{ "@context": "https://schema.org", "@type": "Organization", "name": "Brainscape", "url": "https://www.brainscape.com/", "logo": "https://www.brainscape.com/pks/images/cms/public-views/shared/Brainscape-logo-c4e172b280b4616f7fda.svg", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/Brainscape", "https://x.com/brainscape", "https://www.linkedin.com/company/brainscape", "https://www.instagram.com/brainscape/", "https://www.tiktok.com/@brainscapeu", "https://www.pinterest.com/brainscape/", "https://www.youtube.com/@BrainscapeNY" ], "contactPoint": { "@type": "ContactPoint", "telephone": "(929) 334-4005", "contactType": "customer service", "availableLanguage": ["English"] }, "founder": { "@type": "Person", "name": "Andrew Cohen" }, "description": "Brainscape’s spaced repetition system is proven to DOUBLE learning results! Find, make, and study flashcards online or in our mobile app. Serious learners only.", "address": { "@type": "PostalAddress", "streetAddress": "159 W 25th St, Ste 517", "addressLocality": "New York", "addressRegion": "NY", "postalCode": "10001", "addressCountry": "USA" } }

OSTEOPOROSE Flashcards

(173 cards)

1
Q

Qual é o objetivo principal na abordagem da osteoporose e por que ele é prioritário?

A

Evitar fraturas por meio da prevenção e intervenção precoce, pois as fraturas osteoporóticas geram agravamentos significativos e indicam um estágio avançado de fragilidade óssea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Como a estrutura óssea é composta e quais alterações ocorrem na osteoporose?

A

O osso longo é composto por uma parte cortical densa e periférica, e uma parte trabecular interna e esponjosa. Na osteoporose, há perda de densidade e estrutura trabecular, tornando os ossos mais frágeis.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Quais são as características radiológicas de um osso normal versus um osteoporótico?

A

O osso normal apresenta trabéculas espessas, densas e contínuas. O osso osteoporótico mostra trabéculas finas, descontínuas e com densidade reduzida, aumentando o risco de fraturas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Como a progressão da perda óssea é visualizada nas imagens radiológicas?

A

Inicialmente, há leve redução da cortical e rarefação trabecular (osteopenia). Posteriormente, a cortical desaparece e o osso se torna predominantemente trabecular, com densidade muito baixa, caracterizando a osteoporose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual é a relação entre densidade óssea e fraturas vertebrais na osteoporose?

A

Fraturas vertebrais podem causar aumento aparente da densidade na densitometria por concentração de massa em área reduzida, sendo esse um falso indicador de boa densidade e sinal de osteoporose avançada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Por que a densitometria óssea isolada pode ser insuficiente para o diagnóstico da osteoporose?

A

Porque fraturas preexistentes, calos ósseos e fraturas por impactação podem aumentar artificialmente a densidade local, mascarando a fragilidade óssea real.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual recurso complementar à densitometria é ideal para avaliar fraturas vertebrais e qual sua limitação?

A

A função VFA (Vertebral Fracture Assessment) permite avaliação direta de fraturas vertebrais, mas nem sempre está disponível. Quando ausente, o raio-X de coluna deve ser utilizado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Como a perda de altura corporal pode estar associada à osteoporose?

A

A perda de altura progressiva é um sinal clínico indicativo de fraturas vertebrais compressivas, comuns na osteoporose, devido ao colapso e achatamento das vértebras.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual é o impacto clínico das alterações trabeculares na osteoporose?

A

A perda de continuidade e espessura das trabéculas leva a um osso estruturalmente frágil, semelhante a uma “teia de aranha”, predispondo a fraturas mesmo com traumas leves.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais são os principais fatores epidemiológicos de risco para osteoporose?

A

Ser mulher, especialmente após a menopausa, e de etnia caucasiana são os principais fatores de risco. Mulheres brancas acima de 50 anos têm 40% de chance de apresentar fraturas por fragilidade, contra 13% dos homens.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que caracteriza uma fratura por fragilidade na osteoporose?

A

É uma fratura que ocorre após trauma de baixo impacto, como queda da própria altura ou esforços mínimos, incompatíveis com fraturas em ossos saudáveis.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

. Por que fraturas fora dos sítios clássicos ainda devem levantar suspeita de osteoporose?

A

Mesmo em ossos não tipicamente afetados, como o maléolo, fraturas após torções leves ou quedas simples indicam potencial comprometimento da qualidade óssea e merecem investigação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Quais são os sítios mais comuns de fratura na osteoporose?

A

As vértebras (mais frequente), o colo do fêmur e a região distal do rádio. Fraturas nesses locais associadas a baixo impacto devem sempre suscitar avaliação para osteoporose.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual é o impacto clínico das fraturas de quadril em idosos com osteoporose?

A

Fraturas do colo do fêmur possuem alta morbimortalidade, levando à perda funcional, acamamento prolongado e risco elevado de óbito, especialmente em pacientes com múltiplas comorbidades.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Quais são as principais complicações associadas à fratura do fêmur em pacientes osteoporóticos?

A

Infecções, trombose venosa profunda (TVP) e embolia gordurosa são complicações comuns, especialmente em pacientes imobilizados ou com tratamento cirúrgico inviável.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual é o prognóstico de pacientes idosos que sofrem fratura de fêmur por osteoporose?

A

O risco de óbito pode chegar a 6 meses após a fratura, principalmente devido à perda de mobilidade e complicações sistêmicas decorrentes da imobilização.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual a prevalência estimada de fratura de colo do fêmur em indivíduos acima de 50 anos?

