Endoscopia Flashcards

1
Q

Melhor método para avaliar a mucosa do trato intestinal superior

A

EDA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Precisão no diagnóstico de úlceras DUODENAIS: exame contrastado (bário) vs. EDA

A

=

Mnemo: “na úlcera duodenAL dá iguAL”… de resto a EDA é melhor em tudo excepto estenoses ou patologia motora.

Relembrar: EDA é MAIS sensível para úlceras GASTRICAS

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Exames contrastados têm precisão semelhante à endoscopia digestiva alta no diagnóstico de…

A

Úlcera duodenal

Mnemo: “na úlcera duodenAL dá iguAL”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

É frequente conseguirmos visualizar o íleo terminal na colonoscopia?

A

Sim

Relembrar: cego é visualizado em >95% das vezes

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Gold-standard do diagnóstico de doenças da mucosa cólon

A

Colonoscopia

Relembrar: visualiza recto, cólon, chegando ao cego em >95% e muitas vezes até o íleo terminal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Colonoscopia vs. Enema opaco: qual tem maior Sn para colite, pólipos e CCR?

A

Colonoscopia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

A endoscopia é boa a visualizar lesões planas?

A

Sim (ex: EDA é boa a visualizar esófago de Barret em que há alterações da cor da mucosa)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

A (?) é uma tecnologia emergente que rivaliza com a colonoscopia para deteção de alguns pólipos e cancro

A

Colonografia por TC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Sigmoidoscopia flexível consegue visualizar…

A

Recto + porção do cólon esquerdo (60cm da margem anal)

Mnemo: Sigmoidoscopia -> Sessenta cm

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Sigmoidoscopia flexível requer sedação?

A

Não (vs. EDA, Colonoscopia em que se utiliza sedação consciente)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Principais aplicações da sigmoidoscopia flexível

A
  1. Diarreia aguda (relembrar: geralmente é auto-limitada e leve e nesse caso não requer intervenções diagnósticas que têm morbilidade associada).
  2. Hemorragia rectal
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais as 3 técnicas endoscópicas para visualização do delgado?

A
  1. Cápsula endoscópica (diagnóstico)
  2. Enteroscopia por propulsão (diagnóstico + tratamento)
  3. Enteroscopia por balão duplo ou helicoidal (diagnóstico + tratamento)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual dos 3 procedimentos endoscopicos para visualização do delgado permite visualizar TODO o delgado + tratar?

A

Enteroscopia por balão duplo ou helicoidal

Relembrar:

  • Cápsula endoscópica pode visualizar todo o delgado, mas não trata nem permite biopsias.
  • Enteroscopia por propulsão permite visualizar jejuno proximal/intermédio.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Principais aplicações CPRE

A
  1. Dx e tratamento de disfunção esfíncter Oddi e colheita de tecido de estenoses ductais
  2. Recuperação de cálculos dos ductos biliares
  3. Biópsias
  4. Dilatação de estenoses ou alívio com stent
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Ecografia endoscópica permite obter imagens de que estruturas?

A
  • Parede intestinal
  • Órgãos adjacentes
  • Vasos
  • Gânglios
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

As imagens obtidas por Ecografia endoscópica são de alta ou baixa resolução?

A

Altíssima resolução (sacríficio da profundidade de penetração do órgão)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Ecografia endoscópica é útil no estadiamento de neoplasias do esófago, pâncreas e recto. Consegue detectar mets distantes?

A

Não

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Principais aplicações ecografia endoscópica

A
  1. Estadiamento pré-operativo de neoplasias: esófago, pâncreas e reto.
  2. Diagnóstico: litíase biliar, doenças vesícula, lesões submucosas, pancreatite crónica.
  3. Orienta aspiração por agulha fina e biópsias com agulha oca de massas/gânglios no mediastino posterior, abdómen, pâncreas, retroperitoneu e pelve.
  4. Drenagem (abcessos, pseudoquistos, necrose pancreática).
  5. NEURÓLISE PLEXO CELÍACO (tratamento da dor pancreática).
  6. Ablação por EtOH de tumores neuroendócrinos do pâncreas.
  7. Tratamento hemorragia GI.
  8. Drenagem ductos biliares e pancreáticos obstruídos.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Ecoendo permite neurólise do plexo celíaco em doentes com dor pancreática?

