Gestão de Pessoas Flashcards
(105 cards)
Definição de GRH
Legge (1995)
Atividade que surge em resposta a necessidades organizacionais;
Atividade que é institucionalizada ou departamental. Neste último caso, sinónimo de departamento de pessoal.
Definição de GRH
Keating (2000)
Processo político de contínua negociação (gestão de poder);
Corpo de conhecimentos específicos.
Definição de GRH
Tyson (1999)
Processo interpretativo, uma atividade que consiste na tradução de variáveis de nível societal e organizacional em estratégias e políticas de recursos humanos, promovendo a adaptação do colaborador a estas (foco na organização, mas também no contexto);
A gestão é um processo social (as práticas existem para que o individuo adquira os comportamentos que são considerados “típicos” na organização; ex. uso de fardas).
GRH e Gestão de Pessoal (Sisson, 1994)
A ligação da gestão de pessoas e da estratégia do negócio, em que o efeito competição coloca particular ênfase na gestão de mudanças;
O papel chave que é esperado dos gestores de linha seniores, já que gerir pessoas passou a ser a sua atividade principal (importância acrescida da formação destes gestores);
A ênfase colocada na interação de práticas e políticas entre si e com a estratégia de negócio.
GRH
Pequenas e Médias Empresas
É específica (Cassell, Nadim, Gray & Clegg, 2002);
As PMEs diferenciam-se apenas pela sua menor dimensão (Heneman, Tansky & Camp, 2000);
Não existe informação suficiente sobre este assunto (Keating et al., 2000).
GRH
Modelo de RH de Bowen & Ostroff
Esquema 1
Esquema 1
Este destaca que a força do sistema de HRM (distintividade, consistência e consenso) cria um clima organizacional coeso e situational strength (clareza de expectativas), influenciando como os colaboradores percebem as práticas de gestão e o ambiente de trabalho. Essas perceções individuais, quando alinhadas, traduzem-se em comportamentos coletivos (ex.: envolvimento, inovação) que impulsionam o desempenho da empresa.
No estudo de Mohamed et al. (2021), a força do HRM atua primeiro no nível organizacional, definindo prioridades (ex.: segurança, qualidade). Esses sinais claros são internalizados pelos colaboradores, moldando o clima e reduzindo ambiguidades. Quando o sistema é forte, as perceções individuais convergem, gerando ações coordenadas que melhoram resultados como lucratividade e satisfação do cliente.
Adoçao de Práticas de GRH
Porque é que as práticas de GRH são importantes?
As práticas de GRH permitem avaliar o impacto da GRH na performance organizacional, facilitando a recolha de evidências empíricas
Afoção de práticas de GRH
Porque é que as práticas de GRH são importantes?
Abordagens e GRh estratégica
Duas abordagens importantes:
1. Universalista: se as práticas de GRH forem corretas os resultados vão ser consistentes e positivos – práticas boas têm sempre um impacto positivo independentemente do contexto, estrutura …;
2. Contingencial: Uma boa prática pode ter resultados diferentes porque é contingente ao contexto e às pessoas.
As organizações ao definirem uma estratégia particular, adotam práticas de GRH especificas (é mais benéfico haver coerência entre a estratégia organizacional e as práticas de GRH);
A GRH Estratégica salientou o conceito de adequação (fit) – interna, organizacional, estratégica e ambiental (deve haver coerência entre as várias práticas – ex. não faz sentido ter práticas de GRH na avaliação de desempenho, que valorizam a apresentação de ideias, quando também existem práticas que não permitem a participaçao das pessoas).
Adoção de práticas de GRH
Como surge a GRH e as práticas em PME’s (Cassel et al., 2002) ?
Explicar com base no Esquema 2
Esquema 2
Como surge a GRH e as práticas em PME’s?
O esquema representa o processo de adoção de práticas de RH em pequenas e médias empresas (PMEs). O processo inicia-se com a apresentação de um problema relacionado à gestão de pessoas, que é então avaliado para determinar se pode ser tratado como um assunto de RH passível de intervenção. Esse diagnóstico é influenciado por fatores como o conhecimento das tendências atuais de RH, as normas regulatórias e a experiência prévia com práticas de RH. A existência de um “campeão de RH”, ou seja, um líder interno que impulsione mudanças, é um fator determinante nesse processo. Em seguida, avalia-se a disponibilidade de recursos, cuja escassez ou abundância influencia a viabilidade da implementação. Caso os recursos sejam suficientes, ocorre a aplicação prática das práticas de RH, seguida por uma revisão e avaliação dos resultados, permitindo ajustes e melhorias contínuas. O modelo destaca que a adoção de práticas de RH em PMEs não segue um padrão rígido, mas depende da perceção do problema, do contexto organizacional e da disponibilidade de recursos.
