Imagem: sistema urinário pediátrico Flashcards

(21 cards)

1
Q

ITU: objetivos da imagem

A
  • Problema mais comum do sist. urinário em crianças > febre sem sinais localizatórios e sem sintoma resp. > pensar em ITU
  • Objetivo geral da imagem (não envolve dar o diagnóstico): reduzir a chance de dano renal e insuficiência renal crônica
  • Objetivos:
    + Identificar anomalias congênitas subjacentes
    + Identificar refluxo vesicoureteral (RVU)
    + Identificar dano cortical renal (cicatrizes - área fica hipofuncional)
    + Fornecer linha de base do tamanho renal para documentar crescimento posterior
    + Estabelecer fatores prognósticos
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2
Q

Modalidades de imagem para avaliar ITU e anomalias

A

Ultrassonografia (USG)
Uretrocistografia miccional (UCM): contraste injetado na uretra e avalia percurso com RX. Utilizado para pesquisar principalmente RVU e outras doenças se USG normal.
Urografia excretora: contraste injetado na veia, filtrado pelo rim, realçando pelve renal e caminho até a bexiga. Mais utilizado para avaliar duplicidade pieloureteral, JUP

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3
Q

Quando fazer imagem em crianças com ITU?

A

Meninos: após 1a infecção.
*Em menores de 1 ano de idade é quase certeza de anomalia congênita.
Meninas: após 2a infecção. Anatomia de menor tamanho da uretra e proximidade com região anal favorece infecção.
*Mais possível anomalia congênita se menor de 1 ano com repetição.

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4
Q

Duplicidade pieloureteral: quadro geral, regra de Weigert-Meyer

A
  • Presença de dois sistemas coletores separados em um único rim
  • Anomalia mais comum
  • Pode ser parcial (geralmente assintomático, ureteres se unem antes da inserção da bexiga), ou completa (inserem-se na bexiga separadamente, sintomático)
    Regra de Weigert-Meyer
  • Ureter que sai do polo superior do rim se insere na bexiga medial e inferior a outra inserção. Ureter do polo inferior do rim se insere na bexiga lateralmente, superior a outra inserção.
    Ureter que sai do polo superior > obstrutivo (parede da bexiga não tá preparada anatomicamente pra receber urina) > acúmulo de urina dilata e gera HIDRONEFROSE, URETOCELE
    Ureter que sai do polo inferior > refluxo (angulo de inserção ruim, esfincter defeituoso) > PIELONEFRITE
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5
Q

Duplicação completa aumenta a chance de:

A

ITU
RVU para unidade inferior
Cicatrizes parenquimatosas
Obstrução

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6
Q

Duplicidade pieloureteral: achados da USG

A

Começa a pesquisa por USG
Corte longitudinal
- Duas medulas renais, com uma faixa delimitando ambas
Corte transversal
- Sem distinção clara das medulas

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7
Q

Duplicidade pieloureteral: urografia excretora

A

Achado de realce de duas pelves renais, com dois ureteres saindo e se inserindo em locais diferentes no caso de duplicidade completa.
IMPORTANTE: muitas vezes é necessário girar o paciente para visualizar a duplicidade, pois pode haver sobreposição dos ureteres
CUIDADO!!!!!!!! > Quando tiver exame de RX com urografia excretora (contraste por cima) não é RX simples, tem que explicar que é uma urografia excretora com RX
Pode ser feita também uma tomo com contraste

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8
Q

Refluxo vesicoureteral (RVU): quadro

A
  • Encurtamento ou anormalidade no ângulo de inserção do ureter na bexiga (RVU primário - maioria dos pacientes)
  • Muito associado a pielonefrite aguda
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9
Q

Refluxo vesicoureteral - GRAUS

A

I: RVU não atinge sistema pielocalicinal
II: Atinge o sistema pielocalicinal, mas não dilata
III: Pequena a moderada dilatação pielocaliciana
IV: Dilatação pielocaliciana com tortuosidade ureteral
V: Acentuada dilatação e tortuosidade ureteral, com abaulamento dos cálices

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10
Q

RVU: aspectos importantes sobre o diagnóstico por imagem

A
  • Dilatação intermitente da pelve e/ou ureter durante USG sugere RVU
  • USG normal não exclui RVU, precisa realizar UCM
  • UCM não é indicada em crianças com 4-5 anos com sinais de ITU baixa e USG normal
  • USG é menos sensível no estudo da pielonefrie aguda e cicatriz renal que a cintilografia (DMSA)
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11
Q

