PACs Flashcards

(48 cards)

1
Q

pneumonia

A

doença do trato respiratório inferior geralmente causado por um agente infeccioso, resultando em inflamação de um ou ambos pulmões, representa uma resposta do hospedeiro ao agente agressor.

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2
Q

PAC

A

refere-se à pneumonia que ocorre em crianças não hospitalizadas no último mês, portanto não colonizadas por germes hospitalares e, sim, provenientes do meio domiciliar, escolar ou comunitário.

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3
Q

epidemiologia

A

é a principal causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento.
- 2ª causa de óbito nos menos de 5 anos no brasil.

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4
Q

fatores de risco do hospedeiro

A
  • faixa etária
  • estado nutricional
  • estado imunitário
  • baixo peso ao nascer
  • desmame precoce
  • viroses pregressas
  • malformações anatômicas
  • patologias de base
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5
Q

fatores de risco ambientais

A
  • poluição atmosférica
  • poluição intradomicilar (cigarro, bolor)
  • aglomerações (creches, escolas)
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6
Q

fatores de risco socioeconômicos

A
  • habitação
  • saneamento
  • vacinação
  • renda familiar
  • grau de instrução dos pais
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7
Q

fisiopatologia

A

vai comprometer a proteção respiratória natural.
- a infecção ocorre quando um ou mais dos mecanismos do nariz, faringe, traqueia e pulmão, estão alterados ou são suplantados pela virulência do agente infeccioso, ex - infecção viral prévia.

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8
Q

etiologia pneumonia viral

A
  • vírus sincicial respiratório
  • influenza A e B
  • parainfluenza
  • adenovírus
    vírus emergentes: metapneumovírus e bocavírus
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9
Q

etiologia pneumonia bacteriana

A
  • streptococcus pneumoniae
  • haemophilus influenzae
  • staphylococcus aureus
  • mycobacterium tuberculosis
  • mycoplasma pneumoniae
  • chlamydia trachomatis / pneumoniae
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10
Q

etiologia pneumonia hospitalar

A
  • S. aureus (hiper resistentes)
  • bacilos gram negativos
  • fungos
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11
Q

manifestação clínica geral

A

precedida por um quadro de infecção viral alta.
- febre
- calafrios
- cefaleia
- irritabilidade
- letargia
- queixas gastrointestinais

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12
Q

manifestações da pneumonia bacteriana

A
  • tosse produtiva
  • febre alta
  • dor abdominal ou torácica
  • prostração
  • hiporexia
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13
Q

manifestações da pneumonia viral

A
  • febre baixa
  • início insidioso
  • rinorreia serosa
  • rouquidão
  • sibilos
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14
Q

pneumonia atípica afebril do lactente

A

ocorre e menores de 3 meses, tem instalação insidioso. coriza ou obstrução nasal, seguido por tosse insistente, com paroxismos de aspecto coqueluchoide, taquipneia leve ou moderada e preservação do estado geral.

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15
Q

taquipneia fora do período febril

A
  • < 2 meses: FR > 60 irpm
  • 2 - 12 meses: FR > 50 irpm
  • 1 - 5 anos: FR > 40 irpm
  • > = 5 anos: FR > 20 irpm
    FR é o sinal isolado de maior sensibilidade.
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16
Q

desconforto respiratório pode ser apresentado por

A
  • tiragens
  • batimento de asa de nariz
  • retração de fúrcula
  • uso de musculatura acessória
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17
Q

diagnóstico diferencial

A
  • doenças de vias aéreas superiores e inferiores, além das doenças infecciosas não respiratórias
  • asma, IVAS, pneumopatias crônicas (displasia bronco pulmonar, mucoviscidose, atelectasia e corpo estranho)
    todo quadro de tosse e febre é suspeito de pneumonia até que se exclua o diagnóstico!!!
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18
Q

manifestações pleurais da pneumonia bacteriana

A
  • dor torácica
  • limitação dos movimentos respiratórios
  • respiração entrecortada
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19
Q

manifestações extrapulmonares da pneumonia bacteriana

A
  • abscesso de pele e outros tecidos
  • otite média
  • sinusite
  • conjuntivite
  • epiglotite
  • meningite
  • rinofaringite
  • exantema petequial e artrite.
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20
Q

hemograma

A

vai diferenciar o agente etiológico.
- bacteriana: leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda
- viral: leucocitose discreta, linfocitose relativa e absoluta, além de atipia linfocitária
- anemia e plaquetopenia (bacterianas / sepses)

21
Q

VHS, PCR, procalcitonina (PCT)

A

aumentados.
- PCT aumentado onde há identificação viral, podem sugerir coinfecção bacteriana e risco de sepse

22
Q

hemocultura

A

não é indicada em pneumonia simples, pode ser feita nos casos que requer internação (positivo em 10 a 35%)

23
Q

pesquisa viral

A

mais importante quando tem surto de algum vírus. testes para influenza e outros vírus.

