GELCO 1 Flashcards

(84 cards)

1
Q

Definição de Grupo vs Equipa

A

Grupo: Dois ou mais indivíduos, relacionados entre si por uma relação social; podem ter poucas ou muitas pessoas (um aglomerado); ex. um conjunto de trabalhadores de um departamento;
Equipa: Duas ou mais pessoas que devem interagir de modo a atingir objetivos específicos que partilham e valorizam (Salas, 1993); ex. um conjunto mais pequeno dentro de um departamento com um objetivo.
 Tem em vista a realização de uma tarefa
 Identidade coletiva, metas, objetivos e destinos comuns
 Padrões de interação e modos de comunicação estruturados, bem como relações de interdependência pessoal e na tarefa

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2
Q

Comparação Grupo vs Equipa

A

Tabela (1)

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3
Q

Equipas - Aspetos fundamentais

A

Aspetos fundamentais…
1) Metas, objetivos e destino comuns;
2) Identidade coletiva;
3) Interdependência pessoal e na tarefa e atração interpessoal;
4) Modos estruturados de comunicação;
5) Sentimento e perceção unificada enquanto equipa.

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4
Q

Equipas - Características

A

Características das Equipas
 Proximidade: Maior tendência para estabelecer vínculos entre pessoas que mantêm relações de proximidade, sendo, no entanto, necessário a existência de interesses comuns (especialmente fomentar o sentimento de proximidade em equipas remotas, globais…);
 Diferenciação: Sentimento de que a equipa possui características próprias exclusivas que a diferencia das outras (ex. rotinas, objetivos, ideias…; ideia da diferença ingroup vs outgroup);
 Semelhança: Partilha de atitudes, aspirações, experiências, compromissos e capacidades entre os elementos;
 Objetivos e recompensas: Existência da noção do que deve ser alcançado como equipa e o que todos podem lucrar ou beneficiar se tal acontecer;

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5
Q

Modelo de funcionamento de grupo Input-Process-Output (Franz, 2012)

A

Esquema 1

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6
Q

Etapas do desenvolvimento de grupos

A

Etapa 1: Formação
Etapa 2: Turbulência
Etapa 3: Normalização/Normatização
Etapa 4: Rendimento
Etapa 5: Finalização
No entanto…
Este processo pode não ser linear, “saltando” etapas e regredindo
Nem todos os membros progridem ao longo de todas as etapas

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7
Q

Desenvolvimento de grupos - Etapa 1

A

Etapa 1: Formação
1) Membros entram em contacto entre si, conhecendo-se (criar oportunidades para se conhecerem);
2) Identificação das oportunidades e desafios a enfrentar;
3) Maior focalização no comportamento individual do que no grupo;

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8
Q

Desenvolvimento de grupos - Etapa 2

A

Etapa 2: Turbulência
1) Aumento dos conflitos no grupo (ex. ao conhecerem-se passam a ter noção do que os outros querem, o que pode criar rivalidades devido a objetivos iguais);
2) Identificação das responsabilidades e papéis de cada um;
3) Identificação das responsabilidades de liderança;

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9
Q

Desenvolvimento de grupos - Etapa 3

A

Etapa 3: Normalização/Normatização (nesta fase, verifica-se que está tudo bem no grupo quando todos já compreendem o que devem fazer, quando fazer, se estão felizes e se identificam com as suas tarefas)
1) Resolução dos problemas da etapa anterior;
2) Conhecimento acerca das potencialidades e debilidades de cada um;
3) Definição das regras da equipa e das responsabilidades de cada um;

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10
Q

Desenvolvimento de grupos - Etapa 4

A

Etapa 4: Rendimento (nesta fase a principal preocupação são os desvios, que são tidos em conta e resolvidos sempre que necessário)
1) Demonstração da capacidade da equipa para desempenhar as tarefas;
2) Procura do rendimento desejado;

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11
Q

Desenvolvimento de grupos - Etapa 5

A

Etapa 5: Finalização
Desmembramento do grupo.

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12
Q

Rendimento (negargia e sinergia)

A

Negargia: Valor/Resultado gerado pela equipa é menor do que o que teria sido gerado se os elementos tivessem trabalhado individualmente.
Sinergia: Valor/Resultado pela equipa é maior do que o que teria sido gerado se os elementos tivessem trabalhado individualmente.

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13
Q

Rendimento - Interdependência

A

Organização da equipa pode ser…
 Competitiva: valorizar os contributos individuais, comparando os rendimentos obtidos entre os membros da equipa (ex. prémio do funcionário do mês);
 Individual: valorizar os contributos individuais dos membros da equipa, comparando com o rendimento pretendido/estabelecido (ex. prémio de assiduidade);
 Cooperativa (+ comum): valorização da soma de todos os contributos dos membros do grupo, comparando com o rendimento pretendido/estabelecido (quando todos contribuem e alcançam os objetivos, todos beneficiam);
Equipas organizadas em cooperação tendem a ter melhores rendimentos do que as equipas organizadas de um modo individual e competitivo. Ainda assim, a melhor forma de organizar as equipas é ter em conta aspetos de todas as abordagens, mesmo que a cooperativa seja a mais positiva. Dependendo do comportamento que queremos reforçar, podemos adotar diferentes abordagens (ex. se queremos reforçar o espírito competitivo – usar um estilo competitivo)

