Direito Penal Geral - Iter Criminis Flashcards

0
Q

Qual a classificação do crime quanto ao iter criminis?

A

Quanto ao iter criminis, o crime pode ser consumado ou tentado.

Diz­-se consumado o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (CP, art. 14, I). O crime consumado também é chamado de crime perfeito.

Diz­-se tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente (CP, art. 14, II). Também é chamado de crime imperfeito.

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1
Q

O que é iter criminis?

A

Iter criminis é o itinerário, o caminho do crime, isto é, todas as etapas da infração penal, desde o momento em que ela é uma ideia na mente do agente até sua consumação.

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2
Q

O que é tentativa branca e tentativa cruenta?

A

Considera­-se tentativa branca quando o objeto material (pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta) não é atingido (por exemplo, o homicida efetua os disparos e não atinge a vítima, que permanece incólume).

Considera­-se tentativa cruenta quando o objeto material é atingido.

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3
Q

O que é crime falho?

A

Crime falho, tentativa perfeita ou acabada é quando o autor do fato realiza todo o iter criminis, mas não atinge a consumação do delito. Por exemplo, o homicida efetua vários disparos contra a vítima, esgotando a munição de seu revólver, e, ainda assim, ela sobrevive.

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4
Q

O que é crime impossível?

A

Crime im­possível (quase crime, tentativa inadequada ou inidônea) é o crime que, ao se pôr em prática o plano delituoso, vê­-se impossível a consumação, em face da absoluta ineficácia do meio empregado ou da absoluta impropriedade do objeto material.

Deve­-se frisar que, no crime impossível, a consumação é completamente irrealizável.

De acordo com o art. 17 do CP, “Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar­-se o crime”

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5
Q

O que é crime exaurido?

A

Crime exaurido é uma expressão utilizada sempre que, depois da consumação, o bem jurídico sofre novo ataque ou ultimam­-se as suas consequências.

Assim, no crime de extorsão mediante sequestro (CP, art. 159), a privação da liberdade da vítima por tempo juridicamente relevante é suficiente para a consumação do crime. Se os sequestradores receberem a vantagem indevida, exigida como condição ou preço do resgate, diz­-se que o crime está exaurido.

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6
Q

Quais as etapas do iter criminis?

A

1- fase interna (cogitação)

2- fase externa (preparação, execução e consumação)

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7
Q

Qual a relevância da fase interna do iter criminis para o direito penal?

A

Essa fase é totalmente irrelevante para o Direito Penal, uma vez que cogitationis poenam nemo patitur (pensamento não induz pena).

Enquanto a ideia criminosa não ultrapassar a esfera mental, por pior que seja, não se poderá censurar criminalmente o ato.

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8
Q

No que consiste a preparação?

A

Os atos preparatórios (conatus remotus) verificam­-se quando a ideia extravasa a esfera mental e se materializa mediante condutas voltadas ao cometimento do crime. Este, portanto, sai da mente do sujeito, que começa a exteriorizar atos tendentes à sua futura execução.

Nessa etapa, como regra, o Direito Penal não atua. Atos considerados meramente preparatórios não são punidos criminalmente.

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9
Q

No que consiste a execução?

A

Ato de execução (conatus proximus)

Excerpt From: Goncalves, Victor Eduardo Rios; Estefam, André; (Coord.), Pedro Lenza. “Direito Penal Esquematizado - Parte Geral - 3ª Ed. 2014.” iBooks.
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10
Q

No que consiste a consumação?

A

S

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11
Q

Atos preparatórios podem ensejar punição no âmbito penal?

A

Como regra, os atos preparatórios são penalmente atípicos. Código penal, em seu art. 14, II, que dispõe que só há tentativa quando há início de execução.

Ocorre que, eventualmente o legislador transforma em crimes autônomos condutas que configuram meros atos preparatórios de outros delitos. Referida técnica legislativa denomina­-se antecipação da tutela penal.

Justifica­-se sempre que os atos representarem, em si mesmos, um perigo à ordem jurídica, ou, ainda, quando pela suma relevância do bem jurídico que o agente pretenda vulnerar, mostre­-se necessária a intervenção precoce do Direito Penal.

Ex. os arts. 286 (incitação ao crime), 287 (apologia de crime ou fato criminoso), 288 (associação criminosa) e o art. 291 (petrechos para falsificação de moeda), que seria ato preparatório do crime de moeda falsa (art. 289). Cite­-se, também, o art. 34 da Lei Antidrogas (petrechos destinados à fabricação, preparação, produção ou transformação de droga) e os arts. 12, 14 e 16 do Estatuto do Desarmamento, os quais tipificam a posse irregular e o porte ilegal de arma de fogo.

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12
Q

A partir de que instante se inicia a execução do crime?

A

Há início de execução nos atos imediatamente anteriores ao início da conduta típica e a ela vinculados.

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13
Q

Pessoa que induz pessoa a praticar crime pode ser punida se esta não inicia a execução?

A

Conforme disposto no art. 31 do CP, “o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado”.

Vale dizer: se o agente não sai da fase de preparação, o partícipe, que o induziu, instigou ou auxiliou, não será punido.

Assim, por exemplo, se uma mulher contrata um “matador de aluguel” para ceifar a vida de seu esposo, mas este, mesmo depois de receber o preço e planejar o crime, converte­-se a determinada religião e desiste de colocar em prática a trama delituosa, não chegando sequer a tentar matar o marido (isto é, não comete nenhum ato executório), sua conduta será atípica, qualidade da qual também será revestida a ação do mandante, no caso, a esposa.

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14
Q

O exaurimento do delito faz parte do iter criminis?

A

Trata-se de circunstância judicial desfavorável apenas (1ª fase da dosimetria), não fazendo parte do iter criminis.

Existem casos em que o exaurimento e causa especial de aumento de pena, entrando na 3ª fase de dosimetria da pena e não no 1°)

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