24
Q

métodos imunológicos

A

identificação dos agentes etiológicos.
- PCR
- aglutinação pelo látex
- contraimunoeletroforese
- Dot - ELISA

25
diagnóstico radiológico
confirma diagnóstico, avalia extensão e identifica complicações (derrame pleural, atelectasia, pneumotórax) - raio x deve ser solicitado em todo paciente com hipoxemia, dispneia, falha do tratamento inicial e com necessidade de internação. eles só devem ser interpretados junto com a história clínica do paciente.
26
o que um rx de pneumonia por bactéria pode apresentar
- broncograma aéreo - abscessos - pneumatoceles - espessamento pleural - derrames pleurais - atelectasias - pneumotórax
27
o que um rx de pneumonia por vírus pode apresentar
- espessamentos brônquicos e peribrônquicos - infiltrados intersticiais - adenopatia hilar - hiperinsuflação - atelectasia
28
broncopneumonia no rx
o foco infeccioso e a resposta inflamatória estão localizados nos brônquios e no pulmão circundante
29
pneumonia viral no rx
- hiper insuflação - infiltrado peribrônquico intersticial perimedular e simétrico, compatível com infecção viral - hipertrofia dos gânglios na região para hilar
30
USG de tórax
método recomendado para estimar a quantidade de líquido pleural, ou seja, a dimensão do derrame pleural
31
TC de tórax
avaliar as alterações de parênquima pulmonar não visíveis na radiografia simples nas pneumonias complicadas.
32
terapêutica ambulatorial serve para
- cuidados gerais - posologia correta do antibiótico - antitérmicos - alimentação - observar sinais de piora
33
ambulatório - fármaco escolhido
amoxicilina 90mg/kg/dia dividido em duas doses - afebril / melhora após 72h - 5 a 10 dias, 3 a 5 dias após resolução dos sintoma
34
se usar amoxicilina e continuar febril ou piorar após 72h
- reavaliação clínica e Rx de tórax - derrame pleural / pneumatoceles / abcesso - internação - rx de tórax - sem complicação - < 2 anos - amoxicilina + clavulanato; cefalosporina 2ª geração; eventualmente azitromicina ou claritromicina - > 2 anos - azitromicina ou claritromicina; eventualmente amoxicilina + clavulanato ou cefalosporina 2ª geração. se persistir febre após 72h ou aparecer complicações - internação
35
pacientes alérgicos a penicilina
- cefuroxima 30mg/kg/dia 12/12h
36
lactentes <2 anos, sibilância associada, infiltrados heterogêneos sem opacidades lobares
suspeita de vírus respiratório - observação SEM antibioticoterapia - medidas gerais e suportivas, OSELTAMIVIR, se influenza - tamiflu
37
pneumonia afebril (suspeita de Mycoplasma ou Chlamydea pneumoniae)
tosse coqueluchoide - azitromicina ou claritromicina
38
indicações de internação pelo quadro clínico
- menor q 3 anos - menos q 2 anos com IRA (hipoxemia, apneia intermitente, gemido) - comprometimento do estado geral - toxemia ou desidratação
38
indicação de internação por doenças prévias
- imunodeficiência primária ou secundária - fibrose cística - cardiopatia
39
indicações de internação devido tratamento
- impossibilidade de ingerir medicação (vômitos) - falha de resposta à terapêutica ambulatorial
40
tratamento de suporte em pacientes internados
- O2 inalatório se: tiragem subcostal grave; taquipneia; gemência; cianose central; incapacidade de deglutição pela dificuldade respiratória; satO2 < 92% - hidratação venosa no menor volume possível - cabeceira elevada - controle de temperatura, SatO2 e FR
41
critérios para internação em UTI
- IRA com necessidade de suporte ventilatório (cateter nasal de alto fluxo, VNI e ventilação mecânica) - SpO2 < 92% com fração inspirada de oxigênio > 60% em máscara simples ou reinalante - instabilidade hemodinâmica (PA inadequada, hipotensão arterial, necessidade de drogas vasoativas) - apneia recorrente ou respiração irregular - evidência clínica de grave falência respiratória e exaustão
42
terapêutica hospitalar
penicilina cristalina 200.000 UT/kg/dia 6/6h ou ampicilina 200mg/kg/dia 6/6h - afebril / melhora após 72h - completar 7 a 10 dias
43
se fizer uso de penicilina e continuar febril ou ter piora após 72h (com complicações)
- reavalição clínica e Rx de tórax - se houver complicações - abordagem específica - vancomicina 10mg/kg a cada 6h e/ou ceftriaxona 100mg/kg/dia IV 24/24h
44
se fizer uso de penicilina e continuar febril ou ter piora após 72h (sem complicações)
- ceftriaxona 100mg/kg/dia, ponderar associação com macrolídeo nos maiores de 2 anos ou quando sugestivo de micoplasma pneumoniae - falha na terapêutica ambulatorial, necessidade de UTI ou presença de complicações - ceftriaxone 100mg/kg/dia - se persistir febre após 72h ou aparecer complicações vai p abordagem específica
45
menores de 2 meses terapêutica hospitalar
penicilina cristalina ou ampicilina associada a aminoglicosídeo ou cefalosporina de 3ª geração se houver sepse ou acometimento associado de SNC
46
complicações
derrame pleural é mais frequente, deve ser investigado quando há falha terapêutica após 48-72h de tratamento adequado. - toracocentese indicada quando coleção maior que 10mm no Rx de tórax em Laurell e enviar material p estudo - drenagem se empiema ou derrame pleural complicado
47
critérios de alta
- ausência de hipoxemia (SatO2) - ausência de toxemia - ausência de vômitos - boa aceitação VO - melhora da febre (afebril há 48h) - melhora do padrão respiratório (eupneica) - condições socioeconômicas adequadas