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14
Q

Rendimento em equipa depende da/o:

A

 Missão: existência de um objetivo evidente e estimulante para todos os elementos da equipa (todos os membros devem compreender claramente porque é que estão na equipa);
 Constituição: número adequado de indivíduos para executar a tarefa/missão com sucesso;
 Recrutamento: indivíduos com conhecimentos e competências adequadas para executar a tarefa;
 Responsabilidade: todos saibam o que podem e não podem fazer (isto é importante para que por exemplo, um trabalhador não faça o que outro é suposto fazer, podendo levar a conflitos);
 Coordenação: articulação de tarefas e esforços, de modo a rentabilizar tempo e energia (importância de regras e normas de equipa, especialmente em organização colaborativa);
 Motivação: vontade de desempenhar as tarefas da equipa (trabalhar os aspetos motivacionais é importante e deve ser feito ao longo do tempo);
 Comunicação: capacidade de interagir eficazmente entre membros e capacidade de resolver conflitos (procura da melhoria dos processos comunicacionais);
 Estabilidade: manutenção dos mesmos indivíduos na equipa até executar a tarefa (processo que geralmente demora algum tempo a estabelecer-se; quando se forma uma equipa, é preciso deixar claro à organização que nos primeiros tempos, o nível de rendimento não será alto, dada a falta de estabilização dos membros na execução das suas tarefas);
 Reconhecimento: sistemas de reforço dirigidos à equipa e não apenas ao indivíduo (ex. prémios; nas avaliações de desempenho, em muitas organizações, já estão associados sistemas de reconhecimento pelo desempenho).

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15
Q

Vantagens do trabalho em equipa

A

1) Aumento do rendimento/produtividade através da divisão do trabalho
2) Maior criatividade e resolução de problemas
3) Promoção da aprendizagem organizacional e melhoria dos canais de comunicação (com pessoas diferentes, são partilhadas várias perspetivas, ideias, habilidades…)
4) Maior comprometimento profissional
5) Sentimento e perceção enquanto equipa

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16
Q

Desvantagens do trabalho em equipa

A

1) Efeito dominó: Desmotivação ou baixa produtividade de um elemento pode-se propagar aos restantes (isto é especialmente complicado quando a pessoa é alguém importante, como o chefe de equipa);
2) Procura de liderança: Dificuldades em encontrar um papel dentro do grupo pode levar à procura de protagonismo (os papéis devem estar claros, especialmente quando o grupo começa a ganhar autonomia);
3) Excesso de confiança: otimismo exagerado pode ter consequências negativas (ex: ignorar riscos; equipas que obtém sucesso muito rápido podem acabar por “relaxar/facilitar demais);
4) Dispersão e distração: Falta de elemento responsável por coordenar os trabalhos pode levar à perda de concentração e desvio dos objetos;
5) Pensamento de grupo: Equipas fechadas não permitem a entrada de novas colaborações e a ocorrência de outras opiniões, dentro e fora, do grupo (ex. bombistas suicidas são muito influenciados por fatores de grupo, pela necessidade de pertença, sentimento de família e distanciamento cultural).

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17
Q

Coesão - Definição

A

Coesão: Conjunto de “forças” que mantém uma equipa unida

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18
Q

Coesão - Dimensões

A

Dimensões:
 Tarefa (“instrumental”): comprometimento dos membros face ao objetivo/missão;
 Social (“interpessoal”): afetos/sentimentos entre os membros;
Apesar de ser ideal que as equipas sejam coesas em ambos os eixos, por vezes são apenas num.

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19
Q

Coesão - Integração vs atração

A

Distinção entre… (sai no teste)
 Integração no grupo: perceção dos membros acerca da semelhança, proximidade e união da equipa como um todo (“até que ponto é que considero a minha equipa coesa?”);
 Atração para o grupo: perceção dos membros acerca do seu envolvimento pessoal nas tarefas e nas interações sociais (“até que ponto é que eu contribuo na equipa?”).
A pessoa pode considerar a equipa coesa, mas que não tem grande papel na mesma.

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20
Q

Uma equipa coesa…

A

 Resiste às influências (internas ou externas) que pretendem alterar ou perturbar o seu funcionamento;
 Valoriza os interesses da equipa acima das aspirações ou benefícios pessoais (noção do “nós” prevalece sobre o “eu” – cuidado com o groupthink);
 Apresenta bons níveis de atração interpessoal e integração no grupo entre os seus membros.

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21
Q

Características da coesão

A

Características da coesão…
 Constructo multidimensional (tarefa vs social);
 Propriedades dinâmicas: varia ao longo do tempo;
 Características instrumentais: serve para atingir um determinado objetivo;
 Dimensão afetiva: resulta do contacto “natural” entre os membros, possibilitando a satisfação das necessidades afetivas.

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22
Q

Coesão e Teamworking

A

“Teamworking”
Equipa ou grupo que assume…
 Objetivos comuns;
 Tarefas comuns a realizar;
 Complementaridade de competências;
 Interdependência e coordenação entre os membros;
Ou seja… é o processo de trabalhar coletivamente de modo a realizar uma dada tarefa e alcançar um dado objetivo.