A

Sim

Relembrar: bloqueio do plexo celíaco não tem benefício no controlo da dor a longo prazo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Aplicações da resseção endoscópica e encerramento

A

Resseção:

  • Maiores amostras para diagnóstico histopatológico.
  • Curativa para certas lesões displásicas e carcinomas intramucosos focais.

Encerramento:

  • Fístulas intestinais
  • Perfurações intestinais
  • Hemorragia (clipes)
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Em que circunstâncias a endoscopia tem alto risco hemorrágico?

A
  • EDA ou Colonoscopia com dilatação, polipectomia ou ablação térmica.
  • Gastrostomia endoscópica percutânea (PEG).
  • Ecoendoscopia com aspiração fina.
  • CPRE com esfincterotomia ou drenagem de pseudoquisto.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Ecoendoscopia tem alto risco hemorrágico?

A

Não, só se for feita aspiração por agulha fina.

Relembrar: outros de alto risco = PEG, EDA ou Colonoscopia com polipectomia, dilatação ou ablação térmica e CPRE com drenagem pseudoquisto ou esfincterotomia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

EDA ou Colonoscopia com ou sem biópsia tem alto ou baixo risco hemorrágico?

A

Baixo. Só têm alto risco quando:

  • Dilatação
  • Polipectomia
  • Ablação térmica
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

TODOS os procedimentos endoscópicos apresentam risco de hemorragia e perfuração?

A

Sim (mas raro na sigmoidoscopia flexível).

++: procedimentos terapêuticos (5%).
- -: procedimentos diagnósticos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

O risco de eventos adversos com a ecoendoscopia diagnóstica é (+/=/-) ao da EDA diagnóstica

A

=

Relembrar: mas se ecoendoscopia com aspiração por agulha fina já há alto risco hemorrágico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

Doentes a tomar baixa dose de Aspirina necessitam de interromper antes de procedimento endoscópico?

A

Não. Não precisam de interromper QUALQUER que seja o risco hemorrágico (baixo ou alto).

Relembrar (leis de suspensão dos antitrombóticos nos procedimentos endoscópicos):

  • TODOS os fármacos se mantêm em procedimentos de BAIXO risco.
  • TODOS os fármacos se suspendem em procedimentos de ALTO risco, EXCEPTO AAS (que nunca se suspende).
  • No caso de suspensão = 1-7dias, excepto HNF 6H
  • TODOS precisam de ponte com anticoagulação com HNF, EXCEPTO NOACs.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Complicações infecciosas nos procedimentos endoscópicos são comuns?

A

Incomuns. Mas em alguns casos o risco pode ser maior e profilaxia com atb pode estar indicada:

  • Obstrução biliar sem colangite
  • Coleção pancreática estéril que comunica com ducto pancreático
  • Coleção líquida estéril pancreática
  • Cirrose + hemorragia digestiva aguda
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

Quando é que temos que fazer profilaxia antibiótica antes de um procedimento endoscópico?

A

(4) :
1. Obstrução biliar sem colangite + CPRE com drenagem incompleta (prevenir colangite)
2. Coleção pancreática estéril a comunicar com ducto pancreático
3. Coleção líquida pancreática estéril
4. Cirrose + hemorragia digestiva aguda

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

O risco de infeção bacteriana associada à cirrose com hemorragia digestiva está bem demonstrado?

A

Sim

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Pancreatite pós-CPRE: quem tem maior risco?

A

Jovens anictéricos com ductos NORMAIS.

Relembrar:

  • 5-10% das CPRE
  • 30% se disfx esfíncter Oddi
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Pancreatite pós-CPRE costuma ser grave?

A

Não, leve + auto-limitada.

