LInfoma - Prognóstico Flashcards
(20 cards)
O que define prognóstico em um linfoma?
A chance de controle ou cura da doença, estimada por fatores como estádio, fatores de risco clínico-laboratoriais (idade, LDH), subtipo histológico, entre outros.
Qual o índice prognóstico mais utilizado em linfomas não Hodgkin agressivos (ex.: LDGCB)?
O International Prognostic Index (IPI), que atribui pontos a fatores como idade >60, LDH alto, performance status ruim, estádio avançado (III/IV) e ≥2 sítios extranodais.
Como o IPI classifica os pacientes de acordo com o número de fatores?
Cada fator adverso conta 1 ponto; quanto maior a soma (0–5), pior o prognóstico. Pacientes são estratificados em risco baixo, intermediário ou alto.
O que é o FLIPI?
Follicular Lymphoma International Prognostic Index, específico para linfoma folicular. Avalia idade, hemoglobina, LDH, estádio clínico e número de áreas linfonodais para estratificar risco.
Na síndrome linfoproliferativa do Hodgkin, qual índice é usado em estádios avançados?
O International Prognostic Score (IPS), considerando idade, sexo, estágio, hemoglobina, linfócitos, leucócitos, albumina e outros parâmetros.
Por que idade avançada costuma indicar pior prognóstico na maioria dos linfomas?
Pessoas mais idosas têm menor reserva fisiológica, mais comorbidades, menor tolerância a quimioterapia agressiva, além de biologia tumoral frequentemente mais desfavorável.
De que forma o LDH se relaciona à agressividade do linfoma?
LDH elevado reflete maior turnover celular e atividade metabólica, correlacionando-se a maior massa tumoral e, portanto, pior desfecho.
Como o número de sítios extranodais acometidos impacta o prognóstico?
Quanto mais regiões extranodais (fígado, ossos, SNC etc.) estiverem envolvidas, mais disseminada a doença e, consequentemente, pior a perspectiva de cura ou controle.
Por que o performance status (ECOG/Karnofsky) integra vários índices prognósticos?
Pois indica a capacidade física do paciente de tolerar tratamento intensivo, além de refletir o estado geral de saúde. Piora do status → menor chance de sucesso terapêutico.
Qual o significado de “double-hit” ou “triple-hit” no prognóstico de certos linfomas B?
São casos com translocações concomitantes em genes como MYC + BCL2 e/ou BCL6, resultando em comportamento extremamente agressivo e pior resposta aos esquemas padrão.
Como o estadiamento (Ann Arbor/Cotswolds) se relaciona ao prognóstico no Hodgkin?
Estádios I e II (localizados) → altas taxas de cura. Estádios III e IV (disseminados) → embora ainda curáveis, têm prognóstico relativamente pior, exigindo tratamento mais intensivo.
No linfoma folicular, qual a implicação de um FLIPI alto?
Prediz menor sobrevida e maior risco de transformação ou recaída, orientando a escolha de terapias mais intensivas ou acompanhamento mais próximo.
Em linfomas T periféricos, costuma existir algum índice prognóstico semelhante ao IPI?
Sim, há o PIT (Prognostic Index for T-cell lymphoma), adaptado de fatores semelhantes (idade, LDH, performance, envolvimento medular), mas nem sempre tão aplicado quanto IPI para linfomas B.
E quanto ao PS (prurido, suores noturnos, febre) no Hodgkin – como interferem no prognóstico?
Esses sintomas, chamados “sintomas B”, indicam maior carga inflamatória e se associam a estadiamento com letra “B”, correlacionando-se a desfecho menos favorável se comparado a “A.”
Explique o papel da biologia molecular (ex.: subtipos GCB vs. ABC no LDGCB) no prognóstico.
LDGCB com fenótipo GCB tende a responder melhor ao R-CHOP, enquanto o subtipo ABC (Activated B-Cell) tem prognóstico mais desfavorável, podendo demandar estratégias adicionais.
Que fatores clínicos sugerem prognóstico pior em linfoma de Hodgkin além do estadiamento?
Presença de massa bulky (>10 cm), idade avançada, sintomas B, VHS elevada, baixo nível de albumina, sexo masculino em alguns protocolos (parte do IPS).
Por que mesmo linfomas avançados podem ter prognósticos distintos conforme o subtipo histológico?
Porque mutações específicas, linhagem celular (B vs. T), agressividade intrínseca e resposta aos quimioterápicos variam muito entre subtipos.
Como a recidiva precoce após quimioterapia inicial afeta o prognóstico?
Recidivas em pouco tempo indicam doença mais resistente, com pior sobrevida global. É comum recorrer ao transplante de células-tronco ou terapias avançadas.
Em resumo, o prognóstico de um linfoma depende basicamente de quais elementos?
Subtipo histológico e genético
Estadiamento e extensão (Ann Arbor)
Índices clínicos (IPI, FLIPI, IPS)
Idade, sintomas B, performance status, LDH
Resposta inicial ao tratamento
Conclua como os índices prognósticos ajudam na prática clínica.
Eles estratificam pacientes em grupos de risco, auxiliando a decidir intensidade terapêutica, necessidade de transplante precoce ou terapias experimentais e permitindo conversar sobre expectativa de resposta/cura com maior objetividade.