OSTEOPOROSE Flashcards
(173 cards)
Qual é o objetivo principal na abordagem da osteoporose e por que ele é prioritário?
Evitar fraturas por meio da prevenção e intervenção precoce, pois as fraturas osteoporóticas geram agravamentos significativos e indicam um estágio avançado de fragilidade óssea.
Como a estrutura óssea é composta e quais alterações ocorrem na osteoporose?
O osso longo é composto por uma parte cortical densa e periférica, e uma parte trabecular interna e esponjosa. Na osteoporose, há perda de densidade e estrutura trabecular, tornando os ossos mais frágeis.
Quais são as características radiológicas de um osso normal versus um osteoporótico?
O osso normal apresenta trabéculas espessas, densas e contínuas. O osso osteoporótico mostra trabéculas finas, descontínuas e com densidade reduzida, aumentando o risco de fraturas.
Como a progressão da perda óssea é visualizada nas imagens radiológicas?
Inicialmente, há leve redução da cortical e rarefação trabecular (osteopenia). Posteriormente, a cortical desaparece e o osso se torna predominantemente trabecular, com densidade muito baixa, caracterizando a osteoporose.
Qual é a relação entre densidade óssea e fraturas vertebrais na osteoporose?
Fraturas vertebrais podem causar aumento aparente da densidade na densitometria por concentração de massa em área reduzida, sendo esse um falso indicador de boa densidade e sinal de osteoporose avançada.
Por que a densitometria óssea isolada pode ser insuficiente para o diagnóstico da osteoporose?
Porque fraturas preexistentes, calos ósseos e fraturas por impactação podem aumentar artificialmente a densidade local, mascarando a fragilidade óssea real.
Qual recurso complementar à densitometria é ideal para avaliar fraturas vertebrais e qual sua limitação?
A função VFA (Vertebral Fracture Assessment) permite avaliação direta de fraturas vertebrais, mas nem sempre está disponível. Quando ausente, o raio-X de coluna deve ser utilizado.
Como a perda de altura corporal pode estar associada à osteoporose?
A perda de altura progressiva é um sinal clínico indicativo de fraturas vertebrais compressivas, comuns na osteoporose, devido ao colapso e achatamento das vértebras.
Qual é o impacto clínico das alterações trabeculares na osteoporose?
A perda de continuidade e espessura das trabéculas leva a um osso estruturalmente frágil, semelhante a uma “teia de aranha”, predispondo a fraturas mesmo com traumas leves.
Quais são os principais fatores epidemiológicos de risco para osteoporose?
Ser mulher, especialmente após a menopausa, e de etnia caucasiana são os principais fatores de risco. Mulheres brancas acima de 50 anos têm 40% de chance de apresentar fraturas por fragilidade, contra 13% dos homens.
O que caracteriza uma fratura por fragilidade na osteoporose?
É uma fratura que ocorre após trauma de baixo impacto, como queda da própria altura ou esforços mínimos, incompatíveis com fraturas em ossos saudáveis.
. Por que fraturas fora dos sítios clássicos ainda devem levantar suspeita de osteoporose?
Mesmo em ossos não tipicamente afetados, como o maléolo, fraturas após torções leves ou quedas simples indicam potencial comprometimento da qualidade óssea e merecem investigação.
Quais são os sítios mais comuns de fratura na osteoporose?
As vértebras (mais frequente), o colo do fêmur e a região distal do rádio. Fraturas nesses locais associadas a baixo impacto devem sempre suscitar avaliação para osteoporose.
Qual é o impacto clínico das fraturas de quadril em idosos com osteoporose?
Fraturas do colo do fêmur possuem alta morbimortalidade, levando à perda funcional, acamamento prolongado e risco elevado de óbito, especialmente em pacientes com múltiplas comorbidades.
Quais são as principais complicações associadas à fratura do fêmur em pacientes osteoporóticos?
Infecções, trombose venosa profunda (TVP) e embolia gordurosa são complicações comuns, especialmente em pacientes imobilizados ou com tratamento cirúrgico inviável.
Qual é o prognóstico de pacientes idosos que sofrem fratura de fêmur por osteoporose?
O risco de óbito pode chegar a 6 meses após a fratura, principalmente devido à perda de mobilidade e complicações sistêmicas decorrentes da imobilização.
Qual a prevalência estimada de fratura de colo do fêmur em indivíduos acima de 50 anos?
Aproximadamente 17% das mulheres e 6% dos homens acima de 50 anos apresentarão fratura do colo do fêmur ao longo da vida.
Por que a maioria das fraturas vertebrais osteoporóticas passa despercebida clinicamente?
Porque cerca de dois terços são assintomáticas, o que exige busca ativa baseada em sinais indiretos, como redução de estatura ou cifose progressiva.
Qual a importância clínica de identificar precocemente fraturas vertebrais em pacientes com osteoporose?
A fratura vertebral aumenta em até 4 vezes o risco de fraturas subsequentes, sendo um importante marcador de gravidade e indicação para início imediato de tratamento.
Qual é a região mais frequentemente acometida e de maior gravidade nas fraturas vertebrais osteoporóticas?
A transição toracolombar, entre T10 e L1, é a zona de maior risco devido à biomecânica da coluna.
. Qual é a prevalência de fraturas vertebrais entre homens e mulheres?
A prevalência é semelhante nos dois sexos entre os 50 e 60 anos, reforçando a importância de investigação ativa em ambos.
Como o mecanismo de trauma influencia o local da fratura em quedas com a mão espalmada?
Em indivíduos com boa densidade óssea, ocorrem fraturas nos ossos do carpo (ex: escafoide). Em pacientes osteoporóticos, a fratura mais comum é no rádio distal.
Em qual grupo demográfico a fratura do rádio distal é mais prevalente e por quê?
É mais comum em mulheres no período perimenopáusico, com razão mulher:homem de 4:1, devido à rápida perda de densidade óssea relacionada à queda do estrogênio.
Qual é o papel do estrogênio na fisiopatologia da osteoporose feminina?
O estrogênio inibe a reabsorção óssea; sua deficiência na menopausa leva a aumento da atividade osteoclástica, contribuindo para perda acelerada de massa óssea.