{ "@context": "https://schema.org", "@type": "Organization", "name": "Brainscape", "url": "https://www.brainscape.com/", "logo": "https://www.brainscape.com/pks/images/cms/public-views/shared/Brainscape-logo-c4e172b280b4616f7fda.svg", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/Brainscape", "https://x.com/brainscape", "https://www.linkedin.com/company/brainscape", "https://www.instagram.com/brainscape/", "https://www.tiktok.com/@brainscapeu", "https://www.pinterest.com/brainscape/", "https://www.youtube.com/@BrainscapeNY" ], "contactPoint": { "@type": "ContactPoint", "telephone": "(929) 334-4005", "contactType": "customer service", "availableLanguage": ["English"] }, "founder": { "@type": "Person", "name": "Andrew Cohen" }, "description": "Brainscape’s spaced repetition system is proven to DOUBLE learning results! Find, make, and study flashcards online or in our mobile app. Serious learners only.", "address": { "@type": "PostalAddress", "streetAddress": "159 W 25th St, Ste 517", "addressLocality": "New York", "addressRegion": "NY", "postalCode": "10001", "addressCountry": "USA" } }

MIOPATIAS Flashcards

(115 cards)

1
Q

O que caracteriza uma miopatia inflamatória em termos histopatológicos e clínicos?

A

✓ Inflamação da musculatura estriada esquelética, podendo envolver células inflamatórias no infiltrado muscular e sintomas como fraqueza muscular proximal simétrica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual é a relevância clínica das miopatias com corpúsculos de inclusão?

A

✓ Elas não seguem o padrão clássico inflamatório, sendo consideradas degenerativas. A inflamação surge secundariamente ao processo degenerativo, o que altera o manejo clínico e terapêutico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Como medicamentos podem se relacionar com o desenvolvimento de miopatias?

A

✓ Certas miopatias podem ser desencadeadas por medicamentos, como as estatinas, sendo classificadas como secundárias e não idiopáticas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

O que são miopatias sistêmicas e qual sua implicação clínica?

A

✓ Miopatias sistêmicas afetam não só a musculatura esquelética, mas também órgãos e sistemas, exigindo abordagem multidisciplinar e investigação de comorbidades autoimunes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual a incidência e principais grupos etários afetados pelas miopatias inflamatórias?

A

✓ Incidência varia de 2 a 10 casos por milhão. Adultos são mais afetados entre os 40-50 anos, enquanto em crianças o pico é dos 10 aos 15 anos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Como a distribuição por sexo afeta a prevalência das miopatias inflamatórias?

A

✓ São duas vezes mais comuns em mulheres, refletindo um padrão comum nas doenças autoimunes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Qual subtipo de miopatia inflamatória apresenta maior prevalência em homens após os 50 anos?

A

✓ A miosite com corpúsculos de inclusão (MCI), com progressão lenta e pobre resposta imunossupressora.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os cinco subtipos principais de miopatias inflamatórias idiopáticas segundo a classificação apresentada?

A

✓ 1. Dermatomiosite (juvenil e adulta);
✓ 2. Polimiosite;
✓ 3. Miosite por corpúsculo de inclusão;
✓ 4. Síndromes de sobreposição;
✓ 5. Dermatomiosite associada ao câncer.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Qual a importância clínica das síndromes de sobreposição nas miopatias inflamatórias?

A

✓ Representam associação de polimiosite ou dermatomiosite com outras doenças do tecido conjuntivo (DTC), demandando investigação de doenças como LES, esclerose sistêmica e AR.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Quais genes do sistema HLA estão associados às miopatias inflamatórias e qual sua relevância clínica?

A

Destaca-se o HLA-DRw52 (associado a formas mais graves e pior prognóstico)

HLA-DRw53 (associado a formas menos graves e melhor prognóstico).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Como os fatores genéticos e ambientais interagem na etiopatogênese das miopatias inflamatórias?

A

✓ A doença é multifatorial, com predisposição genética somada a gatilhos ambientais como infecções virais (ex.: influenza A, hepatite B, coxsackie, HIV) que ativam o sistema imune, levando à quebra da autotolerância.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais vírus estão implicados como gatilhos para miopatias inflamatórias pós-infecciosas?

A

✓ Echovírus, HIV e HTLV são exemplos de vírus associados ao surgimento de miopatias inflamatórias por mecanismos pós-infecciosos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Qual o papel da autoimunidade na fisiopatologia das miopatias inflamatórias?