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23
Q

Coesão e Team building

A

“Team building”
 Processo deliberado de facilitação do desenvolvimento da eficácia e coesão das equipas;
 Esforços realizados no sentido de maximizar os contributos de todos na realização dos objetivos e das metas definidas;
 Ações deliberadas que visam aumentar o rendimento da equipa através da intervenção no processo de grupo e na mobilização das sinergias existentes;
 Atividades deliberadas realizadas com o objetivo de tornar a equipa uma unidade de trabalho coesa capaz de atingir o melhor do seu rendimento;

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24
Q

Coesão e Team building - intervenção

A

Intervenção…
Analisar os procedimentos de trabalho e das atividades a realizar de modo a melhorar a(s):
 Qualidade das relações entre os membros do grupo;
 Competências sociais dos membros do grupo;
 Capacidade da equipa se adaptar às mudanças e exigências externas;
 Produtividade/rendimento da equipa.

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25
Coesão e Team building - Objetivo final
Objetivo final… Aumentar a eficácia a longo prazo, através da melhoria da forma como os membros da equipa trabalham em conjunto.
26
Modelo conceitual de coesão
Modelo Conceptual de Coesão (Carron et al., 1982,1985,1998)  Cada membro integra informações de vários aspetos do seu ambiente social que influenciam as crenças e perceções no grupo;  As pessoas aderem e mantém-se em grupos pois acreditam que podem satisfazer as necessidades pessoais (ao nível social e da tarefa);  Coesão resulta das crenças e perceções individuais dos membros do grupo, dando origem a duas áreas da coesão: 1. Integração no grupo: crenças e perceções de cada membro acerca da união, semelhança e proximidade no grupo como um todo; 2. Atração individual para o grupo: crenças e perceções de cada membro acerca das razões pessoais que os atraíram (e atraem) a aderir e permanecer no grupo.
27
Modelo conceitual de coesão - ideias fundamentais
Ideias fundamentais…  Ambas as categorias possuem uma dimensão de integração/atração para a tarefa e para o social;  Cada uma das dimensões pode ser suficiente para explicar a manutenção da pessoa na equipa, mas aceita-se mais a possibilidade das quatro áreas atuarem em conjunto;  As combinações das quatro áreas funcionam de um modo interativo, dando origem ao sentimento de coesão individual e de grupo;  O impacto de cada uma das dimensões pode variar ao longo do tempo, dando um carácter dinâmico à compreensão da coesão. Esquema 5
28
Modelo conceitual de coesão - fatores promotores da coesão
1. Fatores ambientais 2. Fatores Pessoais 3. Fatores de Liderança 4. Fatores de equipa Esquema 6
29
Modelo conceitual de coesão - fatores promotores da coesão (Ambientais)
1. Fatores ambientais Influências normativas que levam a equipa a permanecer unida:  Tipo de contrato dos membros com a organização (ex. contratos precários podem levar a um nível mais baixo de coesão dada a instabilidade do papel na equipa)  Possibilidade de interação entre os membros (ex: centros de estágio no desporto)  Expectativas e pressões externas (família, colegas, etc.)  (…)
30
Modelo conceitual de coesão - fatores promotores da coesão (pessoais)
2. Fatores pessoais Características individuais de cada membro da equipa:  Personalidade, nível de formação, estatuto social…;  Orientação individual para a tarefa e para o social;  Satisfação individual com os níveis de níveis de rendimento;  (…) Importante prestar atenção aos aspetos chave do grupo no recrutamento e seleção.
31
Modelo conceitual de coesão - fatores promotores da coesão (liderança)
3. Fatores de liderança Estilos de liderança e comportamentos do líder:  Tendência para o envolvimento dos membros do grupo na tomada de decisão;  Capacidade de relacionamento e de comunicação com os membros do grupo;  (…) Analisar a gestão de poder, o tipo de liderança, a relação do líder e outros…
32
Modelo conceitual de coesão - fatores promotores da coesão (equipa)
4. Fatores de equipa Características da atividade e da tarefa a executar:  Normas de produtividade da equipa (ex. se há demasiada burocracia pode ser difícil executar a tarefa);  Desejo de sucesso profissional/desportivo;  Estabilidade da equipa;  Tipo de ambiente (ex. modalidades individuais e coletivas no desporto);  (…)
33
Modelo de eficácia das equipas (Gomes, 2021)
Esquema 6
34
Modelo de eficácia das equipas - Estrutura da equipa
1. Estrutura da equipa: Entendimento dos membros da equipa sobre os fatores que estruturam o funcionamento da equipa e que fundamentam a junção de um conjunto de pessoas em torno de determinados objetivos e atividades (“A equipa sabe porque existe, o que tem que fazer/alcançar…”);  Prontidão para a mudança;  Propósito da equipa;
35
Modelo de eficácia das equipas - processos de equipa
2. Processos de equipa: Motivação e determinação dos membros da equipa em trabalharem em conjunto e darem o seu melhor no sentido de alcançarem a razão de ser da equipa (“Quando a equipa vai operar, faz efetivamente o que é suposto fazer”).  Prontidão para a ação (se é para fazer vamos fazer – equipa forte);  Vontade de dar o máximo;
36
Modelo de eficácia das equipas - produtos da equipa
3. Produtos da equipa: Valorização, orgulho e confiança dos membros da equipa sobre as potenciais consequências positivas decorrentes do trabalho em conjunto (“Que valor dá a equipa aos resultados alcançados?”);  Prontidão para o rendimento;  Orgulho e realização no que pode ser alcançado.
