.
Mulher de 42 anos, cabeleireira, relata dor abdominal difusa periumbilical de início há 12 horas que, depois, migrou para a fossa ilíaca direita. Náuseas e vômitos ocasionais. Refere febre não termometrada. Diz ser portadora do HIV e está em tratamento. Ao exame, apresenta-se corada, hidratada, taquicárdica. Temperatura axilar de 38,2°C. Abdome doloroso difusamente, mas principalmente em FID, com irritação peritoneal. Toque retal doloroso com temperatura retal de 38,7°C. Ao exame ginecológico, não se detectou corrimento, mas observa-se dor à manipulação do colo do útero. Exames laboratoriais: leucócitos 9.700/mm3 sem desvio para a esquerda. PCR pouco aumentado. Urinálise com leucocitúria e hematúria. Em relação ao diagnóstico dessa paciente, dentre as opções abaixo, assinale a alternativa INCORRETA:
A) A hipersensibilidade à manipulação do colo do útero não é suficiente para confirmar o diagnóstico de Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
B) Não se trata de apendicite aguda, pois pacientes soropositivos com apendicite apresentam contagem de leucócitos mais elevada.*
C) O resultado do exame de urina não exclui o diagnóstico de apendicite aguda nesse caso.
D) Considerando os achados aos exames físico e laboratoriais, seria desejável a realização de método de imagem.
Paciente de 32 anos, G2P2A0, união estável, usuária de DIU há três anos, desde o último parto, é atendida na maternidade apresentando sangramento vaginal moderado, dor pélvica intensa, sinais de irritação peritoneal, pressão arterial de 80 x 40 mmHg. Segundo seu parceiro, a paciente estava queixando-se de dor abdominal há cerca de 36 horas. Assinale a alternativa que contém a PRINCIPAL hipótese diagnóstica para esse quadro clínico:
Gravidez ectópica rota.
*Trata-se de quadro típico de gestação ectópica rota, havendo instabilidade hemodinâmica e irritação peritonial. A tríade clássica da gestação ectópica é dor abdominal, sangramento vaginal e atraso menstrual (teste de gravidez positivo). Pode haver instabilidade hemodinâmica nos casos de rotura tubária, além de dor abdominal à palpação, localizada ou generalizada, distensão, descompressão brusca dolorosa e redução de ruídos hidroaéreos. O toque vaginal pode demonstrar útero de tamanho normal e massa anexial dolorosa.
São fatores de risco para gestação ectópica:
infecções genitais / pélvicas, falha de DIU, de contracepção de emergência ou de laqueadura tubária, cirurgias tubárias prévias (salpingotomia, reanastomose tubária, fimbrioplastia e lise de aderências), antecedente pessoal de gestação ectópica, uso de técnicas de fertilização assistida, tabagismo. No caso apresentado, a gestação ocorreu por falha de DIU (30% das gestações por falha de DIU são ectópicas).
Na DIP Monif 4 (abscesso tubo-ovariano __________ ou acima de 10cm) o tratamento é cirúrgico.
Roto.
A Síndrome de Lynch, também conhecida como câncer colorretal não polipose hereditário, resulta de mutação de genes de linhagem reparativa (MLH1 e MLH2) e o câncer de endométrio é a manifestação extracolônica mais comum desta síndrome. Outros tumores podem estar presentes como de intestino delgado, pelve renal e ovário.
Para avaliação de endométrio, o exame inicial a ser solicitado deve ser a US transvaginal. Se espessura do endométrio for < ou = a 4 mm, confirma-se a atrofia como causa de sangramento; frente ao diagnóstico de atrofia endometrial, nenhuma conduta cirúrgica é imposta. Se houver espessamento endometrial (>4mm sem TRH ou >8mm com TRH), o exame padrão-ouro para avaliação da cavidade endometrial é a histeroscopia com biópsia dirigida, podendo ser utilizado a curetagem uterina ou biópsia com Pipelle, na ausência da disponibilidade da histeroscopia.
