Distonias Flashcards

1
Q

Defina distonia

A

Distonia é uma síndrome caracterizada por movimentos involuntários decorrentes de contrações
prolongadas e repetitivas de músculos antagonistas, levando a movimentos de torção e posturas
anormais. Os movimentos involuntários acometem qualquer parte do corpo e podem ou não estar
associados a outros movimentos involuntários.

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2
Q

Como se resumo o tratamento

A

Na prática
clínica, as drogas mais frequentemente utilizadas são os anticolinérgicos e a toxina botulínica, sendo o
tratamento cirúrgico reservado apenas a poucos casos selecionados que não respondem bem à
terapêutica medicamentosa.

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3
Q

Quais locais podem apresentar distonias

A

Os movimentos ou contrações distônicas podem acometer membros, tronco, pescoço e
músculos da face, boca, faringe e laringe

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4
Q

Como diferencias distonias de coreia

A

. A previsibilidade dos movimentos é a principal característica que permite
diferenciar a distonia da coreia. Os movimentos distônicos são geralmente estereotipados e repetitivos,
enquanto os coreicos se distinguem pela imprevisibilidade na sequência de ativação muscular e,
consequentemente, pela variabilidade na sucessão dos movimentos involuntários.

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5
Q

Defina aterose

A

A atetose, que tem
características muito semelhantes às da distonia, é também denominada por alguns como distonia
móvel distal e designa movimentos repetitivos ondulantes e irregulares das extremidades

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6
Q

Defina coreoatetose

A

O termo
coreoatetose é, às vezes, utilizado para descrever casos que apresentam movimentos distônicos
misturados com movimentos coreicos

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7
Q

Defina e fale sobre o tremor

A

O tremor também é um tipo de movimento involuntário repetitivo, porém ele se diferencia da distonia
pela sua marcante oscilação rítmica. Em algumas situações, as contrações distônicas podem produzir
movimentos involuntários que são indistinguíveis do tremor. Nesses casos, usamos a designaçãoespecial de tremor distônico. Aliás, o tremor é considerado um movimento involuntário frequentemente
associado aos quadros de distonia, aparecendo como fenômeno distônico próprio ou, então, como um
tremor associado à distonia. Muitas vezes a distonia pode também coexistir em um mesmo paciente
com outros movimentos involuntários, como a coreia, a atetose e as mioclonias.

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8
Q

Defina truque ou gesto antagonista

A

Uma característica típica da distonia é a presença do chamado truque sensorial ou “gesto
antagonista”. Este é um mecanismo utilizado pelos pacientes para reduzir os movimentos involuntários.
Em geral, um estímulo sensitivo sobre a área corporal afetada, como um simples toque, por exemplo,
pode atenuar transitoriamente a distonia.

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9
Q

FISIOPATOLOGIA DAS DISTONIAS

A

Os movimentos distônicos são produzidos por contrações musculares anormais que refletem
anormalidades no controle motor. Na distonia, a ativação muscular é caracterizada pela contração de
músculos antagonistas e também pela falta de seletividade ou, eventualmente, pela deficiência na
ativação dos músculos apropriados.

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10
Q

Onde é a causa primaria geralmente?

A

Acredita-se que a causa primária de todas essas anormalidades esteja
localizada nos gânglios da base. Lesões estruturais no tálamo e no estriado produzem distonia.

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11
Q

Classifique as distonias

A

Pela distribuicao corporal - focal, segmentar, multifocal, generalizada e hemicorporal / etiologia - secundaria, heredodegenerativa, primaria, distonia plus e paroxistica / Pela idade de inicio - na infancia (ate 12 anos), adolescencia e juventude (13-28 anos), inicio tardio (maior que 28 anos)

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12
Q

Defina distonia secundaria

A

Os casos secundários seriam aqueles em que a distonia decorreria de uma lesão ou degeneração
que afetasse o sistema nervoso. Nesses casos, é muito comum que os pacientes afetados apresentem
uma mistura de várias outras anormalidades neurológicas além da distonia.

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13
Q

Como sao divididas distonias secundarias

A

A mais recente
classificação clínica das distonias divide esse grupo em distonias secundárias propriamente ditas e
distonias heredodegenerativas

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14
Q

Fale dos exames complementares na investigacao

A

Nos casos de suspeita de distonia secundária ou
heredodegenerativa, a investigação pode ser muito ampla e variada, incluindo a realização de exames
de neuroimagem, testes metabólicos etc. Nos casos de distonias primárias focais típicas de início tardio,
especialmente após os 40 anos de idade, raramente é necessário realizar alguma investigação
complementar

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15
Q

Como investigar distonias

A

Nos casos de distonias primárias com início antes dos 40 anos, geralmente recomenda-se a
realização de ressonância magnética (RM) de crânio, pesquisa da doença de Wilson (dosagem séricade ceruloplasmina, do cobre na urina de 24 h e pesquisa do anel de Kaiser-Fleischer pelo exame com
lâmpada de fenda) e, em alguns casos, o teste terapêutico com a levodopa. Esse último serve como
método prático para identificar os casos de distonia dopa-responsiva. Ele sempre deve ser aplicado em
pacientes com distonia primária que acomete os membros inferiores, e também nos outros casos de
distonia primária que se inicia antes dos 40 anos e que não seja uma forma focal típica. Prescreve-se
levodopa 100 mg uma a três vezes ao dia, por pelo menos 4 semanas, e espera-se um resultado
clínico exuberante.

