M07 - Distúrbios Metabólicos e Hidroeletrolíticos Flashcards

(121 cards)

1
Q

Hipoglicemia no PS

O que é o mais importante de saber?

A
  1. Potencialmente fatal
  2. Buscar diagnóstico de causa
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2
Q

Hipoglicemia no PS

Qual a definição de hipoglicemia?

A

Glicose capilar < 45

Em paciente diabéticos: < 70

+

sintomas

+

resolução de sintomas com a correção da hipoglicemia

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3
Q

Hipoglicemia no PS

Quais os sintomas de hipoglicemia?

A

Adrenérgicos e neuroglicopênicos

Adrenérgicos: ativação do sistema simpático

Neuroglicopênicos: Cefaleia, RNC, déficit neurológico focal, sintomas neurológicos gerais.

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4
Q

Hipoglicemia no PS

Como abordar inicialmente o quadro?

A
  1. Tratar
  2. Pesquisar a causa
  3. MOV
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5
Q

Hipoglicemia no PS

Se for pouco sintomática, como conduzir?

A
  1. Glicose VO
  2. Copo com açúcar
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6
Q

Hipoglicemia no PS

Se for muito sintomático, como conduzir?

A

Glicose 50% - 4 amp IV

Cuidado com o acesso, calibroso e firme pois destrói o SC.

Pode repetir.

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7
Q

Hipoglicemia no PS

Quando usar SG 5%?

A

Quando se achar que pode haver recorrência.

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8
Q

Hipoglicemia no PS

Quais as possíveis causas em pacientes não diabéticos?

A
  1. Medicações
  2. Grave (Sepse, trauma, queimadura)
  3. Doença clínica (IC, DRC, Insuf hep)
  4. Inanição
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9
Q

Hipoglicemia no PS

Quando repor tiamina? Que dose?

A

Repor: desnutridos, hepatopatas e etilistas

Dose: 100-300mg

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10
Q

Hipoglicemia no PS

Quando internar?

A
  1. Diabético com alto risco de recorrência
  2. Indícios de outras patologias (ex. sepse)
  3. UTI: RNC persistente
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11
Q

Cetoacidose diabética e EHH

O que são?

A

Complicações associadas à hiperglicemia, podendo haver complicações graves e potencialmente fatais.

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12
Q

Cetoacidose diabética

Qual a definição?

A

Ausência absoluta de insulina + frequentemente na DM tipo 1

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13
Q

Cetoacidose diabética

Quais pacientes demandam cuidado por pior prognóstico?

A
  1. Extremos de idade
  2. Coma
  3. Choque
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14
Q

Cetoacidose diabética

Quais os fins fisiopatológicos que justificam o quadro?

A
  1. Hiperglicemia
  2. Corpos cetônicos (acidose metabólica)
  3. Desidratação
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15
Q

Cetoacidose diabética

Qual a tríade diagnóstica da CAD?

A
  1. Cetonemia (ou cetonúria +4)
  2. Acidemia (ph < 7,3) c/ Ânion GAP aumentado: Na - (Cl + BIC)
  3. Hiperglicemia ( > 250mg/dL)
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16
Q

Cetoacidose diabética

Qual distúrbio hidroeletrolítico está associado?

A

Distúrbios do K, pois a insulina transfere K para o intracelular.

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17
Q

Cetoacidose diabética

Qual o quadro clínico?

A

Evolução rápida com

  1. Poliúria, polidipsia e perda de peso
  2. Sinais de desidratação (taquicardia, hipotensão, mucosas hipocoradas)
  3. TGI (Náuseas, vômitos e dor abdominal)
  4. Acidose (hálito cetônico e Kussmaul)
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18
Q

EHH

Qual a definição?

A

Ausência relativa de insulina, + comum em DM tipo 2

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19
Q

EHH

Quais os mecanismos fisiopatológicos?

A

Hiperglicemia com hiperosmolaridade e desidratação profunda, sem acidose metabólica.

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20
Q

EHH

Qual o quadro clínico?

A
  1. Quadro insidioso (dias a semanas)
  2. Poliúria, polidpsia e polifagia
  3. Desidratação
  4. Sintomas neurológicos mais intensos por osmolaridade alterada
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21
Q

EHH

Como fazer o diagnóstico?

