Doença inflamatória intestinal Flashcards

(94 cards)

1
Q

Etiopatogenia da DII:

A

Descontrole da resposta imune fisiológica

Há uma diminuição dos linfócitos Treg (marcador do Fox P3 +) - fator de transcrição para IL-10 e TGF-beta

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2
Q

Fatores exógenos relacionados a DII:

A

Fumo: RCU protege

enteropatógenos (não há uma relação direta), seve como gatilho

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3
Q

Genética na DII:

A

DII são condições poligênicas
Há genes compartilhados com AR, LES, EA, DM1, psoríase

ação bem definida: NOD2: DC fibroestenosante do íleo

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4
Q

Epidemiologia da DII:

A

Mais comum em brancos (judeus) ricos e urbanos
2 picos de incidência: 15-30 (mais importante); 60-80
RCU: homogênica; DC: 2:1 H:M
Forma familiar 5 a 10% (mesmo tipo no parente)
associação com Turner e imunodeficiência

Cigarro: diminui 60% risco de RCU (house) e aumenta 2x risco de DC

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5
Q

Patologia da RCU:

A

Sempre inicia no reto
Dissemina em sentido proximal
lesão contínua (sem áreas saudáveis)
Inflamação superficial (restrito à mucosa)

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6
Q

Endoscopia da RCU:

A

leve: mucosa eritematosa granular
Grave: mucosa edemaciada e ulcerações
Longa duração: pseudopólipos (pólipos regenerativos), atrofia e retrações fibróticas

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7
Q

Alterações que denotam cronicidade da RCU:

A

distorção das criptas (escassez, abscessos) - criptite

agregados linfoides

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8
Q

distribuição da RCU:

A

40-50%: retossigmoide

30-40%: Colite subtotal - após flexura explênica até metade no transverso

20%: pancolite - destes, 10-20% desenvolve ileíte de refluxo

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9
Q

Patologia da DC:

A

Geralmente poupa o reto
Da boca ao ânus
Lesão salteada

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10
Q

ED na DC:

A

Doença leve: úlceras aftosas

Doença grave: úlceras lineares (pedra de calçamento); creeping fat: abraço de gordura

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11
Q

Sinal histológico patognomônico de DC:

A

Granuloma não caseoso - patognomônico - 70% não tem biópsia endoscópica, na peça cirúrgica 50%

tem excluir outras doenças com granulomatosas como TB

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12
Q

Distribuição macroscópica da DC:

A

30 a 40% só no delgado
40 a 55% delgado + cólon - ou seja, 75% está no delgado, e destes 90% ileíte terminal

15-25% só no cólon

1/3 DC perianal

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13
Q

QC da RCU:

A

Relação direta dos sintomas com extensão:
só proctite: CONSTIPAÇÃO; tenesmo, sangue e muco; sem dor

dç + proximal: DISENTERIA; tenesmo; dor abdominal

doença grave: queixas sistêmicas

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14
Q

Laboratório na RCU:

A

Reagentes de fase aguda: PCR, VHS, plaquet.
leucocitose
aumento lactoferrina e calprotectina fecal - marcação colônica
Dç grave: diminuição de albumina

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15
Q

Achados no enema opaco na RCU:

A

Leve:granularidae
Grave: ulceração
Crônica: aspecto de cano de chumbo

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16
Q

Complicação da RCU:

A

5% complica com: MEGACÓLON TÓXICO
dilatação do cólon (transverso ou direito) > 6cm
desencadeantes: narcóticos/distúrbios eletrolíticos
tem risco de perfuração

obs: colite tóxica - perfura sem dilatar; muito raro

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17
Q

DC: ileocolite, QC…

A

dor QID + diarreia + massa + perda ponderal + febre
forma mais clássica
DF: apendicite

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18
Q

QC de DC jejunoileite:

A

diarreia com esteatorreia (má absorção) e múltiplas carências nutricionais

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19
Q

DC, QC na colite:

A

Diarreia
dor em cólica
febre baixa
sangramentos - menor que na RCU

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20
Q

DC gastroduodenal, QC:

A

epigastralgia, náuseas e vômitos

tipo raro

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21
Q

Evolução da inflamação na DC:

A

Dois padrões:

fibroestenosante ou fistulizante

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22
Q

laboratório da DC:

A

igual da RCU

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23
Q

Exame inicial na DC:

A

Êntero-TC: área de dilatação pré-estenose

criança, paciente de risco: faz êntero-RNM

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24
Q

Melhor exame para DC:

A

cápsula endoscópica

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25
Complicações da DC:
Obstrução intestinal: 40% abscessos cavitários: 10-30% perfuração: 1-2%
26
Manifestações extraintestnais das DII que acompanham a atividade da doença:
Eritema nodoso | artrite periférica
27
Mex. das DII que não acompanham a atividade da doença: (4)
Pioderma gangrenoso EA/sacroileíte colangite esclerosante primária (CEP) uveíte anterior
28
Marcadores sorológicos mais clássicos das DII:
pANCA: RCU 60-70% ASCA + (fungo): 60-70% na DC
29
Marcadores na DC:
``` ASCA (principal) anticorpos contra antígenos bacterianos: anti-ompc anti-I2 anti-CBr1 ```
30
Principal utilidade dos marcadores na DII:
Diferenciar colite indeterminada
31
Prognóstico das DII de doença incapacitante em 5 anos:
Marcadores mostram alguma utilidade, mas não são muito bons, os principais preditores são os dados clínicos: Necessidade de corticoide Idade < 40 anos (início) Doença perianal
32
Diagnóstico de DII:
Clínica, imagem e ED descartar infecções: coprocultura, pesquisa de toxina, EPF, biópsia (fungos e vírus) cerca de 15% após toda a avaliação tem um quadro de colite indeterminada - na maioria das vezes a diferenciação é feita com a evolução
33
Duas linhas de tratamento da DII:
``` Step up (preferível) Top down ```
34
Características da sulfassalzina:
dividida: Sulfapiridina (EC) mesalamina (efeito terapêutico) - aumenta PPARy e diminui citocinas e NFkB primeira droga a ser descrita atua exclusivamente no cólon e serve para tratar colite - precisa das bactérias colônicas para serem metabolizadas usada para colite leve/moderada
35
Tratamento medicamentoso da colite:
Sulfassalazina: indução e remissão da RCU | DC com colite
36
Preparações 5-alfa sem sulfa:
Olsalazina: mesalamina + mesalamina Balsalazina: mesalamina + aminoglicooil-alanina necessitam de bactérias do cólon Asacol: mesalamina revestida (libera pH > 7) Pentasa: mesalamina - escolha atuam em todo o TGI
37
Drogas de dose única para DII:
Lialda | Apriso
38
Uso do supositório e enema de 5-ASA:
só proctite - supositório | colite esquerda - enema (superior ao enema de corticoide)
39
Uso de glicocorticoide na DII:
Só indução, nunca manutenção RCU ou DC: moderada/grave ou refratariedade da 5-ASA DC ileal: Budesonida de liberação controlada (menos efeitos colaterais
40
Uso de ABT na DII:
DC inflamatória, fistulizante e perianal RCU: só na bolsite Drogas usadas: ciproflixacino: ruptura de aquiles como EC metronidazol - EC: neuropatia periférica
41
Poupadores de corticoides usados na DII:
Azatioprina e 6-MC: droga de escolha na DC e RCU Metotrexate: só na RCU ciclosporina IV: RCU refratária tracolimus: EC e RCU refratária
42
Biológicos usados na DII:
Doenças refratárias aos demais: Anti-TNF: mais usados infliximab IV: Ig quimérica (não é totalmente humana) -alergia adalimumab: Ig humanizada: menos alergia certolizumb: Ig peguilada - meia vida longa
43
Uso dos anti-TNF
Usados na indução e manutenção 2/3 tem resposta inicial podem ser combinados com azatioprina risco de de TB (reativação) e desenvolvimento de CA
44
Conduta no paciente que não responde ou parou de responder ao anti-TNF:
Usar natalizumab (anti-integrina) Risco de doenças oportunistas LEMP (leucoencefalopatia multiocal progressiva)
45
Manipulação dietética na DII:
``` Dieta 0 + NPT Dietas elementares (altamente processadas) ``` usado apenas para indução e apenas na DC