A

✓ A autoimunidade envolve a formação de autoanticorpos e expansão de células T autorreativas, perda da regulação imunológica e destruição muscular mediada por mecanismos imunes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Na dermatomiosite, qual é a principal célula envolvida na inflamação e qual o padrão de acometimento histológico?

A

✓ Linfócitos T CD4+, com inflamação perimisial e perivascular, especialmente perifascicular, atingindo áreas superficiais entre as fáscias musculares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Na polimiosite, qual tipo de célula T predomina e qual o padrão de acometimento?

A

✓ Linfócitos T CD8+, com destruição muscular mediada por ação citotóxica dentro da fáscia, com inflamação mais profunda e invasão direta das fibras musculares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Como o padrão de acometimento tecidual ajuda a diferenciar dermatomiosite de polimiosite na prática clínica e patológica?

A

✓ Dermatomiosite afeta áreas periféricas (perifasciculares) com predomínio de CD4+, enquanto a polimiosite acomete áreas profundas (intrafasciculares) com predomínio de CD8+, auxiliando na distinção histológica e imunopatológica entre os subtipos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Qual a sequência fisiopatológica que leva ao desenvolvimento das miopatias inflamatórias idiopáticas?

A

✓ Inicia-se com predisposição genética (genes HLA, TNF-α), associada a agentes ambientais (UV, vírus como Coxsackie, EBV, HIV, e drogas), levando à perda da autotolerância imunológica, formação de autoanticorpos, ativação de células T autorreativas e perda da regulação imunológica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Que papel têm os linfócitos T e os autoanticorpos nas manifestações clínicas das miopatias inflamatórias?

A

✓ Os linfócitos T citotóxicos promovem citotoxicidade celular direta, enquanto os autoanticorpos ativam complemento e causam lesão microvascular, resultando em fraqueza muscular e fadiga.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Como a perda da autotolerância contribui para a lesão muscular nas miopatias inflamatórias?

A

✓ A perda da autotolerância leva à produção de autoanticorpos e ativação de células T que atacam o tecido muscular, causando inflamação, necrose e disfunção muscular progressiva.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual a importância dos fatores ambientais na ativação da resposta imune nas miopatias inflamatórias?

A

✓ Vírus (como Coxsackie, EBV, HIV) e fármacos (ex.: AINEs, D-penicilamina) funcionam como gatilhos imunológicos, ativando células autorreativas em indivíduos geneticamente predispostos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

. De que forma o complemento participa na fisiopatologia das miopatias inflamatórias?

A

✓ A ativação do complemento por autoanticorpos leva à lesão endotelial e microvascular, agravando o dano tecidual muscular especialmente em dermatomiosite.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Quais são as manifestações clínicas resultantes da ativação imune nas miopatias inflamatórias?

A

✓ Lesão microvascular, citotoxicidade celular, fraqueza muscular proximal simétrica e fadiga, constituem o quadro clínico típico resultante do ataque imunológico ao tecido muscular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

. Qual o principal infiltrado inflamatório observado na biópsia muscular da dermatomiosite e qual sua localização característica?

A

✓ Infiltrado de linfócitos T CD4+ com padrão perivascular e perifascicular, ou seja, entre as fáscias musculares, com lesão microvascular predominante.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Como se caracteriza histologicamente o acometimento na polimiosite?