A
  1. Hiperglicemia ( > 600mg/dL)
  2. Osmolaridade > 320 mosm/kg
  3. pH normal
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22
Q

EHH

Como calcular osmolaridade efetiva?

A

2 x (Na corrigido) + glicemia/18

(Na corrigido) = Na + 1,6*glicemia/100

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23
Q

Cetoacidose diabética e EHH

Que exames solicitar?

A
  1. Glicemia sérica
  2. Urina EAS
  3. Gasometria arterial
  4. Eletrólitos (Na, K, P, Cl)

+

Hemograma, função renal

+

Conforme suspeita

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24
Q

Cetoacidose diabética e EHH

Como realizar o tratamento?

A

VIP

Volume, insulina e potássio

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25
**Cetoacidose diabética e EHH** O que realizar em relação ao volume?
1. Reposição volêmica vigorosa 2. Estabilização hemodinâmica 3. 1000-1500mL na primeira hora, aberto, podendo repetir !! Cuidado com cardiopatas e DRC 4. Estabilização? 250-50mL 5. Calcular Na corrigido 5.1 Se \< 135: NaCl 0,9% + glicose 5-10% 5.2 Se ≥ 135: NaCl 0,45% + glicose 5-10% ! Não é o objetivo reduzir a glicemia e sim a acidose! Glicemia é fácil.
26
**Cetoacidose diabética e EHH** O que fazer em relação à insulina?
1. **Insulina REGULAR EV** 2. **K \< 3,3 NÃO FAZ** 3. **Ataque: 0,1 a 0,15 U/kg bolus** 4. **Infusão: 0,1U/kg/hora** Diluição: 50U + 250ml SF 5ml = 1U de insulina 5. **Queda adequada: 50-70/h** - Se \< = dobrar velocidade - Se \> = metade da velocid. 6. **Se gl 200-250** - Associar SG 5-10%
27
**Cetoacidose diabética e EHH** O que fazer em relação ao K?
Dosar na gasometria venosa! 1. **Se \< 3,3** Kcl 40mEq e medir depos 2. **Se 3,3-5,0** 2.1 Insulina 2.2 Kcl 20-mEq/litro de solução 2.3 Medir K de 2/2h 2.4 Manter K entre 4,0 e 5,0 3. **Se \> 5,0** Dar insulina e medir K de 2/2h
28
**Cetoacidose diabética e EHH** Quando posso dar alta?
**CAD** 1. pH \> 7,3 2. Bic ≥ 15 3. AG ≤ 12 **EHH** Correção de glicemia e osmolaridade
29
**Cetoacidose diabética e EHH** Como fazer o esquema sem bomba de infusão?
0,4 U/kg SC/IM Metade bolus, metade SC/IM Manter 0,1U/kg/h SC/IM de 1/1h
30
**Injúria Renal Aguda** O que é?
Redução abrupta, algumas vezes reversível da função renal.
31
**Injúria Renal Aguda** Quais as consequências da IRA?
1. Retenção de ureia e outras escórias nitrogenadas 2. Desregulação de volume 3. Desregulação de eletrólitos
32
**Injúria Renal Aguda** Quais os critérios diagnósticos?
Critérios de KADIGO (1 critério) 1. ⇡ da creatinina sérica ≥ 0,3mg/dl em 48h 2. ⇡ relativo ≥ a 1,5 a creatinina basal sabida ou presumidamente da última semana 3. Volume de diurese \< 0,5ml/kg/h em período maior que 6h
33
**Injúria Renal Aguda** Quais os estágios da classificação de Kadigo?
1 (risco), 2 (lesão renal) e 3 (falência renal)
34
**Injúria Renal Aguda** Qual o quadro clínico habitual?
1. Edema 2. HAS 3. ⇣ Diurese 4. Assintomáticos com ⇡ de creatinina
35
**Injúria Renal Aguda** Quais os 3 tipos de etiologia?
1. Pré renal 2. Renal 3. Pós renal
36
**Injúria Renal Aguda** Qual a etiologia da IRA pré renal?
Perfusão inadequada dos rins 1. **Hipovolemia** (diarreia, vômitos, poliúria, diuréticos, hemorragia, pancreatite) 2. **Hipofluxo de artéria renal** (IC, SHR, estenose de artéria renal e sd. compartimental abdominal e sd. nefrótica grave) Pode evoluir para IRA renal
