Saúde Ocupacional 2 Flashcards
(58 cards)
Riscos Psicossociais
Informações
Incluindo artigo de leka
Página 1
Riscos psicossocias
Definição
Definição:
“Os riscos psicossociais decorrem de deficiências na conceção, organização e gestão do trabalho, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social (Agência Europeia para a Saúde e segurança no trabalho”
Riscos Psicossociais
Condições de trabalho que conduzem a riscos psicossociais
o cargas de trabalho excessivas;
o exigências contraditórias e falta de clareza na definição das funções;
o falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador(a) e falta de controlo sobre a forma como executa o trabalho;
o má gestão de mudanças organizacionais, insegurança laboral;
o comunicação ineficaz, falta de apoio da parte de chefias e colegas;
o assédio psicológico ou sexual, violência de terceiros.
Riscos Psicossociais
Sexto inquérito sobre as condições de trabalho
Dimensões da qualidade trabalho; Tabelas
Tabelas página 1
Riscos Psicossociais
Instrumentos de avaliação
Página 2
Modelos do Stress ocupacional
Definiçao de stress ocupacional; Modelos
O stress ocupacional pode ser uma “reação aos riscos psicossociais no trabalho”, e que é explicado de várias formas em diversos modelos de stress ocupacional:
Modelo das Demandas-Controlo no Trabalho de Karasek (1979);
Teoria da Conservaçao de Recursos de Hobfoll (1989, 2001)
Modelo das Demandas e Recursos no Trabalho de Demerouti et al., (2001, 2017)
Modelos de Stress Ocupacional
Job demand-control model (Karasek, 1979)
Responder com base no esquema 2
A principal ideia do modelo de tensão no trabalho (job strain model) é que a tensão mental resulta da interação entre as exigências do trabalho (job demands) e a margem de decisão do trabalhador (job decision latitude).
* Exigências do Trabalho: Referem-se aos aspetos do trabalho que exigem esforço físico ou psicológico, como carga de trabalho, tempo limitado, ou conflitos.
* Latitude da Liberdade de Decisão: Refere-se ao controlo que o trabalhador tem sobre as suas tarefas e como as realiza, incluindo a autonomia e o uso das suas habilidades.
* Tensão Mental: Sintomas psicológicos negativos como exaustão, depressão, ansiedade, e problemas de sono.
Mais especificamente, o modelo prevê que a maior tensão mental ocorre quando as exigências do trabalho são elevadas e a margem de decisão é baixa.
O modelo sugere que quando as exigências são altas e a capacidade de tomar decisões ou controlar o trabalho é baixa, a energia (“stress” potencial) não é libertada de forma eficaz, manifestando-se internamente como tensão mental. Uma implicação importante do modelo é que aumentar a margem de decisão dos trabalhadores pode reduzir a tensão mental, mesmo sem diminuir as exigências do trabalho. Revisões subsequentes do modelo adicionaram o suporte social.
Ver esquema 2
Modelos de Stress Ocupacional
Job Demands-Resources Model (Demerouti et al., 2001)
Responder com base no esquema 3
A principal ideia do modelo das Demandas-Recursos no Trabalho (Job Demands-Resources - JD-R) é que as condições de trabalho podem ser amplamente classificadas em duas categorias distintas: demandas do trabalho e recursos do trabalho.
Mais especificamente, o modelo JD-R assume que cada ocupação tem o seu próprio perfil específico de demandas e recursos do trabalho.
* Demandas do trabalho são definidos como aspetos do trabalho que requerem esforço físico ou mental sustentado e estão, portanto, associados a certos custos fisiológicos e psicológicos. A exposição prolongada a altas demandas do trabalho leva a um processo de stress que se manifesta como exaustão.
* Recursos do trabalho referem-se a aspetos do trabalho que são funcionais para alcançar os objetivos do trabalho, reduzir as demandas do trabalho e os custos associados, ou estimular o crescimento e desenvolvimento pessoal. A falta de recursos do trabalho, por outro lado, está relacionada com um processo motivacional que leva ao desligamento.
Assim, o modelo JD-R propõe que altas demandas do trabalho preveem a exaustão, enquanto baixos recursos do trabalho preveem o desligamento. O modelo também sugere que estas duas categorias de condições de trabalho podem levar de forma independente ao burnout e a outros resultados organizacionais negativos. Em resumo, o modelo postula dois processos psicológicos distintos mas relacionados que levam ao burnout: um processo de desgaste impulsionado pelas demandas e um processo motivacional enfraquecido pela falta de recursos.