Relembrar:

  • 5 a 10% das CPRE.
  • Mais em jovens anictéricos com ductos normais.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Complicações CPRE

A
  • Pancreatite (5 a 10%)
  • Hemorragia (1% das esfincterotomias)
  • Colangite ascendente
  • Infeção pseudoquisto
  • Perfuração retroperitoneal
  • Abcesso
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Qual a incidência de eventos adversos na gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) e qual o + comum?

A

15%

Infeção ferida (+++)
Outras:
- Fasceíte
- Pneumonia
- Hemorragia
- Lesão cólica
- Snd Buried Bumper

Mnemo: infeção é sempre uma complicação INCOMUM, excepto no PEG.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Procedimentos endoscópicos de diagnóstico apresentam (baixo/alto) risco de perfuração e hemorragia

A

Baixo (» c/ procedimentos terapêuticos).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Um doente que suspenda NOACs (ex: apixabano) precisa de terapia de transição com heparina?

A

Não

Relembrar: doentes a tomar AAS em baixa dose NUNCA precisam de suspender antes de procedimento endoscópico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

(?) é a indicação mais importante para a endoscopia de urgência

A

Gravidade da hemorragia inicial. Quanto mais grave, maior o risco de ser persistente ou recidivante.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Quais os determinantes de gravidade numa hemorragia digestiva aguda?

A
  • Sinais vitais posturais: hipotensão em repouso ou alterações ortostáticas, FC aumentada.
  • Frequência de melenas e hematemeses.
  • Aspirado nasogástrico que não clareia com a lavagem.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Reduções do Htc e Hb são indicadores confiáveis da magnitude da hemorragia?

A

Não. Pois só descem >72H.

Indicadores:

  • Sinais vitais posturais
  • Aspirado NG com sangue e que não clareia com lavagem.
  • Hematemeses/Melenas frequentes.
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Doentes com cirrose, coagulopatia, insuficiência renal, insuficiência respiratória e (?) estão particularmente sujeitos a hemorragias significativas

A

> 70A

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Origem da hemorragia: hematemeses

A

Alta

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

Origem da hemorragia: melenas

A

90% ACIMA lig. Treitz (sangue precisa de estar 14H no GIT)

Mas… pode ter origem no delgado ou cólon DIREITO em idosos que têm transito lento.

42
Q

Origem da hemorragia: hematoquézia

A

85% cólon

MAS… hematoquézia maciça (com instabilidade HD) pode ter origem alta (EDA é o 1º exame!)

43
Q

Em que doentes com hemorragia digestiva aguda está recomendada intubação traqueal antes da endoscopia?

A
  • Hematemese recente repetida
  • Encefalopatia
  • Suspeita hemorragia varicosa
44
Q

Qual o exame com positividade diagnóstica mais alta na hemorragia digestiva baixa?

A

Colonoscopia&raquo_space;> Cintigrafia, Angiografia

Relembrar: se doente tiver hemorragia vigorosa e instabilidade HD é difícil visualizar o cólon pela colonoscopia, pelo que angiografia ou cintigrafia são preferíveis. Neste caso realizar EDA para excluir HDalta.

45
Q

Num doente com hemorragia digestiva baixa vigorosa e instabilidade hemodinâmica, que exames fazer?

A
  • Devido à hemorragia maciça provavelmente colonoscopia não vai conseguir visualizar cólon.
  • Preferível cintigrafia ou angiografia.
  • Nestes casos (++ instabilidade HD) é de suspeitar hemorragia digestiva alta, que deve ser excluída com EDA.
46
Q

Lesão de Dieulafoy

A

Causa de hemorragia digestiva alta arterial maciça, por erosão de uma arteríola de grande calibre imediatamente abaixo da mucosa gástrica (curvatura menor do estômago proximal)

47
Q

Onde no estômago se localiza a lesão de Dieulafoy?