37
**Injúria Renal Aguda** Qual a etiologia da IRA renal?
1. NTA 2. Choque 3. Hemólise 4. Rabdomiólise 5. Intoxicações 6. Acidentes ofídicos 7. Medicamentos
38
**Injúria Renal Aguda** Como diferenciar NTA ou IRA pré renal?
Testar volume para diferenciar. Parâmetros laboratoriais **Pré renal**: cilindros hialinos **NTA**: cilindros granulosos e epiteliais
39
**Injúria Renal Aguda** Qual a gravidade da sepse nesse contexto?
Soma de várias etiologias para a IRA, com: 1. hipoperfusão 2. vasodilatação sistêmica 3. endotoxinas inflamatórias próprias
40
**Injúria Renal Aguda** Quais as etiologias da IRA pós renal?
Obstrução do fluxo urinário 1. Bexiga neurogênica 2. Medicamentos anticolinérgicos 3. Obstrução uretral 4. CA de bexiga ou metástases 5. HPB ou CA de próstata 6. Sondagem!
41
**Injúria Renal Aguda** O que nos direciona a pensar em IRA Renal em exames de laboratório?
1. Hematúria 2. Proteinúria 3. Cilindros
42
**Injúria Renal Aguda** Como identificar a causa da hematúria?
Excluir a manipulação ## Footnote **Se eumórficas**: trato urinário baixo **Se dismórficas**: glomerular
43
**Injúria Renal Aguda** Que diagnósticos podem estar associados à piúria?
**Cilindros leucocitários**: pielonefrite **Eosinófilos \> 1%**: NIA
44
**Injúria Renal Aguda** Como manejar IRA pré renal?
1. Fluidoterapia (Ringer ou SF) 2. Suspender IECA/BRA/AINES 3. Suspender diuréticos
45
**Injúria Renal Aguda** Como manejar IRA Renal?
**Cuidar da NTA!** 1. Prevenção 2. Manejo de hipotensão e hipoperfusão 3. Suspender nefrotóxicos 4. Ajustar drogas 5. Suporte clínico **Corrigir DHE** **Se oligúria** Furosemida stress test para ver 200ml de diurese em 2h **Se acidose** Bicarbonato 1mEq/kg
46
**Injúria Renal Aguda** Como manejar a IRA pós-renal?
1. Desobstrução 2. Sonda Vesical de Demora
47
**Injúria Renal Aguda** O que são as urgências dialíticas?
**A E I O U** **A**cidose refratária **E**letrólitos (K!!) **I**ntoxicações **O**verload (congestão) **U**remia (encefalopatia urêmica, derrames cavitários e hemorragia)
48
**Distúrbios do Sódio** Como determinar hiponatremia?
Na \< 135mEq/L
49
**Distúrbios do Sódio** Como classificar a hiponatremia?
**Em tempo e gravidade** **Tempo** Agudo: \< 48h Crônico: \> 48h **Gravidade** Leve: 130-135 Moderada: 120-129 Grave: \< 120
50
**Distúrbios do Sódio** Qual a clínica da hiponatremia?
**Leve** Náusea, mal estar **Moderadas** Náuseas sem vômitos, cefaleia, confusão mental **Graves** Vômitos, sonolência excessiva, convulsões e coma
51
**Distúrbios do Sódio** Quais as principais complicações da hiponatremia?
HIC e herniações cerebrais
52
**Distúrbios do Sódio** Qual o limite da correção de hiponatremia?
No máximo 6 mEq em 24h para evitar síndrome de desmielinização osmótica
53
**Distúrbios do Sódio** Quem deve ser tratado na hiponatremia?
1. Todos os com hiponatremia grave 2. Casos moderados se: 2. 1 Risco de HIC e herniação 2. 2 Sintomatologia não explicada por outras causas
54
**Distúrbios do Sódio** Quais os 2 tipos de tratamento de hiponatremia?
Em bolus e contínuo.
55
**Distúrbios do Sódio** Em que casos se faz correção de hiponatremia em bolus? Como fazer?
1. Hiponatremia aguda grave 2. Hiponatremia crônica com sintomas graves ou patologia de SNC prévio NaCl 3% 100ml EV bolus, repetir em até 3 vezes, aumenta de 1 a 2 mEq a cada bolus. Dosar sódio 1-2h após