46
Cirurgia de escolha da RCU, considerada curativa:
IPAA: ileal pauch anal anastomosis (colectomia abdominal + protectomia mucosa + anastomose entre bolsa ileal (reservatório de fezes) e canal anal preserva o esfíncter anal
47
Indicações da IPPA: (6)
``` Intratabilidade da RCU Hemorragia maciça dc fulmiante megacólon tóxico (espera 48-72h no máximo) displasia (CA) obstrução ```
48
Complicações da IPPA:
Obstrução (principal complicação PO) Bolsite (principal complicação crônica)
49
Clínica da bolsite: (5)
``` aumento da fr evacuatória urgência incontinência noturna artralgia febre ```
50
Tratamento da bolsite pós IPPA:
ATB: cipro. única indicação de ATB na RCU refratários: imunossupressão conversão para ileostomia recidiva: concentrado de probióticos
51
Procedimento cirúrgico de escolha para DC:
estricturoplastia: alarga o lúmen intestinal sem remover pedaços do intestino - não fazer IPPA visar preservar o comprimento intestinal e preservar a SIC
52
Principal indicação cirúrgica da DC:
oclusão intestinal ``` outras: hemorragias fístulas refratárias abscessos CA ```
53
Fatores de risco para recidiva de DC pós cirurgia: (5)
``` tabagismo doença penetrante história de recidiva precoce história de múltiplas cirurgias idade jovem na 1° cirurgia ```
54
Medida para prevenir a recidiva de DC pós-cirurgia:
Azatioprina ou anti-TNF colono de controle 6 meses após o procedimento
55
CA relacionado com DII:
CA colorretal ( principal): mais associada é RCU - na DC somente na colite outras: Ca escamosos de canal anal (Dc perianal) adenocarcinoma de delgado
56
Indicação de rastreio de Ca colorretal na DII:
Presença de pancolite: após 8 anos colite esquerda: após 12 fazer colono + biópsia anual ou bianual
57
Conduta na presença de displasia no cólon:
RCU: IPPA DC: colectomia segmentar ou total
58
Conduta na presença de adenoma no cólon:
s/displasia: ressecção endoscópica
59
Vipoma (Sd. do cólera pancreático):
Produção excessiva do pepitídeo intestinal vasoativo (VIP) por tumores das ilhotas pancreáticas hipersecreção intestinal de água hipocalemia e acidose metabólica tratamento: octreotide; retirada cirúrgica do tumor
60
Pseudocolite membranosa, definição:
É um processo induzido por toxinas bacterianas caracterizado pelo desenvolvimento de placas exsudativas aderidas à superfície da mucosa colônica inflamada
61
Causa da pesudocolite membranosa:
C. difficili (liberação de toxinas A e B) - após um curso de de tratamento ABT de amplo espectro
62
ABT mais relacionados com a pseudocolite membranosa:
clindamicina ampicilina cefalosporinas fluoroquinolonas
63
Fatores de riscos para pseudocolite membranosa: (6)
``` > 65 anos comorbidades graves ATB prolongada (> 10 dias) alimentação por sonda enteral IBP quimioterapia ```
64
QC de pseudocolite membranosa:
Diarreia aquosa profusa associada a dor abdominal (apresentação mais comum) Casos graves: desidratação, hipotensão, taquicardia, megacólon tóxico suspeita em todo paciente com sintomas dentro de um período de até 6 semanas após exposição a ATB
65
Formas clínicas possíveis da apresentação do C. difficile (7):
``` Assintomáticos diarreia sem colite colite sem pseudomembrana colite com pseudomembrana colite fulminante colite perdedora de ptn infecção recorrente ```
66
Tratamento da pseudocolite membranosa:
Metronidazol ou vancomicina refratários: transplante fecal
67
Síndrome do intestino irritável, definição:
dor abdominal crônica ou recorrente associada a alterações do hábito intestinal, na ausência de qualquer lesão orgânica detectável no TGI
68
Etiopatogenia da SII:
Alteração da motilidade Hipersensibilidade visceral processamento sensorial alterado no SNC
69
Condição de associação comprovada com a SII:
gastroenterite bacteriana