A

Aproximadamente 17% das mulheres e 6% dos homens acima de 50 anos apresentarão fratura do colo do fêmur ao longo da vida.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Por que a maioria das fraturas vertebrais osteoporóticas passa despercebida clinicamente?

A

Porque cerca de dois terços são assintomáticas, o que exige busca ativa baseada em sinais indiretos, como redução de estatura ou cifose progressiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual a importância clínica de identificar precocemente fraturas vertebrais em pacientes com osteoporose?

A

A fratura vertebral aumenta em até 4 vezes o risco de fraturas subsequentes, sendo um importante marcador de gravidade e indicação para início imediato de tratamento.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual é a região mais frequentemente acometida e de maior gravidade nas fraturas vertebrais osteoporóticas?

A

A transição toracolombar, entre T10 e L1, é a zona de maior risco devido à biomecânica da coluna.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

. Qual é a prevalência de fraturas vertebrais entre homens e mulheres?

A

A prevalência é semelhante nos dois sexos entre os 50 e 60 anos, reforçando a importância de investigação ativa em ambos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Como o mecanismo de trauma influencia o local da fratura em quedas com a mão espalmada?

A

Em indivíduos com boa densidade óssea, ocorrem fraturas nos ossos do carpo (ex: escafoide). Em pacientes osteoporóticos, a fratura mais comum é no rádio distal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Em qual grupo demográfico a fratura do rádio distal é mais prevalente e por quê?

A

É mais comum em mulheres no período perimenopáusico, com razão mulher:homem de 4:1, devido à rápida perda de densidade óssea relacionada à queda do estrogênio.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Qual é o papel do estrogênio na fisiopatologia da osteoporose feminina?