A

Curvatura menor do estômago proximal

Relembrar: arteríola de grande calibre imediatamente abaixo da mucosa que sangra por erosão puntiforme da mucosa

48
Q

Localização das lacerações de Mallory-Weiss

A

Junção gastroesofágica

Relembrar: 10% das hemorragias digestivas altas

49
Q

Laceração de Mallory-Weiss com coágulo sentinela (não sangrante) requer tratamento endoscópico?

A

Não, porque raramente volta a sangrar (vs. úlcera péptica com coágulo sentinela = lesão ALTO risco = tx endoscópico)

50
Q

Ectasias vasculares são lesões planas da mucosa que causa hemorragia digestiva (rápida/lenta)

A

Lenta

Relembrar: coagulação com árgon-plasma é eficaz nas ectasias vasculares (cecais, antro gástrico, retais induzidas por radiação)

51
Q

Coagulação com árgon-plasma é eficaz no tratamento de ectasias vasculares?

A

Sim (ectasias antro gástrico, cecais e retais costumam melhoram)

Relembrar: ectasias vasculares causam hemorragia crónica

52
Q

Ectasias difusas do delgado podem ter hemorragia persistente apesar do tratamento de lesões acessíveis? Associam-se a que doenças?

A

Sim.

IRC, THH

53
Q

Colonoscopia está indicada na hemorragia diverticular?

A

Sim

Relembrar: hematoquézia profusa indolor

54
Q

Endoscopia é útil no diagnóstico e tratamento de algumas causas de obstrução gastrointestinal, qual a excepção na qual a endoscopia não tem valor nem no diagnóstico nem no tratamento?

A

Oclusão do delgado por bridas cirúrgicas

Relembrar: bridas pós-op são a causa de >1/2 de todos os quadros de oclusão intestinal aguda. A maioria é parcial e resolve espontaneamente.

55
Q

Obstrução esofágica aguda por corpo estranho ou alimento impacto é uma emergência endoscópica?

A

Sim (MELHOR exame inicial = permite remover corpo impactado + detectar patologia subjacente).

Relembrar:

  • Hipersalivação + não conseguem engolir água.
  • Maioria vai ter uma causa para a impactação: estenose, anél, membrana.
56
Q

Obstrução esofágica por corpo estranho/alimento impactado: quando é que devemos fazer Rx toráx + pescoço antes da EDA?

A
  • Obstrução >24H
  • Febre
  • Corpo perfurante

Relembrar: exames contrastados NÃO são aconselháveis

57
Q

São aconselháveis exames contrastados na obstrução esofágica aguda quando fazemos EDA?

A

Não. Podem interferir com a EDA.

Relembrar: EDA é o melhor exame inicial porque permite remover o corpo estranho e detectar patologia subjacente (presente na maioria).

58
Q

Causas de obstrução à saída gástrica

A
  • Cancro estômago
  • Cancro duodeno
  • Cancro pâncreas
  • Úlcera péptica crónica que causou estenose
59
Q

Obstrução à saída gástrica: manifestações

A

Doentes vomitam alimento parcialmente digerido muitas horas após ingestão

Relembrar (causas): cancro (x3) estômago/pancrêas/duodeno ou úlcera péptica que causou estenose

60
Q

Abordagem ao doente com obstrução à saída gástrica

A
  1. Descompressão gástrica
  2. Confirmação dx: teste de sobrecarga salina
  3. Dilatações endoscópicas (alivio prolongado em 50%) ou 4. Stent (alívio sintomático de obstrução maligna)
61
Q

Que exames de imagem conseguem distinguir obstrução vs. pseudo-obstrução cólica?

A

Colonoscopia, enema com contraste hidrossolúvel ou TC (fazemos especialmente quando achamos que pode ser uma obstrução mecânica)

62
Q

O risco de perfuração do cego nos casos de pseudo-obstrução aumenta quando o diâmetro…

A

> 12cm

63
Q

Endoscopia: Tx pseudo-obstrução cólica

A

Conservador (correção DHE, mobilização, interrupção de fármacos de risco) -> descompressão com Neostigmina ou descompressão endoscópica

64
Q

Ecografia abdominal é um bom exame para visualizar cálculos biliares?