70
Critérios de Roma IV para SII:
Dor abdominal recorrente, pelo menos 1 dia por semana nos últimos 3 meses, associada a 2 ou mais dos seguintes: relação com evacuação mudança na frequência da evacuação associada à mudança na forma das fezes
71
Tratamento da SII:
Assegurar benignidade do processo mudança dietética atividade física tratamento farmacológico (casos refratários)
72
Local mais comum do tumor carcinoide no TGI:
``` Intestino delgado (45%) no intestino delgado é mais encontrado no íleo ``` O segundo é o apêndice, mas há divergência na literatura
73
Marcador de tumor carcinoide:
Cromogranina A: | avalia progressão da doença, resposta ao tratamento e recorrência após a cirurgia
74
Sd. carcinoide:
Manifestações sistêmicas por liberação de serotonina Diarreia Flushing (intensa coloração purpúrica do corpo superior e braços) Precipitada por álcool, queijos, vinho tinto e exercícios 90 % que apresentam já tem metástase hepática
75
Crise carcinoide:
precipitada por anestesia, quimioterapia ou cirurgia flushing intenso, diarrreia, taquicardia, hiper ou hipotensão broncoespasmo e alteração da consciência pode ser fatal
76
Tratamento do tumor carcinoide:
Ressecção alargada em bloco inclui mesentério adjacente e linfonodos - para qualquer tamanho controle da Sd. carcinoide: análogos de somatostatina
77
Biópsia clássica da RCU:
infiltrado neutrofílico e formação de microabscessos glandulares
78
Na colite de Crohn o reto é tipicamente...:
poupado - diferente da RCU
79
Tratamento inicial de DC perianal:
Clínico: ATB, imunomodulares, biológicos nos refratários eu lanço mão da cirurgia
80
Principais manifestações extraintestinais cutâneas da DII:
``` eritema nodoso e pioderma gangrenoso (mais comum na RCU) ```
81
A síndrome carcinoide é comum em pacientes com tumor carcinoide:
Falsa: ela ocorre em menos 10%, apesar de ser um achado clássico não é frequente
82
Rastreio bioquímico do tumor carcinoide:
5-HIAA (5-hidroxi-indolacético) - metabólito da serotonina
83
Suplementação de ácido fólico no uso de sulfassalazina e mesassalamina:
Só é necessário na SFZ
84
Procedimento cirúrgico indicado na vigência de megacólon tóxico na RCU:
Colectomia subtal com realização de ileostomia terminal e fechamento à Hartmann do coto retal a colectomia total não deve ser feita com o paciente tão instável
85
Definição de paciente grave na com pseudocolite por C. difficile CPM: (5)
Apresenta diarreia profusa Apresenta sinais de toxicidade sistêmica (febre) Apresenta leucocitose (< 15000) com desvio à esquerda (> 5% blastos) Apresenta injúria renal aguda
86
Tratamento da CPM grave:
Vancomicina 125mg VO 6/6h por 10-14d
87
As manifestações extraintestinais são suspensas após a colectomia total da RCU.
Falso
88
Epidemiologia do Tumor carcinoide:
Mais comum em mulheres | Na 3 ou 4a década de vida
89
Investigação do tumor carcinoide após suspeita clínica:
5-HIAA urinária Imagem (cintilografia de recep. de somatostatina ou TC) Enteróclise (opcional)
90
Conduta para tumor carcinoide localizado de até 1 cm localizado na ponta do apêndice e para maior que 1-2 cm ou localizado na base, respectivamente:
1°: apendicectomia 2° hemicolectomia direita
91
Tratamento da CPM fulminante:
Vancomicina + metronidazol
92
Conduta no megacólon tóxico: (6)
``` Dieta zero. Cateter nasogástrico em sucção. Reposição hidroeletrolítica. ATB de amplo espectro. Corticoide parenteral. ``` Se não melhorar em 24-48h, colectomia
93
Aspecto ED na pseudocolite membranosa:
Placas branco-amareladas, descontínuas ao longo da mucosa colônica
94
Principal diagnóstico diferencial de DII:
Enteropatia infecciosa Todo paciente com um diagnóstico novo de colite ulcerativa deve ter cultura de fezes para patógenos entéricos, exame de fezes para pesquisa de ovos e parasitas