Imagem: abdome agudo Flashcards

(23 cards)

1
Q

Apendicite aguda: apresentação clínica

A

Crianças maiores de 5 anos: quadro clínico similar ao adulto, com dor periumbilical migratória para a FID, associado a náuseas, vômitos e febre
Crianças menores de 5 anos: apresentação atípica, com dor inespecífica que pode progredir rapidamente. Comum atrasos diagnósticos e altas taxas de apêndices complicados (perfuração)

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Q

Fisiopatologia da apendicite aguda

A
  1. Oclusão da luz do apêndice por um fecalito, por exemplo, na base do apêndice.
  2. O muco produzido pelo ap. começa a se acumular na alça
  3. Dilatação do apêndice > associado a queixa de dor
  4. Inflamação da alça
  5. A dilatação comprime as veias de drenagem da alça e provoca um bloqueio do retorno venoso, propiciando a isquemia (geralmente ocorre em quadros mais prolongados, com mais de 3d de queixa)
  6. A alça isquemiada se torna mais friável, propensa a perfurar
  7. Formação de abscesso
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3
Q

USG ou TC pra apendicite aguda?

A
  • USG é melhor na pediatria (não utiliza radiação, fácil acesso, beira-leito)
  • Na TC geralmente é mais difícil de ver por uma “aderência” das alças intestinais, mas quando o paciente tem sobrepeso o aumento da gordura abdominal afasta as alças e facilita a visualização.
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4
Q

Apendicite aguda: achados da USG

A
  1. Apêndice aperistáltico > muitas vezes o apêndice é confundido com o íleo, mas a alça obstruída não tem movimentos peristálticos, o íleo sim.
  2. Incompressível > ao apertar com o transdutor uma alça normal, ela irá colabar, mas o apêndice repleto de fluído não colaba (achado mais sensível)
  3. Dilatado (>7mm)
  4. Aumento da ecogenicidade nos planos adjacentes (gordura esbranquiçada pelo processo inflamatório)
  5. Líquido periapendicular (transudato pelo processo inflamatório, nem sempre é sinal de ruptura, mas indica inflamação prolongada)
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5
Q

Apendicite aguda: achados da USG em relação ao fator obstrutivo

A
  • Fator obstrutivo pode ser visível ou não.
  • Quando visível e ecogênico (como uma calcificação), pode gerar uma sombra acústica posterior, que simula uma descontinuidade da parede do apêndice
  • Se essa descontinuidade estiver presente sem um fator obstrutivo visível, é indicativo de uma perfuração da alça
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6
Q

Apendicite aguda: sinal do alvo na USG

A

Presente no corte sagital, ocorre pela laminação das paredes do apêndice inflamado, mostrando múltiplas camadas
O sinal do alvo significa INFLAMAÇÃO de uma alça intestinal, não é patognomônico de apendicite, mas é um sinal clássico.

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7
Q

Apendicite aguda: achados na TC

A
  1. Apendice dilatado (>8 ou 9mm) > pra mulheres é mais sensível 1 cm pra cima.
  2. Paredes espessadas
  3. Realce parietal (geralmente não precisa de contraste)
  4. Densificação dos planos gordurosos adjacentes por processo inflamatório local (dá pra comparar)
  5. Líquido periapendicular
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8
Q

Diagnóstico diferencial de apendicite aguda

A

Adenite mesentérica
- Linfonodos mesentéricos dilatados
- Espessamento da parede ileocecal
- Checar apêndice > estaria normal

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9
Q

Intussuscepção intestinal: quadro clínico, sintomas, faixa etária

A
  • Causa mais comum de obstrução intestinal em lactentes entre 5-9 meses. Mais comum abaixo de 2 anos.
  • Geralmente tem pródromo de infecção viral (IVAS, IVAI, GECA)
  • Ocorre a invaginação de uma porção proximal do intestino dentro de um segmento mais distal
  • Mais comum na pediatria é íleo-cólica
  • Tríade clássica de dor abdominal + fezes gelatinosas + hematoquezia tá presente em menos de 50% das crianças
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10
Q

Intussuscepção intestinal: achados do RX simples (sem contraste)

A
  • Sinal do alvo: visualização de duas alças intestinais sobrepostas, nem sempre é visível pois depende da localização da alça, se ela estiver longitudinalmente dificulta visualização. Geralmente o ponto de dor é compatível com a localização do sinal.
  • Sinal do menisco: gás da alça intestinal não consegue desenhar ela toda, fazendo um delineamento em meia lua no local da intussuscepção.
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11
Q

Intussuscepção intestinal: achados no RX contrastado (valor diagnóstico)

A

Enema opaco: contraste com bário é injetado via retal e faz o caminho contrário do trânsito intestinal.
O RX mostra contraste realçado em encontro com a intussuscepção formando o sinal do menisco, indicando local da obstrução.