Adoção de práticas de GRH
Critérios/considerações da implementação de novas práticas de RH (Cappelli & Neumark, 2001)
Reconhecimento de utilidade num dado momento;
Custos de implementação;
Utilização por empresas referência (fenómeno moda);
Benchmarking (comparação das estratégias, políticas e práticas de gestão de pessoas com aquelas adotadas por outras empresas)
GRH
O que são práticas de GRH ?
Em ambas as abordagens - Explicar o desenho na abordagem contingencial
Boas práticas (abordagem universal);
Práticas de trabalho de elevada performance (abordagem contingencial);
Práticas de trabalho de elevada performance
Devem ser desenhadas para ter um grande foco na:
1. motivação (compensação, gestão de carreira);
2. participação (equipas autónomas; mecanismos de participação, presença de sindicatos, job design);
3. desenvolvimento (formação, avaliação de desempenho centrada na performance).
Contudo, dada a abordagem contingencial, é importante ter em conta os desejos do trabalhador (ex. um colaborador pode querer um trabalho com menos responsabilidade)
GRH
Indicadores de impacto de práticas de..
indicar o impacto em várias áreas e explicar o Esquema 3
Esquema 3
Indicadores de impacto das práticas:
de GRH: turnover, taxa de retenção
de performance organizacional: produtividade e qualidade, taxa de desperdício e eficiência
financeiras: valor de mercado da organização
de saúde e de stresse
na perspetiva dos colaboradores: motivação, satisfação, etc.
Quando estamos a avaliar o impacto das práticas devemos considerar ciclos de tempo, para que as práticas se possam expressar (o impacto não é imediato, leva tempo).
GRH
Importância da Psicologia na Investigação em GRH (Troth & Guest, 2020)
Rebatendo as críticas, contribuições de psi para GRH e investigação
Importância da Psicologia na Investigação em GRH – Troth & Guest (2020)
Rebatendo as Críticas:
Os autores refutam acusações de que a investigação psicológica é excessivamente managerialista, unitarista, individualista e dependente de metodologias quantitativas. Argumentando que PTO pode adotar perspetivas pluralistas e considerar os interesses de diferentes stakeholders. Sublinham que a metodologia científica, embora um ponto forte da psicologia, não é exclusivamente dedutiva ou quantitativa.
Contribuições Positivas da Psicologia para a GRH:
O artigo demonstra como a psicologia contribui para a GRH, mencionando:
* Desenvolvimento de práticas de RH eficazes (seleção, formação, avaliação de desempenho).
* Compreensão dos resultados para os funcionários (satisfação no trabalho, bem-estar, stress, absentismo).
* Desenvolvimento e aplicação de teorias psicológicas relevantes (motivação, personalidade, tomada de decisão, etc.).
Destacando o impacto das práticas de GRH nos trabalhadores.
Futuro da investigação:
Troth e Guest defendem uma abordagem multidisciplinar, multinível, multi-stakeholder e metodologicamente pluralista para a investigação em GRH. Isso implica:
* Integrar diferentes disciplinas para abordar questões complexas (ex: impacto da inteligência artificial na GRH).
* Considerar múltiplos níveis de análise (individual, grupo, organizacional, institucional).
* Adotar uma perspetiva de stakeholders, reconhecendo os interesses de todos os envolvidos (funcionários, gestores, sindicatos, etc.).
* Utilizar métodos de investigação quantitativos e qualitativos.
Adicionalmente ver notas do artigo de Budd (2020).
Avaliação
Diagnóstico
definição; métodos e contextos de aplicação
- A medida em contexto de gestão de pessoas.
- Métodos de avaliação: critérios de qualidade da avaliação (validade e fidelidade); critérios de qualidade aplicados a métodos da psicologia de recursos humanos; entrevista; observação, assessment centres (centros de avaliação) e testes psicológicos.
- Contextos de aplicação: as práticas de gestão de recursos humanos (processos de descrição e análise de funções, seleção e avaliação de desempenho).
Avaliação
Descrição, análise e qualificação de funções
Conhecer detalhadamente a atividade do serviço/departamento.
Reorganização e reestruturação;
Simplificação do trabalho e melhoria metodológica dos postos.
Admissões;
Transferências;
Carreiras de promoção;
Avaliação de desempenho.
Elaboração de programas de formação profissional.
Programas adaptados;
Formação dirigida/objetividade;
Qualificação de funções.
Hierarquização;
Política salarial.
Humanização do trabalho
Alargamento de funções;
Enriquecimento de funções.
Descrição de funções
Nota Página 4
Relacionam e inventariam as tarefas e deveres e as responsabilidades.
Natureza das tarefas que comporta (o quê? Como? Quando?);
Deveres e responsabilidades que implica (Qualidades que requer o seu correto desempenho (pefil); quem? Para quê?);
Condições em que exerce (com quê? Aonde?).