A

✓ Presença de infiltrado endomisial profundo de linfócitos T CD8+ citotóxicos, com destruição direta das fibras musculares por ação celular.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Qual a principal diferença histopatológica entre dermatomiosite e lúpus eritematoso sistêmico (LES), considerando a lesão microvascular?
✓ Embora ambos possam apresentar lesão microvascular, no LES há intensa assinatura de interferon tipo I e maior envolvimento sistêmico (incluindo rins), enquanto na dermatomiosite predominam autoanticorpos musculares e fraqueza proximal sem acometimento renal proeminente.
26
Qual é o sintoma mais comum nas miopatias inflamatórias e como se distribui a fraqueza muscular?
✓ Fraqueza muscular proximal, com predomínio em cinturas escapular (dificuldade para pentear o cabelo, escovar os dentes) e pélvica (dificuldade para levantar-se, subir escadas). Músculos distais costumam estar preservados.
27
Quais atividades diárias costumam ser comprometidas em pacientes com fraqueza proximal por miopatia inflamatória?
✓ Atividades como levantar os braços (ex.: pentear cabelo) e levantar-se de uma cadeira ou subir escadas (cintura pélvica) são afetadas, exigindo uso de apoio.
28
Por que a função motora fina, como escrever ou segurar objetos pequenos, costuma permanecer preservada?
✓ Porque os músculos distais geralmente não são acometidos nas fases iniciais das miopatias inflamatórias idiopáticas, poupando movimentos finos.
29
. Qual é a escala mais comum de graduação da força muscular usada na prática clínica e como ela é estruturada?
A escala de 0 a 5: 0: sem movimento; 1: esboço de contração; 2: movimento sem vencer gravidade; 3: vence a gravidade; 4: vence resistência moderada; 5: força normal (vence qualquer resistência).
30
Em que grau da escala de força muscular consideramos que o paciente apresenta força muscular funcional no dia a dia?
✓ Grau 5 é considerado normal. Grau 3 (vence a gravidade) e grau 4 (vence resistência) já permitem alguma funcionalidade, embora com limitações.
31
Quais são as principais características clínicas da polimiosite em comparação à dermatomiosite?
✓ Polimiosite não apresenta lesões cutâneas típicas, ao contrário da dermatomiosite. A fraqueza muscular proximal é comum, especialmente nos extensores cervicais, podendo causar dificuldade para manter a cabeça erguida.
32
Qual a distribuição muscular típica da fraqueza na polimiosite, e como ela pode se manifestar clinicamente?
✓ Acomete principalmente extensores cervicais, mais do que os flexores. O paciente pode não conseguir manter a cabeça erguida, um achado sugestivo em casos moderados a graves.
33
Por que o diagnóstico diferencial é essencial nos casos de polimiosite?
✓ O padrão clínico da polimiosite é altamente heterogêneo, e muitas condições causam fraqueza muscular (ex.: distúrbios neuromusculares, endocrinopatias, doenças infecciosas), exigindo avaliação criteriosa.
34
Quais autoanticorpos estão associados à polimiosite e o que indicam?
✓ Anti-Jo-1 e anti-PM-Scl. Estão fortemente associados a síndromes de sobreposição com esclerose sistêmica e sugerem maior risco de doença pulmonar intersticial.
35
O que é a Síndrome Anti-Sintetase e como se relaciona à polimiosite?
✓ Subtipo de miopatia inflamatória, frequentemente associado à polimiosite, caracterizado por: fraqueza muscular proximal, doença pulmonar intersticial (PINE) e “mãos de mecânico” (hiperqueratose e fissuras palmares).
36
Quais são os principais sinais pulmonares e cardíacos associados à dermatomiosite?
✓ Até 50% dos pacientes têm alterações pulmonares, como derrame pleural ou intersticiopatia. Comprometimento cardíaco também ocorre em 50% dos casos durante a evolução da doença.
37
Quais dados clínicos iniciais sugerem gravidade na dermatomiosite no momento do diagnóstico?
✓ Cerca de 20% dos pacientes estão acamados ao diagnóstico e 50% apresentam disfagia alta, indicando envolvimento muscular esofágico significativo.
38
Existe dermatomiosite sem miopatia? Como se manifesta?
✓ Sim. Até 20% dos pacientes com dermatomiosite podem não apresentar fraqueza muscular inicial, configurando formas clínicas com manifestações cutâneas isoladas.