56
**Distúrbios do Sódio** Como fazer NaCl 3%?
NaCl 0,9% 445ml + NaCl 20% 55ml = NaCl 3% 500ml
57
**Distúrbios do Sódio** Em que casos se corrige hiponatremia de forma contínua? Como fazer?
1. Hiponatremia aguda moderada 2. Hiponatremia crônica sintomática NaCl 3% a 1ml/kg (para aumentar 1 mEq). Calcula o volume e distribui em 24h
58
**Distúrbios do Sódio** Quais os cuidados da correção da hiponatremia?
1. Respeitar o limite de 6 mEq/dka 2. Avaliação seriada do sódio (no máx. 6/6h) 3. Avaliar sinais de congestão/hipervolemia 4. Restrição hídrica 5. Diuréticos de alça se necessário 6. Tratar causa de base
59
**Distúrbios do Sódio** Quando parar de realizar a correção de hiponatremia na BIC?
Quando chegar em 125.
60
**Distúrbios do Sódio** Quais as indicações de internação na hiponatremia?
1. Pacientes com sintomas agudos moderados ou graves 2. Pacientes com Na \< 125 3. Hiponatremia aguda grave = UTI
61
**Distúrbios do Sódio** Quais as etapas da investigação diagnóstica da hiponatremia?
1. **Glicemia capilar** (poder osmótico, dilui o sódio, tem que corrigir) 2. **É mesmo hiponatremia?** (hiperlipidemia + hiperproterinemia atrapalha o laboratório, pedir medida direta) 3. **Cirugias recentes com soluções hipotônicas** (cirurgias urológicas ou ginecológicas) 4. **Faz uso de diurético ou DRC?** 5. **Buscar congestão no EF** 6. **Tem hipovolemia** (de onde está saindo Na?) 7. **Se euvolemia** * **Osmolaridade urinária*** * *se diminuída:** mecanismo ok, provável ingesta excessiva de líquido * *se aumentada:** descartar Hipotireoidismo e def de cortisol. Se não = SIADH
62
**Distúrbios do Sódio** Qual a definição de hipernatremia?
Na \> 145 associado a perda de água
63
**Distúrbios do Sódio** Quais as classificações de hipernatremia?
1. **Hipovolêmica**: perde água e sódio, mas mais água que sódio ex. : perdas renais, TGI 2. **Euvolêmica:** desidratação ex. : diabetes insupidus ou perdas insensíveis 3. **Hipervolêmica:** sobrecarga de cristaloides ex. : erros de hemodiálise, ingesta excessiva de sal (maus tratos)
64
**Distúrbios do Sódio** Quais os pacientes sob maior risco de hipernatremia?
1. Idosos com perda cognitiva e acesso limitado à água 2. Pacientes críticos sem reposição adequada de água livre 3. Paciente com diabetes insipidus com acesso limitado à água
65
**Distúrbios do Sódio** Como é o quadro clínico da hipernatremia?
Agudo ( \< 48h) 1. Letargia 2. Astenia 3. Irritabilidade 4. Convulsões 5. Coma **Crônico ( \> 48h)** 1. Oligossintomático 2. Confusão mental 3. Letargia * Sede excessiva * Poliúria * Polidipsia * Diarreia * Vômitos
66
**Distúrbios do Sódio** Como tratar hipernatremia?
**Instabilidade hemodinâmica** Reposição volêmica com SF **Caso sabidamente agudo ( \< 6h)** * SG 5% 3-6ml/kg/h * Reduzir 1-2 mEq/L por hora * Dosar de 4/4h **Euvolemia ou casos crônicos** Calcular **déficit de água livre** = [(Na sérico - 140)/140] x água corporal total **água corporal total:** peso x 0,6 (H) ou 0,5 (M) 1. **Se início em \< 48h** Taxa: 1 mEq/L/h Forma: ⅔ Vo e ⅓ EV 2. **Se início em \> 48h** Taxa: 0,5 mEq/L/h Não ultrapassar 8-10 mEq/24h
67