Função: Conjunto de tarefas realizados para atingir um objetivo; Posto de Trabalho: constituído por uma ou várias tarefas; uma função tende a ter mais do que um posto de trabalho.
Descrição de funções
Métodos
Observação (utilização de grelhas/listas – ex. ppt 3 diapositivo 10 a 13);
Entrevistas;
Questionários e checklists;
Desempenhar a função;
Análise de funções
Definição; requisitos; Métodos
Estudar e determinar todos os requisitos qualificativos, as responsabilidades envolvidas e as condições exigidas pela função, para o seu adequado desempenho.
Requisitos:
Saber – conhecimentos;
Mentais e sensoriais;
Físicos;
Responsabilidades envolvidas;
Condições de trabalho.
Métodos de Análise:
Observação direta;
Questionários;
Entrevistas;
Mistos.
Qualificações de funções
Definição; métodos não quantitativos/analíticos; Métodos qualitativos
Meio que permite determinar o valor relativo de cada função, numa estrutura organizacional (ordem de exigência das funções – pode impactar por exemplo, a remuneração).
Métodos não quantitativos ou não analíticos:
Arrolamento ou listagem (job ranking): começar por pensar qual o trabalho mais exigente, com base nesse, vai-se comparando os outros e a fazer uma escala;
Classificação: baseia-se em critérios considerados determinantes;
Processo de comparação por pares: vai-se comparado o “+ difícil” com o “- difícil”, depois o “2º + difícil” e o “2º – difícil” e assim sucessivamente.
Métodos Quantitativos
Comparação por fatores: identificam-se fatores, atribuem-se-lhes valores, verificam-se nas funções, que fatores tem e somam-se;
Avaliação por pontos: são atribuídos pontos às tarefas; nas diferentes funções, verificam-se que tarefas têm e somam-se os pontos.
Ver como foi feita a qualificação da competência de “coaching” ppt 3 diapositivo 20 a 23
Descrição, análise e qualificação de funções
Resultados
Conhecer o trabalho, simplificar e melhorar:
Reorganização e Reestruturação
Movimentos de pessoas
Avaliação de desempenho
Formação
Redesenho de funções e postos de trabalho
Qualificação:
Hierarquização;
Política salarial.
Caso de Estudo “The Missing Link of Job Analysis” (Kappor & Mathur, 2021)
Análise de funções: é fundamental para; influencia diretamento; pode ser
Quadro 6
Desenho do trabalho
Job design ao longo do tempo
Ao longo do tempo, o design do trabalho passou de uma abordagem focada na eficiência e simplificação de tarefas para uma perspetiva que considera as necessidades humanas, a motivação, o bem-estar e aspetos sociais e contextuais do trabalho (Johns et al., 2017).
A investigação em design do trabalho foi moldada por várias perspetivas, que se focavam em diferentes aspetos:
Produtividade: Movimento da Gestão Científica e a simplificação do trabalho
Motivação: Modelo das características do posto de trabalho - Hackman & Oldham (1976, 1980)
Bem-estar: Modelo de Exigências-Controlo/Suporte - Karasek (1979)
Desenho do Trabalho
Modelo das características do posto de trabalho de Hackman & Oldham
Esquema 6 e quadro 6
Página 6
Desenho do Trabalho
Modelo de Exigências/demandas-controlo (suporte) de Karasek
Definição; variáveis; outras informações
Esquema 7
Modelo que utilizado para gerir o stress associado à realização/trabalho.
Exigências do trabalho: Referem-se aos aspetos do trabalho que exigem esforço físico ou psicológico, como carga de trabalho, tempo limitado, conflitos ou características do trabalho;
Controlo: margem de decisão do trabalhador sobre as suas tarefas e como as realiza, incluindo a autonomia e o uso das suas habilidades.
Tensão mental (strain): Sintomas psicológicos negativos como exaustão, depressão, ansiedade, e problemas de sono.
o A tensão mental não é causada por um único aspeto do ambiente de trabalho, mas sim pela combinação das exigências do trabalho e a liberdade de decisão do trabalhador.
Suporte (não estava incluído na versão original): interações sociais positivas com colegas e supervisores (funcionam como recurso)
Trabalhadores com trabalhos ativos tendem a ter maior satisfação, e, trabalhadores com trabalhos passivos tendem a ter menor satisfação ou até insatisfação.
As características do trabalho têm um impacto significativo na tensão mental, independentemente das características individuais.
Este modelo contradiz os princípios de Frederick Taylor, que enfatizam o controlo da gestão sobre as decisões relacionadas ao trabalho. De acordo com o modelo, aumentar a liberdade de decisão dos trabalhadores pode reduzir a tensão mental, sem necessariamente diminuir as exigências do trabalho e, portanto, sem afetar os níveis de produção.