39
Qual o raciocínio clínico para suspeitar de doença pulmonar em dermatomiosite ou polimiosite?
✓ Pensar primeiro em serosites (ex.: derrame pleural), e posteriormente em intersticiopatias. O padrão segue o raciocínio clínico adotado em doenças do tecido conjuntivo, como LES e AR.
40
Quais são as características clínicas típicas da miopatia por corpúsculo de inclusão?
✓ Ocorre predominantemente em homens acima dos 50 anos, com fraqueza muscular proximal e distal, progressiva, assimétrica, de início insidioso e com acentuada atrofia muscular.
41
Como a miopatia por corpúsculo de inclusão difere das outras miopatias inflamatórias idiopáticas quanto à distribuição da fraqueza muscular?
✓ Ao contrário da dermatomiosite e polimiosite (fraqueza proximal simétrica), a fraqueza na miopatia por corpúsculo de inclusão é assimétrica e envolve músculos distais, especialmente nos membros inferiores, com piora progressiva.
42
Qual é o padrão de resposta terapêutica da miopatia por corpúsculo de inclusão?
✓ Resposta geralmente insatisfatória aos imunossupressores. Protocolos terapêuticos não são bem definidos, sendo o tratamento frequentemente baseado em estratégias utilizadas para dermatomiosite/polimiosite, com benefício clínico limitado.
43
. O que caracteriza a miopatia necrosante autoimune quanto ao tratamento e prognóstico?
✓ Apresenta resposta terapêutica incerta e evolução variável. Apesar de usar-se imunossupressão como nas formas clássicas, o controle clínico é mais difícil e muitas vezes insatisfatório.
44
O que define uma síndrome de superposição nas miopatias inflamatórias?
✓ Presença simultânea de manifestações clínicas e laboratoriais de duas ou mais doenças autoimunes sistêmicas no mesmo paciente, muitas vezes com sorologia sugestiva (ex.: anti-RNP, anti-PM/Scl).
45
Quais doenças autoimunes estão comumente associadas às síndromes de superposição com miopatia inflamatória?
✓ LES, esclerodermia, síndrome de Sjögren, DMTC (anti-RNP), cirrose biliar primária, tireoidite de Hashimoto e doenças inflamatórias intestinais.
46
. Qual a relevância clínica da poliarterite nodosa no contexto de miopatias e como investigá-la?
✓ Pode cursar com lesões ulceradas de pele e está classicamente associada à hepatite B. É fundamental investigar marcadores virais como HBsAg e anti-HBc em pacientes com vasculites sistêmicas.
47
Qual a principal característica ultrassonográfica da arterite temporal (vasculite de células gigantes)?
✓ O sinal do halo: espessamento hipoecoico da parede da artéria temporal, devido à inflamação vascular, é um achado típico na USG doppler.
48
. Por que é essencial identificar síndromes de superposição nas miopatias inflamatórias?
✓ Porque modificam o prognóstico, direcionam o tratamento (ex.: necessidade de imunossupressores adicionais) e alertam para complicações sistêmicas, como intersticiopatias ou envolvimento hepático, renal ou vascular.
49
Qual é a principal característica histológica da miopatia necrotizante autoimune?
✓ Presença de fibras musculares necróticas com ausência de infiltrado inflamatório significativo na biópsia muscular. A necrose é o achado predominante.
50
Quais são os dois principais autoanticorpos associados à miopatia necrotizante autoimune e como diferem clinicamente?
✓ Anti-HMGCR: quadro subagudo, frequentemente associado ao uso de estatinas, sem manifestações sistêmicas importantes, mas com disfagia em até 63%. ✓ Anti-SRP: doença mais grave e aguda, com maior chance de envolvimento pulmonar (25%) e miocardite.
51
Quais manifestações clínicas extrapiramidais e viscerais podem ocorrer na miopatia necrotizante autoimune?
✓ Disfagia alta, disfonia, regurgitação nasal, pneumopatia aspirativa, pneumopatia intersticial, distúrbios cardíacos (arritmias, miocardite), e vasculite sistêmica em casos mais graves.
52
. Quais achados pulmonares devem ser monitorados nas miopatias inflamatórias autoimunes?
✓ Pneumopatia intersticial (comum na síndrome anti-sintetase), derrame pleural e pneumonite aspirativa secundária à disfagia.
53