37
Modelo de eficácia das equipas - esquemas
Esquemas 7
38
Modelo de eficácia das equipas - Predições
 Eficácia das equipas (ao nível implícito e explícito ) aumenta sempre que existem maiores níveis de prontidão para a mudança, para a ação e para o rendimento;  Níveis máximos de eficácia nas equipas ocorrem sempre que são alcançados níveis máximos de prontidão nos três tipos de prontidão, de modo concomitante.
39
Modelo de eficácia das equipas - Predições (Indicadores de eficácia do Domínio 1)
Domínio 1: Impacto implícito trabalho em equipa  Nível psicológico: consequências ao nível cognitivo, atitudes e emoções dos membros da equipa (ex: satisfação laboral)  Nível relacional: consequências nas relações estabelecidas entre os membros da equipa em situações específicas e identificáveis, mas não necessariamente presenciais (ex: vontade de colaborar e trabalhar em conjunto)  Nível social: consequências em áreas que extravasam as atividades realizadas em conjunto e que possuem potencial para influenciar o modo como os elementos da equipa pensam e se comportam em grupos alargados, comunidades e mesmo na sociedade (ex: vontade de trabalhar na organização em causa)
40
Modelo de eficácia das equipas - Predições (Indicadores de eficácia do Domínio 2)
Domínio 2: Impacto explícito trabalho em equipa  Nível comportamental (relacionado): consequências em ações identificáveis nos membros da equipa, ao nível subjetivo (perceção de execução de tarefas com máxima qualidade) e objetivo (execução de tarefas com máxima qualidade)  Nível comportamental (potencialmente relacionado): consequências em aspetos que podem resultar das ações dos membros da equipa e de outros fatores não diretamente dependentes das suas ações (ex: crescimento produtivo, lucro, sucesso)
41
Intervenção indireta
Psicólogo assume o papel de consultor, treinando o líder (coaching) em conceitos relacionados com a coesão e em estratégias para aumentar eficácia da equipa Fundamental avaliar no líder a(s)…  Competências de atendimento e “vontade em ouvir”  Capacidade de receber e fornecer “feedback”  Competência para desenvolver uma atmosfera de abertura e apoio
42
Intervenção indireta - Fases
1. Introdutória: discussão da importância e benefícios da coesão 2. Conceptual: análise dos aspetos envolvidos no entendimento da coesão 3. Prática: discussão das estratégias a utilizar pelo líder 4. Intervenção: implementação das estratégias definidas 5. Avaliação: análise da eficácia da intervenção
43
Intervenção direta | definição, fundamental, como profissional
Psicólogo assume uma ação direta sobre o grupo, trabalhando com colaboradores e líder na implementação da intervenção Fundamental…  Efetuar uma avaliação aprofundada e clara do problema  Envolver colaboradores e líder ao longo da intervenção  Antecipar e planear todas as etapas da intervenção  Planear métodos de avaliação da intervenção Profissional de psicologia  Atitude de abertura, interesse e flexibilidade relativamente aos problemas  Disponibilidade para acompanhar e observar a equipa
44
Etapas da Intervenção na Coesão de Equipa
Fase 1: Avaliação da equipa e da coesão Fase 2: Definição da intervenção Fase 3: planeamento da intervenção Fase 4: intervenção Fase 5: avaliação da intervenção
45
Intervenção na Coesão: Fase 1 | Definição geral; informações a recolher; Assegurar; Outras áreas de aval
Fase 1: Avaliação da Equipa e da Coesão Efetuar reuniões com a equipa ou outros responsáveis para identificar e conhecer melhor a razão do problema Recolher informação nas seguintes áreas:  Tipo de problemas ou dificuldades existentes e o que se pretende melhorar ou resolver  História do problema (ex: duração, evolução…)  Funcionamento da equipa (papéis, regras, metas, etc.)  Esforços de resolução realizado Assegurar… Entendimento claro do problema entre todos os intervenientes, mesmo quando é o líder/gestor o responsável pelo problema  Membros do grupo: avaliação da coesão, aspetos preferidos no trabalho, na relação com colegas e superiores… (Questionários, Entrevistas, Sociogramas, “Focus group” e Observação)  Responsável: avaliação da carreira profissional e estratégias de liderança e de promoção da coesão utilizadas Outras áreas passíveis de avaliação:  Motivação e clima motivacional  Satisfação com o trabalho e a profissão  Gestão de stress
46
Intervenção na Coesão: Fase 2
Fase 2: Definição da intervenção Razões para a intervenção  Baixa produtividade ou rendimento  Conflitos e problemas interpessoais graves  Má utilização dos recursos existentes  Ambiguidade de papéis e indefinição de tarefas/responsabilidades  Falta de interesse e criatividade  Queixas sobre a capacidade da equipa satisfazer as necessidades dos membros  Dificuldades dos membros assumirem as suas responsabilidades  Problemas de comunicação e de adaptação a novas exigências  (…) Exemplos de técnicas de intervenção  Motivação e formulação de objetivos  Responsabilidades e análise de papéis e distribuição das tarefas  Comunicação e resolução de conflitos  Funcionamento da equipa (e.g., missão, normas e regras)  Stress e gestão da tensão na atividade  Liderança e gestão de equipas  (…)
47
Intervenção na Coesão: Fase 3 | O que é; A que níveis decorre; Fundamental
