MIOPATIAS Flashcards
(115 cards)
O que caracteriza uma miopatia inflamatória em termos histopatológicos e clínicos?
✓ Inflamação da musculatura estriada esquelética, podendo envolver células inflamatórias no infiltrado muscular e sintomas como fraqueza muscular proximal simétrica.
Qual é a relevância clínica das miopatias com corpúsculos de inclusão?
✓ Elas não seguem o padrão clássico inflamatório, sendo consideradas degenerativas. A inflamação surge secundariamente ao processo degenerativo, o que altera o manejo clínico e terapêutico.
Como medicamentos podem se relacionar com o desenvolvimento de miopatias?
✓ Certas miopatias podem ser desencadeadas por medicamentos, como as estatinas, sendo classificadas como secundárias e não idiopáticas.
O que são miopatias sistêmicas e qual sua implicação clínica?
✓ Miopatias sistêmicas afetam não só a musculatura esquelética, mas também órgãos e sistemas, exigindo abordagem multidisciplinar e investigação de comorbidades autoimunes.
Qual a incidência e principais grupos etários afetados pelas miopatias inflamatórias?
✓ Incidência varia de 2 a 10 casos por milhão. Adultos são mais afetados entre os 40-50 anos, enquanto em crianças o pico é dos 10 aos 15 anos.
Como a distribuição por sexo afeta a prevalência das miopatias inflamatórias?
✓ São duas vezes mais comuns em mulheres, refletindo um padrão comum nas doenças autoimunes.
Qual subtipo de miopatia inflamatória apresenta maior prevalência em homens após os 50 anos?
✓ A miosite com corpúsculos de inclusão (MCI), com progressão lenta e pobre resposta imunossupressora.
Quais os cinco subtipos principais de miopatias inflamatórias idiopáticas segundo a classificação apresentada?
✓ 1. Dermatomiosite (juvenil e adulta);
✓ 2. Polimiosite;
✓ 3. Miosite por corpúsculo de inclusão;
✓ 4. Síndromes de sobreposição;
✓ 5. Dermatomiosite associada ao câncer.
Qual a importância clínica das síndromes de sobreposição nas miopatias inflamatórias?
✓ Representam associação de polimiosite ou dermatomiosite com outras doenças do tecido conjuntivo (DTC), demandando investigação de doenças como LES, esclerose sistêmica e AR.
Quais genes do sistema HLA estão associados às miopatias inflamatórias e qual sua relevância clínica?
Destaca-se o HLA-DRw52 (associado a formas mais graves e pior prognóstico)
HLA-DRw53 (associado a formas menos graves e melhor prognóstico).
Como os fatores genéticos e ambientais interagem na etiopatogênese das miopatias inflamatórias?
✓ A doença é multifatorial, com predisposição genética somada a gatilhos ambientais como infecções virais (ex.: influenza A, hepatite B, coxsackie, HIV) que ativam o sistema imune, levando à quebra da autotolerância.
Quais vírus estão implicados como gatilhos para miopatias inflamatórias pós-infecciosas?
✓ Echovírus, HIV e HTLV são exemplos de vírus associados ao surgimento de miopatias inflamatórias por mecanismos pós-infecciosos.
Qual o papel da autoimunidade na fisiopatologia das miopatias inflamatórias?
✓ A autoimunidade envolve a formação de autoanticorpos e expansão de células T autorreativas, perda da regulação imunológica e destruição muscular mediada por mecanismos imunes.
Na dermatomiosite, qual é a principal célula envolvida na inflamação e qual o padrão de acometimento histológico?
✓ Linfócitos T CD4+, com inflamação perimisial e perivascular, especialmente perifascicular, atingindo áreas superficiais entre as fáscias musculares.
Na polimiosite, qual tipo de célula T predomina e qual o padrão de acometimento?
✓ Linfócitos T CD8+, com destruição muscular mediada por ação citotóxica dentro da fáscia, com inflamação mais profunda e invasão direta das fibras musculares.
Como o padrão de acometimento tecidual ajuda a diferenciar dermatomiosite de polimiosite na prática clínica e patológica?
✓ Dermatomiosite afeta áreas periféricas (perifasciculares) com predomínio de CD4+, enquanto a polimiosite acomete áreas profundas (intrafasciculares) com predomínio de CD8+, auxiliando na distinção histológica e imunopatológica entre os subtipos.
Qual a sequência fisiopatológica que leva ao desenvolvimento das miopatias inflamatórias idiopáticas?
✓ Inicia-se com predisposição genética (genes HLA, TNF-α), associada a agentes ambientais (UV, vírus como Coxsackie, EBV, HIV, e drogas), levando à perda da autotolerância imunológica, formação de autoanticorpos, ativação de células T autorreativas e perda da regulação imunológica.
Que papel têm os linfócitos T e os autoanticorpos nas manifestações clínicas das miopatias inflamatórias?
✓ Os linfócitos T citotóxicos promovem citotoxicidade celular direta, enquanto os autoanticorpos ativam complemento e causam lesão microvascular, resultando em fraqueza muscular e fadiga.
Como a perda da autotolerância contribui para a lesão muscular nas miopatias inflamatórias?
✓ A perda da autotolerância leva à produção de autoanticorpos e ativação de células T que atacam o tecido muscular, causando inflamação, necrose e disfunção muscular progressiva.
Qual a importância dos fatores ambientais na ativação da resposta imune nas miopatias inflamatórias?
✓ Vírus (como Coxsackie, EBV, HIV) e fármacos (ex.: AINEs, D-penicilamina) funcionam como gatilhos imunológicos, ativando células autorreativas em indivíduos geneticamente predispostos.
. De que forma o complemento participa na fisiopatologia das miopatias inflamatórias?
✓ A ativação do complemento por autoanticorpos leva à lesão endotelial e microvascular, agravando o dano tecidual muscular especialmente em dermatomiosite.
Quais são as manifestações clínicas resultantes da ativação imune nas miopatias inflamatórias?
✓ Lesão microvascular, citotoxicidade celular, fraqueza muscular proximal simétrica e fadiga, constituem o quadro clínico típico resultante do ataque imunológico ao tecido muscular.
. Qual o principal infiltrado inflamatório observado na biópsia muscular da dermatomiosite e qual sua localização característica?
✓ Infiltrado de linfócitos T CD4+ com padrão perivascular e perifascicular, ou seja, entre as fáscias musculares, com lesão microvascular predominante.
Como se caracteriza histologicamente o acometimento na polimiosite?
✓ Presença de infiltrado endomisial profundo de linfócitos T CD8+ citotóxicos, com destruição direta das fibras musculares por ação celular.