Fígado Flashcards

(94 cards)

1
Q

Quais são os principais exames de triagem hepática?

A

Bilirrubina, ALT (TGP), AST (TGO), albumina, FA, GGT e fatores de coagulação (TP).

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2
Q

Qual a função de ALT e AST na avaliação hepática?

A

Avaliar lesão hepatocelular.

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3
Q

Por que ALT e AST não avaliam função hepática?

A

Porque são marcadores de lesão, não de função. Para função, avalia-se o que o fígado produz (ex: albumina e fatores de coagulação).

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4
Q

Quais enzimas indicam problemas canaliculares no fígado?

A

FA (fosfatase alcalina) e GGT (gama-glutamiltransferase).

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5
Q

Quais exames são utilizados para avaliar a função hepática propriamente dita?

A

Albumina, fatores de coagulação (TP) e bilirrubina.

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6
Q

O que indica aumento de bilirrubina direta?

A

Icterícia, colúria, fezes claras (acolia) e prurido.

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7
Q

O que indica aumento de bilirrubina indireta?

A

Hemólise ou síndrome de Gilbert.

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8
Q

Para que servem os testes sorológicos e anticorpos autoimunes em avaliação hepática?

A

Para diagnóstico etiológico de hepatopatias (ex: hepatites virais, autoimunes, doenças metabólicas).

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9
Q

Qual a importância da classificação de Child-Pugh?

A

Avaliar a gravidade da cirrose e predizer complicações e sobrevida.

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10
Q

Quais são os critérios da classificação de Child-Pugh?

A

Bilirrubina, albumina, TP/INR, ascite e encefalopatia hepática.

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11
Q

Quais são as pontuações possíveis para bilirrubina na classificação Child-Pugh?

A

1 ponto: < 2 mg/dL; 2 pontos: 2–3 mg/dL; 3 pontos: > 3 mg/dL

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12
Q

Quais são as pontuações possíveis para albumina na classificação Child-Pugh?

A

1 ponto: > 3,5 g/dL; 2 pontos: 2,8–3,5 g/dL; 3 pontos: < 2,8 g/dL

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13
Q

Quais são as pontuações possíveis para TP/INR na classificação Child-Pugh?

A

1 ponto: TP < 4 s ou INR < 1,7; 2 pontos: TP 4–6 s ou INR 1,7–2,3; 3 pontos: TP > 6 s ou INR > 2,3

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14
Q

Quais são as pontuações possíveis para ascite na classificação Child-Pugh?

A

1 ponto: ausente; 2 pontos: leve/moderada; 3 pontos: grave

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15
Q

Quais são as pontuações possíveis para encefalopatia hepática na classificação Child-Pugh?

A

1 ponto: ausente; 2 pontos: grau I–II; 3 pontos: grau III–IV

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16
Q

O que caracteriza a cirrose hepática?

A

Doença hepática crônica com fibrose e nódulos de regeneração, resultando em insuficiência hepática e hipertensão portal.

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17
Q

Quais são as principais consequências da cirrose hepática?

A

Insuficiência hepática, hipertensão portal e risco de carcinoma hepatocelular.

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18
Q

Quais são as manifestações clínicas da insuficiência hepática?

A

Icterícia, hipoalbuminemia, coagulopatia, encefalopatia hepática, fadiga, repercussões endócrinas.

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19
Q

Por que ocorre hipoalbuminemia na cirrose?

A

O fígado doente reduz a síntese de albumina.

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20
Q

Por que ocorre coagulopatia na cirrose?

A

Redução na produção hepática de fatores de coagulação.

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21
Q

O que causa encefalopatia hepática na cirrose?

A

Acúmulo de amônia não metabolizada pelo fígado, que atravessa a BHE e afeta o cérebro.

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22
Q

Quais são as repercussões endócrinas da cirrose?

A

Hiperestrogenismo: ginecomastia, rarefação de pelos, telangiectasias, eritema palmar, baixa da libido.

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23
Q

O que é a contratura de Dupuytren e sua relação com cirrose?

A

Fibrose da fáscia palmar, frequentemente associada ao uso crônico de álcool.

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24
Q

Por que ocorre hipertensão portal na cirrose?

A

Aumento da resistência hepática (fibrose) e hiperfluxo esplâncnico por vasodilatação.