A

Não, só visualiza uma MINORIA dos cálculos biliares. Mas detecta 90-95% dos cálculos na vesícula.

Melhores: CPRM/Ecoendoscopia (precisão >90%) e CPRE (exame de eleição, que é usado também com fins terapêuticos)

65
Q

Qual o exame de eleição no diagnóstico e tratamento dos cálculos do colédoco?

A

CPRE

Mas ter em conta que:

  • Invasivo
  • Logo, só fazer se ELEVADA suspeita de cálculos no colédoco (porque é preciso CPRE para tratar).
  • Se BAIXA suspeita: CPRM, Colangiografia directa ou Ecoendoscopia que não são tão invasivos e muito precisos.
66
Q

Exame de imagem num doente com baixa probabilidade de cálculo biliar

A

CPRM, Ecoendoscopia ou Colangiografia directa (menos invasivos que CPRE)

Relembrar: CPRE é usada em doentes com alta probabilidade de cálculos no colédoco porque permite tratar. Se é provável que o cálculo não esteja presente, é escusado fazer um exame tão invasivo.

67
Q

Precisão da CPRM e Ecoendoscopiana deteção de cálculos biliares

A

> 90% (especialmente úteis em doentes em que a suspeita é baixa, para evitar a CPRE)

68
Q

Obstrução biliar: quando a suspeita de cálculo biliar é alta e o tratamento urgente é necessário, (?) é o Gold-Standard para diagnóstico e tratamento imediato

A

CPRE

Relembrar: CPRM e Ecoendoscopia, sendo menos invasivas e altamente precisas, são preferíveis quando a suspeita é baixa (não tratam).

69
Q

Tríade de Charcot está presente em % dos doentes com sépsis biliar

A

70%:

  1. Dor QSD
  2. Febre (alta)
  3. Icterícia

Relembrar (tríade colecistite aguda): Dor QSD + Febre (baixa) + Leucocitose

70
Q

Tratamento colangite ascendente

A
  1. Reposição hídrica
  2. ATB ev
  3. CPRE nas primeiras 24H (se atraso -> ++ sépsis, morbimortalidade)
71
Q

Pêntade Reynold

A

Tríade de Charcot + choque + confusão mental

= ALTA mortalidade! CPRE URGENTE.

72
Q

Que % dos doentes com pancreatite biliar ficam com cálculo retido?

A

20% (a maioria passa para o dudoeno)

Relembrar: a CPRE só é benéfica em doentes com cálculo retido (reduz a morbidade), pelo que é preferível primeiro fazer CPRM ou Ecoendoscopia para ver se há lá uma cálculo retido (melhora o px clínico).

73
Q

Em que doentes com pancreatite biliar é mais provável que o cálculo tenha ficado retido?

A
  • Icterícia (para haver icterícia tem que haver atingimento das vias biliares, icterícia é incomum na pancreatite aguda).
  • Colangite ascendente (dor QSD + Febre + Icterícia)
  • Provas fx hepática +++
  • Pancreatite grave

Relembrar: cálculos biliares (incluindo microlitíase) são a causa nº1 de pancreatite aguda: 30-60% > Álcool 15-30% > CPRE 5-10% > hiperTG 4%

74
Q

Principais causas de pseudo-obstrução cólica (cap. endoscopia)

A
  • Distúrbios hidroeletroliticos (hipoK…)
  • Imobilização
  • Narcóticos e anticolinérgicos
  • Hemorragia ou massas retroperitoneais
75
Q

Dispepsia: definição

A

Desconforto ou dor em ardor no abdómen superior

76
Q

Em que % dos doentes com dispepsia consegue-se fazer um diagnóstico apenas pela anamnese?

A

Metade (50%). Nos restantes: 1. Sem sinais de alarme -> prova terâpeutica com IBPs (forte associação entre pirose e RGE) -> falha: EDA

  1. Sinais alarme (perda ponderal, anemia ferropénica): EDA logo
77
Q

Doente apresenta-se com sintomas clássicos de refluxo: pirose e ardor retrosternal. Como agir?

