Maus tratos Flashcards
(24 cards)
Síndrome da criança sacudida
-Trauma não acidental
-Hematoma subdural e retiniano; fratura de costelas (posterior e lateral); fraturas por avulsão metafisária
Papel do radiologista na identificação de lesões de maus tratos
-Estar ciente da possibilidade de abuso infantil
-Saber reconhecer histórias inconsistentes
-Estimar idade das fraturas
-Saber os protocolos de imagem em caso de suspeita de abuso
-Fazer um relatório adequado dos achados
Lesões do SNC
Hematoma subdural (ruptura venosa = demora mais para gerara repercussões) é o mais comum em lesões de maus tratos
Causas anatomopatológicas para maior suscetibilidade em < 2 anos:
-Tamanho da cabeça e do peso em relação ao restante do corpo
-Pescoço flácido (músculos fracos)
-Cérebro pouco mielinizado (fator de proteção)
Melhor exame para as lesões de SNC
TC do crânio-encéfalo
Pedir sempre em crianças < 1 ano com suspeita de abuso e em > 1 ano com história de queda com trauma na cabeça, evidência externa de traumatismo craniano e/ou sinais e sintomas neurológicos anormais
Hematoma epidural
geralmente não relacionado aos maus tratos, mais comuns em acidentes
rompimento arterial (gera repercussões de forma mais rápida)
Qual o exame que indica a idade dos hematomas no SNC?
RNM na seqência FLAIR
Hematoma agudo: mais hiperdenso
Hematoma antigo: mais hipodenso
Lesões da medula espinhal
Pode apresentar hematomas subdurais pois também é revestida por dura-máter
Podem apresentar apneia e colapso vasomotomor/choque espinhal (paciente grave e sem sinais no exame físico)
Sempre incluir imagens de coluna no protocolo de RM para abuso infantil
Lesões esqueléticas de alta especificidade
Lesão metafisária clássica
Fratura de escápulas
Fratura do esterno
Fratura de costelas, em região posterior e lateral
Fratura de processos espinhosos
Lesão metafisárioa clássica
Fratura de canto metafisário
Frequentemente bilaterais
Tíbia e fêmures distais e úmeros proximais
Fratura na costela
Mais comum posteriormente e lateralmente nos casos de maus tratos
Na fase aguda não são evidentes no RX de tórax e frequentemente são visualizadas quando as fraturas estão em estágio de cicatrização, formando calos
Lesões esqueléticas de moderada especificidade
-Fraturas de dedos
-Fraturas complexas na calota craniana (múltiplas fraturas em “casca de ovo” e de impressão occipital)
-Múltiplas fraturas, principalmente bilaterais
-Fraturas de idades diferentes
-Fraturas de corpos vertebrais e subluxações
-Fraturas com separação de epífises
Lesões esqueléticas de moderada especificidade
-Fraturas com formações subperiosteais
-Fraturas de clavícula
-Fraturas de diáfise (se atentar a história; uma queda da cama não gera esse tipo de fratura)
-Fratuas lineares da calota craniana
Cicatrizaçao das fraturas
Até 14 dias: sem calo
Pelo menos 5 dias: calo
Grande quantidade de calos: pelo menos 2 semanas
Lesões abdominais
Mais raras, mortalidade de até 50%
Laceração de fígado
Laceraçao de pâncreas
Hematoma duodenal
TC com contraste: regiões aparecem isquemiadas; o contraste não chega porque os vasos romperam
Hemorragia retiniana
RM
Fundoscopia (padrão ouro até 24h)
Avaliação por imagem em casos de maus-tratos
-Hospitais devem ter protocolos pré-estabelecidos
-RX do esqueleto é necessário em todas as crianças < 2 anos com suspeita de abuso;
-Em crianças > 2 anos, um levantamento esquelético só deve ser realizado por indicação; -TC do crânio-encéfalo deve ser realizado em todas as crianças < 1ano com suspeita de abuso;
-Crianças > 1 ano e com evidência externa de traumatismo craniano e/ou sinais e sintomas neurológicos anormais também devem fazer TC
Crânio
AP e perfil
Coluna cervical
perfil
Tórax
AP
Perfil
Abdome, coluna lombossacra
AP e perfil
Membros superiores
sempre que possível
membros inferiores
fêmur e tíbia
Evitar realizar
babygram (RX do corpo todo)
Melhor fazer por partes (mais detalhado)
DD
traumas acidentais
coagulopatias
doença de Menke
doença de Caffey
oteogênese imperfeita
displasia espondilometafisária
variantes da normalidade