LES Flashcards
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Qual é a principal utilidade clínica do exame FAN (Fator Antinuclear) na investigação de doenças autoimunes como o LES?
O FAN é utilizado como triagem inicial para detectar autoanticorpos nucleares, orientando a investigação de anticorpos específicos em doenças autoimunes, como o LES, de forma mais eficiente e custo-efetiva.
Por que o exame FAN não deve ser solicitado de forma indiscriminada na prática clínica?
Porque pode resultar em falsos positivos, já que baixos títulos de FAN positivo podem ser encontrados em indivíduos saudáveis, levando a diagnósticos incorretos e ansiedade desnecessária.
O que significa um título elevado no exame FAN-Hep2, e qual a sua relevância diagnóstica no LES?
Um título elevado indica maior concentração de autoanticorpos, sugerindo maior probabilidade de doença autoimune ativa, como o LES. Títulos mais altos (>1:160) são considerados mais significativos clinicamente.
Qual é a vantagem do método de imunofluorescência indireta (FAN-Hep2) sobre o ELISA na análise de autoanticorpos?
A imunofluorescência indireta permite identificar tanto a presença quanto o padrão de fluorescência e o título dos autoanticorpos, enquanto o ELISA geralmente fornece apenas um resultado positivo ou negativo, sem detalhamento.
Quais são os padrões de fluorescência mais comuns observados no FAN-Hep2 e sua possível associação com o LES?
Os padrões nuclear homogêneo e nuclear pontilhado fino são frequentemente observados. O homogêneo está associado ao anti-DNA e anti-histona (frequente no LES), enquanto o pontilhado fino pode ocorrer em várias doenças autoimunes, incluindo LES.
Como o resultado do FAN contribui para o direcionamento da investigação laboratorial em pacientes com suspeita de LES?
Reduz o número de autoanticorpos a serem pesquisados de milhões para alguns específicos, orientando exames confirmatórios como anti-DNA, anti-Sm e outros, com maior precisão e menor custo.
Qual a implicação clínica de um paciente com suspeita de LES que não preenche todos os critérios classificatórios no momento da avaliação inicial?
Mesmo sem pontuação diagnóstica suficiente, o LES não está excluído; o paciente deve ser monitorado longitudinalmente, pois os critérios podem se manifestar progressivamente ao longo do tempo.
Como se classificam as titulações do FAN-Hep2 e qual sua relevância clínica no diagnóstico de LES?
Titulações até 1:160 são consideradas baixas; a partir de 1:320 são altas. Titulações elevadas têm maior associação com doenças autoimunes como o LES, embora valores mais baixos não excluam o diagnóstico.
Por que pacientes com titulações elevadas de FAN-Hep2 geram maior preocupação clínica?
Porque altas titulações (≥1:320) estão mais frequentemente associadas à presença e atividade de doenças autoimunes, como o LES, indicando maior carga de autoanticorpos circulantes.
. Existe correlação comprovada entre a gravidade do LES e a titulação do FAN-Hep2?
Ainda não há consenso definitivo. Alguns estudos sugerem que titulações mais altas podem indicar formas mais graves, mas essa associação permanece controversa e não fundamenta alterações laboratoriais no protocolo de diluição.
Por que os laboratórios geralmente padronizam a titulação do FAN-Hep2 até 1:640?
Porque acima desse valor os custos se elevam sem ganho clínico significativo adicional, e a prática não é respaldada por evidências robustas que justifiquem diluições superiores rotineiras.
O que o padrão de fluorescência no FAN-Hep2 revela sobre os autoanticorpos detectados?
Indica a localização intracelular onde os autoanticorpos se ligam, o que ajuda a inferir quais autoanticorpos específicos estão presentes, direcionando o diagnóstico de doenças autoimunes.
Qual o significado do padrão nuclear homogêneo no exame FAN-Hep2 e sua implicação no LES?
É um dos padrões mais associados ao LES, refletindo a presença de autoanticorpos contra DNA nativo ou histonas, com fluorescência distribuída de forma uniforme no núcleo.
Como diferenciar os subtipos de padrão nuclear pontilhado no FAN-Hep2 e suas possíveis implicações clínicas?
Pontilhado grosso: pode estar associado a anticorpos anti-ScL-70 (esclerodermia).
Pontilhado fino denso: típico em LES e outras conectivopatias.
Pontilhado fino: pode ocorrer em LES e outras doenças autoimunes, mas também em indivíduos saudáveis.
Qual é a razão entre mulheres e homens afetados pelo LES na faixa etária reprodutiva e como isso muda nos extremos de idade?
Na idade reprodutiva, a razão é de aproximadamente 10:1 (mulheres:homens). Em crianças e idosos, a proporção reduz para cerca de 3:1.
Por que pacientes do sexo masculino e crianças com LES tendem a apresentar quadros mais graves?
Porque fogem do padrão epidemiológico típico da doença. Homens frequentemente apresentam manifestações mais agressivas, e crianças acumulam mais danos ao longo da vida devido à maior expectativa de anos convivendo com a doença.
Qual é o impacto do LES diagnosticado na infância em termos de morbidade a longo prazo?
O diagnóstico precoce, especialmente em torno dos 5-6 anos, aumenta a exposição a danos acumulados em órgãos e sistemas, levando a maior número de sequelas e morbidade ao longo da vida.
O LES afeta a fertilidade da mulher? Quais são os riscos associados à gestação?
O LES não reduz a fertilidade. No entanto, a gestação durante atividade da doença aumenta riscos maternos e fetais, incluindo abortamento, pré-eclâmpsia e outras complicações obstétricas.
Qual o momento ideal para engravidar em pacientes com LES e por quê?
O ideal é engravidar após pelo menos 6 meses de remissão da doença, com planejamento médico, para reduzir riscos e ajustar o tratamento, evitando medicações teratogênicas.
Qual é o evento inicial da fisiopatogenia do LES e qual sua consequência imunológica?
O evento inicial é a perda da autotolerância, levando à produção anormal de autoanticorpos que atacam antígenos próprios, formando imunocomplexos patogênicos.
Como os imunocomplexos contribuem para as manifestações clínicas do LES?
Eles se depositam em vasos de pequeno calibre, induzindo inflamação (vasculite), lesão tecidual e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.
Por que o LES pode acometer praticamente qualquer órgão ou sistema?
Porque todos os órgãos contêm microvasculatura, onde os imunocomplexos podem se depositar, tornando o LES uma doença sistêmica com apresentações muito variadas.
Quais são os tipos de manifestações clínicas mais comuns no LES e como podem se combinar?
As mais frequentes são articulares e cutâneas, podendo coexistir com manifestações renais, hematológicas, neurológicas, entre outras, variando conforme o padrão imunológico e a atividade da doença.
Qual a prevalência de manifestações cutâneas no LES e sua importância diagnóstica?
Manifestações cutâneas estão presentes em cerca de 70% dos pacientes no início da doença e até 90% durante sua evolução. Sua presença, especialmente rash malar, facilita o diagnóstico por ser uma característica típica do LES.