A
  • Associação entre pirose e RGE é muito forte: diagnóstico presuntivo.
  • Inicia-se tratamento empírico com IBPs.
78
Q

EDA consegue diagnosticar refluxo não-erosivo?

A

Não (e há doentes que têm refluxo sintomático que não causa esofagite).

Relembrar:
- pHmetria é o exame mais sensível para diagnóstico de refluxo GE e permite o diagnóstico na ausência de esofagite visível na EDA (>5% das 24H com pH<4)

79
Q

Qual a limitação da endoscopia no diagnóstico do RGE?

A

Não detecta refluxo não erosivo (que não causa esofagite). Ao contrário da pHmetria que detecta refluxo erosivo ou não-erosivo e permite o diagnóstico na ausência de esofagite (exame mais sensível).

80
Q

Exame mais sensível ao diagnóstico de RGE

A

pHmetria 24H em ambulatório (detecta RGE na ausência de esofagite)

Relembrar:

  • > 5% do dia pH<4 é indicativo de DRGE e permite o diagnóstico na ausência de esofagite endoscópica (que define DRGE).
  • Manometria com impedância avalia também refluxo não ácido (contacto entre elétrodos e líquido diminui a impedância).
81
Q

EDA está recomendada no DRGE de longa duração (>10A)?

A

Sim (de acordo com capítulo endoscopia). Doentes com esófago de Barret geralmente são incluídos em programas de vigilância com endoscopias periódicas e biópsias.

Relembrar (cap. dça esófago): rastreio endoscópico no esófago de Barret é prática comum mas a sua utilidade NÃO está estabelecida.

82
Q

Em que doentes devemos considerar EDA de rastreio para esófago de Barret?

A

DRGE há pelo menos 10A

83
Q

A dispepsia não ulcerosa pode estar associada a distensão abdominal e, ao contrário da úlcera péptica, (tende/não tende) a regredir e recidivar

A

Não tende (dispepsia funcional mantém-se constante e não responde aos tratamentos empíricos para outras etiologias de dispepsia: IBPs, erradicação H. pylori, procinéticos…)

84
Q

IBPs, procinéticos ou antibioterapia contra Helicobacter aliviam dispepsia funcional?

A

Pouco alívio (é um problema funcional! E mantém-se constante, não regride). Como o tratamento empírico falha estes doentes têm indicação para EDA, mas vai ter um impacto limitado no tratamento (problema funcional!! EDA é feita para excluir úlceras refratárias e outras etiologias graves).

Relembrar: nenhum doente com dispepsia, a menos que tenha SINAIS DE ALARME, vai fazer endoscopia como abordagem inicial. Primeiro trata-se empiricamente e se falhar é que se faz a endoscopia.

85
Q

Disfagia pode ser por obstrução mecânica ou por distúrbio da motilidade: % de cada

A

50/50

86
Q

Disfagia: Geralmente, a avaliação de distúrbios mecânicos é por (?) e distúrbios da motilidade é por (?)

A
  • Endoscopia
  • Radiografia, trânsito (estudo da deglutição) ou manometria esofágica.

Relembrar:

  • 50/50: mecânico/ motilidade
  • Disfagia por distúrbio da motilidade causa disfagia para sólidos + líquidos.
87
Q

Num homem ou mulher pós-menopausa com anemia ferropénica devemos sempre considerar…

A

Hemorragia intestinal: colonoscopia -> nada -> EDA -> nada -> estudos delgado + biópsias duodenais (excluir dça celíaca)

88
Q

Positividade da endoscopia por cápsula em doentes com suspeita de hemorragia

A

70% (ectasias são a causa mais comum)

Feito em doentes nos quais a colonoscopia e EDA foram não diagnósticas.

89
Q

PSOF é extremamente sensível para perda sanguínea onde?