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12
Q

Intussuscepção intestinal: RX contrastado (valor terapêutico)

A
  • O aumento da injeção de contraste faz com que o líquido pressione a alça que está dentro da outra. A pressão pode gerar uma redução da intussuscepção, resolvendo o problema. Sabe-se que funcionou quando o RX tem a alça intestinal toda realçada.
  • Apenas realizado se o quadro tiver no máximo 36h de evolução > a partir desse tempo já há risco da alça estar isquemiada, o que favorece ela de romper com a pressão do contraste.
  • A perfuração pelo contraste baritado pode causar uma peritonite química, piorando o quadro do paciente.
  • Depois de 36h é recomendado intervenção cirúrgica
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13
Q

Intussuscepção intestinal: achados na USG

A
  • Sinal do alvo: mostra uma alça dentro de outra alça
  • USG começa no sentido transversal, do lado esquerdo
  • O corte longitudinal mostra dois lúmens intestinais, uma alça maior e outra menor com um lúmen no meio
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14
Q

Intussuscepção intestinal: enema salino guiado por USG

A

! Método terapêutico de escolha
- Soro fisiológico é injetado via retal e faz caminho inverso do trânsito, a USG guia o local da obstrução e observa a intussuscepção enquanto mais soro é injetado para pressionar a obstrução

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15
Q

Vantagens e desvantagens do enema opaco para redução da intussuscepção intestinal

A

Vantagens:
- Experiência máxima com o método
- Bons resultados com método otimizado
- Boa avaliação de intussuscepção residual ileoileal
- Baixa taxa de perfuração (0,39%-0,7%)
Desvantagens:
- A exposição aos raios X é necessaria, limitando o tempo do procedimento
- Perfuração causa peritonite química
- Visualização apenas do conteúdo intraluminal

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16
Q

Vantagens e desvantagens do enema salino para redução da intussuscepção intestinal

A

Vantagens:
- Sem exposição ao raio-x, logo não tem tempo limitado
- Resultados excelentes (76-95,5% dos casos)
- Visualização de todos os componentes da intussuscepção
- Reconhecimento mais fácil de pontos principais e intussuscepções residuais
- Baixa taxa de perfuração (0,26%)
Desvantagens:
- É necessário um ultrassonografista

17
Q

Estenose hipertrófica de piloro: quadro clínico, faixa etária, método diagnóstico

A
  • Espessamento muscular idiopático no piloro
  • Obstrução progressiva, mais comum no sexo masculino, ocorre entre 1 semana e 3 meses de vida
  • Quadro: vômitos não biliosos em jato, palpável uma “oliva” na projeção pilórica
  • Diagnóstico por USG
18
Q

Estenose hipertrófica de piloro: achados da USG

A
  • Camada muscular com mais de 3mm no corte transversal
  • Corte longitudinal: diâmetro longitudinal maior que 15mm + parede espessada
  • Esvaziamento gástrico retardado
  • Ondas peristálticas vigorosas e peristalse reversa
  • Piloro persistentemente fechado
19
Q

Escroto agudo pediátrico e relação com diagnóstico por imagem

A
  • Quadro clínico de dor escrotal de início súbito, vermelhidão e inchaço com duas possibilidades: orquiepididimite aguda ou torção testicular
  • Diferenciação por USG
  • Acometimento testicular geralmente unilateral, começa exame pelo lado assintomático para fins comparativos
20
Q

Orquiepididimite aguda: faixa etária, quadro, pródromo

A
  • Picos de prevalência: menor que 2 anos e maior que 6 anos
  • Cabeça do epididimo é mais acometida
  • Associam-se com hidrocele reativa e espessamento da bolsa escrotal
  • Pródromo de infecção de bexiga ou próstata > infecção migra para vasos deferentes, linfáticos do cordão espermático, epidídimo, testículos.
21
Q

Orquiepididimite aguda: achados na USG

A
  • Aumento do tamanho do órgão
  • Ecogenicidade diminuída, normal ou aumentada (depende do tempo de evolução)
  • Inflamação: aumento do fluxo vascular ao Doppler no epididimo, testículo ou ambos.
22
Q

Torção testicular: quadro

A
  • Múltiplas causas, cordão espermático torcido impede fluxo venoso, e logo depois obstrui fluxo arterial
  • Extensão da isquemia depende do tempo de evolução e grau de torção
  • Melhor resposta cirúrgica se realizada em 4-6h
23
Q

Torção testicular: achados na USG

A
  • Fases iniciais de torção: ecogenicidade normal. Progressão > aumento do testículo afetado e ecogenicidade aumentada ou heterogênea são achados comuns
  • Avaliar cordão espermático para localizar ponto de torção > alto valor diagnóstico
  • Em torções iniciais pode haver fluxo arterial (o venoso obstrui primeiro pela veia ser menos rígida que a artéria, que tem a muscular mais proeminente) > o doppler pode ter fluxo, isso não exclui torção
  • Diagnóstico definitivo de torção completa é feito quando fluxo sang. é visualizado no lado normal e ausente no lado alterado