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25
Quais são as principais consequências da hipertensão portal?
Esplenomegalia, ascite, circulação colateral (varizes esofagogástricas, anorretais, cabeça de medusa).
26
Por que ocorre esplenomegalia na hipertensão portal?
Dificuldade de drenagem venosa pela veia esplênica → congestão.
27
Por que ocorre ascite na hipertensão portal?
A hipertensão sinusoidal causa extravasamento de líquido para a cavidade peritoneal.
28
Quais são os tipos de circulação colateral geradas pela hipertensão portal?
Varizes esofagogástricas, varizes anorretais e cabeça de medusa.
29
Qual o risco de carcinoma hepatocelular em cirróticos?
Elevado. Realiza-se USG abdominal a cada 6 meses para rastreio.
30
Qual a fisiopatologia da hipertensão portal?
Resistência aumentada ao fluxo hepático (cirrose) + aumento do fluxo esplâncnico (vasodilatação).
31
Qual a definição numérica de hipertensão portal?
Pressão venosa portal > 5 mmHg.
32
Acima de quantos mmHg surgem varizes esofagogástricas?
≥ 10 mmHg.
33
Acima de quantos mmHg há risco de ruptura varicosa?
≥ 12 mmHg.
34
Como a hipertensão portal causa encefalopatia hepática?
Desvio do sangue portal sem metabolização da amônia pelo fígado.
35
Qual a relação entre hipertensão portal e varizes anorretais?
Desvio do fluxo da veia mesentérica inferior para o plexo retal.
36
Qual a origem das varizes esofagogástricas na hipertensão portal?
Shunt da veia gástrica esquerda e vasos gástricos curtos para a veia ázigos.
37
O que causa a cabeça de medusa?
Recanalização da veia umbilical com dilatação das veias abdominais.
38
Por que a hipertensão portal causa ascite?
Hipertensão nos sinusoides hepáticos leva ao extravasamento de líquido para o peritônio.
39
Quais são as principais causas pré-hepáticas de hipertensão portal?
Trombose da veia porta ou esplênica.
40
Quais são as principais causas intra-hepáticas de hipertensão portal?
Pré-sinusoidal (esquistossomose), sinusoidal (cirrose), pós-sinusoidal (doença veno-oclusiva).
41
Quais são as principais causas pós-hepáticas de hipertensão portal?
Síndrome de Budd-Chiari e cirrose cardíaca (ICC direita).
42
Qual a incidência de sangramento em varizes esofagogástricas?
Cerca de 1/3 das varizes irão sangrar.
43
Qual a principal causa de morte por cirrose?
Hemorragia por ruptura de varizes esofagogástricas.
44
Qual é a fisiopatologia do desenvolvimento das varizes esofagogástricas?
Hipertensão portal → desvio do fluxo pela veia gástrica esquerda e vasos gástricos curtos para a veia ázigos.
45
Qual é o tratamento inicial de sangramento por varizes esofagogástricas?
Estabilização hemodinâmica + EDA (ligadura) + vasoconstritores (octreotida ou terlipressina).
46
Quais drogas são utilizadas para vasoconstrição em sangramento varicoso?
Octreotida e terlipressina.
47
Quando utilizar balão de Sengstaken-Blakemore?
Sangramento refratário sem EDA disponível; uso provisório de até 24h.
48
Qual a indicação para TIPS em sangramento varicoso?
* Sangramento ativo refratário * Child B/C * falha da terapia endoscópica * ascite refratária
49
Quando considerar cirurgia para varizes esofagogástricas?
Se falha do TIPS ou sua indisponibilidade. Cirurgia preferida: esplenorrenal distal (Warren).
50
Qual a principal causa de internação hospitalar em cirróticos?
Ascite.
51
Qual a abordagem inicial da ascite?
Paracentese diagnóstica (celularidade, proteínas e albumina).
52
O que é o GASA e como é calculado?
Gradiente albumina soro-ascite = albumina sérica - albumina da ascite.
53
O que indica um GASA ≥ 1,1?
Ascite por hipertensão portal (líquido pobre em proteínas).
54
O que indica um GASA < 1,1?
Ascite inflamatória (ex: peritonite, neoplasia, tuberculose).
55
Quais são os tratamentos principais para ascite?
* Restrição de sódio * Diuréticos * Paracentese de alívio * TIPS * Transplante
56
Qual o manejo para paracentese de grande volume (> 5L)?
Administrar 6–8g de albumina por litro retirado.
57
Quando indicar TIPS ou transplante para ascite?
Ascite refratária ao tratamento clínico.
58
O que é profilaxia primária de varizes esofagogástricas?
Prevenção do primeiro episódio de sangramento em pacientes com varizes.
59
Quais são os critérios para iniciar profilaxia primária?
* Varizes ≥ 5mm, * Cherry red spots * Child B/C
60
Qual a conduta na profilaxia primária?
Beta-bloqueador (ex: propranolol) ou ligadura elástica.
61