Em relação ao câncer de endométrio, assinale a alternativa ERRADA:
A) A maioria das pacientes com câncer de endométrio tem sangramento uterino anormal quando a neoplasia ainda está limitada ao útero.
B) As mulheres com síndrome de Lynch têm baixo risco de desenvolver câncer de endométrio e/ou de cólon.
C) Está comprovado que o estrogênio tem papel no seu desenvolvimento.
D) O risco de câncer de endométrio é cerca de três vezes maior em mulheres que estão com 9,5 a 22,5 kg acima de seu peso adequado.
B
*A metrorragia e corrimento vaginal estão presentes em até 90% das pacientes pós menopausadas com câncer de endométrio. Naquelas que ainda apresentam ciclos menstruais, o sangramento uterino anormal deve alertar quanto à possibilidade da doença, especialmente em sangramentos recorrentes e persistentes em mulheres obesas.
No chamado câncer colorretal hereditário não poliposo ou síndrome de Lynch, a maioria dos casos é causada por um defeito nos genes MLH1 e MSH2. Mas, pelo menos 5 outros genes podem causar a doença, como MLH3, MSH6, TGBR2, PMS1 e PMS2. Uma cópia anormal de qualquer um destes genes reduz a habilidade do organismo em reparar os danos do DNA ou regular o crescimento celular, o que resulta em um risco aumentado de câncer de cólon, bem como um risco elevado para câncer de endométrio. As mulheres com esta síndrome têm um risco de 40% a 60% de desenvolver câncer de endométrio em algum momento durante suas vidas. O risco de câncer de ovário também é aumentado.
Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de endométrio. De modo geral, a maioria deles está relacionada a um ambiente hiperestrogênico, sendo a obesidade a causa mais comum. Outros fatores seriam: síndrome dos ovários policísticos, menarca precoce e menopausa tardia; irregularidade menstrual, nuliparidade, raça branca, idade avançada e tumores ovarianos (células da granulosa).
Em relação à avaliação da cavidade endometrial pela ultrassonografia endovaginal de paciente pós-menopausa e com sangramento vaginal, assinale a alternativa CORRETA:
A) A interpretação da medida da espessura do eco endometrial independe da idade e da fase de vida da mulher.
B) Um eco endometrial com espessura de 10 mm afasta a possibilidade de câncer de endométrio.
C) O diagnóstico de câncer do endométrio é confirmado se sua espessura for maior que 15 mm.
D) Espessura endometrial menor que 5 mm torna a presença de câncer de endométrio muito remota.
D
*Na pós menopausa, as principais causas de sangramento uterino anormal, em ordem decrescente, são atrofia endometrial e terapia de reposição hormonal (empatados em 1º lugar), câncer de endométrio e pólipos endometriais/cervicais.
O exame inicial a ser solicitado deve ser a US transvaginal, para avaliação da cavidade endometrial. Se espessura do endométrio < ou = a 4 mm, confirma-se a atrofia como causa de sangramento. Se houver espessamento endometrial (>4mm sem TRH ou >8mm com TRH), o exame padrão-ouro para avaliação da cavidade endometrial é a histeroscopia com biópsia dirigida, podendo ser utilizado a curetagem uterina ou biópsia com Pipelle, na ausência da disponibilidade da histeroscopia.
Espessura endometrial menor que 5mm é muito pouco indicativo de câncer de endométrio.
Quase a totalidade das pacientes com câncer de endométrio apresentam alguma sintomatologia, razão pela qual até 75% dos casos são detectados em estágios iniciais.
A metrorragia e corrimento vaginal estão presentes em até 90% das pacientes pós menopausadas com câncer de endométrio. Naquelas que ainda apresentam ciclos menstruais, o sangramento uterino anormal deve alertar quanto à possibilidade da doença, especialmente em sangramentos recorrentes e persistentes em mulheres obesas.