Fase 3: Planeamento da intervenção Análise com responsável e membros do grupo sobre a intervenção a realizar Intervenção pode decorrer a três níveis:  Estrutura da equipa  Processos da equipa  Produtos da equipa Fundamental…  Assegurar o envolvimento da gestão/líder  Recusar o papel de “técnico de resolução de problemas”  Definir o caráter da participação (voluntária ou obrigatória) e o princípio da confidencialidade
48
Intervenção na Coesão: Fase 4 | Em que consiste esta fase, o que é fundamental fazer, e como fazer
Fase 4: Intervenção Treino das áreas definidas no programa Fundamental…  Estabelecer e negociar com o grupo as normas e regras de funcionamento das sessões/intervenção  Clarificar o papel do psicólogo (“facilitador”) e responsabilizar os membros da equipa pela resolução dos problemas  Prever desvios face ao programado e definir estratégias de correção Estabelecer a importância da intervenção  Conceptualização da coesão e distinção entre coesão social e coesão na tarefa  Distinção entre “integração” e “atração” para o grupo  Importância das normas e regras na equipa  Implicações das diferenças e semelhanças entre os elementos da equipa  Tipos de comunicação no grupo  Estratégias de cooperação, comprometimento e aceitação dos objetivos na equipa
49
Intervenção na Coesão: Fase 5
Fase 5: Avaliação da intervenção Eficácia da Intervenção  Avaliar as áreas de intervenção do programa  Planear reuniões de acompanhamento da equipa durante pelo menos 3 a 6 meses ou nos períodos seguintes  Planear situações de intervenção caso haja essa necessidade  Avaliar a intervenção e o papel do psicólogo
50
Análise de Caso 10 - Intervenção na coesão
Página 10
51
Intervenção: Estratégias
Esquema 10
52
Intervenção: Estrutura da Equipa - Missão
Missão  Definição do propósito da existência da equipa  Definição dos objetivos específicos que a equipa pretende alcançar  Enquadramento do propósito da equipa com desejos, necessidades e expectativas individuais Missão…  Positiva: o que se pretende alcançar e não o que se pretende evitar que aconteça  Específica: suficientemente clara para todos  Vocação pessoal: estimular a vontade de todos em pertencerem à equipa  Eticamente aceitável: estar de acordo com os valores, normas e regras da atividade em causa
53
Intervenção: Estrutura da Equipa - Regras/normas | O que definir e aspetos a considerar
 Definição de atitudes e comportamentos aos membros da equipa  Estabelecimento de métodos de avaliação e de “feedback”  Normas devem refletir o consenso e acordo entre todos  Normas “arbitrárias” podem persistir 4 ou 5 gerações Aspetos a considerar…  Regras/normas são formais e conhecidas por todos?  Regras e normas refletem as áreas fundamentais do funcionamento da equipa?  Regras e normas são congruentes com atitudes e comportamentos?  Regras e normas foram negociadas e são aceites por todos?
54
Intervenção: Estrutura da Equipa - Papéis/funções
Elementos da equipa percebem e aceitam o seu papel e funções a desempenhar?  Importante: quando todos estão satisfeitos e sabem o que fazer aumentam os níveis de coesão e eficácia Elementos da equipa percebem e aceitam as decisões e o estilo de liderança do líder?  Importante: estilos democráticos e participativos promovem o envolvimento e os sentimentos de pertença
55
Intervenção: Estrutura da Equipa - Papéis/funções (distinguir entre papéis e cuidados)
Distinguir entre papéis…  Formais: atribuídos em função dos cargos ocupados no clube e na equipa (ex: diretor, gestor, etc.)  Informais: surgem no decorrer das relações estabelecidas ao longo do tempo (ex: “trabalhador”, “especialista”, etc.) Alguns cuidados…  Reuniões entre líder e membros do grupo no início de novas tarefas para definir o que se espera de cada um (“análise de funções”)  Reuniões de acompanhamento ao longo do tempo de trabalho
56
Intervenção: Estrutura da Equipa - Papéis/funções (Aspetos a considerar)
Aspetos a considerar…  Quais as funções de cada membro dentro da equipa?  Qual a relação com as funções de outros colegas de equipa?  Qual a relação entre as funções e a missão da equipa?  Até que ponto estão satisfeitos e motivados com as funções?
57
Intervenção: Estrutura da Equipa - Organização
Formulação de objetivos → Áreas com mais investigação no comportamento no trabalho → É uma das técnicas mais potentes para promover a motivação no trabalho e a performance individual e organizacional
58
Intervenção: Estrutura da Equipa - Organização (SMART goals)
“SMART goals”:  Específicos (“Specific”): referem-se a uma tarefa em particular  Mensuráveis (“Measureable”): referem-se a algo que pode ser quantificável  Realistas (“Attainable”): referem-se a algo que pode ser atingido com o melhor esforço das pessoas  Relevantes (“Relevant”): referem-se a algo significativo  Período temporal (“Time bound”): referem-se a algo a concretizar num período de tempo
59
Intervenção: Estrutura da Equipa - Organização (interações)
→ Quando os objetivos individuais devem ser atingidos num grupo podem surgir as interações…  Positivas: objetivos individuais só podem ser atingidos com a realização dos objetivos dos outros – ambiente de cooperação  Negativas: objetivos individuais só são atingidos se os objetivos dos outros não forem alcançados – ambiente de competição  Neutras: objetivos individuais podem ser atingidos independentemente da obtenção dos objetivos dos outros elementos do grupo – ambiente individualista → Objetivos individuais não devem colidir com os objetivos de equipa → Objetivos de equipa devem ser “SMART” (principalmente na relevância)
60
Intervenção: Estrutura da Equipa - Organização (alguns dados)