A

O estrogênio inibe a reabsorção óssea; sua deficiência na menopausa leva a aumento da atividade osteoclástica, contribuindo para perda acelerada de massa óssea.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Como difere a perda de massa óssea entre homens e mulheres ao longo da vida?
Homens apresentam uma queda gradual com platô prolongado. Mulheres têm perda abrupta nos primeiros 5 anos pós-menopausa, tornando-as mais suscetíveis à osteoporose.
26
O que representa o pico de massa óssea e qual sua relevância clínica?
É o maior valor de massa óssea atingido na vida adulta. Uma maior massa óssea no pico reduz o risco de osteoporose futura, pois há mais “reserva” para compensar a perda óssea com o envelhecimento.
27
Qual o impacto das intervenções após o pico de massa óssea na osteoporose?
Podem retardar a velocidade da perda óssea com medidas como suplementação de cálcio e vitamina D e atividade física, mas não revertem a perda já estabelecida, pois ela é fisiológica.
28
Por que é fundamental atuar antes do pico de massa óssea e como isso pode ser feito?
Melhorar o pico de massa óssea na infância e adolescência, por meio de alimentação rica em cálcio, exposição solar controlada e atividade física, aumenta a reserva óssea e reduz o risco de osteoporose futura.
29
Quais fatores tornam pacientes com doenças reumatológicas mais suscetíveis à osteoporose precoce?
Uso crônico de corticoides, dieta inadequada em cálcio, sedentarismo e necessidade de evitar sol (como no LES) prejudicam o acúmulo de massa óssea e favorecem perda precoce.
30
Por que o uso de corticoides é um fator de risco significativo para osteoporose?
Corticoides aumentam a reabsorção óssea e reduzem a formação óssea, além de interferirem na absorção de cálcio e na função osteoblástica.
31
Qual a via preferencial para correção do cálcio e por quê?
A dieta é preferível, pois alimentos ricos em cálcio estão associados a menor risco de nefrolitíase, especialmente importante para idosos e pacientes com disfunção renal.
32
Quando indicar suplementação de cálcio e qual a forma preferida?
Quando a ingestão dietética é insuficiente, a suplementação é indicada, preferencialmente com citrato de cálcio, que tem menor risco de cálculos renais em comparação ao carbonato.
33
Qual o papel da reposição de estrogênio na prevenção da osteoporose pós-menopausa?
Reduz a reabsorção óssea e retarda a perda de massa óssea nos primeiros anos pós-menopausa, preservando a integridade óssea.
34
Quais são as contraindicações para a reposição hormonal com estrogênio em mulheres com risco de osteoporose?
Pacientes com LES com risco trombótico e aquelas com SAF não devem receber reposição hormonal devido ao aumento do risco de eventos tromboembólicos.
35
Como deve ser a conduta em mulheres com contraindicação à terapia hormonal, mas risco aumentado de osteoporose?
Deve-se intensificar estratégias não hormonais: suplementação adequada, exercício físico com impacto, exposição solar segura e, se necessário, terapias farmacológicas específicas (ex: bisfosfonatos).
36
Qual é o mecanismo básico responsável pela osteoporose?
A osteoporose resulta de um desequilíbrio entre a atividade dos osteoclastos (reabsorção óssea) e dos osteoblastos (formação óssea), com predomínio da reabsorção.
37
Como os corticoides induzem a osteoporose?
Eles suprimem a função dos osteoblastos, reduzem a absorção intestinal de cálcio e interferem na ativação da vitamina D, comprometendo a formação e mineralização óssea.
38
Qual é a função dos osteócitos no metabolismo ósseo?
Osteócitos detectam microdanos e iniciam a remodelação óssea, participam na mineralização e contribuem para a integridade estrutural da matriz óssea.
39
Quais são as etapas do remodelamento ósseo normal?
Ativação (por osteócitos); Reabsorção (por osteoclastos); Reversão (interrupção da reabsorção); Formação (por osteoblastos); Mineralização (depósito de cálcio e fósforo).
40
Como o déficit de cálcio e vitamina D impacta o osso?
Essas deficiências prejudicam a mineralização, resultando na formação de osso de baixa qualidade e aumentando o risco de fraturas.
41
Qual é o papel da via RANK/RANKL/Osteoprotegerina na fisiopatologia da osteoporose?
O RANKL ativa os osteoclastos ao se ligar ao receptor RANK. A osteoprotegerina, ao se ligar ao RANK, bloqueia essa ativação. O desequilíbrio entre RANKL e osteoprotegerina favorece a reabsorção óssea.
42
. Como os osteoblastos regulam o remodelamento ósseo por mecanismos moleculares?
Produzem tanto o RANKL (estimulador da reabsorção óssea) quanto a osteoprotegerina (inibidor), decidindo dinamicamente o grau de atividade osteoclástica.
43
. O que ocorre na via RANK/RANKL na osteoporose pós-menopausa?
A queda de estrogênio reduz a produção de osteoprotegerina e aumenta a expressão de RANKL, levando à hiperatividade osteoclástica e maior reabsorção óssea.
44
Por que a osteoporose pós-menopausa é considerada uma condição fisiopatológica específica?
Porque o estrogênio tem papel central na regulação negativa dos osteoclastos. Sua ausência promove um ambiente favorável à perda óssea acelerada, especialmente nos primeiros anos após a menopausa.
45
Por que a osteoporose é considerada uma doença silenciosa?
Porque permanece assintomática até ocorrer uma fratura, sendo esta a primeira manifestação clínica em grande parte dos casos, especialmente em fraturas vertebrais.
46
Qual é a manifestação clínica mais comum da osteoporose e sua relevância?
A fratura vertebral, muitas vezes assintomática, é a mais comum. Sua presença aumenta o risco de novas fraturas e indica osteoporose avançada.
47
Quando deve-se iniciar a investigação de osteoporose?
Em mulheres na menopausa, homens com mais de 60 anos, pacientes com histórico familiar de fraturas osteoporóticas ou outros fatores de risco relevantes — a população idosa em geral já merece investigação rotineira.