O que é a síndrome anti-sintetase e como ela se apresenta clinicamente?
✓ Associada ao anticorpo anti-Jo-1, manifesta-se com doença pulmonar intersticial, mãos de mecânico, febre, fenômeno de Raynaud e fraqueza muscular proximal.
54
Quais manifestações cardíacas podem ocorrer nas miopatias inflamatórias e como devem ser investigadas?
✓ Arritmias, distúrbios de condução e miocardite. Avaliação com ECG e ecocardiograma deve ser realizada rotineiramente.
55
. Quais são os principais achados cutâneos da dermatomiosite e o anticorpo associado?
✓ Sinal de Gottron, eritema heliotrópico, rash malar, sinal do V do decote, mãos de mecânico, hemorragia periungueal. Associado ao anti-Mi-2.
56
O que é o sinal de Gottron e qual sua importância diagnóstica?
✓ Eritema e descamação sobre articulações extensoras (dedos, cotovelos, joelhos), sendo patognomônico de dermatomiosite. Pode estar associado a calcinose em crianças e neoplasias em adultos.
57
. Qual é a conduta ao diagnosticar dermatomiosite em adultos em relação a neoplasias?
✓ Deve-se investigar ativamente neoplasias ocultas, pois a calcinose e manifestações cutâneas em adultos podem indicar paraneoplasia.
58
O que é o sinal de Gowers e como interpretá-lo no contexto de miopatias?
✓ Indica fraqueza muscular proximal, especialmente da cintura pélvica. É positivo quando o paciente precisa usar as mãos para se apoiar nas pernas ao levantar-se do chão, sugerindo perda de força em glúteos e quadríceps.
59
Como o sinal de Trendelenburg é realizado e qual sua interpretação clínica?
✓ Avalia a musculatura glútea estabilizadora da pelve. O teste é positivo quando, ao levantar uma perna, a pelve do lado contralateral cai, indicando fraqueza no glúteo médio do lado de apoio.
60
Como o teste de Mingazzini avalia força muscular e quais são seus achados positivos?
✓ Membros superiores: braços estendidos à frente por 1 minuto; queda precoce sugere fraqueza. ✓ Membros inferiores: joelhos fletidos em decúbito dorsal; queda das pernas antes de 1 minuto indica comprometimento muscular.
61
Quais são os principais componentes dos critérios diagnósticos de Bohan e Peter para miopatias inflamatórias?
✓ Avaliação clínica (fraqueza muscular proximal simétrica), elevação de enzimas musculares, padrão miopático à EMG, alterações características na biópsia muscular e manifestações cutâneas (em dermatomiosite).
62
Qual a importância da biópsia muscular no diagnóstico das miopatias inflamatórias e como deve ser coletada?
✓ Deve ser feita a fresco para evitar artefatos de necrose por manipulação. Permite distinguir subtipos, como necrose sem inflamação (miopatia necrotizante autoimune) e corpúsculos de inclusão ou vacúolos (miopatia por corpúsculo de inclusão).
63
O que caracteriza o padrão miopático da eletroneuromiografia (ENMG)?
✓ Contrações de baixa amplitude e curta duração, com recrutamento precoce. Em casos graves, pode haver incapacidade de gerar contração suficiente para registro adequado.
64
Em quais situações clínicas a ENMG pode ser pouco informativa em miopatias inflamatórias?
✓ Em fases muito ativas da doença ou em pacientes com fraqueza extrema, a incapacidade de contrair o músculo pode impedir a obtenção de dados precisos no exame.
65
Qual achado histológico favorece o diagnóstico de miopatia necrotizante autoimune?
✓ Necrose de fibras musculares sem infiltrado inflamatório, associada a autoanticorpos como anti-HMGCR ou anti-SRP.
66
Quais alterações histológicas são indicativas de miopatia por corpúsculo de inclusão?
✓ Presença de corpúsculos intracitoplasmáticos e vacúolos, frequentemente associados a degeneração muscular crônica e inflamação mínima ou ausente.
67
Quais enzimas são marcadores de lesão muscular em miopatias inflamatórias?
✓ CPK (mais sensível), aldolase, LDH, TGO/TGP (AST/ALT). Embora transaminases sejam hepatocelulares, também se elevam em necrose muscular.
68
Como diferenciar a dermatomiosite amiopática de outras formas?
✓ Presença de manifestações cutâneas clássicas (sinal de Gottron, heliotropo) sem fraqueza muscular evidente e com CPK normal. Pode haver atrofia muscular em fases crônicas, mesmo sem elevação enzimática.