Alguns dados…  Equipas com interdependência de objetivos (ambiente de cooperação) assumem maior satisfação e perceção de performance do que equipas com independência de objetivos (ambiente individualista)  Congruência dos objetivos promove maior sucesso nas equipas do que conflito de objetivos (ambiente competitivo) Tabela 12
61
Análise de caso 13
Quadro 13
62
Incentivos (debate, e em termos gerais...)
Incentivos Utilização de incentivos continua a ser uma área de debate entre os autores: quais os seus reais benefícios? Incentivos são identificados como “motivadores extrínsecos”:  Não mudam as atitudes que estão na base dos comportamentos  Simplesmente mudam o que se faz numa dada situação e momento Em termos gerais…  Quanto mais complexa a tarefa a executar (elevada componente cognitiva) e quanto mais criatividade exigir, piores podem ser os resultados do uso de incentivos  Incentivos funcionam melhor no aumento da quantidade do que na promoção da qualidade  Programas de formulação de objetivos e planos de formação parecem ter maior impacto no aumento da produtividade
63
Incentivos - Tipos
Tipos  Igualitários: todos recebem mesmo incentivo após rendimento estipulado (centrado no rendimento individual ou da equipa)  Diferenciados: cada um recebe incentivo diferente de acordo com rendimento estipulado (centrado no rendimento individual ou da equipa)  Relativos: incentivo pode ser igualitário ou diferenciado, mas depende de um fator “relativo” (ex: apenas se atribui incentivo se membros com menor rendimento atingirem os seus objetivos) Sistemas centrados na equipa tendem a funcionar melhor
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Incentivos - razões para o sucesso
 Mobilização da atenção, esforço e comprometimento  Maior tendência para manter membros e reduzir “turnover”  Maiores níveis de satisfação e vontade em executar tarefas  Melhoria do rendimento  Fundamental relacionar as necessidades/motivação dos membros, os incentivos a obter e a “performance” desejada  Melhoria das competências  Primário: sistema de incentivo pode ser centrado no desenvolvimento de competências  Secundário: incentivos à performance podem reforçar sentimento de competência quando se obtém sucesso  Definição dos papéis, funções e estrutura do grupo  Incentivos ajudam membros a perceber diferenças e semelhanças entre todos  Diminuição dos custos  Incentivos podem ajudar a reduzir os gastos inerentes ao processo de produtividade do grupo (poupar tempo e recursos)  Promoção da cultura organizacional  Incentivos tendem a “manifestar” os valores e princípios da organização (inovação, eficácia, trabalho em grupo, etc.)
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Incentivos - razões para o insucesso
 Incentivos financeiros não são motivadores  Pagamento é importante quando é uma fonte de preocupação  Existem outras fontes de motivação mais importantes  Podem ter efeitos contraproducentes  Funcionar como uma forma de manipulação  Promover ambientes de trabalho controlados  Inibir aprendizagem e progresso  “Minam” os relacionamentos  Promover ambientes de trabalho individualistas (“luta” pelos prémios, “rankings”, visibilidade social, etc.)  Diminuir vontade de trabalhar em equipa  Ignoram as razões  Valorização da produtividade pode diminuir análise das reais causas de um insucesso  Diminuem vontade de correr riscos  Tendência para fazer “apenas” o que é pedido  Criatividade e excelência são valores “secundários”  Comportamentos pouco éticos para resolver problemas  “Minam” o interesse  Incentivos promovem a motivação extrínseca e condicionam as razões da execução das tarefas e do trabalho  Se objetivo é excelência não há substituto para motivação intrínseca
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Incentivos - cuidados
Alguns cuidados a ter com incentivos  Sistemas devem refletir cultura organizacional (ex: trabalho de grupo) e filosofia de gestão (ex: autonomia das equipas)  Valorizar os desempenhos das equipas e não permitir conflitos com sistemas de incentivos individuais  Incentivos devem estar baseados em realizações efetivas da equipa e não tanto em padrões fixos imutáveis (ex: alocados a períodos de tempo)  Uso de sistemas eficazes de feedback combinados com incentivos estão relacionados com melhor rendimento nas equipas Fundamental: membros da equipa devem perceber os incentivos como legítimos e corretamente distribuídos
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Fases na implementação de incentivos
1. Avaliação dos planos atuais 2. Avaliação das necessidades 3. Definição do plano de ação e estratégia a. Quais os comportamentos e ambiente a promover? – tudo deve ser bem definido, por exemplo se o objetivo é aumentar o profissionalismo, deve ser explicita-me definido o que significa “profissionalismo” nessa equipa. 4. Definição de inventivos e recursos necessários; 5. Definição de estratégias de feedback e monitorização a. importante definir de quanto em quanto tempo dar, quem e como é dado o feedback. 6. Implementação do programa de incentivos 7. Avaliação da eficácia e os resultados. Caso 15
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Processos da Equipa - Identificação
Todos os elementos apresentam sentimentos de proximidade entre si, mas também percebem claramente a diferença de papéis para com os seus colegas?  Importante: quanto mais situações existirem de contacto e relacionamento entre todos, maior será a coesão na equipa Existe um entendimento e aproximação sobre os aspetos que mais motivam e atraem os membros da equipa?  Importante: quanto maior a congruência de expectativas, desejos e aspirações maior a identificação dos membros com a equipa Exercícios 15 e 16
