Hidratação Venosa Flashcards
(21 cards)
com a desidratação vai haver
- alterações do estado geral
- aumento da sede, diminuição da diurese e prostração
- aumento da FC e da FR
- diminuição da PA e do pulso
- alterações em pele, fontanela, olhos e mucosas
magnitude diarreia
pelo n° de evacuações:
- leve (até 5x ao dia)
- moderada (>5 a 10x ao dia)
- intensa (>10x ao dia)
pela perda de peso:
- 1° grau (leve): 5% do peso
- 2° grau (moderada): 5 a 10% do peso
- 3° grau (grave): mais de 10% do peso
na diarreia grave a perda de água é de 100-120 ml/kg
classificação da desidratação
pode ser classificada de acordo com a concentração de Na sérico.
- isonatrêmica: Na normal
- hipernatrêmica: Na > 150 mEq/L
- hiponatrêmica: Na < 130 mEq/L
desidratação isotônica
é a forma mais comum, a etiologia principal é a diarreia e vômitos.
- há perda proporcionais de água e eletrólitos. o sódio plasmático se mantém entre 130-150 mEq/L, a osmolaridade plasmática entre 280 e 310mOsm/L, mas há redução do LEC, sem modificar a pressão osmótica, não há alteração do LIC.
quadro clínico desidratação isotônica
- alterações do estado geral
- inquietude
- ansiedade
- prostração
- palidez
- colapso circulatório (extremidades frias e cianóticas; pulso rápido e cianótico; diminuição da área cardíaca)
- oligúria ou anúria
- sede intensa
- perda de peso
- depressão da fontanela
- olhos encovados
- mucosas secas
- diminuição da elasticidade cutânea, do turgor e do tônus muscular
desidratação hipotônica
maior perda de sódio que de água, com isso, há hiponatremia, com nível de sódio menor que 135mEq/L, a osmolaridade plasmática se encontra abaixo de 280mOsm/L, de modo que o líquido extracelular se apresenta diluído. essa é a forma mais grave, com a diminuição de sódio no LEC, há entrada de água para o espaço intracelular, o que diminui a osmolaridade do LEC, pode haver edema celular.
diarreias que causam desidratação hipotônica
geralmente ocorre em:
- desnutridos
- tubulopatias
- fibrose cística
- outras doenças diarreicas agudas com perda de Na (cólera)
quadro clínico desidratação hipotônica
- edema de células do SNC: sonolência, letargia, agitação, convulsão, coma
- espoliação do líquido vascular: choque, oligúria, anúria
- espoliação do líquido intersticial: turgor pastoso (sinal de prega)
- ausência de sede, mucosas úmidas com presença de sinais neurológicos. células sensoriais tão túrgidas que não respondem estimulando a sede.
desidratação hipertônica
a perda de água é maior do que a de eletrólitos, o que resulta em hipernatremia, com nível de sódio maior que 150mEq/L e osmolaridade plasmática maior que 310mOsm/L.
- maior concentração de sair no LEC, saída de água do LIC e desidratação intracelular.
principais causas desidratação hipertônica
- reposição com soluções hipertônicas
- diabetes
- diuréticos osmóticos
- ingestão aumentada de Na
- oferta exagerada de Na
- pouca ingesta de água (especialmente neuropatas)
quadro clínico desidratação hipertônica
- febre alta
- sede intensa
- irritabilidade, meningismo, convulsões, coma
manejo da desidratação isotônica
é feito de acordo com o plano C do MS. a reidratação endovenosa é indicada quando há desidratação grave, distúrbios hidroeletrolítico e ácido-básico e falha da TRO.
- calcular índice de retenção (avalia a recuperação do paciente pelo peso, para determinar o sucesso da terapêutica).
índice de retenção
P atual - P inicial (em gramas) x 100/volume ingerido (mL).
- acima de 20% determinam bom prognóstico, mantem TRO, com hidratação boa após 6h, devendo entrar na fase de manutenção depois disso.
- menor que 20%, indica que TRO não é suficiente, deve-se realizar gavagem e se o paciente estiver clinicamente hidratado, entrar na fase de manutenção; caso contrário ir p EV.
- avaliar paciente com 2, 4 e 6 horas
etapas hidratação EV
- expansão: tira a criança do estado de desidratação
- manutenção: garante H2O, glicose, Na
- reposição: evitar nova desidratação repondo perdas
as 2 últimas são realizadas sempre juntas e podem seguir o esquema clássico ou o simplificado pelo MS.
fase de expansão
- volume: 5% do peso em ml
- 1/2 SG5% e 1/2 SF a 0,9% ou Ringer Lactato.
EV em 1 a 2h a depender da gravidade da desidratação, se não hidratar (micção clara) faz EV em 4h. - o total é 100ml/kg, a 1ª hora é 30 ml/kg e as próximas 5h é 70ml/kg em menores de 1 ano; a partir de 1 ano a 1ª etapa é em 30 minutos e dps em 2h30min.
vantagens e desvantagens SF e ringer lactato
- não oferece glicose; mas previne desnutrição devido as calorias e tem maior vigilância
- risco de hiperpotassemia antes de se estabelecer boa diurese; maior atenção a FC e RC.
situações especiais em que volume e velocidade do soro de expansão diferem
- choque hemodinâmico: 20ml/kg de SF em 20 minutos ou aberto
- cardiopata e desnutrido grave: 20 ml/kg em 1h
- hipernatremia: 20ml/kg em 1h
fase de manutenção
gasto energético em kcal/24h de acordo com o peso do paciente:
- 0 a 10kg: 100kcal p cada 1kg
- 10 a 20kg: 1000kcal + 50 kcal p cada kg que passe de 10
- 20 a 45kg: 1500kcal + 20kcal para cada kg que passe dos 20
concentração padrão de glicose, sódio e potássio
para cada 100 kcal deve haver:
- 100 ml de volume
- 8g de glicose
- 3 meq de Na
- 2,5 meq de K
fase de reposição
- perda leve a moderada (perda de até 10% do peso ou até 10 evacuações por dia) - 50 ml/kg/24h (1/2 a 1/2: SG5% e SF0,9%)
- perda grave (perda de mais de 10% do peso ou mais de 10 evacuações ao dia) - 100 ml/kg/24h (½ SF0,9% e ½ SG5%)
- acrescentar: 1 ml/kg de KCl 19,1%
fase de expansão esquema MS
- para menores de 5 anos, é
realizada somente com SF0,9% a
uma velocidade de 20ml/kg/30min. - para RN e cardiopatas graves,
deve-se começar com 10ml/kg/30min para evitar
hipervolemia e repercussões significativas - para maiores de 5 anos, faz-se SF0,9% à velocidade de 30ml/kg/30min e, em seguida, Ringer Lactato ou Solução Polieletrolítica à 70ml/kg/2h30min