48
Quais são os principais fatores de risco não modificáveis para osteoporose?
Sexo feminino, menopausa, idade avançada (>60 anos), etnia caucasiana e história familiar de osteoporose ou fratura osteoporótica.
49
Quais fatores de risco modificáveis devem ser abordados no tratamento não medicamentoso da osteoporose?
Tabagismo, etilismo, sedentarismo, baixo peso corporal, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, além de controle de doenças inflamatórias como diabetes e doenças reumatológicas.
50
Qual é a diferença entre osteoporose primária e secundária?
A primária está associada à menopausa e senescência, sem causa subjacente evidente. A secundária decorre de doenças (ex: DRC, LES, HIV) ou uso crônico de medicamentos (ex: corticoides, IBPs).
51
Como o uso crônico de inibidores de bomba de prótons (IBPs) pode contribuir para osteoporose?
Ao reduzir a acidez gástrica, prejudicam a absorção de nutrientes essenciais ao metabolismo ósseo, como cálcio e magnésio.
52
. Em quais situações o termo "baixa massa óssea" é preferido ao diagnóstico de osteoporose?
Em pacientes jovens, especialmente antes da menopausa ou em homens abaixo de 50 anos, utiliza-se o termo "baixa massa óssea" associado à fratura, evitando o diagnóstico formal de osteoporose.
53
Qual o raciocínio clínico diante de uma fratura patológica em paciente jovem com LES em uso de corticoides?
Trata-se de um caso de osteoporose secundária, induzida por doença reumatológica e uso prolongado de corticoides, exigindo abordagem etiológica e terapêutica específica.
54
Quais são os principais sinais clínicos de fratura vertebral na osteoporose?
Dor lombotorácica, cifose e perda de estatura. Considera-se indicativo de fratura uma redução >2 cm em um ano ou >4 cm em relação à altura na juventude.
55
Quais são as fraturas típicas de osteoporose por região anatômica?
Vértebras: fratura mais comum, frequentemente assintomática. Quadril: fratura do colo ou transtrocantérica, associada a quedas. Terço distal do rádio: ocorre por queda sobre mão espalmada, comum em mulheres perimenopáusicas.
56
Quais são os dois principais caminhos para o diagnóstico da osteoporose?
Diagnóstico precoce: por densitometria óssea. Diagnóstico tardio: após ocorrência de fratura, principalmente vertebral (radiografia ou densitometria com VFA).
57
Quais locais devem ser avaliados rotineiramente na densitometria óssea e qual o local de exceção?
Avaliação padrão: coluna lombar e colo do fêmur. Exceção: antebraço, usado apenas quando os anteriores não são viáveis (ex: prótese), e não é indicado para seguimento.
58
Qual a diferença entre T-score e Z-score na densitometria óssea?
T-score: compara com adultos jovens no pico de massa óssea; usado em mulheres pós-menopausa e homens ≥50 anos. Z-score: compara com pares da mesma idade e sexo; usado em pré-menopáusicas e homens jovens.
59
Qual escore é utilizado para diagnóstico de osteoporose segundo a OMS?
O T-score, com os seguintes critérios: ≥ –1: normal Entre –1 e –2,5: osteopenia ≤ –2,5: osteoporose ≤ –2,5 + fratura: osteoporose grave
60
Por que a densitometria de antebraço não deve ser usada para monitoramento?
Porque a ausência de padrão reprodutível impede comparações válidas ao longo do tempo, limitando seu uso apenas ao diagnóstico.
61
Como a função VFA na densitometria complementa o diagnóstico?
Permite a detecção de fraturas vertebrais silenciosas, aumentando a sensibilidade diagnóstica em pacientes com risco elevado.
62
Quais pacientes devem ser prioritariamente submetidos à densitometria óssea?
Mulheres na menopausa, homens ≥60 anos, pacientes com histórico familiar de osteoporose, fraturas prévias, uso crônico de corticoides ou doenças associadas à perda óssea.
63
. Qual o diagnóstico densitométrico da paciente de 52 anos, menopausada há 2 anos, com T-score de –1,9 na coluna lombar e –1,4 no colo do fêmur?
Osteopenia, pois o diagnóstico é baseado no pior valor entre os sítios analisados e ambos estão entre –1,0 e –2,5.
64
Quando uma paciente menopausada deve realizar densitometria óssea?
Quando apresenta fatores de risco como idade >50 anos, menopausa, história familiar de osteoporose ou fratura osteoporótica.
65
Como se determina o diagnóstico final a partir de múltiplos locais avaliados na densitometria óssea?
Utiliza-se o pior T-score entre coluna lombar e colo do fêmur. A presença de osteoporose em um dos locais define o diagnóstico, mesmo que outro apresente apenas osteopenia.
66
Qual o diagnóstico em paciente com fratura típica por fragilidade, mesmo com T-score > –2,5?
Osteoporose grave (ou estabelecida), pois a presença de fratura vertebral ou de quadril define o diagnóstico independentemente da densitometria.
67
O que indicam as faixas de cor nos gráficos da densitometria óssea?
Verde: massa óssea normal. Amarelo: osteopenia. Vermelho: osteoporose.
68
Quais cuidados devem ser tomados ao interpretar a média das vértebras na densitometria da coluna lombar?
Verificar se L1–L4 estão incluídas e consistentes. Vértices com valores extremos (muito baixos ou altos) devem ser excluídas. Se duas ou mais forem retiradas, o exame da coluna perde validade.
69
Qual a recomendação para exame mal posicionado ou com má qualidade técnica?
O exame deve ser repetido, pois desvios no posicionamento da coluna ou do fêmur (ex: inclusão de trocânter ou pelve) comprometem a acurácia.
70
. Quando a densitometria do antebraço é indicada?
Quando o exame da coluna e do fêmur não é viável, como em pacientes com artrose severa, próteses ou deformidades que dificultam o posicionamento.
71
Qual a diferença de interpretação entre T-score e Z-score no diagnóstico de osteoporose?
O T-score é utilizado para diagnóstico em mulheres pós-menopausa e homens ≥50 anos. O Z-score compara com pares da mesma idade e não deve ser usado isoladamente para diagnosticar osteoporose ou osteopenia.