RVU: exame padrão ouro

A
  • Uretrocistografia miccional (UCM): tem que especificar o lado doente.
  • Se pintar ureter/pelve > positivo para RVU já que o contraste injetado na uretra passou pelo esfíncter da bexiga e subiu
  • Idealmente, na última fase do exame a criança urina, se houver remanescente de contraste na bexiga é indicativo de um foco infeccioso (não há esvaziamento completo da bexiga)
  • Se a bexiga aparenta estar com parede lobulada ao injetar o contraste e o ureter/pelve estão pintados, é indicativo que o refluxo é tanto que o contraste já sobe direto, sem permitir o enchimento da bexiga com ele
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12
Q

Válvula de uretra posterior: quadro e exame de escolha

A
  • Causa mais frequente de obstrução ureteral no lactente, criança e adolescente do sexo masculino
  • USG pré-natal é atualmente o método de detecção de VUP
  • UCM > MELHOR MÉTODO DIAGNÓSTICO DE ESCOLHA
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13
Q

Válvula de uretra posterior: achados da UCM

A
  • Melhor fase pra avaliar é a miccional, só consegue dar o diagnóstico nessa fase
  • Uretra prostática dilatada por acúmulo de urina > presença de “membrana” entre uretra prostática e posterior que impede a passagem da urina na hora da miccção
    ! Obs: tratamento cirúrgico, retira a válvula
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14
Q

Estenose da Junção Pielocalicinal ou Ureteropiélica (JUP): quadro clínico

A
  • Obstrução congênita mais comum no trato urinário
  • Causada por estreitamento congênito, compressão por vaso anomalo ou por bandas fibróticas que cruzam a junção ureteropiélica
  • Mais frequente em homens e do lado esquerdo
  • Mais frequentemente associada ao RVU
  • Ureter de calibre normal
  • Queixa de dor, prob. de insuficiencia renal
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15
Q

Estenose de JUP: exame de escolha e achados

A

Começa pelo USG!!! Mas exame de escolha melhor é urografia excretora
Achados: mudança abrupta de calibre do sistema pielocalicinal ao nível da junção ureteropiélica (ureter fino em comparação com a pelve)

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16
Q

Pielonefrite aguda: quadro

A
  • Infecção do parênquima renal de difícil distinção de ITU baixa (cistite)
  • Associado a RVU em 1/3 dos casos
  • Cicatriz permanente: complicação mais provável em crianças > 2 anos
  • Apresentação variável: febre, letargia, irritabilidade, vômitos, dor abdominal ou em flanco, hematúria ou disúria
  • Exame de urina positivo com febre > indicativo de pielonefrite, não faz giordano em criança
17
Q

Pielonefrite aguda: achados da USG

A
  • Doppler pode ter área com diminuição de fluxo > inespecífico, mas pode indicar pielonefrite
  • USG geralmente é utilizado pra pesquisar complicações associadas e pode estar com área de mais ecogenicidade
18
Q

Pielonefrite aguda: achados da cintilografia

A

1ª escolha!
- DMSA é o radionuclídeo utilizado que tem afinidade pelo parênquima renal
- Área de menor realce indica pielonefrite, mas também pode ser uma cicatriz
- Ruim pq não dá pra saber se é agudo ou cicatriz antiga

19
Q

Pielonefrite aguda: achados na TC

A
  • Melhor pra quadro agudo: tomo com TC
  • Nefrograma estriado: patognomônico de pielonefrite aguda > alteração focal com área não contrastada na TC
20
Q

Doença Renal Policística Infantil: quadro

A
  • Distúrbio hereditário autossomico recessivo
  • USG > rins ecogenicos aumentados com múltiplos pequenos cistos
  • Diagnóstico muitas vezes pré-natal
  • Apresenta relação recíproca com comprometimento hepático > afeta período neonatal e infancia
21
Q

Rim Multicístico Displásico

A
  • Anormalidade não hereditária
  • Displasia renal, disgenesia renal ou rim multicistico
  • Forma mais frequente de disgenesia cística na infancia
  • 2a causa de massa abdominal unilateral > se bilateral é INCOMPATÍVEL com a vida
  • Cistos maiores na USG