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16
Q

Cite os tipos de distonias primarias

A

DYT1: distonia primária de início precoce
DYT2: distonia primária autossômica recessiva
DYT4: disfonia sussurrante
DYT6: distonia de fenótipo misto de início na adolescência
DYT7: distonia primária de início na idade adulta
DYT13: distonia craniocervical segmentar de início precoce
DYT17: distonia de torção recessiva

17
Q

Cite os tipos de distonias plus

A

DYT5: distonia dopa-responsiva secundária à deficiência de GTP ciclo-hidrolase I
(síndrome de Segawa)
DYT11: distonia mioclônica
DYT12: distonia-parkinsonismo de início rápido
DYT16: distonia-parkinsonismo de início precoce

18
Q

Cite os tipos de Distonias heredodegenerativas

A

DYT3: distonia-parkinsonismo ligada ao X (Lubag)

19
Q

Como iniciar tratamento para distonias

A

Uma vez excluídas causas metabólicas, como, por exemplo, a doença de Wilson, e outras causas
secundárias como fator etiológico, sempre recomendamos um teste terapêutico inicial com levodopa em baixas doses, Este teste é fundamental para diferenciar a distonia dopa-responsiva de outras formas de distonia, sendo que a primeira responde extremamente bem a esta medicação e de forma muito rápida

20
Q

Como iniciar tratamento empirico para distonia

A

Podemos iniciar o tratamento com doses baixas como um quarto de comprimido (nas
apresentações de 250 mg levodopa/25 mg carbidopa ou 200 mg levodopa/50 mg benserazida) uma a
quatro vezes ao dia por via oral (VO), mas podemos chegar a 1 g/dia

21
Q

Se levodopa nao surtir efeito na distonia?

A

Triexifenidila e biperideno têm sido utilizados rotineiramente na prática clínica para o controle das
distonias segmentares e generalizadas. Inicia-se com baixas doses (1-2 mg/dia VO) e faz-se um
escalonamento gradativo de acordo com a resposta terapêutica e tolerância à droga, podendo-se
chegar a doses altas (p. ex.: 80 mg) em alguns casos

22
Q

Qual indicacao da toxina botulinica na distonia

A

A toxina botulínica tipo A é o tratamento de escolha para as distonias focais, como blefarospasmo,torcicolo e câimbra do escrivão, entre outras. Esta droga age nos terminais colinérgicos inibindo a
liberação de acetilcolina, com consequente bloqueio da atividade neuromuscular de forma transitória.

23
Q

Como e quais efeitos adversos da botox na distonia

A

Dependendo do alvo (p. ex.: antebraço, laringe) recomenda-se a aplicação guiada por eletromiografia
para maior precisão. Os efeitos adversos variam de acordo com o local da aplicação (ptose palpebral,
ressecamento ocular, disfagia, sintomas semelhantes aos da gripe etc.) e são transitórios

24
Q

Cite uma situacao que o botox é primeira escolha na distonia

A

O consenso EFNS/MDS-ES recomenda a toxina
do tipo A como tratamento de primeira escolha apenas para distonia primária craniocervical (excluindo
a oromandibular) e para casos selecionados de câimbra do escrivão.

25
Q

Cite alternativas ao tratamento de distonias

A

Benzodiazepínicos, como o diazepam (2 a 60 mg/dia) ou clonazepam (2 a 4 mg/dia), podem ser
eficazes, mas, em geral, quando associados aos anticolinérgicos. Clonazepam é particularmente útil
nos casos de distonia mioclônica. O baclofeno (20 a 120 mg/dia), agonista do ácido gama-aminobutírico
(GABA), pode trazer benefícios parciais em algumas formas focais de distonia primária e nas distonias
generalizadas secundárias da criança.

26
Q

Fale do tratamento cirurgico das distonias

A

Desde o advento da toxina botulínica na década de 1980, tratamentos ablativos como desnervação
periférica, talamotomia e palidotomia caíram em desuso. A estimulação cerebral profunda (DBS)
demonstrou ser benéfica para alguns casos selecionados de distonia. O alvo principal tem sido o globo
pálido interno (GPi), ambos os lados, e os casos de distonia primária apresentam melhora de 40% a
90% nas escalas de avaliação, sendo que este benefício foi observado principalmente entre crianças
com distonia primária generalizada ligada ao DYT1.

27
Q

Fale de terapias adjuvantes para distonias

A

Além do tratamento medicamentoso e cirúrgico, recomendam-se fonoterapia no caso das disfonias efisioterapia para as alterações motoras, o que é fundamental para auxiliar o paciente a lidar com as
posturas anormais, reconhecer movimentos compensatórios e, na medida do possível, prevenir
alterações ortopédicas secundárias.