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Processos de equipa: comunicação
Desde avaliar como a equipa interage e se relacionam uns com os outros. Avaliar como é que a informação flui entre os membros.
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Processos de Equipa: Outras Áreas
Todos estão capazes de fazer “sacrifícios” pessoais e colaborar ativamente para alcançar os objetivos definidos?  Importante: a participação na definição de objetivos bem como a vontade em “abdicar” de privilégios e interesses pessoais aumenta a coesão na equipa Todos assumem padrões de interação e de comunicação que facilitam a concretização dos objetivos? Todos os elementos têm acesso à informação e existe “feedback” do rendimento e da progressão obtida?  Importante: reconhecimento individual diminui a “difusão da responsabilidade” e quebras na coesão das equipas
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Produtos de equipa: indicadores de eficácia
Indicadores de eficácia Nível 1: Impacto implícito do trabalho em equipa  Psicológico (ex: satisfação laboral)  Relacional (ex: vontade de colaborar e trabalhar em conjunto)  Social (ex: vontade de trabalhar na organização em causa) Nível 2: Impacto explícito do trabalho em equipa  Comportamental (relacionado): subjetivo (execução de tarefas com máxima qualidade- ex. equipa de cirurgias – quantas cirurgias com sucesso consegue executar) e objetivo (execução de tarefas com máxima qualidade)  Comportamental (potencialmente relacionado) (ex: crescimento produtivo) Tabela 16
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Produtos de equipa: Produtos
Até que ponto a equipa funcionou do modo previsto e, com isso, alcançou os resultados previstos?  Importante: quando os produtos são os previstos acentuam-se os sentimentos de orgulho e realização; quando os produtos são insuficientes acentua-se a possibilidade de mal-estar e frustração entre os elementos da equipa Até que ponto a equipa possui amplitude de produtos a alcançar e os valoriza?  Importante: maior diversidade de produtos desejáveis fortalece sentimento de pertença e eficácia das equipas
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Implicações: Promoção da coesão
1. Definir a “missão” a atingir  Missão e tarefas devem ser intrinsecamente motivadoras para a equipa e para cada membro da equipa 2. Desenvolver a filosofia do grupo  “Trabalhar e dar o máximo”; “estamos nisto juntos”; “1 = 0 ; 2 = 1”; “Eu acho VS Nós achamos…” 3. Promover a identidade da equipa  Definir regras e normas que tornem a equipa “única”  Evitar o excesso de contratações/mudanças na equipa (“turnover”) 4. Estabelecer objetivos  Definir objetivos claros, concretos e relevantes  Aumentar a motivação e o comprometimento individuais  Evitar sentimento que o contributo individual é dispensável  Sucesso final deve depender da soma dos objetivos 5. Definir planos de ação  Assegurar que todos sabem o que fazer e possuem competências e meios para realizar as tarefas  Definir estratégias, procedimento e meios para alcançar os objetivos 6. Vontade de sucesso vs Medo de falhar  Valorizar os contributos individuais  Promover a criatividade e discussão de opiniões divergentes  Criar condições de sucesso em novas tarefas e no início de atividades 7. Efetuar a rotatividade nas tarefas e funções  Aumentar a compreensão das exigências e problemas de cada tarefa executada 8. Identificar líderes informais  Prevenir o surgimento das “cliques”  Envolver líderes informais na tomada de decisão 9. Partilhar a liderança e a tomada de decisão  Aumentar a responsabilidade individual  Valorizar o poder de competência, referência e recompensa  Considerar o tempo disponível, os recursos existentes e as capacidades dos membros da equipa 10. Promover a comunicação e “feedback”  Assegurar a coordenação de esforços  Assegurar o surgimento de pontos de vista alternativos  Assegurar sentimento de realização coletivo e individual 11. Promover a visão positiva dos conflitos  Assegurar a resolução eficaz dos conflitos de interesses 12. Cuidar da seleção e recrutamento  Definir as competências necessárias para o sucesso da equipa e das tarefas a realizar
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Problemas
* Baixo envolvimento * Cliques * Tarefas Aditivas * Equipas virtuais * Personalidade
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Problemas: Baixo Envolvimento
Não assunção das responsabilidades, papéis e tarefas por parte de alguns elementos da equipa Problemas  Sabotagem ou desconsideração do trabalho realizado pelos restantes membros da equipa  Incapacidade da equipa alcançar o rendimento pretendido O que fazer?  Elaborar planos de reforço centrados na execução das tarefas  Definir claramente a responsabilidade pela execução das tarefas
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Problemas: Cliques
Surgimento de pequenos grupos de pessoas dentro da equipa, com “agendas” e rotinas próprias Problemas  Perda do sentido de missão  Baixa identificação e conflitos entre os membros da equipa O que fazer?  Identificar os líderes informais e envolvê-los na tomada de decisão
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Problemas: Tarefas aditivas
