Linfoma - Anatomia Flashcards
(20 cards)
Qual é a função geral de um linfonodo no sistema linfático?
Filtrar o fluido linfático, expor antígenos aos linfócitos e orquestrar respostas imunes locais, auxiliando na defesa contra infecções e neoplasias.
O que é a cápsula do linfonodo e qual sua função?
É a camada externa de tecido conjuntivo que envolve o linfonodo, fornecendo proteção e delimitação. Dela partem as trabéculas, que penetram o parênquima para sustentação estrutural.
O que é o seio (marginal) subcapsular?
É o espaço logo abaixo da cápsula onde o fluido linfático, vindo pelos vasos aferentes, desemboca antes de percorrer o córtex. É o primeiro local de contato entre antígenos e células imunes.
Quais são as três zonas principais do linfonodo, internamente?
- Córtex ou Zona Folicular (com folículos de linfócitos B)
- Paracórtex (área rica em linfócitos T)
- Medula (cordões medulares com plasmócitos e macrófagos)
Como o córtex (ou zona folicular) está organizado e qual sua principal célula residente?
O córtex contém folículos linfóides, podendo ser:
* Folículos primários (linfócitos B em repouso)
* Folículos secundários (com centro germinativo ativo)
As células B predominam nessa região.
O que ocorre no centro germinativo de um folículo secundário?
Há ativação e proliferação intensa de linfócitos B, além de hipermutação somática e seleção clonal, resultando em anticorpos de maior afinidade.
Qual é a função da paracórtex no linfonodo?
É a região onde predominam linfócitos T e células dendríticas. É fundamental para a apresentação de antígenos (via células dendríticas) e ativação das células T.
Que tipo de vasos especiais existem no paracórtex e por que são importantes?
As vênulas endoteliais altas (VEA), que permitem a migração de linfócitos T do sangue para o interior do linfonodo, contribuindo para a vigilância imune local.
O que se encontra na medula do linfonodo?
Os cordões medulares, contendo linfócitos B diferenciados (plasmócitos), macrófagos e células reticulares, bem como os seios medulares por onde sai a linfa em direção ao vaso eferente.
Explique como a linfa chega e sai do linfonodo.
- Vasos aferentes: Penetram na cápsula, levando linfa ao seio subcapsular.
- Seios medulares: Transportam a linfa para o hilo.
- Vaso linfático eferente: Sai pelo hilo, levando linfa já “filtrada” em direção à circulação.
Qual a relevância de conhecer a anatomia do linfonodo no contexto dos linfomas?
Porque cada subtipo de linfoma pode originar-se em zonas diferentes (folicular, paracortical, medular). Além disso, a arquitetura nodal normalmente se perde ou é distorcida pela expansão neoplásica, auxiliando o diagnóstico.
Que tipo de linfoma se relaciona tipicamente ao córtex/folículos do linfonodo?
Linfoma folicular (de células B do centro germinativo), que forma um padrão nodular na biópsia e geralmente apresenta translocação t(14;18).
E qual linfoma costuma derivar do paracórtex (região T)?
Alguns linfomas de células T periféricas têm origem no paracórtex, pois é onde linfócitos T residem e se ativam.
Por que a medula pode ser importante para alguns subtipos linfoproliferativos, como plasmocitomas?
Porque a medula abriga plasmócitos (formas B altamente diferenciadas). Certas neoplasias (p. ex., plasmocitoma extramedular) podem ocupar a região medular do linfonodo.
Qual o papel das células dendríticas no linfonodo?
Capturar, processar e apresentar antígenos aos linfócitos T, especialmente na paracórtex. São cruciais para iniciar a resposta imune celular.
Quais células podem ser encontradas ao longo de todo o linfonodo, participando de fagocitose e apresentação de antígeno?
Monócitos, histiócitos e macrófagos distribuem-se por várias regiões, removendo detritos e processando antígenos.
Como o padrão arquitetural do linfonodo pode auxiliar no diagnóstico de linfomas?
Em casos de linfoma, a arquitetura normal (folículos, paracórtex, medula) costuma estar distorcida ou substituída por células neoplásicas em padrão folicular anômalo, difuso ou outros arranjos típicos de cada subtipo.
Por que é preferível uma biópsia excisional de linfonodo ao invés de uma punção por agulha fina?
Porque analisar a arquitetura global do linfonodo (distribuição folicular, paracortical, etc.) é fundamental para classificar o linfoma. Punção aspirativa não preserva essa estrutura.
O que acontece no seio subcapsular em certas situações neoplásicas ou infecciosas?
Pode haver acúmulo de células (tumorais ou inflamatórias) e espessamento, alterando o fluxo da linfa e a estrutura do linfonodo.
Explique por que o conhecimento da anatomia linfonodal é central na patogênese e diagnóstico dos linfomas.
Porque cada região (córtex, paracórtex, medula) corresponde a populações celulares distintas (B, T, plasmócitos). Identificar onde a neoplasia surge e como ela distorce a organização nodal ajuda a determinar o subtipo de linfoma, o comportamento clínico e, por consequência, a melhor conduta terapêutica.