69
Qual é a principal armadilha diagnóstica associada ao CPK em dermatomiosite crônica?
✓ Em fases muito avançadas, pode haver atrofia muscular extensa e consequente CPK normal, por falta de tecido muscular viável para liberar enzimas.
70
Quais autoanticorpos estão mais associados a subtipos específicos de miopatias inflamatórias?
✓ Anti-Jo-1: síndrome anti-sintetase (20%); Anti-Mi-2: dermatomiosite músculo-cutânea clássica (10%); Anti-SRP: miopatia necrotizante autoimune grave com acometimento cardíaco (5%).
71
Qual padrão de FAN é mais comum nas miopatias inflamatórias?
✓ FAN positivo em cerca de 80% dos casos, predominando os padrões nuclear e nucleolar.
72
Qual o papel da ressonância magnética na avaliação das miopatias inflamatórias?
✓ Detecta edema muscular (áreas brancas), direciona a localização ideal da biópsia, e é útil para monitorar resposta terapêutica após 6 meses de tratamento.
73
Quais são os principais locais de neoplasia associados à dermatomiosite?
✓ Ovário, trato gastrointestinal, pulmão, mama e linfoma não-Hodgkin. O risco de neoplasia é 4 a 6 vezes maior, especialmente nos primeiros 2 a 3 anos após o diagnóstico.
74
Qual a recomendação clínica frente a um diagnóstico recente de dermatomiosite em adulto?
✓ Realizar rastreio oncológico rigoroso e precoce, pois pode tratar-se de uma síndrome paraneoplásica. A distinção entre miopatia autoimune primária e manifestação neoplásica pode ser difícil.
75
Em que situações infecções ou neoplasias podem mimetizar dermatomiosite?
✓ Casos como infecção por HIV ou linfoma com linfadenomegalia dolorosa podem simular quadro de dermatomiosite. O diagnóstico diferencial requer histopatologia e sorologias específicas.
76
Quais são as principais características clínicas da dermatomiosite juvenil em comparação com a forma adulta?
✓ Mais rara, com menor frequência de envolvimento pulmonar e autoanticorpos. Apresenta mais calcinose (≈40%), vasculite gastrointestinal, febre e perda ponderal. Acomete crianças <16 anos.
77
Como diferenciar polimialgia reumática de miopatias inflamatórias?
✓ A polimialgia reumática causa dor e rigidez proximal (especialmente em ombros e quadris), mas não causa fraqueza muscular nem rash cutâneo. VHS e PCR são geralmente elevados.
78
Quais distúrbios eletrolíticos podem simular fraqueza muscular e como diferenciá-los?
✓ Hipocalemia e hiponatremia podem causar fraqueza, mas não têm manifestações cutâneas. O diagnóstico é feito com dosagem sérica de eletrólitos e corrige-se com reposição adequada.
79
Como diferenciar miopatias inflamatórias de distúrbios endócrinos como o hipotireoidismo?
✓ Hipotireoidismo pode causar miopatia branda e fraqueza, mas não apresenta rash típico. Diagnóstico por TSH e T4 livre. Biópsia muscular e CPK ajudam a diferenciar.
80
Quais características ajudam a distinguir miosite infecciosa das miopatias inflamatórias idiopáticas?
✓ Miosite infecciosa cursa com febre, dor muscular aguda e foco infeccioso (Staph, vírus). Já as miopatias inflamatórias são crônicas, progressivas e com rash específico.
81
. Como diferenciar miopatias inflamatórias de distrofias musculares genéticas?
✓ Distrofias (ex.: Duchenne, Becker) iniciam na infância, têm história familiar positiva, não apresentam rash. Biópsia e CPK ajudam na diferenciação. DM/PM afetam adultos e são autoimunes.
82
O que caracteriza a miopatia alcoólica e como diferenciá-la de miopatia inflamatória?
✓ Fraqueza muscular associada ao uso crônico de álcool, sem rash. Melhora com abstinência. Biópsia mostra atrofia sem inflamação significativa.
83
Quais achados diferenciam rabdomiólise de miopatias inflamatórias?
✓ Rabdomiólise cursa com dor aguda, mioglobinúria, elevação abrupta de CPK, geralmente após esforço, trauma ou uso de drogas. Miopatias inflamatórias são crônicas e progressivas.
84
Como o uso de estatinas pode ser confundido com miopatia inflamatória, e como diferenciá-los?
✓ Miopatia induzida por estatinas cursa com fraqueza e CPK elevado, mas sem rash cutâneo. Interromper a medicação melhora o quadro. Em casos graves, considerar miopatia necrosante autoimune com anti-HMGCR.