**Distúrbios do Sódio** Como identificar a etiologia?
Pela **osmolaridade.** 1. Osmolaridade aumentada ( \> 700-800) - Retenção hídrica, ADH aumentado - Pedir sódio urinário 2. Osmolaridade diminuida (\< 300) - Urina muito diluída, sem ADH - Dar ADH para descobrir se é deficiência ou resistência
68
**Hidratação no PS** Como avaliar volemia?
**Sinais vitais**: taquicardia e hipotensão **Exame físico**: TEC, alteração de estado mental, livedo reticular e débito urinário
69
**Hidratação no PS** Quando hidratar?
1. Sempre individualizar! 2. Cuidados com pacientes com restrição volêmica
70
**Hidratação no PS** Como avaliar a responsividade a volume?
Aumento de PAS em pelo menos 10-15% nos primeiros 10-15 minutos após 250-500ml de cristaloide em bolus
71
**Hidratação no PS** Quais os tipos de soluções cristaloides?
1. Hipotônicos 2. Isotônicos 3. Hipertônicos 4. Concentrados
72
**Hidratação no PS** Quais os tipos, as indicações e complicações de soro hipotônico?
**Tipos:** SG 5%, 10%; SF 0,45% (soro ao meio) **Indicações**: 1. Correção de déficit de água livre 2. Soro de manutenção em casos específicos 3. SG 5% em diluição de medicações **Complicações:** 1. Hiponatremia 2. Edema cerebral 3. Edema pulmonar 4. SG: hiperglicemia e hipocalemia
73
**Hidratação no PS** Quais os tipos, as indicações e complicações de soro isotônico?
**Tipos:** SF 0,9%, Ringer simples e Ringer lactato ( NaCl, CaCl, KCl + lactato de sódio) **Indicações**: 1. Ressuscitação volêmica 2. Manutenção volêmica 3. Diluição de medicações **Complicações:** 1. Acidose hiperclorêmica 2. Sobrecarga volêmica 3. Hipercalemia (ringer) 4. Hiperglicemia (ringer)
74
**Hidratação no PS** Quais os tipos, as indicações e complicações de soro hipertônico?
**Tipos:** NaCl 3% **Indicações**: 1. Correção de hiponatremia 2. Tratamento de edema cerebral **Complicações:** 1. Sind. da dismielinização osmótica
75
**Hidratação no PS** Quais os tipos, as indicações e complicações de soro concentrado?
**Tipos:** NaHCO3 8,4%; glicose 50% **Indicações**: 1. Correção de hipoglicemia e manejo de hipercalemia 2. Antídoto para intoxicação tricíclica e correção de acidose **Complicações:** 1. Glicose 50%: flebite 2. Bicarbonato 8,4%: alcalose metabólica, hipernatremia
76
**Hidratação no PS** O que são coloides?
Soluções de alto peso molecular (expansores) Não atravessama a barreira capilar, aumentando a pressão oncótica
77
**Hidratação no PS** Como podem ser classificados?
**Naturais**: albumina, PFC **Semi-sintéticos**: Gelatinas, Dextranas, HES
78
**Hidratação no PS** O que é melhor usar para ressuscitação volêmica, coloide ou cristaloide?
Revisões mostraram que, para ressuscitação, não houve diferença
79
**Hidratação no PS** Quais os objetivos do soro basal?
1. Controlar o catabolismo, mantendo um estado basal 2. Garantir demanda calórica + reposição de perdas volêmicas e eletrolíticas 3. Quando o paciente tem necessidade de jejum 4. Evitar a ativação de hormônios contra reguladores.
80
**Hidratação no PS** Como realizar o soro basal?
Avaliar demanda calórica basal (1), de sódio (2), potássio (3). 1. **Demanda calórica basal:** 400kcal/dia - 1g de glicose: 4 kcal - 100g de glicose: 2000 SG5%, 1000 SG10%, 200 SG50% 2. **Sódio:** 80 a 136 mEq - 10 ml de NaCl 20% = 34,2mEq 3. **Potássio:** 70-110 mEq - 10ml de KCl19,1% = 25,6mEq AVP: SG 5% 1000ml + NaCl 20% 20ml + KCl 19,1% 10ml de 12/12h CVC: SG 50% 190ml + NaCl20% 4amp + KCl 2 amp em BIC 10,4ml/h
