Sd. diarreicas e má-absorção Flashcards

(78 cards)

1
Q

Definição de diarreia:

A

Aumento do número e volume evacuatório mais diminuição da frequência

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2
Q

Diferença de diarreia para:
Incontinência fecal…
Pseudodiarreia…
Impactação…

A

Perda involuntária (lesão neurológica)

Urgência/tenesmo - SII

Fecaloma (massa endurecida) no toque - com perda em pequenas quantidades e presença de muco

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3
Q

Classificação quantitativa da diarreia:

A

< 2 semanas: aguda

2-4 semanas: persistente

> 4 semanas: crônica

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4
Q

Classificação mais recente da diarreia aguda:

A

Aguda: toda diarreia de início agudo, quase sempre de origem infeciosa, com potencial autolimitado, num prazo aproximado de 2 semanas

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5
Q

Classificação recente de diarreia persistente:

A

É a diarreia aguda (presumível origem infecciosa) que persiste por mais de duas semanas.

O quadro diarreico mantém-se por perpetuação do agente infeccioso e/ou alterações morfofuncionais

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6
Q

Classificação recente de diarreia crônica:

A

É aquela de etiologia primária ou secundária, não causada por infecções intestinais, necessitando de um diagnóstico etiológico e terapêutica específica, de acordo com a etiológia

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7
Q

Diarreia alta:

A

Proveniente do delgado: mais volumosas/esteatorreia

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8
Q

Diarreia baixa:

A

Proveniente do cólon: tenesmo e urgência fecal

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9
Q

Etiopatogenia da diarreia aguda:

A

Infecção via oral fecal > ultrapassa as barreiras imunes e não imunes

Mecanismos:
toxina pré-formada
toxinas recém formadas
Fat. enteroaderentes
Fat. enteroinvasivos
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10
Q

Manifestações extraintestinais da diarreia aguda:

A

Artrite reativa: Campilobacter, Yersina, Shiguella

SHU: E. coli enteroinvasiva

Guillain Barré: campylobacter jejuni (predispostos)

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11
Q

Quando investiga em caso de diarreia aguda:

A

Quadros potencialmente graves e implicações para saúde pública (surtos)

Intensa desidratação
Desinteria
Febre >= 48h 
sem melhora após 48h 
ATB recente: superinfecção por C. difficili 
suspeita de surto
dor intensa se > 50 anos
Idosos > 70 e imunodeprimidos
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12
Q

Exames solicitados na investigação de diarreia:

A

Coprocultura
EPF (ameba, giárdia)
Toxina C. difficili (ELISA)
Antígenos: rotavírus, giárdia, ameba

deve ser direcionado

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13
Q

Quando fazer coprocultura:

A

Processo enteroinvasivo importante (colite)
Doença de base
Diarreia persistente

colher e semear em no máximo 2h

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14
Q

Agentes com espoliação eletrolítica:

A

V. cholerae (principla)
ETEC

levam a hiponatremia, pois espoliam sódio
as secretoras espoliam mais

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15
Q

Tratamento de diarreia aguda:

A

Casos leves: líquidos vo
Moderados: solução glicose + eletrólitos
Graves: hidratação venosa

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16
Q

Situações de diarreia em que suspende alimentação:

A

Na fase prévia à correção da desidratação: já está descompensada metabolicamente
Comprometimento digestivo específico: intolerância a lactose

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17
Q

Quando usar ATB em diarreia:

A

Patógeno específico isolado: sempre tratar cólera
Empírico: disenteria febril moderada/grave
Microbiologia inconclusiva: idoso/imunossuprimido/valva proteica/enxerto vascular

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18
Q

ATB usado em diarreia:

A

Ciprofloxacino 500mg 12/12h 3-5 dias

Persisente: Metronidazol 250mg 6/6h 7d
pensando em giárdia

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19
Q

Indicação de antidiarreicos:

A

Apenas nas diarreias moderadas sem febre e sem sinais inflamatório (NUNCA NA COLITE)

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20
Q

Características da diarreia secretória:

A

Fezes aquosa em grande volume - a Fr não é tão elevada
Sem dor abdominal, sem sangue, sem muco (muco é produzido pelas células caliciformes do cólon)
Pouco fétidas
Acometimento de delgado (grande sítio de absorver água) - agentes da região superior
Não melhora com jejum
Gap osmolar baixo < 25

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21
Q

Características da diarreia osmótica:

A
Fezes aquosas
Melhora com jejum
Causa: deficiência da lactose
pH fecal baixo
Gap osmolar fecal alto > 50
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22
Q

Características da diarreia disabsortiva:

A

Esteatorreia
Fezes brilhantes e mal-cheirosas (não afundam)
Perda ponderal comum
Desnutrição (ADEK)

um misto de osmótico/secretória

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23
Q

Definição esteatorreia:

A

Gordura fecal > 7% da gordura ingerida
>= 7g/dia no teste padrão

doenças do delgado e pâncreas (mais intensa) - FC, DC, pancreatite crônica
só pesquisa em diarreia crônica

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24
Q

Características da diarreia inflamatória:

A

Leucócitos ou ptns leucocitárias
Dor abdominal, febre, sangramento
Afeta o cólon (muco)
Pouco volume muita frequência

causas: AIDS, imunodeficiências, gastroenterites eosinofílicas

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25
Diarreia funcional:
``` exames normais - sem patologia orgânica identificável alternância com constipação a dor alivia com a defecação não aparece durante o sono Sd. intestino irritável ```
26
Diarreia fictícia:
simulação Mulheres jovens, profissionais de saúde Comorbidades psiquiátricas associadas Munchausen
27
Definição, Sd Munchausen:
Mistura de água ou urina às fezes normais Presença de distúrbios alimentares: laxantes ou diuréticos diagnóstico: osmolaridade fecal absoluta
28
Abordagem na diarreia crônica:
Deve ser direcionada, ex.: sangue nas fezes: colonoscopia Esteatorreia: EDA (delgado) sem sangue ou má absorção: excluir lactose SII (funcional): limitar investigação; acompanhamento psicológico
29
Conduta em caso de diarreia crônica quando nenhum diagnóstico for estabelecido:
Lab. básico: hem, BQ, hepato. | gordura fetal
30
Tratamento de diarreia crônica:
corrigir carências nutricionais abordar causas básicas casos sem diagnóstico e não é inflamatório: opioides de ação periférica - leve/moderado (loperamida) - grave: cadeína, tintura de ópio OBS: antidiarreico em inflamatório pode causar SHU
31
Conduta inicial em casos de má-absorção:
sempre buscar diagnóstico etiológico!
32
Função do delgado:
digestão e absorção de nutrientes
33
Função do cólon:
absorção de líquido e controle da evacuação
34
Parte intestinal acometida na má-absorção:
Int. delgado
35
Nutrientes exclusivos de absorção no duodeno e jejuno:
Fe, Ca, folato
36
Nutrientes de absorção exclusiva no íleo:
B12 e sais biliares
37
Absorção dos macronutrientes:
seus "pedaços" são absorvidos por transporte ativo - cotransporte com Na
38
Importância dos sais biliares:
Constituir as micelas Emulsificação das gorduras processo essencial para absorção de gorduras São produzidos no fígado - reciclados pela circulação êntero-hepática (dependente do íleo)
39
Ciclo êntero-hepático e possíveis patolgias:
Síntese: insuficiência hepática Secreção: cirrose biliar primária manutenção da forma conjugada: supercrescimento bacteriano Reabsorção: cirurgia ileal
40
Etapas da absorção digestiva e doenças relacionadas:
Digestiva: lipase e sais biliares - In. pancreática;ciclo êntero-hepático Absortiva: mucosa íntegra - doença celíaca Pós absortiva: formação de quilomícrons; integridade linfática - abetalipoproteinemia; linfagiectasia
41
Abordagem clínica na má absorção:
Investigação direcionada: Alcoolismo: pancreatite crônica Enterectomia extensa: Sd. intestino curto
42
Abordagem na má-absorção, quando não há pista:
confirmar a existência de esteatorreia > D-xilose urinária (componente sintético): > 5g (mucosa normal - Ins. pancreática); < 5g (mucosa doente; superscrescimento bacteriano)
43
Exames para confirmar a existência de esteatorreia:
Qualitativo: coloração pelo sudam III Quantitativo: fezes 72h c/100g de gordura/dia
44
Teste de escolha para demonstrar In. exócrina:
Teste da secretina: administrar secretina exógena no ducto pancreático principal
45
Teste de escolha para supercrescimento bacteriano:
Aspirado duodenal + cultura
46
Teste para suspeita de doença na mucosa:
EDA + biópsia Biópsia normal: exalação de H2; teste terapêutico - confirmação de intolerância a lactose
47
Proteína no glúten responsável pela manifestação da doença celíaca:
Gliadina
48
Fisiopatologia da DC:
Gliadina + TTG > neoantígeno > resposta autoimune
49
Reposta autoimune da DC:
inf. mucosa por linfócito T > síntese de autoanticorpos: antigliadiana antiendomísio anti-TGT tipo IgA
50
Histologia na DC:
atrofia das vilosidades e hiperplasia das criptas - gerando Sd. disabsorvitiva e diarreia
51
Genética na DC:
Distribuição mundial Predomina em brancos e europeus 10% parentes de 1° grau Marcadores: HLA-DQ2 ou DQ8 (a ausência exclui a doença) - a maioria das pessoas que possuem esses marcadores não possui a doença
52
Etiologia da DC:
Desconhecida Geralmente no 1° ano de vida, mas pode aparecer em qualquer idade Pode haver remissões e exacerbações espontâneas