Qual a conduta na profilaxia secundária de varizes esofagogástricas?
Ligadura elástica mensal e beta-bloqueador.
62
63
O que é encefalopatia hepática?
É uma condição neurológica causada pela incapacidade do fígado de metabolizar toxinas da digestão, especialmente a amônia.
64
Qual é a principal toxina envolvida na encefalopatia hepática?
Amônia (NH₃).
65
Por que a amônia contribui para a encefalopatia hepática?
Porque é altamente lipossolúvel e atravessa facilmente a barreira hematoencefálica (BHE), afetando o cérebro.
66
Como a amônia é produzida no organismo?
Pela ação de bactérias sobre o bolo alimentar no intestino.
67
Quais são as duas causas principais de encefalopatia hepática?
Insuficiência hepatocelular (fígado não metaboliza a amônia). Desvio de sangue devido à hipertensão portal (shunt portossistêmico).
68
Como é feito o diagnóstico da encefalopatia hepática?
É clínico, baseado em sinais como flapping (asterixis), letargia, sonolência e alteração do ciclo sono-vigília.
69
Quais são os principais fatores que precipitam encefalopatia hepática?
* Hemorragia digestiva * Constipação intestinal * Peritonite bacteriana espontânea
70
Qual recomendação clínica deve ser feita a todo paciente hepatopata?
Verificar o trânsito intestinal; o ideal é que evacue diariamente.
71
Qual o objetivo do tratamento da encefalopatia hepática?
Corrigir fatores precipitantes e reduzir a produção/absorção de amônia.
72
A dieta para encefalopatia hepática deve restringir proteínas?
Não; a restrição proteica deve ser evitada.
73
Como tratar a constipação em pacientes com encefalopatia hepática?
Aumentar ingestão hídrica e consumir alimentos não constipantes.
74
Qual o papel da lactulose no tratamento da encefalopatia hepática?
Atua como laxativo ácido, transformando amônia (NH₃) em amônio (NH₄⁺), que é menos absorvível.
75
Quais antibióticos podem ser usados na encefalopatia hepática?
Rifaximina, metronidazol e neomicina.
76
Qual é o único tratamento definitivo para encefalopatia hepática?
Transplante hepático.
77
Por que geralmente não se faz biópsia em tumores hepáticos?
Pelo risco de sangramento, especialmente em tumores vasculares como o hemangioma.
78
Quais são os três principais tumores hepáticos benignos?
Hemangioma, hiperplasia nodular focal e adenoma hepático.
79
Qual é o tumor hepático benigno mais comum?
Hemangioma.
80
Em que grupo são mais frequentes os tumores hepáticos benignos?
Mulheres.
81
Qual tumor hepático benigno é mais comum em mulheres jovens?
Adenoma hepático.
82
Qual tumor hepático benigno pode sangrar e causar complicações?
Adenoma hepático (por ser bem vascularizado).
83
Qual fator hormonal está associado ao crescimento do adenoma hepático?
Uso de anticoncepcionais orais.
84
O que é o Carcinoma Hepatocelular (CHC)?
O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é o tumor primário do fígado.
85
Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de CHC?
Cirrose, hepatite B e hepatite C são os principais fatores de risco.
86
Quais são os sintomas clínicos do CHC?
Os principais sintomas são dor abdominal, icterícia e perda de peso.
87
Qual exame é utilizado para o diagnóstico do CHC?
A Tomografia Computadorizada (TC) dinâmica, que revela o "wash out", é utilizada para diagnóstico.
88
Qual é o marcador tumoral mais associado ao CHC?
O marcador tumoral mais comum é a alfa-feto-proteína (AFP).
89
Qual é o tratamento mais eficaz para o CHC?
O melhor tratamento é o transplante hepático.
90
O que é a metástase hepática e como ela se caracteriza?
A metástase hepática é o tumor hepático maligno mais comum, mas não é primário do fígado.
91
Como é feito o diagnóstico da metástase hepática?
O diagnóstico é feito por TC dinâmica, que mostra múltiplos nódulos hipocaptantes no fígado.
92
Qual é o tratamento geral para metástase hepática?
O tratamento geral é paliativo.
93
Quais tumores podem ser tratados com metastectomia, oferecendo chance de cura, mesmo com metástase hepática?
Tumores colorretais e tumor neuroendócrino (TNE) podem ser tratados com metastectomia.
94
Qual é o tratamento recomendado para pacientes com metástase hepática, baseado no gráfico de critérios de Milão e classificação de Child-Pugh?
O tratamento pode ser hepatectomia ou transplante dependendo da classificação de Child-Pugh e dos critérios de Milão. Caso não se encaixe, o tratamento é paliativo com ablação, quimioembolização ou sorafenibe.