Membros trabalham independentemente e juntam o seu trabalho apenas no final Problemas  Não se retira partido da coesão enquanto fator promotor do sucesso  Assumir isoladamente a responsabilidade pela execução do trabalho, preterindo o trabalho de equipa O que fazer?  Tarefa deve ter complexidade suficiente para justificar formar uma equipa  Procedimentos e materiais para a execução da tarefa devem implicar interdependência  Reforçar a equipa tendo por base o contributo de todos os membros (e eventualmente dos que têm piores desempenhos)
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Problemas: Equipas virtuais
Equipas virtuais Permitem trabalhar sem existir um contacto direto entre membros da equipa Problemas  Coesão e confiança podem não ser os desejáveis (mas não são “maus”) Vantagens  Permitem maior envolvimento de membros que se adaptam menos a situações de interação direta  Algumas tarefas podem beneficiar deste tipo de organização O que fazer?  Desenvolver atividades promotoras do conhecimento e confiança na equipa  Garantir um entendimento da visão e objetivos a alcançar
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Problemas: Personalidade
Identificação pessoal entre os membros da equipa  Coesão social: superior quando membros evidenciam maior extroversão e estabilidade emocional  Coesão na tarefa/performance: superior quando membros evidenciam maior rigor/responsabilidade Problemas  Coesão: menor quando existem diferenças personalidade na equipa (diversidade tende a aumentar) Vantagens  Diversidade na equipa: pode facilitar o rendimento devido à existência de mais competências O que fazer?  Desenvolver competências de resolução de conflitos  Desenvolver atividades que fomentem o conhecimento mútuo
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Investigação: Coesão
 Coesão é mais elevada em equipas com menos elementos (2 a 25 elementos; melhores resultados até 10 elementos);  Equipas com sistemas de reforços apresentam maiores níveis de coesão;  Elementos de equipas mais coesas demonstram maiores níveis de satisfação pessoal e profissional;  Resultados e experiências de sucesso promovem a coesão, principalmente em equipas recentemente formadas;  Equipas mais coesas apresentam maior comprometimento com os objetivos definidos e menores taxas de absentismo;  Estilos de liderança democráticos e participativos na tomada de decisão desencadeiam maiores níveis de coesão nas equipas;  Eficácia das intervenções no funcionamento e rendimento das equipas não é totalmente evidente, verificando-se mais nos casos onde existem conflitos interpessoais e problemas internos  Intervenções apresentam resultados mais positivos nas atitudes e perceções dos membros da equipa, sendo ainda pouco evidente os seus efeitos ao nível da modificação dos comportamentos  Áreas de intervenção centradas na clarificação de papéis, formulação de objetivos, melhoria das relações interpessoais e resolução de problemas promovem satisfação e rendimento
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Investigação: Coesão e rendimento
 Existe uma relação entre coesão e rendimento dos grupos;  A coesão resultante do comprometimento com a tarefa prediz mais o rendimento do que a coesão resultante da atração social para o grupo (envolvimento pessoal no grupo);  A relação coesão e rendimento é superior quando o grupo tem de executar tarefas que implicam interdependência entre os membros;  A relação coesão e rendimento é fraca quando a tarefa não implica interdependência entre os membros;  A relação entre coesão e rendimento é maior quando a tarefa está adequada aos interesses e capacidades do grupo.
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Investigação: Coesão e rendimento - Variáveis interferentes
 Objetivos definidos: maior comprometimento com as metas definidas promove a coesão (e o rendimento);  Níveis de eficácia coletiva: expectativas coletivas para o sucesso representam um preditor de bom rendimento;  Apoio social: existência de ambientes positivos (e.g., compreensão, ajuda, conselhos…) podem facilitar a vontade em permanecer no grupo;  Pensamento de grupo (“groupthink”): pressão para a conformidade e aceitação da opinião maioritária no grupo pode diminuir capacidade de julgamento individual e levar a decisões erradas (e pior rendimento).
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Investigação futura
1) Clarificar a interação entre a coesão e outras variáveis relacionadas (ex: satisfação, rendimento…) 2) Definir quais os indicadores de rendimento a utilizar nos estudos (resultado final, progressão da equipa, perceção de melhoria…) 3) Definir qual a “unidade” de análise (membro ou equipa) e discutir os efeitos da perda das variações das respostas individuais com a utilização da média da equipa 4) Esclarecer a relação “coesão-rendimento” colocando questões alternativas: que fatores promovem simultaneamente a coesão e o rendimento? 5) Esclarecer as relações entre as várias dimensões da coesão e a motivação (ex: persistência, adoção de objetivos…)
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Investigação futura: desporto
Desporto  Não sustentar teoricamente os estudos realizados  Ignorar a natureza dinâmica e multidimensional da coesão  Valorizar o estudo da coesão em modalidades desportivas e competitivas, ignorando outros contextos onde a coesão também pode ser fundamental (ex: prática de exercício físico)  Tendência para considerar a competição o “evento” privilegiado do estudo da coesão em vez de incluir outros contextos (ex: treinos)