53
Forma clássica da DC:
Queixas gastrointestinais proeminentes: Diarreia Esteatorreia Distensão Perda ponderal e carências nutricionais
54
Características da crise celíaca: (6)
``` Primeiros 2 anos de vida Desencadeada por infecções Diarreia grave com desidrataçõa hipotônica Hipo k com íleo paralítico Tetania Hemorragias ```
55
Forma atípica da doença celíaca: (6)
Mais comum ``` Ausências de queixas gastrointestinais Anemia por falta de Fe ou folato (refratários) Baixa estatura Osteomalácia ( baixa da Ca e/ou Vit. D) Infertilidade Abortamentos recorrentes Alt. neuropsiquiátricas ```
56
Manifestações extraintestinais da DC:
``` Dermatite Herpetiforme: dc da pele rash papulovesicular pruriginoso queixas GI leves responde à dopsona ```
57
Associações de outras doenças com DC: (6)
``` DM1 Deficiência primária de IgA Sd. Down Sd Turner Tireoidite de Hashimoto CA ```
58
CA e DC:
Carcinoma de faringe, esôfago e delgado | Linfoma: suspeita quando o paciente não responde a restrição de glúten - manifestação tardia
59
Diagnóstico da DC:
Biópsia de delgado: padrão ouro Clínica: faz sorologia + biópsia
60
Sorologia usada hoje para DC:
Anti-TGT - dosa junto IgA antigliadina e antiendomíseo foram abandonados
61
Pacientes com deficiência com deficiência de IgA e suspeita de DC, qual sorologia pedir:
pedir classes IgM e IgG de anti-TGT
62
Confirmação da doença celíaca:
Sorologia e biópsia não confirma, só confirma se houver normalização após suspensão do glúten (clínica, sorológica e histológica) - patognomônico
63
Tratamento da DC:
Dieta sem glúten
64
Espru tropical:
Sd. disabsortiva classica Ocorre apenas em regiões tropicais Etiologia desconhecida Diagnóstico: biópsia duodenal - padrão idêntico a DC, mas não tem sorologia e não responde à dieta sem glúten Tratamento: tetraciclina 6 meses + ácido fólico
65
Sd. intestino curto, clínica:
Sinais e sintomas decorrentes da ausência de parte do intestino (adquirido ou congênita) Diarreia é o principal sintoma Falência intestinal: incapacidade de manter nutrição sem NPT Supercrescimento: perda da válvula ileocecal ocorre adaptação do intestino remanescente em 6-12 semanas
66
Complicações da Sd. intestino curto:
Hiperoxalúria entérica | Nefrolitíase de repetição por ac. úrico - gordura se liga ao Ca: diminui Ca e aumenta oxalato
67
Tratamento da Sd. intestino curto:
1° medida: antidiarreicos (opioides periféricos) Dieta: hipolipídica, baixo carboidrato e muitas fibras, além de repor ADEK Falência intestinal: NPT domiciliar/Tx intestinal supercrescimento: ATB Hiperacidez: IBP
68
Como ocorre o supercrescimento bacteriano (Sd. alça cega):
Há uma proliferação de bactérias colônicas no delgado por: Estase funcional Estase anatômica comunição enterocolônica
69
Diagnóstico de supercrescimento bacteriano:
aspirado duodenal ou teste da lactulose
70
Tratamento do supercrescimento bacteriano:
Correção cirúrgica dos fatores anatômicos ATB: 3 semanas ou até a melhora dos sintomas - tetraciclina revidivantes: ATB 1 semana/mês
71
Doença de whiple, agente etiológico e paciente típico:
Thopheryma whipplei | homem de meia idade no meio rural
72
Clínica da doença de Whipple: (5)
``` má absorção dor e febre artrite migratória miorritmia oculomastigatória (SNC) - patognomônico demência (sinal de mau prognóstico) ```
73
Sinal patognomônico de doença de Whipple:
miorritmia oculomastigatória: | movimentos repetitivos de convergência ocular e contração dos músculos da mastigação
74
Diagnóstico de doença de Whipple:
biópsia do delgado: macrófago PAS + | se AIDS: confirmar com microscopia eletrónica
75
Tratamento da doença de Whipple:
Indução da remissão: penicilina G IV por 2-4 semanas Manutenção da remissão: SMT-TMP VO por 1 ano
76
Alimentos que contém glúten:
trigo cevada centeio
77
``` Shigella Giardia lamblia colite ulcerativa Entamoeba histolytica Qual desses agentes não causa diarreia inflamatória: ```
Giardia lamblia: causa diarreia por má absorção com presença de esteatorreia
78
Epidemiologia de doença celíaca:
O aleitamento materno prolongado (6m) protege contra as formas sintomáticas da doença. O consumo de grande quantidade de glúten durante o primeiro ano de vida aumenta sua incidência. Infecção pelo rotavírus se associam a uma maior incidência da doença (glúten na vigência de inflamação intestinal). O momento da introdução do glúten na dieta não tem papel definido.