72
Qual o diagnóstico da paciente de 49 anos com AR, uso crônico de corticoides e fratura vertebral após queda da própria altura?
Osteoporose grave (ou estabelecida), devido à presença de fratura vertebral associada a baixa densidade óssea, independentemente do escore numérico exato.
73
Por que foi utilizado o Z-score para interpretar a densitometria dessa paciente?
Porque não estava confirmado se a paciente estava em menopausa. Em mulheres ainda com ciclos menstruais, utiliza-se o Z-score para comparação com pares da mesma idade.
74
O que o Z-score = –3,1 na coluna lombar indica em uma mulher pré-menopáusica?
Baixa massa óssea significativa para a idade, indicando risco elevado de fratura e necessidade de investigação de causas secundárias, especialmente diante do uso de corticoides e AR.
75
Qual é a relação entre uso crônico de corticoides e osteoporose?
Doses >7,5 mg/dia de prednisona (ou equivalente) por mais de 3 meses aumentam significativamente o risco de osteoporose por inibição da função osteoblástica, interferência na absorção de cálcio e deficiência de vitamina D.
76
Qual é a conduta clínica indicada diante de osteoporose secundária por corticoides?
Avaliar possibilidade de interromper ou reduzir a dose dos corticoides; suplementar cálcio e vitamina D; considerar início de terapia farmacológica específica contra a perda óssea.
77
Quando a primeira densitometria óssea deve ser feita em mulheres no climatério?
No início da falha dos ciclos menstruais, para servir como base comparativa e identificar perda óssea acelerada precoce.
78
. Como deve ser feita a interpretação da densitometria em mulheres no climatério com ciclos menstruais irregulares?
Utiliza-se o Z-score enquanto houver ciclos. Após confirmação da menopausa, passa-se a usar o T-score para diagnóstico de osteopenia ou osteoporose.
79
Por que é importante monitorar a perda óssea rapidamente nos primeiros meses após a menopausa?
Porque os primeiros 5 anos pós-menopausa concentram a maior perda de massa óssea. Perda acelerada pode indicar causas secundárias e requer atenção clínica.
80
Em paciente jovem com fratura vertebral e fatores de risco, o termo "osteoporose" é apropriado?
Sim, se houver fratura associada à baixa massa óssea e causas secundárias (como uso de corticoide), o termo “osteoporose secundária” é justificado, mesmo em idade inferior a 50 anos.
81
Qual o diagnóstico da paciente de 55 anos com T-score de –0,8 no colo do fêmur?
Densitometria normal, pois o T-score está acima de –1,0. No entanto, a paciente apresenta risco aumentado para osteopenia e osteoporose devido aos fatores associados.
82
Quais são os fatores de risco modificáveis presentes neste caso clínico?
Sedentarismo e dieta pobre em cálcio — ambos podem ser abordados com mudanças no estilo de vida e suplementação adequada.
83
Qual a conduta inicial indicada para pacientes com risco aumentado, mas sem osteoporose estabelecida?
Intervenções não farmacológicas: melhora da ingestão de cálcio, prática regular de atividade física com impacto e monitoramento periódico com densitometria óssea.
84
Por que o cálcio sérico não é um bom indicador para avaliar risco de osteoporose?
Porque o cálcio sérico pode se manter normal à custa da mobilização de cálcio dos ossos, mesmo diante de déficit na massa óssea.
85
Quais são fontes alimentares alternativas ao leite para pacientes com intolerância ou rejeição a laticínios?
Vegetais verdes escuros (ex: brócolis, couve), tofu, amêndoas, sementes e alimentos fortificados com cálcio (como bebidas vegetais enriquecidas).
86
Quando é indicado o uso de suplementação de cálcio e qual cuidado deve-se ter?
Quando a ingestão dietética for insuficiente. Deve-se utilizar a menor dose necessária, pois altas doses estão associadas a aumento do risco cardiovascular, especialmente de IAM.
87
Qual tipo de exercício é recomendado para pacientes com risco de osteoporose, mas sem fraturas?
Atividades com impacto moderado, como caminhadas e corrida leve, que estimulam a formação óssea e aumentam a densidade mineral.
88
. Quais tipos de exercício devem ser evitados em pacientes com osteoporose ou risco elevado de fratura?
Atividades de alto impacto, como saltos ou corridas intensas, especialmente em idosos, devido ao risco de fratura. O foco deve ser em equilíbrio, força e propriocepção.
89
Por que reforçar hábitos saudáveis mesmo com densitometria normal em pacientes com múltiplos fatores de risco?
Porque a osteoporose é uma condição progressiva e silenciosa. Intervenções precoces podem prevenir ou retardar a perda de massa óssea e reduzir o risco futuro de fraturas.
90
O que é a ferramenta FRAX e qual sua função principal?
É uma calculadora de risco que estima a probabilidade de fratura osteoporótica em 10 anos, integrando fatores clínicos com ou sem a densitometria óssea.
91
. Em qual faixa etária a ferramenta FRAX deve ser aplicada?
Em pacientes entre 40 e 90 anos, para avaliação de risco de fraturas osteoporóticas.
92
Quais fatores são considerados pelo FRAX além da densidade mineral óssea?
Idade, sexo, histórico de fraturas, uso de corticoides, tabagismo, etilismo, história familiar, peso corporal, e presença de comorbidades (como artrite reumatoide).
93
Qual é a utilidade clínica do FRAX em pacientes com osteopenia?
Ajuda a decidir sobre a necessidade de tratamento medicamentoso, ao identificar pacientes com risco elevado de fraturas apesar de apresentarem apenas osteopenia na densitometria.
94
Quando é indicado iniciar tratamento medicamentoso com base no FRAX?
Quando o risco estimado de fratura em 10 anos é alto, mesmo que a densitometria não tenha revelado osteoporose (ex: T-score entre –1,0 e –2,5 com fatores agravantes).
95