A

Cólon (também detecta quantidades maiores de hemorragia digestiva alta). Uma PSOF positiva + >50A = colonoscopia

90
Q

Qual é mais eficaz no rastreio CCR: PSOF ou exames visuais directos?

A

Exames visuais directos (colonoscopia, sigmoidoscopia*)

Relembrar: PSOF é extremamente sensível para perdas sanguíneas cólicas mas não detecta alguns cancros e muitos pólipos.

*Antes achava-se que a maioria dos cancros eram à esquerda e que os que eram à direita iam ter pólipos à esquerda. Hoje em dia sabe-se que cancros direita = cancros à esquerda e 1/2 dos doentes com cancros à direita não têm pólipos à esquerda.

91
Q

Estratégia ideal para rastreio CCR

A

Colonoscopia: permite visualização directa de todo o cólon.

Relembrar: colonoscopia visualiza cego em >95% e muitas vezes o íleo terminal.

92
Q

CCR à esquerda vs. CCR à direita: distribuição

A

Homogénea. E metade dos cancros à direita não tem pólipos à esquerda. Assim, a colonoscopia é o melhor exame. Sigmoidoscopia não permite visualizar cancros à direita.

Relembrar: Sigmoidoscopia = Sessenta cm da margem anal

93
Q

PSOF diminui a mortalidade por CCR?

A

Sim. Mas não detecta muitos pólipos ou alguns cancros.

94
Q

SII: dx necessita de visualização cólica?

A

Não (dx clínico: critérios Roma II)

95
Q

Diarreia: quando fazer endoscopia?

A
  • Diarreia aguda inexplicável (++ exames fezes negativos, uma vez que 90% das diarreias agudas são infecciosas).
  • Diarreia crónica (>6s)

Relembrar:

  • Maioria das diarreias agudas são auto-limitadas, nas diarreias crónicas a regressão espontânea é menos provável.
  • Diarreias agudas: 90% infecção
  • Diarreias crónicas: não-infecciosas -> endoscopia
96
Q

Doentes com QUALQUER volume de hematoquézia devem ser avaliados por sigmoidoscopia flexível e anuscopia para excluir pólipos ou cancros distais?

A

Sim.

97
Q

Endoscopia: % das pancreatites sem causa detectável na avaliação de rotina

A

20% -> ecoendoscopia estabelece o diagnóstico específico na maioria e altera o tratamento (feita em doentes com >1 episódio de pancreatite)

Relembrar (cap. PA): 25% crises recorrentes pancreatite aguda sem etiologia óbvia (66% ou 2/3 tem doença oculta da árvore biliar ou ductos pancreáticos como microlitíase ou lama biliar).

98
Q

Abordagem mais sensível para dx de microlitíase

A

Ecoendoscopia + microscopia da bile (que é aspirada após administração de CCK).

Relembrar:

  • 20/25% das pancreatites não têm causa identificável.
  • 2/3 vai ser por microlitíase ou lama biliar.
  • Fazer ecoendoscopia quando o doente tem segundo episódio de pancreatite.
99
Q

Actualmente, ecoendoscopia com aspiração por agulha fina permite avaliação pré-operatória precisa do tumor local e estadiamento ganglionar, mas não detecta…

A

Metástases distantes

Cancros:

  • Esófago
  • Estômago
  • Pâncreas
  • Vias biliares
  • Reto
  • Gânglios mediastínicos (NSCLC)
100
Q

Doentes de risco intermédio de CCR e opções de rastreio

A

Assintomáticos >50A ou >45A se afro-americanos

Colonoscopia: a cada 10A.
Sigmoidoscopia flexível / outros: a cada 5A.
PSOF: anualmente (não detecta maioria dos pólipos e alguns cancros).

101
Q

Rastreio CCR: pancolite ulcerosa e colite de Crohn >8A ou rectocolite ulcerosa do lado esquerdo >15A

A

1-3A (colonoscopia com biópsia).

Relembrar: risco de CCR na CU aumenta com a duração da doença e com a sua extensão. Risco de CCR na DC e CU é equivalente para extensão e duração equivalente da doença.