81
**Distúrbios do Potássio** Que mecanismos ajustam os níveis séricos de K?
1. Ingesta oral 2. Excreção renal/TGI 3. Shift intra e extracelular
82
**Distúrbios do Potássio** Qual a definição e classificação de HiperK?
K \> 5,5 ## Footnote **Leve:** 5,5-6,0 **Moderada:** 6,0-6,5 **Grave:** \> 6,5
83
**Distúrbios do Potássio** Quais as principais causas de hiperK?
1. Alteração Renal (DRC e hipoaldosteronismo) 2. Medicações (betabloq, IECA, AINE) 3. Mecanismos patológicos
84
**Distúrbios do Potássio** Quais as alterações no ECG da hipercalemia?
1. Onda T alta e apiculada 2. Achatamento da onda P 3. Aumento do intervalo PR 4. Alargamento do QRS 5. Ritmo idioventricular
85
**Distúrbios do Potássio** Em que momento aparecem alterações no ECG e quadro clínico de hiperK?
K ≥ 5,5
86
**Distúrbios do Potássio** Qual o quadro clínico da hiperK?
1. Fraqueza 2. Paralisia muscular 3. Arritmia 4. Defeitos de condução
87
**Distúrbios do Potássio** Quem tratar logo na hiperK?
1. K \> 6,5 2. HiperK com sintomas 3. HiperK com alterações em ECG 4. K \> 5,5 + disfunção renal e fatores de risco
88
**Distúrbios do Potássio** Quais os mecanismos de tratamento da hiperK?
1. Remover a causa da hiperK 2. Favorecer o shunt intracelular 3. Aumentar a excreção
89
**Distúrbios do Potássio** Quais as medidas iniciais do tratamento de hiperK?
1. Monitorização cardíaca contínua 2. ECG seriado 3. Dosar K 2/2h 4. Glicemia capilar 1-1h pois risco de hipoglicemia 5. Se ECG alterado = gluconato de Ca 10% 10-20ml em 2-3min
90
**Distúrbios do Potássio** Como espoliar K?
1. Resina de troca (Sorcal) 2. Diuréticos (furosemida) 3. Diálise
91
**Distúrbios do Potássio** Como realizar o shift de potássio?
Glicoinsulinterapia 1. Insulina regular 10U 2. SG 10% 500ml em 30min 3. B2-inalatório 4.
92
**Distúrbios do Potássio** Qual a definição de hipoK?
K \< 3,5 ## Footnote **Leve**: 3,1 - 3,5 **Moderada**: 2,5 - 3,0 **Grave**: \< 2,5
93
**Distúrbios do Potássio** Qual a clínica da hipoK?
**Leve**: assintomático **Moderada a grave**: 1. Fraqueza muscular 2. Paralisia ascendente 3. Rabdomiólise 4. Constipação 5. ECG e arritmias
94
**Distúrbios do Potássio** Quais as manifestações no ECG da hipoK?
1. Aumento da amplitude da onda U 2. Depressão do segmento ST 3. Diminuição da amplitude da onda T 4. Prolongamento do intervalo QT
95
**Distúrbios do Potássio** Quando tratar hipoK?
K \< 3,5 Alvo: K ≥4 Tratar a causa
96
**Distúrbios do Potássio** Como tratar hipoK leve?
Preferencialmente VO Dias a semanas Dose: 10-20mEq; 2-4x ao dia KCl xarope 6% 15ml = 12mEq KCl cápsula 600mg = 8mEq
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**Distúrbios do Potássio** Como tratar hipoK moderada a grave?
**Necessidade**: **VO:** 120-160mEq/dia * *IV: variável** * *Se K entre 2,5-3,0:** 20-40 mEq * *Se K \< 2,5:** 40-80mEq **Cuidados:** reduzir 50% se DRC **Velocidade de infusão:** 10-20mEq/h * *Drogas disponíveis:** * *KCl 19,1 10ml:** 25mEq * *KCl 10% 10ml:** 13,4mEq **Concentração máxima:** Periférico: 80 mEq Central: 120mEq
98
**Distúrbios do Potássio** Como acompanhar a hipoK?
1. K de 2/2h a 6/6h 2. Parar quando: Assintomático K \> 3 3. Para casa: dieta rica em K
99
**Distúrbios do Cálcio** Qual a distribuição do Ca no corpo?
**99%** esqueleto * *1%** extracelular * *- 50%** Ca ionizável * *- 40%** ligado a albumina * *- 10%** ligado a outros íons
100