Como proceder quando o FRAX indica risco elevado, mas a densitometria não está disponível?
Iniciar tratamento medicamentoso com base no resultado do FRAX. A densitometria pode ser feita posteriormente para acompanhamento.
96
Como interpretar os resultados de risco do FRAX em termos de cores?
Vermelho: alto risco → iniciar tratamento medicamentoso. Amarelo: risco intermediário → realizar densitometria para decisão. Verde: risco baixo → tratamento não medicamentoso e acompanhamento.
97
Qual a importância do FRAX em locais com acesso limitado à densitometria óssea?
Permite avaliação de risco e tomada de decisão clínica mesmo na ausência de exames, oferecendo alternativa confiável para iniciar prevenção ou tratamento.
98
Qual a principal contribuição do FRAX para a prática clínica em osteoporose?
Permite uma abordagem mais individualizada ao integrar múltiplos fatores de risco e evita subtratamento em pacientes com osteopenia, mas alto risco de fratura.
99
Quais são os métodos utilizados para avaliação de fraturas vertebrais na osteoporose?
Radiografia simples da coluna torácica e lombar em perfil e avaliação por VFA (Vertebral Fracture Assessment) na densitometria óssea.
100
Quais são as indicações clínicas para realizar RX de coluna ou VFA, segundo diretrizes internacionais?
Mulheres ≥ 70 anos e homens ≥ 80 anos. Perda de estatura >4 cm desde a juventude. Fratura prévia não documentada. Uso de glicocorticoides ≥5 mg/dia por ≥3 meses.
101
. O que é a "corcunda da viúva" e qual sua relevância clínica?
É uma deformidade postural associada a múltiplas fraturas vertebrais, geralmente por microfraturas. Deve motivar investigação com RX da coluna para identificar fraturas ocultas.
102
Qual é o risco de não diagnosticar precocemente fraturas vertebrais em pacientes com osteoporose?
As fraturas podem progredir com mínimos traumas ou até movimentos simples (ex: espirro), levando a colapsos vertebrais e maior morbidade.
103
Qual método é utilizado internacionalmente para classificação das fraturas vertebrais na osteoporose?
Método de Genant, que categoriza o tipo e a gravidade das fraturas com base em deformidades vertebrais observadas em radiografias.
104
Quais são os três tipos de fraturas vertebrais segundo a classificação de Genant?
Cunha: achatamento anterior da vértebra. Bicôncava: perda de altura no centro da vértebra. Colapso: perda de altura posterior e comprometimento estrutural total.
105
Como é determinada a gravidade de uma fratura vertebral segundo Genant? Pelo percentual de perda de altura da vértebra:
Leve: 10–25%. Moderada: 25–40%. Grave: >40%.
106
. Qual a importância de descrever tipo e grau da fratura vertebral?
Permite estratificação do risco, decisão terapêutica apropriada e monitoramento evolutivo, além de impactar na decisão de iniciar tratamento medicamentoso.
107
Em pacientes com fraturas vertebrais, por que a VFA é preferida quando disponível na densitometria?
Porque permite a detecção simultânea de perda de massa óssea e presença de fraturas silenciosas, com menor exposição à radiação e boa acurácia diagnóstica.
108
Por que os marcadores bioquímicos de remodelação óssea são úteis no acompanhamento da osteoporose?
Porque permitem avaliar precocemente a adesão e a eficácia do tratamento, especialmente nos primeiros 3 meses, evitando a espera de um ano para repetir a densitometria óssea.
109
Quais são os principais marcadores bioquímicos utilizados na osteoporose e o que indicam?
CTX (telopeptídeo C-terminal do colágeno tipo I): marcador de reabsorção óssea. P1NP (propeptídeo do colágeno tipo I N-terminal): marcador de formação óssea.
110
Quando deve ser realizada a dosagem de CTX no contexto terapêutico?
Antes do início do tratamento e novamente após cerca de 3 meses, especialmente em tratamentos com anti-reabsortivos como bisfosfonatos (ex: alendronato).
111
Como interpretar a resposta terapêutica pelo CTX após 3 meses de tratamento?
Redução de 35–55%: excelente resposta e boa adesão. Redução de apenas 5–10%: possível falha terapêutica ou má adesão.
112
O que deve ser feito se a redução do CTX for insuficiente?
Reavaliar a adesão do paciente, verificar técnica de administração do fármaco, revisar dose ou considerar mudança de classe terapêutica.
113
Em quais situações o P1NP é particularmente útil no acompanhamento da osteoporose?
Nas terapias anabólicas (ex: uso de teriparatida), onde o aumento do P1NP indica eficácia na formação óssea.
114
Qual é o esquema recomendado de dosagem do P1NP em terapias anabólicas?
Realizar dosagem basal antes do início da medicação e repetir após 3–4 meses para avaliar aumento na formação óssea.
115
Quais são as limitações práticas dos marcadores bioquímicos de remodelação óssea no Brasil?
São exames caros, indisponíveis no SUS, e a maioria dos convênios não cobre sua realização de rotina.
116
. Por que a densitometria óssea não é ideal para monitoramento precoce da resposta ao tratamento?
Porque sua repetição precoce não é sensível a mudanças em curto prazo — recomenda-se intervalo mínimo de 12 meses entre exames.
117
Quais são os principais fatores de risco modificáveis no tratamento da osteoporose?
Tabagismo, etilismo, sedentarismo, baixa ingestão de cálcio e vitamina D, e baixo peso corporal. Todos devem ser abordados de forma personalizada
118
Por que a prevenção de quedas é essencial em pacientes com osteoporose?
Porque fraturas ocorrem frequentemente após traumas de baixo impacto. Medidas simples como eliminar obstáculos, instalar corrimãos e usar pisos antiderrapantes reduzem significativamente o risco.
119
Como deve ser feita a avaliação do ambiente domiciliar para prevenção de quedas?
Analisar presença de tapetes soltos, brinquedos no chão, animais de estimação, iluminação inadequada, escadas sem corrimão e pisos escorregadios, especialmente em banheiros.
120