Paciente de 34 anos comparece à Unidade Básica de Saúde com relato de dor pélvica crônica há 11 meses, com piora do período menstrual, atrapalhando suas atividades diárias. Relata duas gestações prévias (dois partos normais), vida sexual ativa e que seu marido fez vasectomia há três anos. Ultrassonografia transvaginal recente evidenciou um cisto de conteúdo homogêneo em ovário direito, com aspecto de ¨vidro moído ¨ e volume estimado de 10 cm3, sem outras alterações no útero ou no anexo esquerdo. Assinale a MELHOR conduta para o caso apresentado.
A paciente pode se beneficiar do uso de contraceptivos orais combinados ou de progesterona isolada para alívio dos sintomas.
*Paciente com dor pélvica crônica e cisto ovariano sugestivo de endometrioma (aspecto de vidro moído, conteúdo heterogêneo).
Em casos de endometriose a paciente pode apresentar benefício no tratamento clínico com uso de anticoncepcionais combinados ou somente de progestágenos. Em casos refratários ou graves a abordagem cirúrgica pode ser uma opção, lembrando que a retirada dos focos visíveis de endometriose pode não resolver totalmente a dor pélvica crônica apresentada para essa paciente.
Os endometriomas são cistos de conteúdo achocolatado, associados a aderências com o peritônio posterior e/ou ligamento largo, classicamente presentes nos ovários, raramente podem estar presentes em cicatriz abdominal após procedimentos como cirurgia uterina ou cesariana. As pacientes geralmente se queixam de dismenorreia, dispareunia e dor pélvica. À USG podem apresentar conteúdo mais heterogêneo com paredes espessadas. Apesar de rara, sua transformação maligna pode originar os carcinomas de células claras.
O tratamento convencional dos endometriomas consiste na excisão completa desses cistos, com remoção da menor quantidade possível de tecido ovariano saudável. Em pacientes assintomáticas com cisto pequeno, pode-se fazer seguimento clínico (preservação da fertilidade).
Paciente de 42 anos relata dor e desconforto em baixo ventre há seis meses, sem alteração do ciclo menstrual, mantendo vida sexual ativa. Nega doenças prévias. G2P2n e usa DIU T de cobre há sete anos. Trouxe consigo exames recentes: hemograma e exame de urina rotina normais, dosagem de beta-hCG negativo, colpocitologia oncótica negativa para malignidade. A ultrassonografia endovaginal revela útero de 120 cm3, endométrio de 8 mm, DIU normoposicionado, ovário direito normal e ovário esquerdo com massa heterogênea de 11 cm de diâmetro e com áreas hiperecogênicas sugestivas de tecidos calcificados, ausência de líquido livre na pelve. Assinale a alternativa CORRETA em relação à melhor conduta para este caso.
O tratamento é cirúrgico e deve-se evitar o derramamento do conteúdo do cisto na cavidade abdominal.
*Os critérios de IOTA são os critérios ultrassonográfico mais utilizados para predição de malignidade dos tumores ovarianos. Deve-se cogitar a presença de tumor maligno quando existe: tumor sólido irregular, presença de ascite, pelo menos 4 vegetações, tumor sólido multilocular maior que 10cm com bordas irregulares e baixa resistência ao doppler (alto fluxo sanguíneo). Outros critérios de suspeita são a presença de paredes espessadas, septos espessos e fora do menacme.
Em caso de massas complexas suspeitas deve-ser realizada cirurgia para retirada do tumor e prosseguir com anatomopatológico da lesão. A punção biopsia não deve ser realizada em tumores / lesões císticas de ovário. Devemos realizar ainda completo inventário da pelve e da cavidade abdominal. Quando há suspeita de malignidade no ovário e a abordagem cirúrgica foi recomendada, deve-se proceder com a laparotomia exploradora com biópsia de congelação na sala a fim de determinar qual melhor abordagem intraoperatória.