85
Como diferenciar a fraqueza muscular na dermatomiosite/polimiosite de outras doenças neuromusculares?
✓ A fraqueza em DM/PM é proximal, progressiva e constante. Em Miastenia Gravis, é flutuante e melhora com repouso. Em Eaton-Lambert, melhora com exercício repetitivo. Na ELA, acomete musculatura proximal e distal, de forma progressiva e crônica.
86
Quais são os sinais cutâneos que ajudam a distinguir dermatomiosite de outras doenças neuromusculares?
✓ Rash heliotrópico, sinal de Gottron e pápulas são específicos de dermatomiosite e ausentes nas outras condições (MG, ELA, Eaton-Lambert).
87
. A presença de dor muscular sugere qual diagnóstico entre os listados?
✓ Dor muscular é comum em polimiosite e dermatomiosite, mas não ocorre em miastenia, ELA ou síndrome de Eaton-Lambert.
88
Qual das doenças listadas cursa com reflexos diminuídos e qual com fasciculações?
✓ Reflexos diminuídos ocorrem na síndrome de Eaton-Lambert. ✓ Fasciculações são típicas da ELA, ausentes nas demais.
89
Qual a associação com neoplasias nas doenças neuromusculares comparadas?
✓ Dermatomiosite amiopática tem associação com câncer. ✓ Síndrome de Eaton-Lambert é frequentemente paraneoplásica, especialmente com câncer de pulmão. ✓ Miastenia e ELA não têm associação obrigatória.
90
. Quais são os principais exames diagnósticos utilizados para diferenciar essas condições?
✓ DM/PM: CPK elevado, autoanticorpos específicos (ex.: anti-Mi-2, anti-Jo-1). ✓ Miastenia: Anti-AChR e teste de edrofônio. ✓ Eaton-Lambert: Anticorpos contra canais de cálcio. ✓ ELA: EMG com sinais neurogênicos, CPK discreta e critérios clínicos neurológicos.
91
Qual é o papel da corticoterapia no tratamento inicial das miopatias inflamatórias e qual a dose preconizada?
✓ A base do tratamento é o corticoide oral, iniciando com prednisona 1 mg/kg/dia, mantido por 4–8 semanas. Posteriormente, reduz-se gradualmente até dose de manutenção (~0,5 mg/kg/dia), conforme resposta clínica e marcadores (CPK, aldolase).
92
Em que situações está indicada a pulsoterapia com metilprednisolona nas miopatias inflamatórias?
✓ Indicada em casos graves, com fraqueza acentuada dos músculos cervicais (flexores/extensores) ou disfagia importante. Utiliza-se 1 g/dia de metilprednisolona por 3 dias, seguido por prednisona oral.
93
Quais imunossupressores são recomendados em associação ao corticoide e qual sua principal indicação?
✓ Metotrexato: primeira escolha para poupar corticoide. Azatioprina: útil em refratariedade ou doença pulmonar. Hidroxicloroquina: para manifestações cutâneas e sintomas leves. IVIG: para disfagia grave ou pneumopatia intersticial. Rituximabe: para casos refratários.
94
Quais os efeitos adversos importantes da ciclosporina e quando ela deve ser evitada?
✓ Hipertensão arterial sistêmica e insuficiência renal. Deve-se evitar em pacientes nefropatas ou hipertensos não controlados.
95
. Qual é a função da fotoproteção e do tacrolimus tópico nas miopatias inflamatórias com componente cutâneo?
✓ A fotoproteção é essencial para evitar agravamento das lesões cutâneas. Tacrolimus tópico pode ser utilizado em lesões localizadas resistentes, com bom perfil de segurança.
96
Qual é o papel da reabilitação no manejo das miopatias inflamatórias?
✓ A fisioterapia deve ser iniciada precocemente, mesmo durante atividade de doença, para prevenir atrofia, contraturas e manter funcionalidade muscular a longo prazo.
97
Quais são os três possíveis padrões de evolução clínica nas miopatias inflamatórias?
✓ Monocíclico (34–40%): remissão completa após tratamento inicial. Policíclico (maioria): episódios intercalados de remissão e recidiva. Progressivo crônico (raro): ausência de remissão mesmo com tratamento adequado.
98
. Como a introdução do corticoide modificou o prognóstico das miopatias inflamatórias?
✓ Antes da corticoterapia: 1/3 dos pacientes morriam. Com corticoide: a mortalidade caiu para menos de 5%, com grande melhora funcional e sobrevida.
99
Qual a conduta clínica durante recaídas no curso policíclico da doença?