Qual a recomendação sobre tabagismo e etilismo em pacientes com osteoporose?
Tabagismo: cessação total recomendada. Etilismo: consumo ideal é moderado (máx. 1 lata de cerveja/dia), mas preferencialmente evitar, pois o risco de abuso e queda é elevado.
121
. Qual a necessidade diária recomendada de cálcio para adultos acima de 50 anos?
Aproximadamente 1200 mg/dia. Se a ingestão dietética for insuficiente, o restante deve ser complementado por suplementação.
122
Por que a ingestão de cálcio da população brasileira é preocupante?
Estudos mostram que a média nacional é de 515 mg/dia, muito abaixo da recomendação. Regiões como o Norte têm ainda menor consumo (447 mg/dia), refletindo risco nutricional elevado.
123
Qual é o conteúdo médio de cálcio em um copo de leite e qual sua implicação?
Um copo de 240 mL contém cerca de 295 mg de cálcio, o que exigiria o consumo de 3 a 4 copos por dia para atingir a recomendação diária, o que nem sempre é viável.
124
. Qual o risco de suspender leite e derivados sem reposição adequada de cálcio na dieta?
Iatrogenia nutricional. A retirada sem substituições adequadas pode levar à deficiência de cálcio e aumentar o risco de osteopenia e osteoporose.
125
Qual é o papel do encaminhamento ao nutricionista ou nutrólogo no manejo da osteoporose?
Esses profissionais auxiliam na adequação da dieta, oferecendo substituições personalizadas para pacientes com intolerâncias, alergias ou hábitos alimentares restritivos.
126
Quais são as duas formas mais comuns de suplementação oral de cálcio?
Carbonato de cálcio e citrato de cálcio são as formas mais utilizadas na prática clínica.
127
Qual é a principal vantagem do carbonato de cálcio?
Alta biodisponibilidade (cerca de 40%) e custo acessível, sendo geralmente a primeira escolha em pacientes sem contraindicações.
128
Em quais situações o carbonato de cálcio está contraindicado?
Em pacientes com intolerância gastrointestinal (ex: distensão, constipação) e histórico de nefrolitíase por cálcio, pois pode agravar ambos os quadros.
129
Quais são as indicações específicas para o uso de citrato de cálcio?
Pacientes com litíase renal prévia e aqueles que realizaram gastrectomia ou apresentam hipocloridria, pois o citrato não depende do ácido gástrico para absorção.
130
Qual a principal limitação do citrato de cálcio em relação ao carbonato?
Possui menor biodisponibilidade, exigindo doses mais elevadas para alcançar o mesmo efeito terapêutico.
131
. Como escolher entre carbonato e citrato de cálcio na prática clínica?
Deve-se considerar tolerância gastrointestinal, histórico de cálculos renais e condições gástricas do paciente, priorizando a eficácia e segurança individualizada.
132
Quando a vitamina D deve ser suplementada?
Apenas em casos de deficiência ou insuficiência, conforme valores laboratoriais. Níveis adequados não requerem suplementação, pois o excesso pode causar toxicidade.
133
Quais são os valores séricos de vitamina D considerados adequados?
População geral até 60 anos: ≥20 ng/mL. Pacientes com fatores de risco (ex: osteoporose, doenças autoimunes, DRC, gestantes): entre 30–60 ng/mL.
134
A partir de qual valor a vitamina D deve obrigatoriamente ser suplementada?
Se o nível for <20 ng/mL, todos os pacientes devem receber suplementação, independentemente do grupo de risco.
135
Qual é o risco associado ao excesso de vitamina D?
Toxicidade, especialmente com níveis séricos >100 ng/mL, podendo levar a hipercalcemia, nefrocalcinose e outros efeitos adversos.
136
Qual é o esquema de suplementação com dose de ataque para vitamina D?
50.000 UI/semana por 8 semanas, seguida de nova dosagem. Se o nível ainda estiver baixo, repetir a dose de ataque até atingir a meta.
137
Quando iniciar a dose de manutenção de vitamina D e qual o valor?
Após atingir os níveis desejados, iniciar dose de manutenção com 7.000 UI/semana ou 14.000 UI/semana em pacientes de risco. Alternativamente, 1.000–2.000 UI/dia.
138
Qual estratégia adotar para pacientes com doenças como LES ou síndrome de má absorção?
Manutenção contínua e prolongada, com doses maiores (14.000 UI/semana ou mais), pois há maior risco de deficiência persistente.
139
. Em que casos é preferível a suplementação diária de vitamina D ao invés da semanal?
Em pacientes com baixa adesão, dificuldade de lembrar da dose semanal ou rotina irregular, a suplementação diária garante maior regularidade.
140
Por que vitamina D e cálcio são considerados parte do tratamento não farmacológico da osteoporose?
Porque não atuam diretamente na remodelação óssea como os medicamentos específicos (ex: bisfosfonatos), mas são essenciais como base preventiva e suporte ao tratamento.
141
Quais são as duas principais categorias de medicamentos no tratamento da osteoporose?
Antirreabsortivos: inibem a atividade dos osteoclastos. Anabólicos: estimulam a formação óssea pelos osteoblastos.
142
Quais medicamentos compõem a classe dos antirreabsortivos?
Bisfosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato, ácido zoledrônico) Denosumabe Estrógenos Raloxifeno (modulador seletivo do receptor estrogênico)
143
Qual o principal medicamento anabólico utilizado na prática clínica?
Teriparatida, um análogo do PTH (paratormônio), utilizado em casos graves ou refratários à terapia antirreabsortiva.
144
Quais são as posologias usuais dos bisfosfonatos orais?
Alendronato: 70 mg 1x/semana VO Risedronato: 35 mg/semana ou 150 mg/mês VO Ibandronato: 150 mg/mês VO
145
Em quais situações os bisfosfonatos EV são preferíveis aos orais?
Pacientes com restrição à via oral (ex: disfagia, uso de sonda). Baixa adesão ao tratamento oral. Intolerância gastrointestinal aos bisfosfonatos VO.
146
Qual é o bisfosfonato disponível por via endovenosa e qual sua posologia?
Ácido zoledrônico: dose única de 5 mg EV a cada 12 meses. Ideal para pacientes com baixa adesão e disponível na farmácia de alto custo do SUS.
