Hemorragias da segunda metade da gestação Flashcards
(30 cards)
quando ocorrem as hemorragias da segunda metade da gestação?
após a 22 semana.
mortalidade elevada principalmente fetal.
principais causas de hemorragias da segunda metade da gestação
- descolamento prematuro da placenta
- placenta prévia
- ruptura uterina
- rotura de vasa prévia
- Ca de colo uterino
descolamento prematuro da placenta
separação da placenta, normalmente inserida no corpo do útero de forma parcial ou completa, acarretando sangramento uterino.
quando a placenta descola forma um hematoma entre placenta e útero.
fatores de risco para dpp
- Idade materna
- P-E; HAS(mais comum)
- DM pré-gestacional - por hiper distenção do útero.
- Anemia
- Indução de parto - taquissistolia leva a isquemia e descolamento placentáio
- Natimorto anterior
- Malformação uterina - ex. útero septado - inóspito para nidação
- Rotura prematura das membranas - útero diminui de volume abruptamente - diminui a superfície de absorção da placenta - causa o descolamento
- Infecções
- Oligoâmnio e polidrâmnio
- Gestações múltiplas
- Uso de cocaína - vasoconstrição na arteriola uterina - causa descolamento de placenta.
- Cesária anterior
- Trauma
- Amniocentese
como ocorre o descolamento precoce da placenta?
Hipertonia uterina - leva a compressão vascular → queda do fluxo venoso → aumento da pressão venosa intra-uterina (represamento) → ruptura das vênulas da decídua - descolamento
Consequências do descolamento prematuro da placenta
- Apoplexia uterina - queda da contratilidade uterina por infiltração e necrose do m. miometrial (útero de Couvelaire - útero não contrai)
- Distúrbios da coagulação por hiperconsumo → liberação de tromboplastina na circulação → hipercoagulabilidade → CIVD → queda do fibrinogênio, protrombina, fator V e VII e plaquetas. - hipercoagulabilidade até que chega uma hora que consome tudo - causa as hemorragias.
- Síndrome de Sheehan - necrose hipofisária por baixo fluxo devido a perda de sangue. → insuficiência renal e necrose hipofisária.
Amenorreia e para de ovular
quadro clínico do descolamento prematuro da placenta
- dor súbita e intensa
- hipertonia uterina
- sangramento (nem sempre é visível, depende da implantação)
- se for fúndica (hematoma retro-placentário - aumento do volume uterino sem sangramento vaginal)
- alteração do BCF ou ausência e parada do movimentação fetal.
- alteração hemodinâmica - choque, hipotensão
Classificação do DPP
- GRAU I: assintomático ou apresenta sangramento genital discreto, sem hipertonia uterina significativa e com vitalidade fetal preservada.
- GRAU II: sangramento genital moderado, dor com hipertonia uterina
- GRAU III: óbito fetal e alterações acentuadas de hipotensão arterial materna e hipertonia uterina. dor forte.
- GRAU IV: CIVD
Conduta para DPP
- amniotomia precoce: queda do sangramento, coordena as contrações –> parto normal
- estabilização hemodinâmica
- feto vivo com mais de 26 semanas: parto imediato - cesariana ou parto vaginal se as condições maternas forem favoráveis
- cesariana se alterações hemodinâmicas ou fetais
- nos casos de feto morto aguardar parto vaginal por 4 horas. se for demorar mais - cesariana
Placenta prévia - defina
presença de tecido placentário inserido, total ou parcialmente no segmento inferior do útero, recobrindo total ou parcialmente o orifício interno do colo, situado ou não à frente da apresentação fetal, após 28 semanas.
relacione a multiparidade e a incidência de placenta prévia
cada parto no momento de descolamento a área onde a placenta estava inserida é formada uma cicatriz. no local dessa cicatriz placentária a próxima placenta não se insere nesse local. ou seja, quanto mais cicatrizes de placentas anteriores maior a chance da implantação baixa.
classificação atual da placenta prévia
Placenta prévia: placenta recobre total ou parcialmente o orifício interno do colo uterino (anteriormente centro-total ou centro-parcial)
Placenta de inserção baixa: a borda placentária se insere no segmento inferior do útero, não chega a atingir o orifício interno e se localiza em um raio de 2 cm de distância dessa estrutura anatômica (anteriormente denominada placenta prévia marginal)
quadro clínico da placenta prévia
- hemorragia intermitente, recorrente, vermelho vivo e indolor
- sem alterações aguda do BCF
- apresentação anômala
- anemia crônica materna
- RCIU
- Acretismo placentário (adesão anormal da placenta no útero)
- Ruptura prematura das membranas ovulares
Conduta para placenta prévia
Internação/repouso/abstinência sexual
Correção de distúrbios sanguíneos, se necessário
Exame especular - avaliar se tem dilatação, como é o sangramento, se a placenta está “saindo”, se houve ruptura das membranas.
Amniotomia precoce → coíbe o sangramento, por compressão cefálica sobre a placenta, se dilatação e trabalho de parto
Toque: proscrito - somente em centro cirúrgico. não deve tocar pois não tem certeza que não é placenta prévia.
Parto: via obstétrica (PP lateral e marginal). - a medida que o colo esvaece ele “joga”a placenta para a lateral.
na placenta prévia centro-total é impossível parto vaginal.
defina acretismo placentário
É a adesão anormal da placenta além do endométrio, devido a remodelação de um miométrio por nichos uterinos de decídua basal defeituosa e adelgaçamento da espessura miometrial residual (cesariana/cicatrizes/multiparidade)
placenta acreta
quando aderida ao miométrio, sem invadir
placenta increta
quando invade o miométrio
placenta percreta
quando invade o peritônio
fatores de risco para acretismo placentário
- Placenta prévia anterior ou de inserção baixa
- Multiparidade
- Reprodução assistida (FIV)
- Curetagem
- Miomectomias
- Embolização de miomas
sinais de acretismo placentário
retenção placentária maior de 30 min.
Conduta do acretismo placentário
coibir o sangramento, estabilizar clinicamente e histerectomia
Defina ruptura uterina
rompimento do miométrio durante a gravidez ou TP. quadro clínico é grave e alto índice de morte materna.
- 13% de morte materna.
Fatores predisponentes para ruptura uterina
- Cirurgias prévias - Múltiplas cesáreas e miomectomias
- Macrossomia fetal/polidrâmnio (diabetes gestacional*)
- Gemelaridade e multiparidade
- Trabalho de parto prolongado
- Uso de ocitocina inadvertidamente, durante a indução de parto - taqui/hipersistolia
- Malformação uterina: útero bicorno, mioma
- Trauma - muito raro.
Sinal de Bandl
distensão do segmento inferior do útero, formando uma depressão infra-umbilical.
iminência de ruptura uterina