✓ Reintroduzir ou ajustar a dose de corticoide e imunossupressores, sempre avaliando gatilhos como infecções ou suspensão precoce do tratamento. A vigilância contínua e reavaliações periódicas são fundamentais
100
Qual anticorpo está fortemente associado à forma amiopática da dermatomiosite?
✓ Anti-MDA5: associado à dermatomiosite amiopática, especialmente quando acompanhada de doença pulmonar intersticial rapidamente progressiva.
101
Quais autoanticorpos estão mais fortemente associados a neoplasias nas miopatias inflamatórias?
✓ TIF-1γ, NXP-2 e SAE: presença desses anticorpos implica investigação obrigatória de neoplasias, especialmente nos primeiros 2–3 anos após o diagnóstico de dermatomiosite.
102
Qual anticorpo está associado à miopatia por corpúsculo de inclusão?
✓ Anti-cN1A (também conhecido como NT5C1A): marcador sorológico da miopatia com corpúsculos de inclusão (MCI), que apresenta curso insidioso e refratário ao tratamento imunossupressor.
103
Quais autoanticorpos estão relacionados a síndromes de sobreposição com outras doenças autoimunes?
✓ PM-Scl, Ku, e anti-PM-5d-70: comumente encontrados em pacientes com miopatias inflamatórias associadas a esclerodermia, LES ou DMTC, caracterizando síndromes de superposição.
104
O que é importante saber sobre os diversos subtipos do anticorpo anti-sintetase?
✓ Existem múltiplos anti-sintetases além do anti-Jo-1, como PL-7, PL-12, EJ, OJ, etc. Todos estão associados à síndrome anti-sintetase, com risco de pneumopatia intersticial, artrite e mãos de mecânico.
105
. Qual o significado clínico do anticorpo anti-Ro52 nas miopatias inflamatórias?
✓ Associado a doença pulmonar intersticial grave, especialmente em pacientes com síndrome anti-sintetase. Pode coexistir com anti-Jo-1 e agravar o quadro respiratório.
106
Qual é a conduta clínica ao identificar anticorpos associados a neoplasia ou envolvimento pulmonar grave?
✓ Realizar rastreio oncológico completo (TGI, ovário, mama, pulmão) e investigação pulmonar com TCAR, além de considerar intervenção precoce com imunossupressores potentes e possível uso de IVIG.
107
Qual o padrão de fraqueza muscular típico em cada subtipo de miopatia inflamatória? ✓
DM: Proximal, simétrica, com rash cutâneo típico. PM: Proximal, simétrica, após exclusão de outras causas. MAN: Proximal severa, início agudo/subagudo. MCI: Início insidioso, fraqueza proximal e distal, assimétrica, comum em >50 anos
108
Como os níveis de CPK variam entre os subtipos de miopatias?
✓ DM/PM: Geralmente até 50x LSN. MAN: Muito elevados, podendo ultrapassar 50x LSN. MCI: Normais ou levemente elevados, mesmo com fraqueza evidente.
109
Qual o padrão encontrado na eletroneuromiografia (ENMG) das miopatias inflamatórias?
✓ Todos os subtipos apresentam padrão miopático. MCI pode ter alterações mais crônicas, com potencial de longa duração.
110
Quais são os achados histopatológicos característicos da biópsia muscular na dermatomiosite?
✓ Inflamação perivascular e perifascicular, com necrose em cunha e atrofia perifascicular. Presença de fibras com infarto e redução capilar.
111
Como a polimiosite se distingue histologicamente?
✓ Infiltrado CD8+ invadindo fibras saudáveis, aumento da expressão de MHC classe I, sem vacúolos, sem distrofia, com padrão inflamatório clássico.
112
Quais achados histológicos definem a miopatia necrotizante autoimune?
✓ Fibras necróticas difusas, macrófagos, sem infiltrado significativo, CD8+ ou vacúolos raros, depósito de complemento em capilares.
113
O que caracteriza histologicamente a miopatia por corpúsculo de inclusão?
✓ CD8+ invadindo fibras saudáveis, presença de vacúolos autófagos, fibras com depósito de material vermelho-azulado, presença de corpúsculos de inclusão.
114
. Quais autoanticorpos são associados a cada subtipo?
✓ DM: Anti-MDA-5, Anti-Mi-2, Anti-TIF-1, Anti-NXP-2. PM: Anticorpos da síndrome de sobreposição (ASAS). MAN: Anti-SRP, Anti-HMGCR. MCI: Anti-cN1A.
115
Qual o papel da RNM na abordagem das miopatias inflamatórias?
✓ Auxilia na localização ideal para biópsia e avaliação da atividade inflamatória. Na MCI, a inflamação é focal e seletiva, podendo dificultar o diagnóstico por RNM.