147
Quais são as limitações dos bisfosfonatos orais?
Não podem ser macerados nem administrados por sonda. Devem ser ingeridos com água, em jejum, e o paciente deve permanecer em pé por pelo menos 30 minutos após a ingestão.
148
Quais são as vantagens do uso do ácido zoledrônico no SUS?
Adesão garantida com uma dose anual. Disponível gratuitamente via farmácia de alto custo. Indicado em pacientes com dificuldades econômicas ou problemas com o uso oral.
149
Quando considerar o uso de teriparatida no tratamento da osteoporose?
Em pacientes com osteoporose grave, múltiplas fraturas, ou falha ao tratamento antirreabsortivo, especialmente na presença de fraturas vertebrais recorrentes.
150
Qual é o bisfosfonato mais utilizado no SUS para tratamento da osteoporose?
Alendronato 70 mg VO semanal, devido à disponibilidade gratuita, eficácia comprovada e custo-benefício.
151
Por que muitos pacientes preferem os bisfosfonatos mensais como risedronato ou ibandronato?
Porque apresentam melhor adesão, com menos episódios de desconforto gastrointestinal, embora não estejam disponíveis pelo SUS.
152
Qual é o mecanismo de ação dos bisfosfonatos?
Promovem apoptose dos osteoclastos, reduzindo a reabsorção óssea e, consequentemente, a perda de massa óssea.
153
Por que a eficácia dos bisfosfonatos depende da forma correta de administração?
Porque sua biodisponibilidade é extremamente baixa (1–3%), e qualquer alimento, bebida ou medicação concomitante reduz ainda mais a absorção.
154
Quais orientações devem ser dadas ao paciente para uso correto do alendronato?
Tomar em jejum, com água. Não deitar por pelo menos 30–40 minutos após a ingestão. Evitar alimentos ou outras medicações nesse intervalo. Tomar ao acordar, antes das atividades matinais.
155
Quais são as contraindicações absolutas ao uso de bisfosfonatos?
Doenças ativas do trato gastrointestinal superior (ex: esofagite severa, úlcera). Insuficiência renal com ClCr <30 mL/min. Histórico de osteonecrose da mandíbula.
156
. Qual é um efeito adverso importante dos bisfosfonatos em pacientes com refluxo gastroesofágico?
Podem causar ulceração esofágica, exigindo cautela e correta orientação sobre a administração.
157
O que é o denosumabe e quando é indicado?
É um anticorpo monoclonal que inibe a ligação entre RANK e RANKL, reduzindo a ativação de osteoclastos. Indicado para pacientes com disfunção renal ou histórico de metástases ósseas, quando bisfosfonatos são contraindicados.
158
Por que o denosumabe pode ser uma boa alternativa a bisfosfonatos em certos pacientes?
Porque não é excretado pelos rins (seguro em DRC) e não causa efeitos gastrointestinais. É administrado por via subcutânea a cada 6 meses, com boa adesão.
159
. O que é o raloxifeno e qual seu mecanismo de ação?
É um modulador seletivo dos receptores de estrogênio (SERM) que atua como agonista nos ossos, inibindo a reabsorção óssea e preservando a densidade mineral.
160
Em qual perfil de paciente o raloxifeno é mais indicado?
Mulheres na menopausa recente, com níveis residuais de estrogênio, especialmente aquelas que não toleram ou não desejam usar bisfosfonatos.
161
Por que o raloxifeno não é eficaz em mulheres com menopausa prolongada?
Porque a ausência de estrogênio endógeno compromete a eficácia do fármaco, que depende da presença do hormônio para atuar nos receptores.
162
Qual é o benefício adicional do raloxifeno além da saúde óssea?
Reduz o risco de câncer de mama receptor hormonal positivo, sendo útil em pacientes com esse risco aumentado.
163
Qual é a principal limitação ou risco do uso de raloxifeno?
Aumento do risco de eventos tromboembólicos, como trombose venosa profunda, especialmente em pacientes com fatores de risco cardiovascular.
164
Qual o papel da terapia de reposição hormonal (estrogênio) na osteoporose?
É considerada uma estratégia preventiva na perimenopausa, retardando a perda de massa óssea. Seu uso terapêutico é limitado a mulheres com sintomas vasomotores e sem contraindicações.
165
Qual é o mecanismo de ação da teriparatida?
É um análogo do paratormônio (PTH) que estimula os osteoblastos, promovendo formação óssea. É o único fármaco com ação anabólica entre os tratamentos para osteoporose.
166
Quando a teriparatida está indicada no tratamento da osteoporose?
Em casos de osteoporose grave ou estabelecida, ou quando há falha terapêutica com agentes antirreabsortivos.
167
Por quanto tempo a teriparatida pode ser utilizada?
Até 18 meses, devido ao risco teórico de neoplasia óssea, observado em estudos animais com uso prolongado.
168
. O que deve ser feito após o término do tratamento com teriparatida?
Manutenção com antirreabsortivo (ex: bisfosfonato), para preservar o osso formado e evitar nova perda de massa óssea.
169
Qual o mecanismo de ação dos bisfosfonatos e seu efeito a longo prazo?
Inibem a reabsorção óssea por apoptose de osteoclastos. Com uso prolongado, podem causar acúmulo de osso denso, mas de baixa qualidade, com risco de fraturas atípicas e osteonecrose da mandíbula.
170
Quando considerar a interrupção ("drug holiday") dos bisfosfonatos?
Oral: após 5 anos de uso. Endovenoso (EV): após 3 anos de uso.
171
Qual conduta adotar se, após esse tempo, o T-score ainda for ≤ –2,5?
Manter o bisfosfonato por mais 1 ano e reavaliar, pois o risco de fratura osteoporótica continua superior ao risco de fraturas atípicas.
172
O que fazer se o T-score melhorar (> –2,5 e ≤ –1) após o tratamento com bisfosfonato?
Suspender o tratamento (drug holiday), pois o risco osteoporótico foi controlado, reduzindo a necessidade de exposição contínua ao medicamento.
173
Quando não suspender o bisfosfonato, mesmo após o tempo recomendado?
Em pacientes com histórico de fratura patológica, osteoporose secundária ou uso crônico de corticoides, pois o risco de fratura permanece elevado.