Modelos de Stress Ocupacional
Job demands-Resources Model (Bakker & Demerouti et al., 2017)
Responder com base no esquema 4
A principal ideia do modelo de Demandas-Recursos no Trabalho (JD-R) é que todas as características do trabalho podem ser classificadas em duas categorias amplas: demandas do trabalho e recursos do trabalho. Estas duas categorias desencadeiam dois processos psicológicos distintos nos empregados.
* Exigências do trabalho são definidas como aspetos físicos, psicológicos, sociais ou organizacionais do trabalho que requerem esforço físico e/ou psicológico sustentado e, portanto, estão associados a certos custos fisiológicos e/ou psicológicos. Exemplos incluem alta pressão de trabalho e interações emocionalmente exigentes com clientes. As demandas do trabalho são os principais preditores da exaustão, levando a um processo de deterioração da saúde.
* Recursos do trabalho referem-se aos aspetos físicos, psicológicos, sociais ou organizacionais do trabalho que são funcionais para alcançar as metas de trabalho, reduzir as demandas do trabalho e os custos associados, ou estimular o crescimento pessoal, a aprendizagem e o desenvolvimento. Exemplos de recursos do trabalho são autonomia, variedade de habilidades, feedback de desempenho e oportunidades de crescimento. Os recursos do trabalho são os principais preditores do envolvimento no trabalho, instigando um processo motivacional.
Inicialmente, o modelo JD-R foi usado para explicar o burnout. No entanto, evoluiu para uma teoria que explica vários tipos de bem-estar dos funcionários. Além disso, a teoria também explora as interações entre demandas e recursos, o papel dos recursos pessoais, o impacto na performance no trabalho, e comportamentos proativos dos empregados como o job crafting e comportamentos de auto-sabotagem (self-undermining).
Modelos de Stress Ocupacional
Teoria da conservaçao de recursos (Hobfoll, 1989)
Responder com base no esquema 3
Princípio básico: os indivíduos esforçam-se por obter, reter, proteger e promover as coisas que eles valorizam (recursos) e sentem-se ameaçadas com a perda desses recurso
Em resumo, o modelo postula que o stress psicológico ocorre em resposta a:
* ameaça de uma perda líquida de recursos.
* perda líquida de recursos.
* falta de ganho de recursos após o investimento de recursos.
O modelo enfatiza que tanto a perda percebida quanto a real, ou a falta de ganho, são suficientes para produzir stress. Os recursos são definidos como objetos, características pessoais, condições ou energias que são valorizadas pelo indivíduo ou que servem como meio para atingir essas coisas valorizadas.
Modelos de Stress Ocupacional
Teroia da conservaçao de recursos (Hobfoll, 2001)
Responder com base no esquema 5
Com base nos excertos fornecidos, a Figura 1 schematiza os caminhos no modelo da Teoria da Conservação dos Recursos (COR). De acordo com a Figura 1, os processos de conservação de recursos são um produto tanto das condições gerais de vida como das circunstâncias de perda de recursos crónica e aguda. As condições de falta de recursos tendem a gerar ou permitir processos de perda de recursos. Quando ocorrem perdas, os indivíduos aplicam estratégias de conservação de recursos, utilizando os recursos disponíveis para se adaptarem o mais eficazmente possível. A adaptação bem-sucedida gera novos recursos que, por sua vez, reabastecem as reservas de recursos das pessoas e compensam as condições que produzem perdas agudas e crónicas. Em contraste, a adaptação mal-sucedida resulta em resultados funcionais e emocionais negativos e na diminuição dos recursos investidos. Tal adaptação mal-sucedida gera ainda mais perdas de recursos secundárias, que resultam na exacerbação das circunstâncias de perda crónica ou aguda e enfraquecem a reserva de recursos.
Assédio Moral
Bullying no local de trabalho
Definição
“Comportamentos desagradáveis, repetidos e persistentes em relação a um ou mais indivíduos e que envolve uma dimensão de ofensor-vitíma, e que contribui para um ambiente de trabalho hostil” (Leymann, 1996: 167).