**Distúrbios do Cálcio** Quais os fatores de regulação do Ca?
1. **Paratormônio (PTH):** estimulante 2. **Vitamina D:** estimulante fraco 3. **Calcitonina:** redutor
101
**Distúrbios do Cálcio** Qual a faixa de normalidade do Ca?
8,5 a 10,5 mg/dL
102
**Distúrbios do Cálcio** Que fatores metabólicos influenciam o Ca?
1. Ele deve ser corrigido pela albumina, para fidedignidade 2. A ligação Ca-proteína é pH dependente: Alcalose: reduz Ca Acidose: aumenta Ca
103
**Distúrbios do Cálcio** Qual a definição de hiperCa?
Ca total \> 10,5 mg/dL Ca iônico \> 1,5 mmol/L
104
**Distúrbios do Cálcio** Qual a classificação da HiperCa?
Há a medida sérica (s) e iônica (i) Leve: 10,5-12 || 5,2-6 Moderada: 12-14 || 6-7 Grave: \> 14 || \>7
105
**Distúrbios do Cálcio** Quais as principais causas de hiperCa?
1. PTH dependente (hiperparatireoidismo) 2. PTH independente (neoplasia, vitamina D, causas renais)
106
**Distúrbios do Cálcio** Quais as principais manifestações de hiperCa?
1. Renal (nefrolitíase, nefrocalcinose, IRA e desidratação) 2. Cardiovascular (encurtamento do intervalo QT)
107
**Distúrbios do Cálcio** Como tratar hiperCa?
1. Hidratação venosa vigorosa 4-6L em 24h com alto débito urinário 2. Furosemida 3. Bisfosfonatos 4. Calcitonina nos graves 5. Corticoide (para impedir vit D)
108
**Distúrbios do Cálcio** Qual a definição de hipoCa?
Ca total \< 8,5 Ca ionizável \< 4,4
109
**Distúrbios do Cálcio** Quais os principais sintomas de hipoCa?
1. Sinal de Trousseau 2. Sinal de Chvostek 3. Aumento do intervalo QT
110
**Distúrbios do Cálcio** Como tratar hipoCa?
Leve: VO Grave: Gluconato de Ca 10% IV
111
**Gasometria arterial** Quais os valores de referência?
112
**Gasometria arterial** Quando realizar?
1. Distúrbio respiratório 2. Distúrbio metabólico 3. Intoxicação exógena 4. Instabilidade hemodinâmica 5. Rebaixamento do nível de consciência 6. Paciente grave
113
**Gasometria arterial** Quando pedir arterial ou venosa?
**Arterial** 1. Componente respiratório 2. Troca gasosa 3. Lactato **Venosa** 1. Componente metabólico 2. Rotina 3. SvO2
114
**Gasometria arterial** Como ocorre a regulação do pH?
pH = HCO3/CO2 Alterações mudam o outro componente para equilibrar
115
**Gasometria arterial** Como interpretar?
1. Avalie o pH 2. Determinar se é respiratório ou metabólico 3. Determinar se está compensado ou existe distúrbio misto 4. Se for acidose metabólica, calcular o ânion GAP
116
**Gasometria arterial** Qual a resposta apropriada da acidose metabólica?
Aumenta a ventilação e reduz a pCO2.
117
**Gasometria arterial** Qual a utilidade do Ânion GAP?
Identificar se a acidose metabólica hiperlorêmica ou normoclorêmica, pois ajuda a definir a causa.
118
**Gasometria arterial** Como se calcula o Ânion GAP?
Na - (Cl + HCO3)
119
**Gasometria arterial** Quais as causas de Ânion-GAP aumentado?
Surgimento de outro ânion, por exemplo, lactato, CAD, intoxicação, uremia.
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**Gasometria arterial** Quais as causas de Ânion-GAP normal?
Perca de bic e acúmulo de Cl por exemplo, diarreia e hiperhidratação.
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**Gasometria arterial** Qual a resposta apropriada da alcalose metabólica?
Acidose respiratória associada