Assédio Moral
Assediar e Assédio Moral
Definição
Assediar: “submeter de forma constante a pequenos ataques repetidos” (Dicionário Robert)
Assédio moral no trabalho:
“Qualquer comportamento abusivo (gesto, palavra, comportamento, atitude…) que atende, pela sua repetição ou pela sua sistematização, contra a dignidade ou a integridade psíquica e física de uma pessoa, ponde em perigo o seu emprego ou degradando o clima de trabalho” (Marie-France Hirigoyen, 2002).
Importância da natureza repetitiva das práticas consequências a curto e longo prazo.
Assédio Moral
Código do trabalho
Código do Trabalho (19ª revisão; Lei nº93/2019 de 04/09)
Divisão II – Proibição de assédio (Artigo 29º - Assédio)
1 - É proibida a prática de assédio.
2 - Entende-se por assédio o comportamento indesejado , nomeadamente o baseado em factor de discriminação, praticado aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa , afetar a sua dignidade , ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador.
Assédio Moral
Escala de Intensidade
Esquema 5
Assédio moral
Consequências
Tabela 5
Assédio Moral
O que não é…
Stress ocupacional (no assédio a causa muitas vezes é difusa e a pessoa sente-se humilhada)
Situações de conflito
Estilos de gestão autoritários (indiferença no “mau-trato”)
Agressões ocasionais
Más condições de trabalho (relevância da noção de intencionalidade)
Condicionantes profissionais (Ex., avaliação desempenho; transferências, etc)
Assédio Moral
Avaliação e Prevenção/Intervenção
Métodos de avaliação; estratégias de ação; Área de RH
Página 6
Riscos Psicossociais
Dados
Mais de 950 registos de violência contra profissionais de saúde no ano passado. Desde o início do sistema, em 2007, registaram-se 4256 casos de violência contra profissionais de saúde. A maioria dos casos (62%) diz respeito a assédio moral, sendo 17% casos de violência verbal e 12% de violência física. Deste modo, houve, numa década, cerca de 500 casos de violência física contra profissionais de saúde nos seus locais de trabalho.
Riscos Psicossociais
Reflexão sobre os riscos e as suas implicações
Na prevenção e intervenção
As organizações beneficiam mais de uma lógica proativa/estratégica que se foca nos ganhos quando se trata dos riscos psicossociais em vez de uma lógica remediativa/reativa que só trabalha para lidar com consequências negativas que já se deram. Nesse sentido, é importante recordar o conceito de “organizações saudáveis” - organização que tem sucesso financeiro e que ao mesmo tempo enfatiza a saúde e o bem estar dos trabalhadores – porque para que as organizações consigam ser saudáveis devem investir em prevenir os riscos psicossociais.
Violência no Trabalho
definição
Definição: “qualquer ação, incidente ou comportamento que se afasta da conduta aceitável em que uma pessoa é agredida, ameaçada, prejudicada ou ferida no decurso, ou como resultado direto, do seu trabalho”
Violência no Trabalho
Tipos
+ nota do estudos de enfermeiros
Tipos de violência (perpetrada por clientes/utentes face aos profissionais):
Verbal (gritar, berrar)
Vicariante (observar/ouvir que colegas/diretores experienciaram/iam acontecimentos violentos)
Física (ser esbofeteado, pontapeado, amarrado…)
Violência no Trabalho
Estraégias usadas por profissionais para gerir violência de utentes
Dizer tipos primeiro
- Relacionais:
focam-se no suporte social de colegas e chefias e valorização da socialização num ambiente seguro e sem discriminação.
Ex. pedir ajuda ou substituição de colegas/superiores; reportar violência à chefia; - Psicossociais:
usadas maioritariamente em casos de violência psicológica;
individuais, não coercivas e baseadas em técnicas psicossociais privilegiando comunicação aberta com os utentes
ex. uso de contacto visual, tom calmo e linguagem clara; evitar contacto físico; redirecionar utente para local calmo - Organizacionais:
Associam-se à proteção institucional (políticas, procedimentos, recursos)
Ex. apoio jurídico, chamar a polícia, reportar a entidades profissionais
São o tipo de estratégias menos usadas.
burnout
Dimensões
Quando falamos de burnout, estamos a avaliar 3 dimensões (Christina Maslach, 1993):
1. Exaustão (esgotamento)
2. Cinismo (indiferença ou distanciamento)
3. Empobrecimento/ausência de eficácia profissional (tendência para avaliar o desempenho profissional negativamente)